segunda-feira, 31 de julho de 2017

CONSELHO AMIGO

SE PERMITA O CAMINHO MAIS FÁCIL


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Meia idade, terceira idade ou segunda juventude, seja lá como queira chamar, se você já está por lá ou pra lá dos 50 permita a partir de agora um caminho mais fácil, se ainda dá trela a fantasmas, se ainda pensa em vingancinhas ordinárias, se ainda não perdoou seus pais e seu passado, se ainda perde tempo com orgulho, vaidade e ambições desmedidas, se ainda está preocupado com o que os outros pensam sobre você, está pedindo: logo, logo virará um caco.
Para alcançar e merecer essa fase como uma benção, essa fase que eu vou chamar aqui de segunda juventude,  é preciso se desapegar de todas aquelas preocupações que havia na primeira, porque quando essa Juventude Parte 2 terminar, não virá a Juventude Parte 3, mas o fim. Ou seja, esta é a última e deliciosa oportunidade de abandonar os rancores, não perder mais tempo com besteiras e dar adeus à arrogância, à petulância, à agressividade, ou seja, adeus às armas, aquelas que você usava para se defender contra inimigos imaginários. Agora ninguém mais lhe ataca, só o tempo – em vez de brigar contra ele, alie-se a ele, tome o tempo todo para si.
Eu sei que você pode dizer que teve problemas, e talvez ainda tenha – muitos. Pra mim  depende da perspectiva que se olha. Mas independente disso, não pode haver impedimento na graça de sermos joviais como nunca fomos antes. Sabe é como voltar à adolescência mas com a cabeça que se tem hoje, é isso praticamente que acontece na merecida segunda juventude.
Essa é a diferença que tem que ser comemorada. Na primeira juventude, tudo vai acontecer. Na segunda, está acontecendo.


sexta-feira, 28 de julho de 2017

SOBRE O DISCURSO DO SENTIMENTO DE SER SUPERIOR OU INFERIOR

NÃO EXISTE ESSA COMPARAÇÃO (SUPERIOR/ INFERIOR). TODOS SOMOS INCOMPARÁVEIS, ÚNICOS


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Gente presta atenção, vê se entende, todo ser humano é único. Não há nenhuma questão de alguém superior ou inferior. Sim, as pessoas são diferentes.
Deixem-me lembrá-los de uma coisa; senão vocês me entenderão mal. Eu não estou dizendo que todo mundo é igual. Ninguém é superior, ninguém é inferior, mas ninguém também é igual. As pessoas são simplesmente únicas, incomparáveis. Você é você, eu sou eu. Eu tenho que contribuir com meu potencial para a vida, você tem que contribuir com seu potencial para a vida. Eu tenho que descobrir meu próprio ser, você tem que descobrir seu próprio ser.
Nada disso de se sentir superior ou inferior faz sentido, porque um é o outro em suas polaridades, dois lados do mesmo pêndulo. Quando a inferioridade desaparece, todo sentimento de superioridade também desaparece. Eles vivem juntos, não podem ser separados. O homem que se sente superior ainda está sentindo-se inferior de algum modo. O homem que se sente inferior quer se sentir superior de alguma maneira. Eles chegam num par; eles estão sempre juntos; não podem ficar separados.
Quem começa com esse tipo de comparação e pensa nesses termos, já se equivocou. A comparação suscita a ideia de inferioridade e superioridade - e ambas são doenças, são obstáculos. O veneno da comparação surtiu efeito. E depois, claro, surgirá uma grande vontade de competir, uma grande vontade de derrotar os outros e isso é um mal. Comparação traz inferioridade, superioridade.
Quando você não compara, toda inferioridade, toda superioridade desaparece. Assim você é, você está simplesmente aí,  não existe ninguém com quem nos possamos comparar. Um pequeno arbusto ou uma grande árvore – isso não importa; você é você mesmo. Você é necessário. Uma folha de grama é tão necessária quanto a maior estrela. O canto da cigarra é tão necessário tanto quanto qualquer ser; o mundo será menor, será menos rico se a cigarra desaparecer.
Apenas olhe ao redor. Tudo é necessário, e tudo se encaixa: ninguém é mais elevado e ninguém é mais baixo, ninguém é superior, ninguém é inferior. Todos são incomparáveis, únicos.
Somos além da superioridade e da inferioridade.


