quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

DESPERTAR

SAIA DO MODO AUTOMÁTICO DE VIVER A VIDA 


Se você anda confuso, angustiado, ansioso ou desanimado, pode ser que esteja sendo omisso com relação à SUA VERDADE. Pode ser que esteja buscando realizar sonhos que não são seus ou cumprir o que se entende por “exigências da sociedade”. Pode ser que ainda não tenha se alinhado com o seu propósito de vida, um dom.
Existem várias verdades, é fato. A mãe tem a verdade que acredita ser a do filho, o marido a que acha ser a da esposa, o amigo a que acha ser a do outro, o professor a que acha ser a do aluno, a sociedade as que acredita serem as ideais para cada um. Não por mal, mas acabam exigindo – ainda que de forma indireta – que você a viva. Que realize a verdade que eles escolheram pra ti. Talvez a que soa melhor, a “mais certa” ou a mais segura. A mais comum ou a mais previsível...
Contudo, cada ser humano tem a sua própria verdade. Com a sua bagagem emocional e existencial que só ele sabe o peso que tem. Com as vivências que sentiu e os resgates pelos quais clama a sua alma. Com a sua impressão do mundo, que é como impressão digital – única e inconfundível. Com os seus dons e talentos latentes ou camuflados. Só essa verdade é legítima: a verdade íntima de cada um.
A sua verdade, personalizada e intransferível, só pode ser reconhecida, respeitada, defendida e vivida por você. Por isso, não adianta esperar que os outros façam por você. Ou, pior: tentar viver a verdade frustrada dos seus pais ou pensar que, no futuro, os seus filhos conseguirão viver a sua. É ilusão na certa. Faça a sua parte, preocupe-se consigo. Deixe que os demais descubram e vivam as suas próprias verdades.
E a verdade de cada um se relaciona, inexoravelmente, com dar sentido à sua vida, encontrar seus dons e talentos - sejam eles quais forem - descobrir uma forma de colaborar na humanidade, se realizar e encontrar a plenitude. Essencialmente, traduz sair do modo automático de viver a vida. Despertar. Empolgar-se, motivar-se, emocionar-se, desejar fazer muito, fazer melhor, fazer a diferença.
Como descobri-la? Silenciando a mente e tentando ouvir o coração. Estudando para se autoconhecer. Observando o seu jeito de ser e a sua história. Atentando para os sinais que o universo manda. Permitindo-se novos olhares, entregando-se ao que é superior.
Será difícil soltar o grito de liberdade!? Sem dúvida... Afinal, possivelmente foram anos de aceitação e retraimento. Por isso é importante estar afinado, embasado, aceito internamente. Provavelmente você será questionado, desacreditado, talvez até chamado de insano. Mas vale a pena... Entre ser bonzinho e ser realizado, fique com a segunda opção!
Perder uma vida inteira por falta de coragem, definitivamente, é uma loucura. E não deixe para se dar conta disso lá no fim, quando não houver mais tempo – ou energia – para a grande virada. Sem contar que não fazemos a menor ideia de quando o tal fim efetivamente chegará...


terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A COLHEITA

ESCOLHEMOS O QUE COLHEMOS


Por mais que a vida nos prove que não existe mal que dure para sempre, tampouco caráter que não se desmascare ao longo dos dias, teimamos em querer que as coisas se resolvam para ontem, que as pessoas sejam conhecidas o mais rápido possível, que tudo se ajeite rapidamente. E, enquanto ruminamos o que ainda não ocorreu, vamos perdendo chances preciosas de desfrutar tudo o que já é, já está, já acontece.
Em primeiro lugar, nem tudo aquilo em que acreditamos é real, é o correto, é o merecido. Nossas verdades não são absolutas, ou seja, poderemos estar esperando acontecer alguma coisa que jamais terá condições de se concretizar. Nem sempre estaremos certos, nem sempre mereceremos obter o que pensamos ser nosso por sei lá qual direito.
Criamos expectativas muitas vezes inalcançáveis, à medida que não movemos uma palha para realizar nossos desejos, não saímos de nossa zona de conforto, nem oferecemos algo que possa vir a retornar algo em nosso favor. Nesses casos, muitos continuam agindo da mesma forma, esperando resultados novos; permanecem se sentindo injustiçados e inutilizados, sem nem ao menos tentar mostrar o potencial que pensam possuir.
Estamos tão presos ao que o outro tem, inebriados que somos pelos apelos midiáticos que atrelam o sucesso ao acúmulo de bens materiais, dissolvendo valores éticos em meio a valores de mercado, que mal olhamos para nós mesmos e ao que fazemos de nossas vidas. Esperar pelos ajustamentos que o tempo sempre traz não significa, portanto, que seremos agraciados caso não mereçamos, ou que o outro não receberá o que nós achamos que ele não mereça.
Caso estejamos seguros quanto ao que vimos fazendo, caso tenhamos pautado nossas ações pela retidão e pela ética, obviamente colheremos bons frutos futuramente, pois uma coisa que a vida possui é gratidão. Da mesma forma, todos aqueles que agirem de forma vil, semeando vendavais, acabarão encontrando as consequências com as quais arcarão às duras penas. O tempo, a vida, o universo, tudo concorre ao ajustamento das ações e das omissões de cada um. E assistir a isso sempre será mais uma lição.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

SOBRE A EMOÇÃO NEGATIVA

A EMOÇÃO NEGATIVA É TÓXICA AO CORPO E INTERFERE EM SEU EQUILÍBRIO






Afinal, o que é uma emoção negativa?
É uma emoção que é tóxica ao corpo e que interfere com o seu equilíbrio e o funcionamento harmonioso. Medo, ansiedade, raiva, rancor, tristeza, ódio ou intensa antipatia, ciúme, inveja – são emoções que afetam o coração, o sistema imunológico, a digestão, a produção dos hormônios e assim por diante.
Até mesmo a medicina tradicional, embora ela saiba ainda muito pouco sobre como o ego opera, está começando a reconhecer a ligação entre os estados emocionais negativos e a doença física.
Uma emoção que faz mal ao corpo também infecta as pessoas com quem você entra em contato e, indiretamente, inúmeros outros. Há um termo genérico para todas as emoções negativas: infelicidade.
Será que as emoções positivas têm, então, o efeito oposto no corpo físico? Será que elas fortalecem o sistema imunológico, revigoram e curam o corpo? Ela o fazem, na verdade, mas precisamos diferenciar entre as emoções positivas que são geradas pelo ego e as emoções mais profundas que emanam do seu estado natural de hamonia.
As emoções positivas geradas pelo ego já contêm em si mesmas o seu oposto em que elas podem rapidamente se transformar. Aqui estão alguns exemplos: O que o ego chama de amor é a possessividade e o apego, que pode se transformar em ódio em questão de segundos.
A expectativa sobre um evento futuro, transforma-se facilmente em seu oposto – decepção ou desânimo – quando o evento termina ou não preenche as suas expectativas. Louvor e reconhecimento o fazem se sentir vivo e feliz um dia; ser criticado ou ignorado o tornam deprimido no dia seguinte. O prazer de uma grande festa se transforma em frieza e ressaca na manhã seguinte.
Emoções geradas pelo ego são derivadas da identificação da mente com fatores externos que são, é claro, instáveis e sujeitos a alterações a qualquer momento. As emoções mais profundas não são realmente emoções, sob qualquer condição, mas estados do seu Ser
As Emoções existem no reino dos opostos. Os Estados de harmonia (estados do seu ser) podem ser obscurecidos, mas eles não têm oposto. 
Eles emanam de dentro de você como o amor, a alegria e a paz, que são aspectos de sua verdadeira natureza.



