quinta-feira, 26 de março de 2020

NOSSO TIPO DE PAPO

PAPO RASO PAPO FUNDO PAPO RETO




Se você é uma pessoa do tipo papo fundo, que pensa muito sobre a vida, sobre a morte da bezerra, o universo, as relações interpessoais, as energias e tudo isso, você tem o mesmo problema que eu.
Pô, muito legal, né? Dá aquela sensação de que você não veio ao mundo a passeio, de que você vai sempre conseguir transformar o seu entorno — ou ser transformado por ele, vai depender do entorno — e de que o mundo é um lugar interessante de verdade. Seu papo é reto. Que astral!
Por outro lado, sabe o que não é o maior astral? Pode ser que você deixe os seus amigos um pouco exauridos. E, aqui, estamos usando "amigos" como uma forma sutil de mencionar toda e qualquer relação que você estabeleça.
Sou uma dessas pessoas que amam conversas profundas e, às vezes, encontro pares por aí e aí dá pra fazer uma analise pelo lado de fora.
A pessoa profunda não entra na verborragia de reflexões sem dar pequenos sinais de loucura. Antes de puxar um assunto tétrico, elas arregalam os olhos e pegam mais fôlego do que o normal para começar o monólogo. É nesse momento mesmo que o interlocutor já começa, também, a hiperventilar pensando "AH PRONTO, LÁ VEM ELA".
Ao mesmo tempo em que sinto compaixão por quem escuta (querendo ou sem querer) os delírios de gente profundona, tenho real curiosidade sobre o que a galera que não é assim, as papo raso, pensa o dia inteiro. Será que é sobre as coisas práticas que resolvem a vida, tipo o planejamento mensal que nunca fiz? Ou será que todo mundo, inclusive os de papo raso, viaja na maionese mas algumas pessoas têm o dom de pensar e não falar?
Tá aí um probleminha de gente intensa. Elas parecem simplesmente incapazes de guardar qualquer assunto intrigante pra si mesmas. 
Em geral, pode ser que a gente aborreça, choque ou ofenda o amiguinho (quando não consegue a proeza de fazer tudo isso simultaneamente, mesmo sem intenção). É importante prestar atenção no momento de encerrar essas conversas: geralmente, é quando o ouvinte começa a ficar impaciente. Toda pessoa profundona deveria fazer um pouco mais de silêncio.
Enquanto não atingimos esse grau de generosidade, desejo força e sorte a todos aqueles que nos aguentam kkkkkkkkk