quinta-feira, 27 de julho de 2017

CADA DIA A MAIS É UM A MENOS

DA VIDA NÃO SE LEVA NADA


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...Eis o grande circo

O que estão fazendo? O que estão pensando? Todos nós vamos morrer, que circo! Só isso deveria tornar a vida mais fácil, mas não faz. Somos aterrorizados e esmagados pelas trivialidades, somos devorados por nada. 
A humanidade avança, mas as indagações permanecem – as dúvidas quanto ao amor, as dores da solidão, a banalização dos sentimentos, a supremacia da aparência, a perda de tempo com as trivialidades. O problema dessa agonia generalizada é nosso. Não podemos morrer assim!
Falo isso porque que sei que a vida não é de se brincar, já já estaremos todos mortos, e se parássemos para pensar nisso, quem sabe podíamos amenizar um pouco dessa agonia toda? Todo momento de nosso dia é uma escolha, e escolher é perder sempre. Mas cabe a nós decidirmos o que vale a pena perder, já que não temos todo o tempo do mundo. Já que nem ao menos sabemos quanto tempo nos resta!
Se cada escolha significa uma renúncia, não está em tempo de pensarmos melhor sobre nossas perdas? Em pensar menos no volume, na quantidade, e mais na qualidade daquilo que estamos escolhendo? 
Não estou dizendo que devemos deixar de fazer qualquer outras coisas, como for do desejo de cada um. Não devemos ser sérios sempre, nem filosóficos sempre, nem ser altruísta sempre – mas como todos nós já sabemos a vida nos dá dois caminhos de aprendizagem: o da dor e o do amor. E enquanto eu puder escolher, fico com o segundo, sem dúvida, o caminho do amor é sempre a melhor opção. E já que não temos escolha sobre a morte, que ao menos a gente possa escolher as possibilidades que deixam a vida mais leve. 
Afinal a vida tem que seguir, o tempo tem que passar, as coisas têm que acabar, as pessoas têm que partir, assim como nós também um dia partiremos, deixando para trás tudo o que tanto prezávamos. Tudo passa, tudo começa e termina, menos o amor - o amor eterniza tudo o que em nós for humano, for verdadeiro, que pode ser invisível aos olhos, porém essencial àquilo que constitui o ritmo da vida. Afinal, daqui a gente não leva nada, mas deixa muita coisa, quando morrer quero os sorrisos que eu deixei.


quarta-feira, 26 de julho de 2017

FILHOS... PAIS... AVÓS... # PELO DIA DOS AVÓS

APRENDEMOS A SER FILHOS DEPOIS QUE SOMOS PAIS...

SÓ APRENDEMOS A SER PAIS DEPOIS QUE SOMOS AVÓS

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Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira, crescem de repente, e aí cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do Maternal?
As crianças vão crescendo e entre os hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração.
Ali já estamos com os cabelos meio esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das baladas e das festas.
Já passou o tempo do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. 
Eles cresceram e parece que nunca esgotaremos neles todo o nosso afeto.
No princípio iam à casa de praia entre embrulhos, biscoitos, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos.
Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pelo lado da janela que não vai bater sol, os pedidos de biscoito e muito blá blá blá. Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e as primeiras paqueras.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, sentiam saudades daquelas tempos. Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível. O jeito é esperar os netos e aí chega o primeiro.
O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
Aprendemos a ser filhos depois que somos pais.
Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...