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

"ONDE JÁ NÃO SE PODE AMAR, DEVE-SE PASSAR".

O CAMINHO DO CORAÇÃO É PURO AMOR


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Onde não houver amor, não se demore. Essa frase, de autoria controversa, costuma ser interpretada, à primeira vista, como uma frase de amor romântico não correspondido: se você ama e não é correspondido, parta para outra imediatamente, sem perder tempo. Ou, a amores líquidos, que passam rápido – o famoso, “a fila anda”. Claro, essas são interpretações possíveis.
No entanto, podemos pensar de uma forma mais complexa sobre a ideia dessa frase. A interpretação acima usa a palavra “amor” no sentido de carência. Você está carente, sentindo um vazio existencial e vê no outro a possibilidade de preencher esse vazio. Um amor tipo band-aid. Então, quando você acha que há amor – mas não há, conforme diz a frase - não se demore e corra para procurar outro curativo para sua ferida.
Mas, bem, essa não é a definição de amor que eu mais aprecio na filosofia. O amor que aprecio não é o da falta, do desejo, mas sim, é o amor do mundo que se apresenta à sua frente, do mundo real. Algumas coisas aumentam nossa potência, nos alegram; outras, sugam nossa energia, nos entristecem. Amamos o que nos alegra, o amor nada mais é do que a alegria, acompanhada da ideia de uma causa exterior.
É como se tivéssemos um nível de energia médio, que chamaremos de “A”. Enquanto vamos vivendo, encontramos coisas que nos potencializam, aumentam essa energia, nos deixam animados, sorridentes. Aumentam nossa energia para um nível que chamaremos de A+1, A+2, A+3..., dependendo da intensidade.
Por exemplo, tem pessoas de quem gostamos muito que tem um poder enorme de nos alegrar. Assim, se seu dia está indo de forma mediana, é só encontrar com eles, que a energia sobe para A+; sempre, invariavelmente. Essas pessoas é uma “poção de energia” para nós. Outras várias coisas tem esse poder sobre nós. Ouvir música, por exemplo; viajar: treinar...
No entanto, o mundo nos entristece, muitas vezes. Sofremos acidentes, somos assaltados, perdemos dinheiro, ficamos doentes, pessoas nos destratam, etc. Esses fatos fazem o contrário: pegam nossa energia nível A e levam para A-1, A-2, A-3.... Então, estou vivendo meu dia de forma mediana e torço meu pé em uma atividade física. Aquilo me deixa para baixo, suga minha energia.
Nossa vida oscila dessa maneira. Muitas coisas temos controle, como por exemplo, ouvir uma música ou passear; no entanto, muitas coisas não temos absolutamente controle algum.
Pois aí que entra a tal frase citada no começo. Gosto de pensar essa frase assim: onde não houver amor – ou ALEGRIA - , não se demore. Onde há tristeza, não se demore. Onde há frustração, dor, queda de potência, não se demore. Aí você pode pensar: claro, quem faria isso conscientemente? Pois é, meio que todo mundo. Como? Ora, reclamando, falando mal de pessoas que nos entristecem, gastando tempo em coisas que somente sugam nossa energia.
Por exemplo, vou a um supermercado e o caixa comete um grande erro comigo. Perco tempo, dinheiro e paciência. Preciso chamar o gerente para resolver esse pepino. Minha energia cai para A-5. Então, ao finalmente me livrar do problema, o que faço? Fico falando dele para todo mundo, escrevo um textão no Facebook para contar a todos minha indignação, fico arrumando argumentos sem fim para provar que eu estava certa e que vivi um absurdo, etc, etc, etc... Sim, nesse caso, estou me demorando onde definitivamente não há amor.
Se não há como evitarmos as tristezas, as quedas de energia, há como escolhermos não nos demorar nelas, não gastar tempo com elas, não passar para frente, tentar nos livrar o mais rápido possível disso. Como? Ora, vá passear, como eu; ouça música, leia um livro, passe um tempo com alguém que você realmente ama (ou seja, alguém que lhe alegra).
Ah, mas a pessoa fez isso ou aquilo para mim, eu vou simplesmente esquecer? Resposta: sim!! Afinal, o agressor, no caso, não está sendo afetado de verdade pela sua raiva, indignação, fofoca, etc. Você está se acabando sozinho, enquanto a causa de sua tristeza não está sendo afetada em nada. O afeto está EM VOCÊ.
É como quando você bate o dedinho do pé na quina da cama. A quina da cama agrediu seu pé, mas a dor é toda sua! Se você ficar um dia inteiro contando o quanto você sentiu dor quando bateu o pé, você só prolonga a dor. Você se demora onde não há amor. E a quina da cama continua lá, ilesa e sem sentir nada.
Então, pensemos nessa frase dessa forma: nas coisas sobre as quais você não tem controle e que definitivamente reduzem sua energia e seu ânimo, não se demore. Deixe ir. Apenas foque em manter sua energia de A para cima. Nas coisas sobre as quais você tem controle, escolha o melhor caminho. Livre-se das quinas que você tem o poder de se livrar (um relacionamento abusivo, um trabalho odiado, etc).
É claro que há coisas muito grandes, tragédias, dores muito intensas, como o luto pela perda de um ente querido. Nesses casos, a energia cai para um nível quase insuportável, perto da morte, mesmo. Obviamente, não será uma voltinha no parque ou uma música que lhe colocará em equilíbrio imediatamente. No entanto, não é dessas situações que estou falando. Essas, ainda bem, são exceção. A maioria das coisas que nos tiram do eixo e nos aborrecem no dia a dia são coisas pequenas. No entanto, a somatória de coisas pequenas que insistimos em não largar exaure nossa energia.
Gosto de pensar um pouco nessa coisa do mundo que encontramos como um jogo de videogame, desses que você vai andando e encontrando desafios. O cenário vem até você, apresentando desafios e itens de poder. Nesse caso, é como se esbarrássemos em um inimigo que deixa o Mário pequeno, suga parte de sua energia, e em vez de seguir em frente no jogo, em busca por um novo cogumelo para voltar a crescer e de outros poderes para deixar o Mário mais preparado para enfrentar o mundo, não, ficamos lá, parados no lugar que nos deixou pequenos, reclamando, resmungando.
A ideia é sempre seguir em frente, buscando potencializar nossa energia. Deixar ir aquilo que nos exaure. Lembrando que a quina da cama continuará para sempre indolor, enquanto seu dedo é que sente o afeto. A quina da cama pode ser um serviço mal feito, um chefe desrespeitoso, uma torção no pé, uma gripe, um erro de estratégia. Deixe ir.
Uma vez vi em uma crônica da Martha Medeiros a expressão “afogar-se em um pires”. Gosto da imagem que essa expressão traz à minha cabeça: uma pessoa rolando, esperneando, quase se afogando em uma pocinha, dentro de um pires. Há oceanos que nos sugam, mesmo; justamente para enfrentarmos as grandes tempestades, temos que estar com todos os nossos “poderes” carregados. Senão, realmente, “qualquer trovão mete medo e você está sempre temendo a fúria de tempestade”.
Não é uma questão de reprimir sentimentos, fingir que não existem. Eles existem, claro. Você cai, tropeça, rala o joelho. Mas “reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Caiu, doeu, perdeu potência, esforce-se para levantar rápido e seguir em frente. Às vezes, meio dolorido, meio torto, mas sempre em frente, deixando para trás as quinas de cama e procurando recuperar-se para o nível A e ganhar cada vez mais potência, cada vez mais vida.



