quarta-feira, 28 de outubro de 2015

SER CONSIGO

AUTO-PROPAGANDA-SINCERA

Já dizia Martin Luther King

Ao invés de me modificar pra atrair gente que lá não simpatiza muito com o meu jeito de ser, ou seja, como eu sou, sempre preferi me expor -- e, então, receber e amar as pessoas que se aproximam por gostar de mim e do meu jeito.
Não quero todas os amigos do mundo: só quero, dentre os que me querem, que são aqueles que eu também quero de volta.
Eu me revelo justamente para descobrir quem vai brincar comigo e quem vai se encostar na parede. Muita gente me acha esquisita? Pode ser. Essa é a ideia. Não tenho medo de rejeição. Ser rejeitado pelas pessoas certas só faz bem: me poupa o trabalho de espantá-las de outras formas, porque inevitavelmente mais cedo ou mais tarde isso acabará acontecendo.
Essa ideia de ser eu mesmo e não o que os outros querem foi o que me fez conhecer as pessoas mais bacanas com quem já tive contato. Claro que muita gente vai falar de você (principalmente falar mal) quando você mostra seu lado menos convencional. Espantei muita gente "chata" com meu jeito de ser  e poupei um tempo absurdo com isso. Para surpresa geral é curioso dizer que a pessoa com quem divido a minha vida há mais de 20 anos é, nada menos, meu quase extremo oposto. Mas tem se mostrado a companhia compatível que, pela lógica, ninguém jamais imaginaria.
Nada pode ser mais libertador do que se livrar dessa ilusão de que existe algo que possamos fazer para sermos amados e desejados por todos.
A galera ainda leva a coisa da troca nas relações como um jogo, ou como posse. É por isso que eu sempre afirmo: se as pessoas se dessem conta da efemeridade da nossa vida, elas levariam mais a sério a história de procurar o que as agrada e faz feliz ao invés de tentar se modelar ao padrão!
O maior problema é saber afinal quem é você, do que gosta e quem quer atrair. Quando se existe desde que se entende por gente, compreende-se o próprio ser com mais afinco, construindo uma estrutura mais sólida. Porém quem descobre isso tardiamente precisa conviver com as ruínas de muitas construções de comportamentos condicionados, que serviram para agradar uns e não servem para outros, são diversas "construções" mas tudo para o outro. Nenhuma serve pra si, no fim das contas. Provavelmente essas pessoas sofrem de crises existenciais buscando um "ser consigo" que não existe. Possui apenas o ser com o outro, e isso cansa meus caros... Ah se cansa...
Mas pelos outros, infelizmente, a gente não pode fazer nada, além de trocar ideias. Cada um aprende a seu tempo, ou não.
Apenas sugiro isso que pode simplificar um pouco sua busca: Se você souber o que não quer pra si já é meio caminho andado...
Confie em si mesmo, goste se si mesmo. O resto vem por acréscimo!


*LEIA  TAMBÉM


terça-feira, 27 de outubro de 2015

SOMOS INERENTEMENTE PERFEITOS

O QUE ACONTECE QUANDO ALGUÉM COMEÇA A TRABALHAR COM A MENTE?