terça-feira, 25 de julho de 2017

SANGRAMENTO EMOCIONAL

FERIDAS HERDADAS



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As feridas emocionais se estendem através dos laços familiares de forma quase implacável. São como uma sombra que se camufla nas palavras, na educação, nos silêncios, nos olhares e nos vazios. Até que alguém mais consciente detém o processo, diz basta e foge de lá, dessa teia de aranha.
Trancados no isolamento dos próprios lares, quase ninguém sabe com plena ciência o que acontece entre essas quatro paredes onde uma ou duas gerações de pessoas compartilham um espaço em comum e os mesmos códigos.
As feridas de uns impactam sobre os outros como ondas invisíveis, como fios que movem fantoches e como ondas carregadas de raiva. Então, vamos falar de uma coisa complexa, dolorosa, e às vezes dilacerante.
Essas feridas de que falo, são “lacerações” emocionais causadas por processos muito comuns como ter crescido sob uma criação baseada no apego inseguro ou fazer parte de uma família onde a ira sempre está presente. São contextos onde abundam os gritos, as censuras entre os seus membros, a toxicidade emocional, o desprezo e a desvalorização. Outro aspecto que pode ocasionar um grande impacto no seio de uma família é o fato da mãe ou o pai viver mergulhado em uma depressão crônica e não tratada. A impotência, os códigos de comunicação e as dinâmicas estabelecidas entre pais e filhos deixam marcas permanentes. Alguns estudos e pesquisas, relatam que quando uma criança está rodeada de um entorno de confusão, caos emocional e vulnerabilidade, experimenta níveis exorbitantes de estresse e que isso tem impacto a nível biológico, a expressão do genoma, isto é, o fenótipo, mudará segundo as experiências estabelecidas com o ambiente (nutrição, hábitos, estresse, depressão, medos…)
Desta forma, todas estas mudanças irão se refletir também nas novas gerações, fica tudo debaixo da mesma estrutura, a ponto do trauma pontual em uma pessoa afetar até 4 gerações posteriores.
Bom, não é novidade para nós que a dor faz parte da vida, que o sofrimento nos ensina e que é preciso resolver nossas questões para avançar. Na verdade, todas estas ideias têm importantes nuances que é preciso detalhar e inclusive reinterpretar.
Vejam, não é preciso sofrer para aprender; de fato, o verdadeiro aprendizado nos é dado pela verdadeira felicidade. É ela quem coloca os fundamentos de um apropriado equilíbrio emocional, e ela também que nos coloca em contato com aquilo que realmente é significativo para nós. É por essas coisas que vale a pena lutar.
Então, não deixe que as suas feridas transformem você em alguma coisa que você não é. 
Ninguém é obrigada a nada, apenas digo que a reconciliação mais importante que temos que realizar é com nós mesmos. Uma ferida emocional nos transforma em uma coisa que não nos agrada: em alguém que sofre, que se enxerga como frágil, pouco habilidoso, em alguém cheio de ira e rancor e que ainda é prisioneiro de quem o "prejudicou". Devemos aprender a nos curar, a reconciliar-nos com nosso ser ferido para fortalecê-lo, cuidá-lo e atendê-lo…
Por fim, e não menos importante, é preciso detectar logo cedo as feridas emocionais das crianças. 
Não podemos esquecer que, apesar de nenhum de nós poder escolher nossos pais ou a família em que nascemos, todos temos o pleno direito de ser felizes, de levar uma vida digna e com um adequado equilíbrio psicológico e emocional. Devemos lutar por isso.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

É NECESSÁRIO ABRIR-SE PRA EXISTÊNCIA

VIVA SEGUNDO O CORAÇÃO



A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa “coração”. Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas e do lado de dentro dessas portas e janelas fechadas, eles se escondem. O caminho do coração é o caminho da coragem. E viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar  o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí eles já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre ponto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula. O coração nunca calcula nada. Essa palavra coragem é bela, muito interessante. Viver segundo o coração é desvendar o significado da vida
Parece muito lógico que, se você usar seu coração e compartilhar o seu amor, ele será desperdiçado e logo você ficará infeliz. Essa é a lei comum da economia: se você quiser ter mais dinheiro, não o compartilhe, seja miserável. Ganhe o tanto que você conseguir e dê o mínimo possível. Somente assim você consegue acumular e ficar rico.
Isso é verdadeiro no que se refere ao mundo exterior, mas é absolutamente falso quanto ao mundo interior; ali funciona uma lei totalmente diferente. A lei interna é: se você não dá, você perde; se você dá, você conserva. Quanto mais você dá, mais você tem. Quanto menos você dá, menos você tem. Se você não der nada, nada terá, ficará completamente vazio, um túmulo, e dentro do túmulo nada floresce. Por mais delicado que qualquer um seja, é necessário abrir-se para a existência. 