PRIMEIRO OLHE PARA DENTRO

RESPEITE MAIS INTENSAMENTE O SEU CORAÇÃO



Respeite mais intensamente o seu coração.
Pois através  do seu coração  surge a única luz que pode iluminar a vida e torna-la clara a seus olhos.
Eis a coisa mais difícil de se conhecer - o seu coração. 
Antes que as amarras da personalidade sejam soltas, o profundo mistério do eu não pode começar a ser visto. Enquanto você não sair do caminho, ele não  se revelará de modo algum.
A coisa fundamental a ser entendida é que você  não pode conhecer sua própria natureza, seu proprio coração, seu proprio ser, por causa de sua personalidade, se você cria uma entidade falsa  ao seu redor. Vivemos encerrados dentro de personalidades. As várias personalidades são falsas. Elas são simplesmente, máscaras, fachadas a serem mostradas aos outros. 
A palavra personalidade é muito significativa. Ela se origina da palavra grega persona. Persona significa máscara. Nos dramas gregos, os atores usavam máscaras, faces falsas. Essas faces falsas eram chamadas personae. E foi dessa palavra que se originou a palavra personalidade. Ela ê perfeita. Significa que você está agindo com uma face falsa. Ela não é você está se ocultando por trás da face falsa, porque não  pode revelar a sua verdadeira face. Mas esse hábito torna-se tão arraigado que você pode se esquecer completamente de sua face original. Mostrando suas falsas faces aos outros, aos poucos você se identifica com elas e começa a pensar que elas são as suas faces. Então, sua face original, sua face real, permanece oculta.
O que quer que você faça, como quer que você aja, seja o que for que você diga, lembre-se sempre de ver se isso vem de seu coração ou de sua personalidade. Distinga claramente. Isso lhe será  de grande auxílio na busca interior.
Quando você diz a alguém: Eu te amo- de onde está vindo estas palavras? De onde? Qual a sua origem? Você esta dizendo apenas de um modo polido, como uma formalidade, uma etiqueta, ou está dizendo para expressar algo. Muitas vezes você não poderá expressar as coisas do seu coração, alguém  dirá: Que absurdo você está dizendo? A face falsa precisa estar presente. Só então você vai poder "tomar "do outro o que quer.
Assim, você continua a cultivar a sua personalidade. Quando se sente magoado, triste interiormente, mesmo assim, você continua a sorrir. Considere se o seu sorriso apenas um sorriso pintado em seus lábios ou se ele nasce lá de dentro. A fonte se encontra em algum lugar lá dentro, ou não há nenhuma fonte, e ele é apenas um sorriso pintado? Quando você sorrir, observe o seu sorriso e poderá saber se ele é falso ou real.
É certo que em alguns lugares, a persona é necessaria. Mas deve ficar claro que, nesses casos, trata-se da persona. Você não  deve se deixar enganar por sua representação. Não deve se identificar com a sua representação! 
Mas você precisa saber o que é uma máscara e o que é real. Precisa estar ciente daquilo que está acontecendo dentro. O que acontece no interior e o seu ser real e o que acontece na superficie, apenas uma utilidade social. Se você pode fazer uma distinção nitida entre você e sua personalidade, então  a personalidade torna-se como uma roupa. Você  pode abandoná-la qualquer momento e ficar nu.
Essa distinção é necessária para que pelo menos em seu quarto, você possa colocar sua personalidade de lado e tornar-se real.
Freud se conscientizou - quando iniciou a psicanalise ele ainda não havia se conscientizado disso, mas, aos poucos, percebeu que os pacientes diziam coisas que não eram verdadeiras, apenas para deixa-lo feliz, para confirmar suas teorias porque, quando Freud ficava feliz, eles também ficavam felizes - somente depois de muito tempo foi que ele se conscientizou de que o que os pacientes diziam não  era verdadeiro.
Seja verdadeiro. Jogue fora suas máscaras. Qualquer coisa autêntica o ajudará a mover-se para dentro, qualquer coisa não verdadeira o ajudará a mover-se para fora.
Essa é o mundo de ilusão. Quanto mais você se move para fora de si mesmo, tanto mais você se move na ilusão; e quanto mais você  vai para dentro, mais você se move na realidade. 
Até dá pra viver usando uma face falsa quando se dirigir para fora, mas quando se dirigir para dentro livre-se completamente dessa face. Não permaneça identificado com ela, não a carregue para dentro. Um dia poderá vir no qual você se tornará tão forte que até mesmo quando se dirigir pra fora você gostará de se comportar com sua face verdadeira, mas isso depende de você. Primeiro olhe para dentro e, pelo menos momentaneamente, coloque de lado sua personalidade.