Por que precisamos entender como funciona nossa mente? Porque se você não fizer isso, te garanto que a sua mente irá brincar contigo: alegre e depois triste, para cima e para baixo, oscilante e depressivo, depois excitado e fora de controle, apenas fazendo o que tem vontade. Esse conhecimento te ajuda a encontrar equilíbrio na sua vida. Por favor, entenda que o equilíbrio vem de dentro, da tua relação com a sua própria mente. Não tem nada a ver com o que acontece fora de você. 
O que acontece quando alguém começa a trabalhar com a mente?
A pessoa começa a viver em um mundo sem inimigos. Torna-se cada vez mais impossível localizar um ser que esteja contra ela. Quando a pessoa vê alguém como inerentemente maldoso ou inferior, pelo menos ela sabe que está alucinando. Fixações de todo tipo são reduzidas. A pessoa não se agarra tanto as coisas… Ela se torna capaz de transitar pelas experiências sem ficar presa nelas.
A verdadeira felicidade vem do coração de uma mente que se tornou mais estável, mais clara, mais presente no momento, uma mente aberta e que se preocupa com a felicidade dos outros seres, que é diferente de querer fazer os outros felizes (essa tarefa é pessoal e intransferível).  É uma mente que tem segurança interna, que sabe que pode lidar com o que quer que aconteça. É uma mente que não se agarra mais às coisas com tanta força; é uma mente que segura as coisas de leve. Esse tipo de mente é uma mente feliz. (...)
Enquanto estivermos fixados em nós mesmos nunca seremos felizes. Como nossa natureza essencial é o amor e a inteligência, não somos inerentemente maus. Somos inerentemente perfeitos. O que acontece é que essa natureza se tornou encoberta, como o sol encoberto por nuvens espessas. Pode ser que nos identifiquemos com as nuvens, porque não vemos o sol. Mas o sol está sempre lá. 
Enquanto dependermos de coisas e de outras pessoas para sermos felizes, nunca estaremos realmente satisfeitos, porque essas coisas são impermanentes, são transitórias e não seguras. A única felicidade verdadeira está dentro de nós. É onde ela está!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

NÓS SOMOS O CÉU

A GENTE CHOVE, FAZ SOL, SOLTA TROVÕES E RELÂMPAGOS.


O céu, sim. O espaço é o que somos. Livres de absolutamente tudo, podemos incorporar todos os personagens, encarar todas as vidas, adentrar todas as histórias, transitar por todas as visões, sem restrição, sem fixação. É isso o que já fazemos, sem saber, ainda que de modo muito limitado. Sofremos pois esquecemos que sempre estamos na encruzilhada, que sempre podemos mudar de rota, não apenas nos momentos de crise ou a cada década.
A ideia de personagem pode ser interpretado como máscara, que pra mim não faz sentido algum. Prefiro pensar nisso com a imagem de ator e personagem. Se você considerar um bom ator, não gente de “Malhação” e das novelas. Um bom ator é incorporado pelo personagem, do mesmo modo que nós SOMOS as identidades que manifestamos, os padrões, as estruturas, do mesmo modo que as emoções nos fisgam e os pensamentos nos pensam.
O ponto é: nós somos o espaço no qual tudo surge. Quanto antes nos identificarmos com esse espaço (e não com o conteúdo), melhor. Mais livre seremos!
Estar livre não significa estar longe. Pelo contrário, seremos mais apaixonados pela vida. Liberdade também não significa ausência de certezas relativas. Podemos até escrever um livro de filosofia. Mas como levá-lo a sério? Não acreditamos em nós mesmos, não de modo absoluto. Somos capazes de falar horas e logo depois rirmos de nós mesmos: “Liga não, eu sou louco”. Ou podemos nos dedicar a um blog sobre relacionamentos e falar de amor, mesmo sabendo que tudo é uma grande brincadeira, uma pegadinha da vida. O reconhecimento da impermanência não nos impede de dizer: “Eu te amo e te quero pra sempre!”. Nós vamos falar isso com todas as palavras, com toda a força, mesmo sabendo que é tudo incerto nessa vida, ou justamente por causa disso! Tudo pode acontecer, não há nada que não seja incerto (exceto a morte) ou uma grande piada, então já podemos relaxar e começar a rir e a encenar a mais grandiosa das peças.
No meio da dor, sem saída, naquela situação sem resolução, somos capazes de amar quando tudo nos força ao fechamento.
Nossa vida é o filme de nós mesmos. Nossa história é o que estivemos sonhando esse tempo todo. Por mais que tudo dê errado, a tela ao fundo é nossa redenção. Ainda que tudo desabe, nosso refúgio é o céu.

