segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

IMAGEM CRIADA

SINCERAMENTE!



Sinceramente! Já não chega de viver para impressionar os outros?! Temos apenas uma verdade, a nossa! Não somos mesmo obrigados a transmitir uma imagem admirável. É penoso ver o esforço terrível na criação de imagens de felicidade. Realmente já pensaram no retorno que temos da imagem criada? É um retorno assim tão grande que valha a pena abdicar da nossa verdade? A nossa verdade é una, e intransferível. É esta que temos de encontrar, os princípios e valores que nos pautam, são um direito, nunca uma obrigação. A imagem cria obrigações perante terceiros demasiado caras de ser mantidas, e que no limite podem distanciar-nos tanto de nós próprios que nunca mais nos encontraremos. É bom viver de pazes feitas entre a nossa imagem e a nossa essência. Não é um exercício tão difícil sermos nós próprios em todas as situações. Admito que o jogo de cintura pode variar de acordo com o interlocutor, mas a nossa verdade tem de estar sempre presente. Este é sem dúvida um dos nossos grandes desafios, ser fiel a nós próprios, e inicia-se com a consciência da imperfeição. Aceitar que somos imperfeitos. Somos todos imperfeitos! Isto não é o campeonato da perfeição. Desistam, não andamos aqui para provar que somos melhor do que os outros. Os comportamentos ideais que vulgarmente exigimos aos outros, são meras teorias do imaginário. Não existe isso, somos mesmo pessoas feias às vezes. Porém, se partirmos do pressuposto base que somos imperfeitos, temos uma garantia: a consciência exata dos pontos onde temos de melhorar. Ah nada fácil esta tarefa. Quem quer abdicar das suas razões?! Muito pouca gente! Estamos formatados para saber levar a água ao nosso moinho, e em desespero de causa podemos recorrer à vitimização para provar a nossa razão. Tanta inteligência tão mal empregue… Não era muito mais prático, se de uma vez por todas aceitássemos que nos lixamos às vezes, que falamos mal uns dos outros às vezes, que mentimos às vezes, que chantageamos às vezes. Chocados? Possivelmente. E também possivelmente poucos terão a coragem de assumir o seu lado B. Mas ele existe, em todos, ninguém escapa, e nós sabemos que sim. E que tal recomeçar? Reformatar? Esquecer o que os outros pensam de nós, e por um momento aceitarmos o que realmente somos.


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