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

PERDAS E GANHOS

A VIDA NO MELHOR E NO PIOR



Viver implica inevitáveis perdas e ganhos, tendo ambos uma importância extrema ao nosso amadurecimento pessoal. No entanto, é muito difícil aprendermos a lidar com os aspectos negativos e que incomodam o nosso caminho, pois eles parecem se fixar em nossas memórias de forma indestrutível, perseguindo-nos enquanto vivermos. E, enquanto não conseguirmos digerir os obstáculos com lucidez e maturidade, não estaremos preparados para aproveitar todo o prazer inerente aos aspectos positivos que nos circundam diariamente.
Teimamos em nos prender ao que se foi, ao que já não tem mais razão de ser, ao que poderia ter sido e, enquanto isso, a vida passa lá fora, com todas as novas oportunidades que sempre traz consigo, muitas delas nos estendendo as mãos inutilmente. Sem que nos desapeguemos daquilo que já cheira a mofo, é impossível que abracemos o novinho em folha. Caso fiquemos lamentando aquilo que não deu certo, não teremos forças para fazer algo dar certo. Lágrimas excessivas acabam cegando nossos sentidos, enganando nossa percepção de mundo, retirando todo o colorido da vida de nosso olhar.
Existem tragédias cujas consequências são por demais dolorosas e inevitavelmente nos marcarão tão fundo, que jamais seremos os mesmos após o ocorrido. São os divisores de água que demarcam o antes e o depois em nossas vidas, são os alarmes necessários a que acordemos frente à finitude da vida, à pequenez de cada um de nós diante das forças que circundam o universo.
Para que possamos passar por tudo o que a vida nos reserva, no melhor e no pior, sem nos perdermos, vale nos prepararmos enquanto há luz do dia. Nos momentos de calmaria, é preciso aproveitar os momentos, desfrutando-os junto com amigos e familiares, cultivando nossos relacionamentos com as pessoas que serão nosso arrimo, nosso porto-seguro, sempre que precisarmos. Vale acolhermos com amabilidade a todos que convivem conosco, pois a ajuda muitas vezes vem exatamente de quem menos esperávamos, de alguém em quem nem prestávamos atenção.
Temos que nos permitir sermos eternos aprendizes, a estarmos inacabados, em formação, abertos à reorganização dos pensamentos, ao enfrentamento de verdades. É necessário criar uma consciência elástica, flexível frente às mudanças que abalarão tudo o que pensávamos saber a respeito das coisas, das pessoas, dos sentimentos. Compreender a própria finitude e a certeza de que nada nesta vida é certo nos assegura a capacidade de nos reinventarmos a cada abalo sísmico de nossos sentidos.
Valorizar os ganhos e aprender com as perdas, no sentido de reconstruirmos o nosso caminho, mesmo que às duras penas, eternizará em nossas lembranças tudo aquilo que deverá ser o alicerce de nossos pensamentos e ações enquanto estivermos dispostos a encontrar felicidade (lê-se paz de espirito), pois que, tendo conhecido a escuridão, os caminhos de luz serão ainda mais mágicos e especiais.



terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

COMPLICÔMETRO

QUANDO O JULGAMENTO ALHEIO NOS DEIXA ESTATICOS





Pensamos 24 horas por dia, ininterruptamente. Até nem seria mau, se pelo menos fossemos inteligentes conosco próprios. Quantas e quantas vezes não agimos em função das infinitas hipóteses do que terceiros vão pensar. Quantas não são as teorias da conspiração sobre o comportamento alheio. Os outros, os tais outros…são iguais a nós! Porque custa tanto ser afinal verdadeiro? Porque agimos na maioria das vezes em função de efeitos esperados? A previsibilidade nos comportamentos é tão alta, que a imprevisibilidade em ser genuíno gera efeitos surpreendentes. Não deveria ser ao contrário? A genuinidade não deveria causar espanto, mas no entanto, pode causar dor, tristeza e arrastar mágoas por uma vida. Como ser então verdadeiro sem ser cínico? Apenas conheço uma forma, com educação. Não somos responsáveis por ninguém, mas somos responsáveis pelo que deixamos de nós nos outros. O medo não pode acovardar-nos ao ponto de deixarmos de ser nós próprios. No dia que percebermos que cada um faz com o seu caminho de vida o que entender, percebemos que na interacção com os outros apenas temos de assegurar a nossa parte, e a nossa parte deveria corresponder apenas à nossa verdade. O julgamento alheio deixa-nos castrados, soterrados, e estáticos perante a possibilidade de dar um passo. Um passo que poderia fazer toda a diferença…mas o retorno desse passo pode atirar-nos para patamares associados a maus sentimentos. Basicamente, cancelamos ao longo da vida várias oportunidades únicas com base em supostas reacções de terceiros, elaboradas dentro da nossa cabeça. O receio das infinitas hipóteses do que possam pensar de nós, remete-nos para um verdadeiro esgoto existencialista. Deixamos de viver de acordo com a nossa verdade, apenas fundamentados pelo que achamos que os outros pensarão de nós. A partir do momento que abdicamos da nossa verdade, estamos a atirar com as nossas escolhas de vida para uma maré de sortes, à espera que talvez alguém adivinhe o que nos passa no pensamento. Porque não tentar e sair da zona de conforto? Não apenas pela experiência, mas pela liberdade que nos confere a atitude de francos e genuínos. Só nos custa sair da zona de conforto a primeira vez, e quando saímos temos uma sensação de liberdade única. Não passamos mesmo do chão se formos verdadeiros, nem sempre o julgamento alheio é semelhante ao que tínhamos imaginado, e acima de tudo, sentimo-nos muito mais completos como pessoas.


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

IMAGEM CRIADA

SINCERAMENTE!



Sinceramente! Já não chega de viver para impressionar os outros?! Temos apenas uma verdade, a nossa! Não somos mesmo obrigados a transmitir uma imagem admirável. É penoso ver o esforço terrível na criação de imagens de felicidade. Realmente já pensaram no retorno que temos da imagem criada? É um retorno assim tão grande que valha a pena abdicar da nossa verdade? A nossa verdade é una, e intransferível. É esta que temos de encontrar, os princípios e valores que nos pautam, são um direito, nunca uma obrigação. A imagem cria obrigações perante terceiros demasiado caras de ser mantidas, e que no limite podem distanciar-nos tanto de nós próprios que nunca mais nos encontraremos. É bom viver de pazes feitas entre a nossa imagem e a nossa essência. Não é um exercício tão difícil sermos nós próprios em todas as situações. Admito que o jogo de cintura pode variar de acordo com o interlocutor, mas a nossa verdade tem de estar sempre presente. Este é sem dúvida um dos nossos grandes desafios, ser fiel a nós próprios, e inicia-se com a consciência da imperfeição. Aceitar que somos imperfeitos. Somos todos imperfeitos! Isto não é o campeonato da perfeição. Desistam, não andamos aqui para provar que somos melhor do que os outros. Os comportamentos ideais que vulgarmente exigimos aos outros, são meras teorias do imaginário. Não existe isso, somos mesmo pessoas feias às vezes. Porém, se partirmos do pressuposto base que somos imperfeitos, temos uma garantia: a consciência exata dos pontos onde temos de melhorar. Ah nada fácil esta tarefa. Quem quer abdicar das suas razões?! Muito pouca gente! Estamos formatados para saber levar a água ao nosso moinho, e em desespero de causa podemos recorrer à vitimização para provar a nossa razão. Tanta inteligência tão mal empregue… Não era muito mais prático, se de uma vez por todas aceitássemos que nos lixamos às vezes, que falamos mal uns dos outros às vezes, que mentimos às vezes, que chantageamos às vezes. Chocados? Possivelmente. E também possivelmente poucos terão a coragem de assumir o seu lado B. Mas ele existe, em todos, ninguém escapa, e nós sabemos que sim. E que tal recomeçar? Reformatar? Esquecer o que os outros pensam de nós, e por um momento aceitarmos o que realmente somos.