sábado, 24 de outubro de 2015

ZUMBIS EXISTENCIAIS

ELES ESTÃO POR TODA PARTE



Zumbis existenciais são pessoas que estão na piscina de bolinha, sabe? Estão bem no raso. Estão brincando ali. Elas não estão vivas de fato. Já morreram existencialmente, espiritualmente, emocionalmente, morreram na família, só falta morrer fisicamente. Vocês poderão encontra-las fisicamente ótimas, lotando as academias, os bares ou  lotando as salas de reunião.
São pessoas que não estão presentes na vida delas. Elas só vão se dar conta disso quando cair a ficha que a vida acaba. As pessoas pensam assim ‘não, não vamos falar da morte’. As pessoas não falam da morte e eu falo que a gente no Brasil tem uma cultura muito infantil.
Quando você coloca uma criança para brincar e alguém fala: ‘vamos brincar de esconde-esconde?’. Ela fecha os olhos. É como se eu não te vejo, você não me vê. E é como as pessoas se comportam com a morte. Ninguém fala disso. Ninguém olha pra isso.
Então a gente finge que ela não existe e a morte não olha pra gente. Só que não. Quando você se percebe mortal, percebe que sua vida pode estar se aproximando do fim, aí você se dá conta da importância de viver de maneira presente. De estar inteiro nas suas relações. De estar inteiro no seu trabalho. De estar inteiro numa relação afetiva. Na relação com seus filhos.
Essas pessoas que se ausentam destas relações, se ausentam dessas perspectivas, eu chamo de Zumbis existenciais.


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A BOA NOTÍCIA

ESSA TAL FELICIDADE  # RESENHA 

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A ideia é simplificar e desmistificar essa tal felicidade.
Pra começar, a boa notícia é que a verdadeira felicidade não está lá fora, no mercado para ser comprada ou conseguida através do melhor professor disponível. Um dos segredos mais bem guardados é o de que a felicidade pela qual nos esforçamos tão desesperadamente através de nosso cônjuge perfeito, nas crianças formidáveis, no trabalho agradável, na segurança, na saúde excelente e na boa aparência sempre esteve em nosso interior e está apenas esperando para ser revelada.
Saber que o que estamos procurando vem de dentro muda tudo. Mas isso não significa que você não vai ter um cônjuge, um carro ou um trabalho satisfatório e sim que você está descobrindo novos e surpreendentes caminhos. Sua felicidade não depende tanto de eventos externos, pessoas e situações que estão além de seu controle.
Todos já ouviram falar que a riqueza não compra felicidade, mas poucos vivem como se isso fosse verdade. Em um grau mais profundo, duvidamos disso e tentamos repetidamente assumir o controle de nosso ambiente externo e extrair dele as coisas que achamos que vai nos fazer felizes: posição social, segurança financeira e emocional.
Podemos analisar pela seguinte ótica, quando compramos algo, não pagamos com dinheiro, pagamos com o tempo de vida que tivemos de gastar para ter aquele dinheiro. Mas tem um detalhe: tudo se compra, menos a vida. A vida se gasta. E é lamentável desperdiçar a vida para perder a liberdade.
Eu acho que muitas pessoas em nossa sociedade desistiram de buscar essa felicidade de que falo, a felicidade que liberta. Elas perderam a esperança de encontrar a felicidade, a satisfação e alegria na vida. Elas pensam: 'Bem  a verdadeira felicidade parece não estar disponível, então eu vou me contentar com um aparelho de som melhor'. Ou elas estão apenas sendo levadas: 'Esqueça o prazer. Eu vou apenas tentar sobreviver a este dia'.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