sábado, 22 de julho de 2017

A BUSCA

BUSCAMOS MAS NUNCA ACHAMOS 

A vida é uma busca — uma busca constante, uma busca desesperada, uma busca sem esperança, uma busca de algo que não se sabe o que é. Há um forte impulso para procurar, mas não se sabe o que se procura. E há um certo estado de espírito em que nada daquilo que consegue lhe dará qualquer satisfação. A frustração parece ser o destino da humanidade, porque tudo aquilo que se obtém perde o sentido no momento exato em que se consegue. Começa-se novamente a procurar. 
A busca continua, quer se consiga alguma coisa ou não. Parece ser irrelevante o que se tem e o que não se tem, pois a busca continua de qualquer maneira. Os pobres andam à procura, os ricos andam à procura, os doentes andam à procura, os que estão bem andam à procura, os poderosos andam à procura, os ignorantes andam à procura, os sensatos andam à procura - e ninguém sabe exactamente de quê. 
Essa mesma procura — o que é e porque existe — tem de ser compreendida. Parece haver um hiato no ser humano, na mente humana. Na própria estrutura da consciência humana parece haver um buraco, um buraco negro. Continuamente se deitam coisas lá para dentro e as coisas continuam a desaparecer. Nada parece encher o tal buraco, nada parece ajudar a alcançar a plenitude. E a busca é muito febril. Você procura neste mundo, procura no outro mundo. Por vezes, procura no dinheiro, no poder, no prestígio, e por vezes procura em Deus, na felicidade, no amor, na meditação, na prece — e a busca continua. Parece que o homem apanhou a doença de procurar. 
A busca não o deixa estar no aqui e agora, porque essa busca o leva sempre a qualquer outro lugar. A busca é uma projecção, a busca é um desejo, é uma ideia de que num outro lugar existe aquilo de que se precisa - que isso existe, mas que existe num outro lugar, não aqui, onde se está. Não há dúvida de que existe, mas não é neste momento - não é agora, mas num outro lugar. Portanto, ela existe ali, mas nunca aqui e agora. E isso continua a nos provocar, continua a nos puxar, a nos empurrar. Se deixar continua a nos lançar em loucuras cada vez maiores. E nunca é satisfeita. 