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

SÓ O QUE NOS SEPARA DO FIM É O TEMPO

ELIMINE O FATOR TEMPO E JÁ ESTAMOS TODOS MORTOS




Não você não tem todo tempo do mundo. A maior das tragédias não é morrer, mas desperdiçar a própria vida. Se você ainda não acordou pra isso então ACORDE! E comece a observar o que você está fazendo com a sua vida.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

LEI DA VERDADE

TUDO É DETERMINADO PELA MANEIRA COMO PENSAMOS ACERCA DE NÓS MESMOS


As pessoas que pensam que são infelizes, são infelizes. As pessoas que pensam que estão sofrendo, estão sofrendo. As pessoas que pensam que estão presas, estão presas. As pessoas que pensam que são livres, são livres. Deste modo, as pessoas tornam-se o que elas pensam que são. Tornam-se exatamente aquilo o que pensam. Isto é verdade. Não há uma causa pré-existente da infelicidade. É justamente a constante preocupação sobre as adversidades que atrai as adversidades.
Eu sou infeliz porque não tenho muito dinheiro; eu sou infeliz porque tenho uma doença incurável; eu sou infeliz porque estou sozinho; eu sou infeliz porque não tenho conseguido atingir sucesso e prosperidade; eu sou infeliz porque não sou talentoso; eu sou infeliz porque não sou bonito… Não tem fim a lista das insatisfações da humanidade. As pessoas são infelizes se têm pouco dinheiro ou mais dinheiro do que precisam. São infelizes se a vida parece muito curta ou se viveram mais tempo do que queriam. Mesmo que tenham boa saúde, mesmo que estejam rodeados pela família e amigos, mesmo que tenham obtido sucesso e prosperidade, aqueles que pensam que são infelizes, são infelizes. Podemos ver pessoas que gozam de sucesso, prosperidade, talento, e todo o tipo de coisas, e pensam que devem ser felizes, mas nem sempre é o caso. Se pensam que são infelizes, são infelizes.
Inversamente, podemos ver pessoas que não têm nenhuma dessas coisas, e acham que são felizes, e por isso, elas são realmente felizes.
No sentido original, não há semente que gera infelicidade. Na raiz da nossa existência, todos os seres humanos são iguais. Tudo é determinado pela maneira como pensamos acerca de nós mesmos. Isto é porque, de acordo com a lei da verdade, tudo se torna exatamente como pensamos que é. Dia-a-dia, o que pensamos, o que acreditamos, o que nos preocupamos, o que tememos, o que nos perturba, sobre o que hesitamos e angustiamos, sobre o que resmungamos – todas as coisas determinam a nossa felicidade ou infelicidade. Aqueles que se sentem infelizes, são invariavelmente aqueles que se envolvem em pensamentos negativos e tristes.
Por outro lado, aqueles que encontraram a sua verdade, encontram alegria em quase tudo. São gratos por qualquer tipo de circunstância, estimulam as suas próprias esperanças e vivem com um sentido de propósito, não importa quão difíceis as suas vidas possam parecer. Pensam continuamente no que podem fazer pelos outros, no que se deveriam empenhar e no que deveriam aprender. Nunca pensam em si mesmos como infelizes, não importam as circunstâncias, porque a verdade divina está sempre gritando alegremente no seu interior.
Tudo o que penso é, penso que todas as coisas já me foram dadas, não há nada a acrescentar, isto é um processo que me aproxima da minha divindade. Tudo está certo!
Para fazer com que isto aconteça, continuo dia após dia a expressar gratidão e a praticar firmemente pensamentos de luz, essa é a minha oração diária. 
Se, por outro lado, continuamos a acreditar em ideias negativas, derrotistas, torna-se muito difícil para nós melhorar as nossas vidas. Mesmo se membros de família, amigos, conhecidos e pessoas iluminadas nos ajudem com nossos problemas, essas soluções não podem durar muito tempo, a menos que mudemos a nossa própria maneira de pensar.
Mudar a nossa maneira de pensar é o que muda a nossa vida. Tudo começa com nós mesmos. Quanto mais cedo reconhecermos esta verdade, mais cedo as nossas vidas darão uma volta para melhor.


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A SAGA DOS INCOMPLETOS

VOCÊ É UM INTEIRO, NÃO SE ENCAIXE EM METADES



Resultado de imagem para incompleto

Se você não deseja viver a saga dos incompletos, mas ao contrário quer ser completo, quer viver inteiro, então não aceite meias verdades, meia atenção, meia companhia e muito menos meio amor. 
Não aceite meias verdades porque temos o direito de saber com propriedade sobre o que o outro tem a nos oferecer. Precisamos de relacionamentos sinceros e verdadeiros, necessitamos ir ao encontro de sinceridade, ou caminharemos incompletos.
Também não aceite meia atenção, não se desgaste para obter um mínimo de consideração de ninguém, pois isso lhe retira qualquer traço de dignidade capaz de tornar você alguém que tem algo a oferecer. Encontraremos assim quem nos admira, quem se sentirá bem perto de nós pelo que somos, alguém que acreditará em nossas verdades e compartilhará a vida com afeição mútua.
Nem aceite meia companhia. Quando juntos, a entrega deve ser integral, completa, transbordante. Não se contente com esperas sem resposta, mensagens breves, passos apressados e descompassados aos seus. Quem estiver junto, tem de estar bem junto, próximo, afetivamente presente quando precisarmos. Não importa a quantidade de tempo ao nosso lado, mas a intensidade da proximidade, para que nos sintamos realmente importantes na vida de alguém, seja por minutos, seja por horas.
E muito menos caia na asneira de aceitar meio amor. A entrega deve ser soma, acréscimo, multiplicação, pois o que subtrai nos diminui, nos descaracteriza, nos anula. O amor é totalidade, é querer ficar junto, é voltar os olhos fundo na alma um do outro, de forma que ambos se sintam desejados, valorizados. Amor é vai com volta, é arrumar sempre a melhor forma de fazer o outro se sentir bem. Amar tem a ver com prazer e não com dor, jamais.
Viva as suas verdades, caminhe ao compasso das batidas de seu coração, siga o rumo que norteia a realização de ser nesse mundo. Dê tudo de si no que lhe alimenta a alma, seja a sintonia entre o que pensa e o que faz, para que caminhe naturalmente ao encontro de relações sinceras e inteiras. Não seja menos por conta de ninguém, ou acabará vivendo à sombra do outro, à sombra da vida em si, conformando-se com muito menos do que você é realmente merecedor, pela grandeza que possui aí dentro. Não se encaixe em metades, você é um inteiro .