OFERECER O MEU MELHOR ATIVA O MELHOR DOS OUTROS

A MANEIRA COMO NOS RELACIONAMOS DIZ MUITO SOBRE QUEM SOMOS


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Não faz sentido falar em pessoas falsas, malignas, burras, vingativas. Tais negatividades não pertencem a elas, não estão incrustadas na pessoa, não estão entranhadas no seu interior. São qualidades das relações que se manifestam de acordo com a posição em que elas estão na sociedade, na família ou entre amigos.
Quem aponta “Ele é chato” revela o tipo de relação que foi construída entre ela e a pessoa em questão, o modo como nasceram um ao outro. Não há chatice em ninguém ali. Portanto, se você reclama que vive cercado de pessoas superficiais, isso não diz nada sobre elas, mas diz muito sobre como você se relaciona.
Do mesmo modo, tudo aquilo que você pensa ser, sua “essência”, são apenas formas de relação que estabeleceu consigo mesma e com as pessoas, objetos, locais, com o mundo em geral. Bastaria cortarem todos os meus vínculos atuais, me incluindo em alguma outra realidade que me exigisse outras características que hoje não faz parte da minha realidade para eu começar a mudar 100%. O problema é que esquecemos essa mobilidade e congelamos as pessoas como se elas fossem algo independente do contexto e do nosso olhar construtor.
Se perdemos de vista essa natureza livre de atributos naturalmente daremos espaço a outros posicionamentos, olhares, gestos. O outro muda quando mudamos em relação a ele.
Para andar num mundo de pessoas abertas e generosas, começo me abrindo. Oferecer o meu melhor é já ativar o melhor dos outros. Por outro lado, se enxergo manifestações transitórias como essências imutáveis, se não considero a possibilidade de mudança como um potencial humano, isso é sinal de que estreitei minha visão, exatamente como aconteceu com aquele que precisa mudar e diz que não consegue .
Muitas vezes agimos de tal forma que nem percebemos o grande mal que estamos causando para as pessoas e para nós mesmo. Estando a procura de personagens vencedores, seremos sempre insatisfeitos. Enquanto estivermos preocupados com isso, seremos incapazes de reconhecer outro ser.
É inútil imaginar um mundo melhor e discursar sobre qualquer transformação, inclusive a  social, se continuamos congelando as pessoas ao nosso lado. 


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

CUIDADO COM SUAS VISÕES TEÓRICAS SOBRE RELACIONAMENTO

DEIXE DE IDEALIZAR (SOBRE O QUE É UMA RELAÇÃO)



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O relacionamento que mais precisamos melhorar não é com a esposa ou com o marido, mas com a realidade — é ela que temos de ouvir e abraçar mais.
Em tese sabemos palestrar sobre ciúme, poliamor, traição, convivência, divórcio, sedução… “Amor é isso, casamento é assim…” Temos uma grande teoria e vivemos a partir dela, gerando um conjunto de regras implícitas, pois nunca detalhamos direito cada uma de nossas expectativas sobre como os outros deveriam se comportar. 
Várias visões das quais nos orgulhamos, que defendemos em conversas, que compartilhamos em citações e vídeos pela internet, são visões que estão construindo nossos futuros sofrimentos. A tragédia é que o efeito surge muito longe da causa. Se o ciúme e o controle são tratados como naturais e necessários, por exemplo, como esse olhar vai ajudar em meio a uma experiência de traição?
Mesmo no fundo do poço, quando tudo deu errado, nos agarramos aos mesmos pensamentos que nos levaram até ali. Desconfiamos de tudo e todos, menos de nossa teoria sobre o que é uma relação. Depois, quando saímos da crise, levamos junto suas sementes: confusões emocionais envelopados em um discurso bem coerente (do qual a vida sempre ri, afinal nunca foi consultada).
Precisamos de um critério para manter ou descartar premissas sobre relacionamentos. Há quanto tempo estamos sustentando essa visão? Ela realmente nos ajudou? Por mais bonita que seja, ela traz sabedoria ou mais confusão? 
Em geral, nossa teoria é bem lapidada, porém descolada do que realmente acontece por aí. A realidade nunca justifica as reações negativas que parecem tão inevitáveis em nossa bolha. Um ato violento dificilmente aconteceria se as paredes de casa fossem transparentes ou se algum grande amigo chegasse acendendo a luz de nosso apagão momentâneo.
Todos nós temos a capacidade de investigar os processos mais sutis do mundo interno das nossas relações . Mas para isso é melhor abdicar do posto de especialista. Em vez de discursar tanto, olhar mais.