domingo, 22 de novembro de 2020

JÁ NOTOU ?

SOBRE NOSSA BAGAGEM DE VIDA 



Já notou que depois de algum tempo, de uma certa bagagem de vida e de muito amadurecimento emocional poucas coisas nos abalam? Enxergamos a vida diferente, conseguimos diferenciar o bem do mal e ficamos mais perceptíveis aos sinais. Mas, a verdade é que até chegar nesse nível foi preciso ralar muito, foi muita frustraçāo e muito equivoco.
Assim somos nós! Não nascemos prontos. Precisamos vivenciar algumas situações e aprender com elas para que a gente se desenvolva. É preciso que haja paciência, sabedoria e amadurecimento emocional para que possamos ser verdadeiramente livres.
Ter uma "casca grossa" não é da noite para o dia.  Até conseguir superar cada coisa e viver em paz com nossa mente e nossos valores já enfrentamos muitas dificuldades, muitos embates pessoais. Mas, conseguimos! E quando isso acontece acabou a escuridāo.
Ser seguro de si e emocionalmente resllvido é um caminho sem volta. O que antes nos tirava o sono, hoje não faz nem cócegas. O que antes sugava nossa energia hoje nem nos abala. O que antes nos trazia incômodo hoje nem faz diferença.
A sociedade cobra o tempo todo pra todos os lados. A cobrança é tanta que, muitas vezes, nos perdemos em quem somos, no que acreditamos e o que queremos para nossa vida e vivemos a mercê das opiniões e dos julgamentos alheios. Quando percebemos passaram-se anos de infelicidade e de negação. 
Devemos reconhecer com consciência nossos pensamentos e atos. Também não devemos nos sentir mal por pensar diferente dos demais se nossa consciencia e atos estāo devidamente reconhecidos por nós mesmos como legitimos. Nem devemos nos sentir angustiados por não corresponder a nenhum padrāo que nos impuseram se aquilo nāo faz nenhum sentido pra você. 