quinta-feira, 20 de julho de 2017

PELO DIA DO AMIGO

"AMIZADE<<<<       >>>> AMIZADE


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Nosso amor ordinário pode virar ódio, nossa "amizade" pode se tornar inimizade a qualquer momento. Esse é o estado inconsciente do homem – onde o amor está escondendo ódio por trás dele, onde você odeia a mesma pessoa que você ama, você, porém, não está consciente disso.
Uma amizade harmoniosa se torna possível só quando você é verdadeiro, você é autêntico e você está absolutamente consciente de si. E se o amor surgir dessa consciência a harmonia estará lá porque o amor, como eu entendo, não pode mudar nunca para seu oposto. Esse é o critério, os maiores valores da vida são somente aqueles que não podem mudar para seus opostos; na verdade, não há nenhum oposto.
Você pode está perguntando, “O que é a amizade verdadeiramente autêntica (harmônica)?” Bem, talvez seja preciso uma grande transformação porque talvez como você é agora, a possibilidade de estabelecer essa amizade seja uma estrela distante. Você pode dar uma olhada na estrela distante, você pode ter um certo entendimento intelectual, mas isso permanecerá um entendimento intelectual, não existencial.
A menos que você tenha um sabor existencial da amistosidade, será muito difícil, quase impossível fazer uma distinção entre "amizade" e amizade. 
Essa é uma questão muito complexa, não devido à questão, mas por sua causa. Talvez você ainda não esteja no ponto de onde a amizade possa se tornar uma experiência. 
Talvez seria melhor que não tivéssemos nenhum "amigo", só assim não poderíamos ter nenhum inimigo. Ambos chegam juntos. Amizade a gente pode ter, mas não "amizade".
Amizade é amor não focalizado, não direcionado. Não é nenhum contrato, dito ou não dito. Não é de um individuo para outro individuo; é de um individuo para toda a existência, da qual o homem é uma pequena parte, tudo está incluído.
Amizade é apenas o jeito de ser real e autêntico; você começa a irradiar isso. Isso acontece a sua própria maneira. Quem quer que chegue perto de você sentirá. Isso não quer dizer que ninguém será seu inimigo. No que diz respeito a você, você não será um inimigo de ninguém. Mas o problema é que sua consciência, sua felicidade, sua paz irá aborrecer muitos, irá irritar muitos. Deixará muitos, que não lhe compreendem, chateados com você.
Então quando digo que não tenho inimigos, quero dizer que do meu lado não tem nenhum inimigo. Mas do lado dos outros, já não me cabe.
Pra concluir eu digo a vocês que somente um entendimento intelectual não será suficiente – embora seja bom ter algum entendimento intelectual porque isso pode ajudar a nos mover para uma experiência existencial. Mas só a experiência nos dará o prazer total da beleza e da verdade do amor.


quarta-feira, 19 de julho de 2017

INTIMIDADE

PERMITA QUE A INTIMIDADE ACONTEÇA


“Pela intimidade, pelo amor, por se abrir a muitas pessoas, você se torna mais interessante. E se puder viver um amor profundo, uma amizade verdadeira, uma intimidade generosa, com muitas pessoas, você terá vivido da melhor maneira possível, e onde quer que esteja, se tiver aprendido essa arte, viverá assim ali também, com felicidade.Se for simples, receptivo, compreensivo, íntimo, você terá criado um paraíso ao seu redor. Se for fechado, constantemente na defensiva, sempre preocupado que alguém possa perceber os seus pensamentos, os seus sonhos, as suas perversões – você estará vivendo no inferno. O inferno está dentro de você, assim como o paraíso. Eles não são lugares geográficos, são espaços espirituais.”

As sábias palavras acima são do místico indiano Osho, se elas fazem sentido pra você, trate de gravar bem essas palavras e acima de tudo, busque vivenciar. Se você simplesmente ler o texto achar bacana e só! Sinto dizer, mas não adianta nada.
A ideia dessa mensagem é a seguinte, quanto mais você for sincero e verdadeiro, mais criará em torno de si uma energia pura e radiante, que atrairá pessoas de bom coração, de boa índole, de caráter idôneo, com ideais de vida parecidos com os seus etc. 
E desta forma você vai criando essa maravilhosa intimidade que Osho fala nesse texto. Ao contrário do que muitos pensam, a intimidade não se restringe a uma relação amorosa com alguém, ou a uma relação sexual. Isso é apenas uma parte ínfima do que vem a ser intimidade.
No sentido mais amplo, a intimidade tem a ver com a conexão de amor que existe entre pessoas com ideais semelhantes e dispostas a caminharem juntas. Ali existe intimidade.
Aí eu te pergunto: Você sente medo dessa intimidade? Não tenha pressa em responder a essa pergunta, ela é complexa e exige que você vasculhe o seu passado, seus momentos de dúvidas, de tristeza, até mesmo os momentos lá da infância, quando você se sentia desamparado etc. Mas se a sua resposta for que você tem medo, eu gostaria de acrescentar que o medo, quando deixamos que nos domine, paralisa. E é exatamente por ficarmos paralisados que não conseguimos criar esses vínculos verdadeiros e repletos de amor com as outras pessoas.
Sei que muita gente tem medo da intimidade — ter ou não ter consciência desse medo é outra história. A intimidade significa expor-se perante um estranho — e todos nós somos estranhos; ninguém conhece ninguém. Somos mesmo estranhos a nós próprios, porque não sabemos quem somos. 
A intimidade faz a gente se aproximar de um estranho, aí você tem que deixar cair todas as suas defesas; porque só assim a intimidade é possível. E o seu medo é que se deixar cair todas as suas defesas, todas as suas máscaras, quem sabe o que o estranho poderá te fazer. O problema é que se anda a esconder mil e uma coisas, não só dos outros mas de si próprio, porque fomos criados por uma humanidade doente com toda a espécie de repressões, inibições e coisas dessa ordem. E o medo é que, com alguém que seja um estranho — e não importa se se viveu com a pessoa durante trinta ou quarenta anos; a estranheza nunca desaparece — parece mais seguro manter uma ligeira defesa, uma pequena distância, porque alguém se poderá aproveitar das suas fraquezas, da sua fragilidade, da sua vulnerabilidade. 
Então o que se vê é que toda gente tem medo da intimidade. O problema torna-se mais complicado porque toda a gente quer intimidade. Toda a gente quer intimidade porque, de outro modo, está sozinho neste Universo — sem um amigo, sem um amante, sem ninguém em quem confiar, sem ninguém a quem abrir todas as suas feridas. E as feridas não saram se não forem abertas.
Pense com carinho sobre isso e se você tem medo, largue do medo. Dentro de pouco tempo você perceberá como sua vida se tornará rica de bênçãos…