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

NASCEMOS SEM UM EGO

SEU EGO É CRIAÇÃO DOS OUTROS



Todos nós nascemos sem um ego.
Quando uma criança nasce, ela é apenas consciência: lúcida, inocente, virgem, sem ego. Aos poucos o ego é criado pelos outros.
O ego é o efeito acumulado das opiniões dos outros sobre você.
Um vizinho chega e diz: “Que criança bonita!”, e olha para a criança com um olhar de apreciação.
Então o ego começa a funcionar...
Alguém sorri, uma outra pessoa não sorri. Algumas vezes a mãe é muito carinhosa, outras vezes está muito zangada. E a criança vai aprendendo que não é aceita como ela é. 
Seu ser não é aceito de forma incondicional: há condições a serem satisfeitas.
Se ela grita e chora e há visitas na casa, sua mãe se zanga.
Se ela grita e chora, mas não há visitas na casa, sua mãe não se importa.
Se ela não grita, nem chora, sua mãe a recompensa sempre com beijos amorosos e com carinho.
Quando há visitas, se a criança sabe ficar quieta em silêncio, sua mãe fica muito feliz e a recompensa.
A criança vai aprendendo as opiniões dos outros sobre si mesma olhando no espelho dos relacionamentos.
Você não pode ver a sua face diretamente. 
Você tem que olhar em um espelho, e no espelho você pode reconhecer sua face.
Esse reflexo se torna sua idéia de sua face, e há milhares de espelhos a seu redor, todos eles refletindo algo: alguém o ama, alguém o odeia, alguém é indiferente.
E então, aos poucos, a criança cresce e continua acumulando as opiniões de outras pessoas.
A essência total dessas opiniões dos outros constitui o ego.
A pessoa começa a olhar para si mesma da forma como os outros a vêem. 
Começa a se olhar de fora: isso é o ego.
Se as pessoas gostam dela e a aplaudem, ela pensa ser bela, estar sendo aceita.
Se as pessoas não a aplaudem e não gostam dela, rejeitando-a, ela se sente condenada.
Ela está continuamente procurando formas e meios para ser apreciada, para ser repetidamente assegurada de que possui valor, que possui um mérito, um sentido e um significado.
Então a pessoa passa a ter medo de ser ela mesma.
É preciso encaixar-se na opinião dos outros.
Se você deixar de lado o ego, subitamente se tornará novamente uma criança.
Você não estará mais preocupado com o que os outros pensam sobre você, não prestará mais atenção àquilo que os outros dizem de você.
Nesse momento, terá deixado cair o espelho. Ele não tem mais sentido: a face é sua, então por que perguntar ao espelho?


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

NÃO PASSE A VIDA EM STAND BY

NÃO DESVIE O OLHAR DO HORIZONTE



A vida é agora. A vida não vai começar quando você entrar ou sair da faculdade, quando você casar, quando comprar uma casa , quando comprar um carro, quando fizer a viagem dos sonhos, quando reformar o apartamento, quando quitar as dívidas.
Ok.Ok.Ok. Viver com dívidas ou de aluguel ou com a casa desmoronando sobre a nossa cabeça não é a mais tranquila das tarefas. Mas se formos esperar pela perfeição para começarmos a viver, para começarmos a nos divertir , para começarmos a ser nós mesmos, talvez ( leia-se nunca) começaremos a ter uma existência significativa.
Quando temos um amor, falta grana. E se temos grana , falta tempo para usufrui-la. E se temos tempo livre , às vezes falta grana ou amor ou qualquer outra coisa muito importante.
Depois de comprarmos a tão sonhada casa , surge o mosquitinho da ambição que vai nos fazer desejar uma casa maior , com uma vista mais bonita , num bairro mais central ou mais silencioso. Depois da reforma do apartamento, vamos perceber que talvez gastamos dinheiro demais com detalhes que não eram tão importantes assim.
E depois de fazer a viagem dos sonhos , a que nos realizaria completamente , talvez percebamos que existem muitos outros itinerários mais interessantes. E quando comprarmos o carro, talvez, de vez em quando, sintamos saudade da época em que não o tínhamos.
E se não temos amor próprio , nem o maior e melhor dos amores vai resolver a nossa vida. E se temos grana , mas não temos tempo, a vida fica sem brilho. E se temos tempo, mas não temos dinheiro algum, a vida fica bem dura.
Enfim, quem espera pelo momento ideal para ser feliz corre o sério risco de passar a vida toda em stand by. Talvez , seja mais feliz aquele que sabe lidar com os imprevistos, se virar no caos , sorrir mesmo quando algo falta , saborear o momento mesmo quando ele não vem exatamente como o imaginamos.
Como disse um personagem do filme “Quando o coração floresce”, às vezes, a gente quer um filé e a vida oferece um ravióli. Sim. Concordo. 
Sim, é difícil, é bem difícil ser privado daquilo que mais queremos. Mas se focarmos toda a nossa energia naquilo que não temos ou simplesmente aceitarmos que a vida é dura mesmo e não há nada para ser feito, podemos nos condenar a uma existência medíocre. Quem pensa que tudo é mutável mediante pensamento positivo adota a mesma conduta determinista de quem acha que não vale a pena lutar pois nada muda.
Saber a hora de agir e de esperar é uma arte. Uma arte essencial para quem entende que a vida é agora.
O importante é não desviar o olhar do horizonte, e não deixar de viver, sem que com isso passemos à categoria dos irresponsáveis. Amanhã!, bem, o amanhã poderá não acontecer.


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

ATIRAR-SE OU PRESERVAR-SE?