segunda-feira, 13 de julho de 2020

SE ERRAR É HUMANO SE CULPAR É INEVITÁVEL

ERRAREMOS MUITAS E MUITAS VEZES




A culpa acompanha marcadamente a humanidade – devem ter surgido juntas, inclusive - marcando presença nas narrações míticas e mitológicas, nas lendas, romances, poemas, textos bíblicos, novelas, músicas, fatos históricos, filmes, seguindo firme em nosso dia-a-dia. O sentimento de culpa é onipresente, onipotente e onisciente, pois impregna nossa existência e nos remete a eventos significativos de nossas vidas, desde que nascemos até a nossa morte.
A culpa é o preço que pagamos por podermos escolher dentre as várias opções com as quais nos deparamos, continuamente, em casa, na escola, no trabalho, na rua, ao longo de nossas vidas, pela vida toda. A cada escolha que fazemos, deixamos para trás outras possibilidades, outros horizontes, outros caminhos, sendo inevitável, em algum ponto, questionarmos, cá com nossos botões, sobre se fizemos a escolha certa. E, fatalmente, haveremos de ficar imaginando como seria, onde e com quem estaríamos, em que trabalharíamos, caso tivéssemos optado por uma outra alternativa.
Inevitavelmente, a culpa traz consigo o remorso, um dos sentimentos mais cruéis dentre todos, pois parece que nada o alivia na sua forma latejante e ininterrupta de se instalar dentro de nós. De forma avassaladora, a culpa e o remorso podem devastar nossos sentidos e quase sempre vencer as batalhas que travamos na tentativa de neutralizá-los. Trata-se, pois, de uma luta diária.
Aquilo que deixamos de fazer, as palavras não ditas ou desditas, o não engolido, o sim forçado, a entrega duvidosa, o abraço recusado, o olhar desviado, o veneno experimentado, o mal destilado: teremos sempre muito do que nos arrepender, pelo resto de nossas vidas, afinal, por mais conquistas que obtivermos, por mais que estejamos felizes – ou não - nossa vida poderia ter sido diferente; se melhor ou pior, não dá para saber. Porém, desejosos de sempre mais, acabamos, na maioria das vezes, tendendo a achar que, se tivéssemos agido de outra forma, estaríamos bem melhor.
O sentimento de culpa pode ser tão traiçoeiro, que consegue nos atingir em situações nas quais nem se sustenta – quantas vezes nos culpamos pelo que acontece a alguém, por conta do que ele próprio fez, quando na verdade aquele alguém colhe as consequências de tudo o que plantou, sem nossa interferência? Da mesma forma, diante de nossa impotência frente aos imprevistos da vida, por exemplo, como um acidente que tira a vida de um familiar, até nesses casos as pessoas acabam por procurar por uma centelha de culpa naquilo tudo. Parece que não nos conformamos com o fato de que sobre quase nada temos controle, ou seja, acabamos nos imbuindo de poderes mágicos sobre o curso da vida, atribuindo-nos uma força de controle que nāo existe sobre os destinos que nos rodeiam.
Logicamente, o sentimento de culpa também tem seu lado positivo, quando nos serve à reflexão sobre algo e consequente aprimoramento de nossos comportamentos. Sentirmos culpa por termos agido de determinada maneira pode nos ser benéfico, levando-nos a mudar nossas posturas e pontos de vista, tornando-nos melhores do que antes. Por isso, a culpa liberta quando ainda há tempo de mudar, de voltar atrás, pedir desculpas, telefonar, sorrir, abraçar e assumir o erro. Se, no entanto, o arrependimento relacionar-se a quem já morreu, já se mudou, já se casou com outro, já foi prejudicado demais, quando já for tarde demais, o remorso será nossa companhia ininterrupta e vencer isso será uma tarefa mais árdua por acharmos que nāo há mais como reparar, maus sempre há, porque é tudo dentro da gente e podemos fazer isso mesmo sem a outra parte presente através do nosso reconhecimento em nossa própria consciência.
Na verdade, deveríamos entender que agimos de acordo com o que somos e sentimos naquele momento, de acordo com a forma como nos situávamos frente àquele mundo, de acordo com a melodia de nossos sentimentos naquele contexto específico. Com o passar do tempo, a melodia muda, nós mudamos e não somos mais aquela pessoa lá atrás – brindemos a isso! - pois avançamos junto com a dinâmica da vida. Mudam-se as estações, mudam-se as lutas, os sonhos, as canções. Mudamos eu, você, todo mundo e o mundo.
Se a culpa é inevitável, urge aprendermos a lidar com ela, de modo que, caso não a eliminemos, ao menos possamos conviver com sua presença, sem que nos machuquemos a ponto de interrompermos nossa progressão e nosso aprimoramento diário nessa jornada extensa que teremos pela frente. Imprescindível, nesse sentido, tentarmos enxergar claramente as culpas sem razão de ser, ponderando nosso papel no fato causador. Porque devemos ter a certeza de que, muitas vezes, a culpa não é nossa.
Devemos, portanto, desatrelar de nossas vidas sentimentos que não nos dizem respeito e enfrentar as culpas e remorsos que valem a pena, que nos mobilizem em direção ao repensar, ao se readequar e ao melhoramento de nossas atitudes e comportamentos. Para tanto, temos de encarar corajosamente nossas angústias, adentrando essa escuridão dentro de nós, vasculhando-a com lucidez e livrando-nos dos pesos inúteis que emperram nosso caminhar. Libertar-se é preciso, para que se torne menos densa e assustadora essa carga de culpa e de remorso, a ponto de usarmos essas batalhas interiores em nosso favor, em prol do enfrentamento da vida em tudo de bom e ruim que há nessa lida.
Haveremos, enfim, de aprender com os erros – assumidos - de agir enquanto tempo houver, de saber nos situar em relação às vidas alheias, de ter coragem de nos encarar em todo prazer e dor que nos definem. Trata-se de um exercício contínuo, diário, ininterrupto, pois, humanos que somos, erraremos muitas e muitas vezes. Porque, se errar é humano e culpar-se é inevitável, então batalhar é necessário e ser feliz é, no mínimo, o que merecemos.