terça-feira, 18 de julho de 2017

AUTO RESPONSABILIDADE

ACEITAR A AUTO RESPONSABILIDADE É UM MOMENTO HISTÓRICO NA JORNADA DE TODO SER


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Você tem de ser um investigador, você é a fonte. E a sua única responsabilidade deve ser conhecer a si mesmo.
Ensinaram pra gente tantas responsabilidades menos essa! Disseram que gente devia prestar conta aos nossos pais, à nossa mulher, ao nosso marido, aos nossos filhos, à nação, à igreja, à humanidade, à Deus. A lista é praticamente interminável. Mas a responsabilidade mais importante não está nessa lista.
Eu gostaria de queimar essa lista toda!  Você só é responsável por uma coisa: o seu autoconhecimento. E o maior milagre é que, se você cumprir com essa responsabilidade, conseguirá cumprir com muitas outras sem fazer nenhum esforço.
No momento em que você encontra o seu próprio ser, uma revolução acontece na maneira como você vê as coisas. Toda a sua visão de vida passa por uma mudança radical. Você começa a se dar conta de novas responsabilidades - não como se fossem algo que tem de ser feito, mas algo que se faz por prazer.
Você nunca mais fará nada por dever, por se sentir responsável, porque isso é algo que esperam de você. Você fará tudo pela felicidade que isso lhe dá, por um sentimento de amor e compaixão. Não é uma questão de dever, é uma questão de compartilhar. Você sente tanta paz e felicidade que gostaria de compartilhar.
Por isso é importante falar em responsabilidade, que é para consigo mesmo. Todo o resto virá naturalmente sem nenhum esforço da sua parte. 
Aceitar a auto responsabilidade é um momento histórico na jornada de todo ser, ela marca o início de uma nova fase da consciência.
E são necessárias muitos perrengues até que esse momento chegue. Nós fomos viciados no externo, no vitimismo, tornando necessários muitos episódios de sofrimento, até que o “estalo” aconteça.
E a partir do momento que a auto responsabilidade é aceita, ao invés de perder tempo procurando culpados, você investirá toda sua energia em olhar para dentro, para enxergar em si os pensamentos e sentimentos que estão criando as situações negativas que estão sendo vividas.
E quanto mais olhamos para dentro, mais percebemos nossa Luz e, quanto mais percebemos nossa Luz, mais evidente ficam as nossas sombras.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

A VIDA É MÁGICA... ENSINAMENTOS DE ALICE

DÁ SEMPRE PRA TIRAR UM COELHO DA CARTOLA



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 "Mas eu não quero me encontrar com gente louca", observou Alice. " Você não pode evitar isso", replicou o gato. "Todos nós aqui somos loucos. Eu sou louco, você é louca". "Como você sabe que eu sou louca?" indagou Alice. "Deve ser", disse o gato, "Ou não estaria aqui".