sexta-feira, 13 de março de 2020

PROBLEMA SUPERDIMENSIONADO #KEEPCALMCORONAVÍRUS

MANIPULAÇĀO DO MEDO X BOM SENSO 




A COVID-19 (mais popularmente conhecido como Coronavírus), tem se espalhado rapidamente ao redor do mundo, já sendo encontrada em cerca de 40 países do globo — incluindo o Brasil.
Enquanto a doença se espalha, o medo também se alastra pela população, já que a forma como as pessoas falam sobre a doença faz parecer que se trata do vírus do apocalipse, que irá assolar a humanidade e cuja infecção é uma sentença de morte — tratam a coisa em um tom do tipo “pegou, morreu” e “salve-se quem puder”, e nada está mais longe da verdade.
Da maneira que as informações vem sendo divulgadas, vejo que as pessoas estão exagerando os riscos da doença, criando um estado de pânico que também deveriam ser combatido pelos governos e profissionais de saúde pública, pois esse pânico generalizado acaba atrapalhando os esforços de combate à doença. Claro, uma parte desse pânico provém do fato de este ser um vírus que, até pouco tempo, era completamente desconhecido e que ainda não possui uma vacina para combatê-lo, mas se a gente procurar se informar mais, já existem informações suficientes para cravar que não se trata de uma doença tão grave quanto o que está sendo ventilado por aí.
Boa parte da preocupação, principalmente entre os profissionais de saúde, não é por conta da mortalidade da doença, mas sim pela velocidade com a qual ela se espalha e pelo fato de ser um tipo de vírus até então desconhecido pela medicina, o que obriga os médicos e pesquisadores a tentar desenvolver uma vacina para prevenção, ao mesmo tempo que tentam conter uma pandemia, tornando ambas as tarefas muito mais difíceis.
A COVID-19 não apenas possui os mesmos sintomas de uma gripe comum, mas também é transmissível da mesma forma. Assim, tudo o que uma pessoa precisa fazer para ser infectada pelo vírus é entrar em contato com a saliva de alguém infectado. Seja por contato direto e voluntário e involuntário  ou mesmo indireto (como, por exemplo, tocar em um dinheiro que foi infectado e, antes de ter a oportunidade de lavar a mão, coçar um olho, por exemplo).
Agora, o que faz com que a doença se espalhe em uma velocidade alarmante é justamente o fato de ser um vírus totalmente novo: desde que mamamos, quando bebês, nosso corpo já possui anticorpos que estão acostumados com o vírus da gripe, e conseguem identificá-lo e combatê-lo antes que eles possam fazer mal para nosso corpo. É por isso que normalmente só ficamos gripados quando a imunidade do nosso corpo cai (como, por exemplo, por causa de estresse ou por uma mudança significativa e repentina na temperatura), mesmo que estejamos praticamente o tempo todo em possível contato com o vírus da gripe.
O mesmo não ocorre com o corona: por ser um vírus totalmente novo, nossos anticorpos não estão preparados para identificar e reagir rapidamente, e por isso, qualquer pessoa que entra em contato com ele acaba sendo infectado, o que nāo é necessariamente grave, dependendo da fragilidade da pessoa em questāo.  Assim, a melhor forma de prevenção para a COVID-19 é a mesma proteção antigripe. Quando isso for possível, claro! NEM SEMPRE DÁ!
Assim, os especialistas acreditam que há apenas duas possibilidades para a COVID-19: ou a doença se tornará cada vez menos transmissível com o passar dos meses, até finalmente “morrer” (como aconteceu com outros vírus parecidos), ou então se tornará uma doença como a gripe comum, estabelecendo-se como uma ameaça constante ao corpo humano, mas perdendo uma boa parte de sua periculosidade com o passar do tempo.
Todos sabemos que o mundo já enfrentou e superou desafios muito maiores e mais graves do que o coronavírus, como a varíola, o ebola, a peste bubônica e a gripe espanhola. E tudo isso numa época em que a ciência não contava com o volume de conhecimento e de tecnologia de que dispõe agora. 
Então, por que a manipulação do medo está vencendo o bom senso nessa batalha? Sobretudo, porque vivemos, com a internet, a era em que a informação foi banalizada. Cada um tem seu próprio meio de veicular a própria versão dos fatos ou a versão que mais lhe interessa.
Resultado: hoje, muitas vezes, a verdade ou o cuidado com a informação é o que menos importa. Um salve-se quem puder sem salvação à vista no curto prazo.




MEDĀO #COVID 19

A ÚNICA COISA QUE TEMOS A TEMER É O PRÓPRIO MEDO




O mundo hoje tem acordado em alerta devido à epidemia do vírus COVID-19, o corona.
O alerta deve vir acompanhado sempre de informações de prevenção, procura de ajuda, tratamentos, entre outras; contudo, é necessário estar atento a como esse alerta é emitido, pois há um perigo ainda maior do que a epidemia do vírus: a epidemia do pânico, o MEDĀO.
Todos, sem exceção, quando falam do coronavírus tratam do assunto como se fosse um ebola ou uma nova peste negra incontrolável que em breve poupará apenas os que se isolaram.
O pânico é um estado mental que contagia não somente quem está próximo, mas também pessoas conectadas às redes sociais, canais de televisão e qualquer outra forma de comunicação tecnológica. O ser humano, por ser uma espécie que vive em grupo, tem maior facilidade em contagiar e se contagiar por fortes emoções. Hoje, a ciência já descobriu que, quanto maior o vínculo entre pessoas, maior é o contágio psíquico entre elas, por isso, um indivíduo ri quando outro ri, chora quando o outro chora, sente fome, ânsias etc..

O estado de pânico é uma condição primitiva, ou seja, assim como em todos os animais, ele garante desde sempre a sobrevivência do indivíduo ou do grupo. No ser humano, por possuir uma consciência mais desenvolvida, o pânico não surge somente da forma instintiva “ação-reação”, como um cão fugindo do carro. O pânico passa a ser um estado mental em que o indivíduo ou grupo acaba por permanecer em estado constante de pânico, se estimulado. Parte da grande mídia, com suas notícias sensacionalistas, cumpre o papel de trazer esse estado de pânico para a gente ininterruptamente, que por sua vez, acaba por contagiar outros indivíduos por meio das redes sociais, gerando um efeito epidêmico de pânico.
O que eu vejo e estou falando aqui é uma espécie de onda deliberada e desproporcional de criar alarde a cada boletim sobre a doença, seja nos Estados Unidos, seja no Brasil, na China ou em qualquer outro lugar do mundo. Parece haver um prazer sádico, mórbido de espalhar histeria no planeta e trombetear o fim dos tempos.
O contágio de pânico não acontece somente hoje, diante da epidemia do coronavírus. Basta lembrar as filas intermináveis da vacina da febre amarela, a procura por gasolina na greve dos caminhoneiros.
Diante disso, o que a gente pode fazer? Obter informações consistentes e reais, se realmente necessário consultar profissionais.
O pânico gerado, serve somente para atrapalhar uma situação que já é complexa.