domingo, 21 de junho de 2020

O OLHAR E O VER

VER NĀO É OLHAR



Quantas vezes olhamos para algo e não conseguimos interpretar? Estamos vendo, mas não estamos conseguindo olhar!
Olhar é diferente de ver.
Ver é inerente, faz parte da nossa visão, vemos apenas porque vemos.
Pode até ser complexo este conceito, mas o olhar vai muito mais além que o simples ato de ver.
No ver não há conexão, não há lentidão, pois a ansiedade de ver é maior e faz com que não haja apreciação das coisas ou questões, mas somente imediatismo.
Pessoas ansiosas tendem a isso em muitas situações se recusam a parar e a olhar, querem tudo para ontem e tendem a querer ver o futuro, não conseguindo se fixar no presente. Pessoas que nāo conseguem se concentrar no momento presente sofrem com ansiedade.
É um processo inconsciente que pode ser trabalhado quando há a percepção de que não se está olhando, mas apenas vendo a vida passar na nossa frente.
Não é o olhar para uma imagem que é complexo, mas sim o olhar para sua vida, para seu interior, para tudo o que há ao seu redor, que pode estar refletindo em suas ações diárias e levando até a prejuízos pessoais e afetivos.
Pessoas com dificuldade de olhar podem ser lesadas e presas fáceis de manipuladores, já que apenas veem as situações e nem sempre as analisam com sabedoria, não interpretam a sua complexidade.
Desenvolver o olhar é fundamental, porque ele é ação, é perceber, é conviver, é observar as nuances do outro e de si mesmo.
Olhar traz transformação, compreensão, analogia com o que há ao redor, diferenciando do ver superficial da visão.
Aprender a pensar é descobrir esse olhar mais profundo sobre as coisas da vida. Esse olhar desnuda as mentiras, revela as verdades, derruba as cortinas da falsidade e da insensatez a que muitas vezes estamos imersos e somos submetidos.
Portanto, se você tem dificuldade em olhar, procure trabalhar isso aos poucos, por meio de coisas simples, caminhando até as mais complexas.
Você vai perceber que o olhar depois do ver traz surpresas e definições que jamais poderíamos imaginar que existissem.
Pode ter certeza de que você encontrará respostas para as quais estava procurando há muito tempo, mas que o ato de apenas ver sem olhar nāo lhe permitiu que fosse mais além.



domingo, 14 de junho de 2020

SOBRE O OLHAR ALHEIO

QUAL O VALOR DO OLHAR ALHEIO?




Preste atençāo, quem se valora pelo olhar alheio, está sempre nas mãos dos outros, sujeito a ser esmagado a qualquer momento.
Achamos que nos amamos. Achamos porque, comumente, desejamos coisas boas para nós. Desejamos um bom emprego, uma vida social animada, uma casa confortável e alguém que esteja sempre ao nosso lado.
Porém, se alguém te rejeita, te ofende injustamente ou ignora a sua presença, a tendência é você sentir a atitude desagradável penetrar a alma como punhal mortal. Por quê? Porque lá no fundo, em uma parte escondidinha do seu coração, você acredita que por alguma razão a ofensa tem o seu fundo de verdade e que você deu lá os seus motivos para ser rejeitado ou ignorado.
Concordo que às vezes realmente pisamos na bola e recebemos o troco. Não me refiro a este tipo de situação. Me refiro a um tipo de contexto em que você é educado, gentil, prestativo e leva torta na cara sem saber o porquê.
Nunca entenderemos realmente as reais motivações das pessoas. Cada um de nós é um universo complexo e vasto, cheio de obscuridades, muitas vezes, para nós mesmos. Se em muitos casos não compreendemos nem os nossos sentimentos, como poderemos entender com clareza os alheios?
O mais importante é não se subjugar porque o outro não nos aplaudiu, virou a cara quando sorrimos e não respondeu ao nosso bom dia. O mais importante é não se recriminar porque o outro não simpatiza com a gente, não concorda com o nosso jeito de ser e prefere conversar com outras pessoas. O mais importante é não se culpar porque quem amamos não nos amou. Você não é sem graça só porque quem você gosta não vê encanto em você. Você nāo pode duvidar de si com base em atitudes  e ou sentimentos alheios que fogem da sua alçada.
No dia em que você se conhecer bem, para valer, a opinião de ninguém contará tanto assim porque lá no fundo o que importa mesmo é como nos vemos e como nos acolhemos.