É certo que, em algum momento da nossa vida, já tivemos contato com a história de Alice, aquela menina que, em um belo dia, despenca numa toca de coelho que a transporta para um lugar encantador povoado por criaturas um tanto quanto peculiares. A história nonsense se desenrola de maneira divertida e envolvente, de forma que crianças – e até mesmo nós adultos – entram nesse mundo fictício com um sorriso largo no rosto. Mundo esse que, pode não parecer, mas muito se assemelha ao nosso real.
No filme, Alice é uma jovem que conflita constantemente com pessoas e princípios da sociedade de sua época, por projetar para si algo totalmente diferente, assim não aceita a imposição e enfrenta duros confrontos, até o momento em que ela conhece um novo mundo: o País das Maravilhas, um universo mágico, onde tudo pode acontecer. O mundo de Alice começa a tomar um novo rumo no momento em que ela diz: “esse sonho é meu, eu vou decidir aonde ir e a partir de agora eu faço meu destino!” .
Bingo! Talvez esse seja um dos grandes segredos escondidos no filme e um segredo valiosíssimos para trazermos à nossa vida real. Independente de faixa etária ou fase da vida, chega o momento em que precisamos nos dar conta de que, assim como Alice, é preciso dar um basta em algumas situações. Alice se vê diante de um universo vasto e novo, mas não se intimida. Se permite provar líquidos desconhecidos, comer bolos diferentes e, até mesmo, cogumelos para ficar do tamanho que cada situação exige, grande ou pequena. Alguma semelhança ou mera coincidência com o que vemos nas situações cotidianas? E ao se deparar com os personagens incríveis como o Chapeleiro Maluco, a Rainha de Copas ou o Gato de Cheshire, ela não só aprende a lidar com seres tão diferentes entre si, mas ela aprende sobre ela mesma, sobre sua identidade e seu potencial.
Assim como na realidade, o filme retrata que estamos rodeados de pessoas, cada qual com suas habilidades, atividades e importância. O desafio é aprender a conviver com essas diferenças e buscar nossas próprias realizações, metas e planos.
Tudo bem, podemos dizer que é uma história maluca, diferente, profunda e inteligente. Mas não dá para negar que ela traz de forma espetacular ensinamentos que podem ser levados para a vida toda. A frase do Gato: “Para quem não sabe aonde quer chegar qualquer caminho serve.” não deixa nada a desejar. Mas talvez a principal mensagem do filme se concentra em uma trecho que diz assim: “Não podemos mudar o passado, mas podemos aprender com ele“.
Alice no País das Maravilhas nos mostra que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola!
Que assim seja!