QUANDO NOS FECHAMOS PARA O PIOR, ACABAMOS NOS FECHANDO PARA O MELHOR TAMBÉM  



Talvez, um dos mais cruéis dilemas da raça humana consista na pergunta que não quer calar: confiar, entregar-se às emoções, deixar-se arrastar por elas ou se fechar para tudo e para todos que possam tocar minimamente o nosso coração? Engalfinhar-se com a vida ou nos mantermos sempre placidamente infelizes na zona morta das nossas emoções?
Optar entre ficar a mercê das mais dilacerantes emoções pode ser tão terrível quanto viver uma vida sem sobressaltos, sem perdas, porém sem vida. Quando nos fechamos para o pior , acabamos nos fechando para o melhor também. Quando fechamos uma porta cheia de cadeados entre nós e as tragédias, caímos no drama de uma vida enfadonha, que não deixa de ter o seu lado trágico, sob uma perspectiva mais subjetiva.
Cabe a cada um pesar prós e contras e descobrir até onde vai o medo e até onde vai a vontade de sentir. Cabe a cada um descobrir o que machuca mais profundamente o próprio coração. Por tal razão, conselhos , muitas vezes, mais nos confundem e nos desviam de nossas mais verdadeiras aspirações do que nos ajudam. Pois lá no fundo de cada coração, do mais sereno ao mais arrebatado, do mais medroso ao mais destemido, do mais racional ao mais romântico, nós sabemos realmente até onde podemos ir ou quando se torna mais prudente recuar ou simplesmente parar onde se está.
Existe o tempo de semear e o de colher. Existe o tempo de amar e o de esquecer. Existe o tempo de lutar e o de esperar. Existe o tempo de se revoltar e o de perdoar. Existe o tempo de perdoar o outro e o de se perdoar. Existe o tempo de se entregar às emoções e o de se recolher em seu próprio coração.
Os grandes e mais importantes dilemas da nossa vida são aqueles que não possuem uma resposta fechada, uma solução definitiva. São aqueles que nos conduzem às mais profundas reflexões durante toda a vida. São aqueles que geram mais perguntas do que respostas. São aqueles que aprimoram o nosso senso de humanidade.
Sim...talvez não seja tão crucial sabermos o que vale mais a pena: atirar-se ou preservar-se. Até mesmo porque não é uma questão de valer a pena ou não. No fundo, vivemos da única forma que nos é possível viver.


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O RELÓGIO DA VIDA

O RELÓGIO DA VIDA É UM RELÓGIO DE CONTAGEM REGRESSIVA



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Quem dera soubéssemos o tempo que ainda temos por aqui...quanto tempo de vida ainda teremos para realizarmos nossos sonhos? Quantas vezes mais poderemos abraçar as pessoas que mais amamos? Quantas vezes mais poderemos utilizar nossos conhecimentos a favor de alguém? 
Se carregássemos em nosso pulso, em vez de um relógio “convencional”, um que marcasse apenas o tempo que ainda temos, talvez não perdêssemos tantos momentos envolvidos naquilo que realmente não fará diferença alguma quando o relógio zerar. O relógio da vida é um relógio em contagem regressiva e, parafraseando Millôr Fernandes ao dizer que quem mata tempo está matando a si mesmo, lembro que cada dia a mais de vida, na realidade é um dia a menos para fazermos a nossa diferença. 
Você pode ser a pessoa que quer mudar o mundo ou aquela que não quer mudar nada, nem a você mesmo, porém, em ambos os casos o relógio está correndo, as horas passando e o tempo diminuindo. E então, o que fará com o tempo que lhe resta? Embora saibamos que nosso tempo é contado e, que quando menos esperarmos, nosso prazo por aqui terá acabado, mesmo assim nos desgastamos com coisas que realmente só tomam o nosso tempo, desviando-nos daquilo que realmente importa. Será que se o nosso tempo fosse contado de forma visível, daríamos mais valor para cada ano, mês, dia, hora, ou mesmo cada segundo? 
Ah, e por falar nisso, muito obrigado por tirar um pouco do seu tempo para ler minhas simples palavras. Espero que ao menos lhe tenha feito pensar, pois assim não terá sido perda de tempo e, sim, investimento. Cabe a nós sabermos a diferença. A mim, neste momento, cabe apenas agradecer mais uma vez, finalizar e aguardar que possamos nos encontrar pela vida ou em outros textos, que possamos investir nosso precioso tempo em coisas que realmente valham a pena pois sempre cabe lembrar que a vida é um relógio em contagem regressiva e, por isto, devemos fazer com que cada segundo vivido tenha realmente valido a pena.



"ESPAÇO DE DECISÃO"

EXISTE UM ESPAÇO DE DECISÃO ANTES DE REAGIRMOS


“Entre o estímulo e a resposta existe um espaço. Nesse espaço está o nosso poder de escolher a nossa resposta. Na nossa resposta encontra-se o nosso crescimento e a nossa liberdade. “ -Victor Frankl

Ao longo da vida muitos são os momentos em que reagimos sem pensar. As nossas emoções tomam conta de nós e consequentemente os nossos comportamentos parecem ter vida própria. Deixamos de estar no controle da nossa mente, os maus hábitos, as frustrações, o orgulho ferido, as mágoas, as expectativas afetando o raciocínio e, a propensão para as ações irrefletidas aumenta drasticamente. Quando entramos num estado de reação emocional, na grande maioria das vezes saímos a perder. As ações não estão sobre a autoridade da consciência, conduzindo-nos a comportamentos que mais tarde não nos orgulhamos ou que nos prejudicam a vida. A boa notícia é que podemos aprender a perceber que existe um “espaço de decisão” antes de reagirmos. Se conseguirmos trazer para a consciência a ideia de que podemos aprender a utilizar esse espaço que fica entre o estímulo e a resposta, certamente passaremos a ter mais controle sobre os comportamentos e ações que queremos realizar. Com essa consciência mais desenvolvida, podemos encontrar a liberdade de resposta. Podemos livrar-nos de grande parte dos condicionalismos das emoções negativas, e com isso, aumentarmos a consciência emocional afirmando quem queremos ser a todo o momento.
Quando conseguimos entender que nós temos a capacidade de não reagir a determinados estímulos, sejam eles externos (agressões verbais, stress, ansiedade, injustiça, perda) ou internos (sentimentos, sensações físicas, pensamentos, imagens, frustração, mágoa, dor emocional) ficamos com a possibilidade de aprender a agir mais em consciência e de acordo com o resultado pretendido. Quando somos confrontados com alguma situação que nos impele para uma determinada reação particular, ao invés, podemos escolher responder conscientemente.