segunda-feira, 8 de junho de 2020

AMADURECER É...

SABER EXTRAIR DAQUILO QUE ACONTECE CONOSCO



Amadurecer é olhar para trás e ver que tudo, todas as particularidades que passamos em experiências anteriores valeram a pena. Não pelas circunstâncias que as precederam, mas sim por notarmos que tudo serve para experiência e aprendizado. Acontecimentos ruins nos coroam não por sermos merecedores desse tipo de experiência, mas por certo, algo devemos aprender e extrair com o que acontece conosco.
A vida realmente é uma caixinha de surpresas e não sabemos o que nos espera, mas o poder da aceitação em nós é o bálsamo capaz de curar tudo. Quando amadurecemos emocionalmente, entendemos que a resignação é a resposta para as nossas frustrações, e se algo não aconteceu no momento ou da forma que gostaríamos que acontecesse é por que, muito provavelmente não era pra ser, a funçāo do destino sempre é se encarregar de trazer alguma coisa que vai ser mais educativo pra gente.
Quando amadurecemos aprendemos a silenciar nossas rebeldias, entendendo que já passamos a fase da adolescência da alma, e a vida não fará todas as vezes os nossos desejos, nem adianta espernear.
Nem sempre é fácil lidar com problemas e a vida nos prega peças para a gente ter a oportunidade de aprender com as situações propostas.  Dificuldades de todos os gêneros, sejam físicas ou emocionais nos acometem para nos tornarmos ainda mais fortes, essa é a ideia.
Ao amadurecermos, paramos de agir como crianças egocêntricas e mimadas e passamos automaticamente a nos queixar menos. Assumimos responsabilidade por nossas faltas e procuramos nos tornar pessoas melhores.
No final das contas, quando associamos aquele nosso lado que grita a tresloucada juventude, os sonhos, a falta de aceitação para a conduta que aprendemos (talvez a duras penas) adquirir, resta em nós a certeza de que sabiamente aprendemos a abrir mão das vãs expectativas que a imaturidade oferece, para adquirir a confiança, a fé e a brandura que apenas a maturidade é capaz de nos conceder.



segunda-feira, 1 de junho de 2020

TUDO MUDA, TUDO TEM FIM, TUDO ACABA

TENHAMOS SABEDORIA




Talvez poucos de nós saibamos lidar com a brevidade das coisas, das pessoas, dos momentos, dos sentimentos. Nada dura para sempre, a não ser os registros deixados em escritos, em fotos, em meios virtuais. Hoje já não é mais ontem, tampouco será igual ao amanhã. Tudo muda, tudo tem fim, tudo acaba.
Momentos são instantes que duram o tempo exato do quanto os aproveitamos. Esperamos ansiosamente por um evento e, quando percebemos, pronto, já acabou. Uma festa, um aniversário, um churrasco, todos são momentos que rapidamente terão fim. Cabe-nos aproveitar o máximo enquanto ali estivermos, dentro do instante, junto com quem amamos.
Sentimentos também podem durar pouco, com exceção do amor verdadeiro, que dura uma eternidade. No entanto, o amor pode acabar, assim como a motivação, o carinho, a necessidade, a oportunidade do perdão. Normalmente há sentimento enquanto há volta, retorno, reciprocidade. Quando, contudo, o sentimento só mora em uma das partes, ou quando o outro se sente decepcionado e sequer corresponde ao que está sendo oferecido, tudo morre, aos poucos ou de repente.
As pessoas, sabemos, não são eternas – quem nos dera que assim fossem. A vida tem seu ciclo e chega ao fim, às vezes serenamente, outras vezes repentina e dolorosamente. A presença das pessoas em nossas vidas também não é uma certeza perene. O outro vai embora, seja por um chamado da vida dele, seja por novos caminhos tomados na direção oposta, seja por erros de um, do outro ou de ambos.
Se nada nem ninguém dura para sempre, tenhamos nós a sabedoria de cuidar do que nos faz bem, de quem nos ama, de tudo o que traz alegria para nossos corações. Aproveite cada momento, demonstre o quanto se importa. Aquilo que aproveitamos com verdade será eterno dentro de cada um de nós. 