sexta-feira, 14 de julho de 2017

A PRISÃO DA INFELICIDADE # MANIA DE SER INFELIZ

NA PRISÃO DA INFELICIDADE VOCÊ SAI QUANDO QUISER 


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Sinto muito, mas esqueçam quando o assunto é tentar oferecer a determinadas pessoas caminhos, alternativas ou soluções. Mesmo reclamando da situação em que se encontram, elas simplesmente irão desprezar seu auxílio. Pessoas assim, já fizeram a sua escolha. Optaram pela infelicidade.  Sabem por quê?  Por que ser feliz exige atitude de coragem e ser infeliz é uma atitude covarde. Na realidade, para ser infeliz, não é preciso nada. Qualquer um pode ser covarde. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é que precisa coragem – é um risco tremendo. O que é coragem? É a habilidade de confrontar o medo, a dor, o perigo, a incerteza ou a intimidação. O que é ser covarde? É ter medo. É falta de ação. Essa dificuldade de ação é por excesso de orgulho ou por pouquíssimo orgulho. Uma pessoa decidida pela infelicidade o fez por covardia. 
Não temos o costume de pensar assim. Nós pensamos: ” O que é preciso para ser feliz? Todo mundo quer ser feliz.” Isso está absolutamente errado. É muito raro uma pessoa estar pronta para ser feliz – as pessoas investem tanto na infelicidade! Elas adoram ser infelizes.
Continuamos a perder muitas coisas na vida só por causa da falta de coragem. Na verdade, nenhum esforço é necessário para conquistar – só é preciso coragem – e as coisas começarão a vir até você, em vez de você ir atrás delas. Pelo menos no mundo interior é assim.
Há muitas coisas para se entender – sem entendê-las é muito difícil se livrar da mania de ser infeliz. A primeira coisa é: ninguém está prendendo você; é você que decidiu ficar na prisão da infelicidade. Ninguém prende ninguém. O homem que está pronto para sair dela, pode sair quando quiser. Ninguém mais é responsável. Se uma pessoa é infeliz, é ela mesma a responsável. Mas a pessoa infeliz nunca aceita a responsabilidade – é por isso que continua infeliz. Ela diz: “Estão me fazendo infeliz”.
Se outra pessoa está fazendo com que você seja infeliz, naturalmente não há nada que você possa fazer. Se você mesmo está causando a sua infelicidade, alguma coisa pode ser feita… alguma coisa pode ser feita imediatamente. Então ser ou não ser infeliz está nas suas mãos. Todavia as pessoas ficam jogando nos outros a responsabilidade – às vezes na mulher, às vezes no marido, às vezes na família, no condicionamento, na infância, na mãe, no pai… outras vezes na sociedade, na história, no destino, em Deus – mas não param de jogar nos outros. Os nomes são diferentes, mas o truque é sempre o mesmo.
Ninguém, nenhuma outra força, está fazendo nada a você. É você e só você. Isso resume o que é o seu fazer, significa que você fez e pode desfazer. E não é preciso esperar, postergar. Não é preciso tempo – você pode simplesmente pular fora disso.
Mas nós nos habituamos. Se pararmos de ser infelizes, nos sentiremos muito sozinhos, perderemos nossa maior companhia. A infelicidade virou nossa sombra – nos segue por toda a parte. Quando não há ninguém por perto, pelo menos a infelicidade está ali presente – você se casa com ela. E trata-se de um casamento muito, muito longo; você está casado com a sua infelicidade sabe-se lá há quanto tempo.
Agora chegou a hora de se divorciar dela. Isto é o que eu chamo de "a grande coragem" – divorciar-se da infelicidade, perder o hábito mais antigo da mente humana, a companhia mais fiel.
O que quero discutir aqui, e volto a insistir, é que a pessoa infeliz nunca irá aceitar que ela está onde ela se colocou. Como já disse, ela permanecerá acusando Deus e o mundo, tudo o que forneça uma boa desculpa a ela, impedindo-a assim de trocar a covardia pela coragem. Uma pessoa torna-se realmente um ser humano completo, quando aceita a responsabilidade total – é responsável pelo quer que seja. Essa é a primeira forma de coragem, a maior delas. É muito difícil aceitá-la porque a mente vai continuar dizendo: "Se você é responsável, porque criou isso?". E para evitar isso, dizemos que os outros são responsáveis: "O que eu posso fazer? Não tem jeito... sou uma vítima! Sou jogado daqui para ali por forças maiores que eu e não posso fazer nada. O que ganho com a minha infelicidade? A companhia de um sentimento que conheço. Portanto não é ameaçador. O que ganho com a felicidade? Novas companhias e aventuras e, sobretudo a maior virtude. A virtude da coragem. Perder o habito antigo da infelicidade é soltar gerações, é gritar CHEGA. É aceitar o medo da mudança.  Afinal, a coragem exige enfrentamento do medo e o medo pertencia às outras gerações e não mais a mim. Soltar a mania de ser infeliz e lutar para permanecer com a mania de ser feliz é de fato uma luta justa. Não haverá feridos, o que haverá são perdas de hábitos da mente muito antigos que já estão saturados, mas infelizmente muito atuais. CHEGA DE SER FELIZ POR SER INFELIZ. DECIDA SER FELIZ DE VERDADE!!! Assim o universo agradece e conspira a seu favor !