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

MAIS UMA VOLTA EM TORNO DO SOL

ANIVERSÁRIO: O DIA MAIS SAGRADO DO ANO



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Assim como a natureza, nossa vida tem ciclos. Nós passamos por mudanças, amadurecemos, criamos novas ideias, conceitos, mudamos o exterior, afunilamos o interior e passamos a ser o que não éramos há 1 minuto, 1 dia, 1 semana, 1 mês e 1 ano.
Aniversário é fechar mais um. ciclo. É como se eu fosse um planetinha no universo e mesmo com todas as minhas dificuldades e anseios, tivesse conseguido dar uma volta completa ao redor do sol.
E assim como a mãe terra faz a volta gastando 365 dias. Eu estou finalizando os meus 365 dias. E felizmente já não sou quem eu era quando comecei essa viagem e nem quero ser quem sou daqui mais um ano. 
Fechar um ciclo é repensar no que fizemos, tentar enxergar como deixar o bom melhor, os hábitos que fazem mal e os que nos destroem, e principalmente, partir para uma mudança contínua todos os dias. Eu amo aniversário, é tipo receber uma medalha por ano.
Fechar ciclos para mim é a maneira de deixar tudo o que me fez mal lá para trás, é colocar a casa em ordem. 
Mas mais gostoso disso tudo é que aniversário não é só fechamento de ciclo, é também abertura. É mais um ciclo que se inicia, mais um ano, mais uma oportunidade de fazer e viver novas experiências em novos lugares com novas pessoas, e também reviver e melhorar relações com os lugares que já vivemos e com todas as pessoas. 
Ver a vida como ciclos me faz enxergar como faço parte do todo, como sou como as estações que têm seus fins e começos. É ter orgulho de ficar mais velho, porque quanto mais tempo de vida temos, mais profundas e fortes nossas raízes estão. Sempre podemos trocar as folhas velhas pelas novas e se renovar. 
A vida é feita de ciclos e fazer aniversário é só comemorar o começo e o fim dessas fases. Que eu particularmente vejo como missão cumprida e com muita alegria! Meus 49 anos foram bem vividos (assim pretendo continuar), e meus planos para os 50 estão prontos para sair do papel.
O dia do nosso aniversário começa na hora em que nascemos e termina na mesma hora do dia seguinte. Nestas 24 horas de aniversário devemos preencher o dia com muita alegria e bem estar. 
Gratidão a todas as pessoas e experiências que fizeram parte de tantos ciclo comigo e bem-vindo aos que virão. Deus acima de tudo! 


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

"CULTURALMENTE NORMAIS"

O QUE ESTAMOS FAZENDO E PARA ONDE ESTAMOS INDO?




Em alguns momentos das nossas vidas sentimos que precisamos parar e nos questionar sobre o que estamos fazendo e para onde estamos indo. Normalmente isso acontece na adolescência, quando na maioria de nós lateja este dilema, ou quando algo — muito importante — acontece e passamos a sentir que está na hora de parar para pensar.
No entanto, em geral, a vida suga a gente com atividades padronizadas. Seguimos tocando a vida no automático, a maioria das pessoas não tem tempo e nem mesmo vontade de parar para pensar nela. Até porque precisamos caminhar pelo mundo com certo tipo de força e retidão. Agimos pelo instinto. É muito mais simples seguir a vida assim — vivendo em um mundo pequeno, em um fragmento de realidade, onde seguimos uma percepção programada que nos gera uma reação programada.
O problema é que somos um animal inteiramente aberto à experiência. Nós não vivemos apenas o momento presente, mas estendemos o nosso eu interior ao amanhã, a nossa curiosidade a séculos passados, aos nossos temores a daqui a cinco bilhões de anos. Vivemos não apenas em um minúsculo território, tampouco em um planeta inteiro, mas numa galáxia, num universo…
O nosso eu é confuso. Queremos saber — pois não sabemos — quem somos, por que nascemos, o que estamos fazendo neste planeta, o que deveríamos fazer, o que podemos esperar. A nossa existência nos é incompreensível. E ela nos é incompreensível porque somos formados de uma maneira em que todos os nossos significados nos são introduzidos pelo lado de fora, pelas nossas relações como os outros. É isso que nos dá um ‘eu’ e um superego. Todo o nosso mundo de certo e errado, bom e mau, nosso nome, exatamente quem somos, tudo isso é enxertado em nós.
O sistema social em que nascemos traça as trilhas para nós, trilhas com as quais nos conformamos, às quais nos moldamos para que possamos agradar aos outros — nos tornamos aquilo que os outros esperam que sejamos. E em vez de trabalhar o nosso segredo interior, vamos aos poucos cobrindo e esquecendo,  até que nos tornamos homens puramente exteriores.
“(…) ele pode ser perfeitamente capaz de ir vivendo, de ser um homem, pelo que parece, de ocupar-se com coisas temporais, casar-se, gerar filhos, conquistar reputação e estima — e talvez ninguém repare que, num sentido mais profundo, lhe falta um eu.” [Søren Aabye Kierkegaard]
Esquivamo-nos da nossa vida, deixamo-nos levar para longe de nós mesmos, do nosso autoconhecimento, da nossa autorreflexão. Ignoramos nossos motivos, buscamos o estresse, forçamos nossos limites e enfim, nos esquecemos de nós mesmos, não ousamos acreditar em nós mesmos, achamos arriscado demais ser nós mesmos… passamos a acreditar que é muito mais fácil e mais seguro ser como os outros, tornar-se uma imitação, um número, uma insignificância na multidão. Esta é uma caracterização magnífica do homem ‘culturalmente normal’, aquele que não ousa defender seus próprios significados porque isso significa um perigo e uma exposição grande demais. É melhor não ser ele mesmo, é melhor viver encaixado nos outros, engatado em um seguro arcabouço de obrigações e deveres sociais e culturais.
Mas… #sóquenão, temos que reagir e buscar o que falta agora ao nosso eu, que é, por certo, realidade. Na verdade, examinando mais detalhadamente, o que nos falta realmente é a N-E-C-E-S-S-I-D-A-D-E, é o poder de nos submeter ao necessário para nós mesmos. Precisamos nos tornar cientes de nós mesmos — cientes do que somos e do que queremos.
Isso significa: ser uma pessoa, ter individualidade e singularidade.
Para conseguirmos ser este tipo de pessoa, precisamos parar para refletir e para nutrir ideias sobre o nosso eu secreto, sobre o que este eu poderia ser. Devemos nos perguntar onde está a nossa individualidade, qual é a nossa singularidade, qual é a nossa verdadeira vocação — aquela que temos prazer de fazer e que nos alimenta o coração. O que está no nosso íntimo? Onde estão as nossas emoções? Nossos anseios? Devemos nos redescobrir, resgatar as perguntas da adolescência e os sonhos de criança…
Devemos procurar pelo nosso eu para vivermos mais distintamente, para enriquecer tanto a nós mesmos quanto a humanidade que nos cerca. Acredito que precisamos manter essa busca interior inteiramente viva e consciente, para que consigamos ter um eu com um valor máximo, e não com um valor meramente cultural e social.