domingo, 24 de maio de 2020

VIVER O QUE SE É, É O MELHOR A SE FAZER

A PESSOA LIVRE OFENDE AQUELAS QUE VIVEM PRESAS AOS JOGUINHOS DE APARÊNCIAS




O ser humano precisa de leis, de regras, de limites, pois a liberdade absoluta dá espaço para aqueles indivíduos que não se respeitam nem respeitam ninguém. No entanto, tais limites devem sempre estar relacionados à necessidade de as pessoas respeitarem umas às outras, sem invadir o que não se deve em terrenos que não são seus, ou seja, trata-se da necessidade de não pisarmos em ninguém só pensando em nós mesmos.
No entanto, existem pessoas que simplesmente parecem necessitar de ditar regras, de mandar na vida dos outros, de impor o que é certo ou errado, baseando-se tão somente em suas visões de mundo. Confundem o que é seu com o que deve ser de todo mundo. Têm certeza de que o que pensam é o desejável como unanimidade. Não aceitam nada que saia dos limites de seu mundo mental.
A questão é que cada um interpreta o mundo de uma maneira própria, de acordo com o que possui dentro de si, por isso ninguém é igual a ninguém – somos, no máximo, semelhantes em algo. A leitura religiosa, a interpretação de regras, o entendimento de normas, tudo depende do olhar de cada pessoa. E, assim, os indivíduos vão se aproximando de outros cujas ideias são afins, enquanto se distanciam de quem pensa diferente. Esse é o maior erro porque os diferentes nos ajudam a olhar de outros ângulos independente se a gente concorde ou nāo com aquela visāo.
O problema ocorre quando um grupo toma suas ideias como as únicas válidas e absolutas, sem se permitir conhecer os outros lados, sem conseguir se colocar no lugar de quem não reza a mesma cartilha. Sem respeitar. Há que se respeitar o diferente, a contramão, o contraditório, quando o outro lado não estiver invadindo o espaço de ninguém. Conviver requer a maturidade de deixar que cada um viva à sua maneira, pois, se a pessoa não estiver sendo desrespeitosa, as escolhas do outro não lhe dizem respeito.
Muitas pessoas se prendem demasiadamente a convenções sociais, a regras, a joguinhos de aparências e acabam, infelizmente, sendo intolerantes com quem vive à revelia desses ditames, com quem é livre, com quem se liberta da necessidade de seguir o lugar comum. Quem vive de forma livre e autêntica ofende quem sufoca a própria vida sob imposições lá de fora. É insuportável aos donos da verdade assistirem ao outro vivendo aquilo que eles não têm coragem de ser. E então querem destruir, mudar, acusar e julgar quem lhes lembra o tempo todo de sua covardia. Pessoas livres trazem dor a quem se sente preso; daí o ódio que recebem.
Portanto, viver o que se é não será fácil, mas é o melhor a se fazer. Se quiser tomar um porre numa segunda-feira, tome. Se quiser ir ao cinema sozinho, vá. Use a roupa que é do seu jeito, corte o cabelo conforme deseja. Desde que não pise em ninguém por aí, você tem o direito de ser do seu jeito, até porque a conta dos seus erros e acertos, sem medo de errar, vai cair no seu próprio colo.