sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O OUTRO NÃO VAI MELHORAR

PAU QUE NASCE TORTO NUNCA SE ENDIREITA


Dito popular:
“O homem sempre espera que a mulher nunca mude e ela sempre muda.
A mulher sempre espera que o homem mude e ele nunca muda.” 

A necessidade de mudanças é uma condição essencial da evolução humana. Afinal gostando ou não a realidade muda. Mudar é reciclar, dar novo ânimo para a vida. Mas para que essa renovação essencial aconteça são necessárias algumas condições.
A maior parte dos relacionamentos começam na condição que o parceiro se adeque às fantasias secretas de uma pessoa ideal. Alguma dúvida disso?
O resultado é frustração, decepção e na maior parte das vezes brigas intermináveis que resultam em muito sofrimento.
Você queria que a pessoa mudasse, mas será que é possível aquela mudança? Ela é realista, saudável e benéfica, porque na maior parte das vezes nossos desejos são tão caóticos e sem sentido que quando atendidos causam desgosto. >É viável ou plausível que a outra pessoa mude? >Será que não é exagerada sua exigência?
Também, ninguém muda porque o outro quer, mas porque ela se sente motivada àquilo. >Será que a outra pessoa já conseguiu entender o buraco que está se afundando por causa do jeito que se comporta? >As necessidades básicas estão sendo atendidas?
Bem, além da motivação e possibilidade, será que ela tem as ferramentas necessárias para fazer a mudança? >Ele é capaz de fazer essa mudança?
E qual a vantagem que terá quando essa mudança ocorrer?
Se você tem os olhos em um horizonte mais amplo seja o motor da sua vida em primeiro lugar.
Ghandi, líder espiritual indiano, foi sábio quando disse “seja você a mudança que deseja ver no mundo”.
Não fique esperando o outro melhorar, não dependa disso.
Faça você a sua parte, se outro vai fazer a dele, depende dele.
Enfim, avalie bem a situação, a decisão de permanecer ou partir é sua. Um direito seu, acima de tudo.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

SOBRE O SOFRIMENTO

O SOFRIMENTO É UMA BIRRA EXISTENCIAL 


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Vejo o sofrimento como uma bolha que você pode estourar !
Antes de tentar explicar o que entendo como sofrimento gostaria de diferenciar da ideia de dor. Dor significa "um estado psicofisiológico de desconforto reativo à um choque ou degeneração orgânica". Algo evitável e que se contorna com medicações anestesiantes.
Isso leva muitas pessoas a entenderem o sofrimento como algo parecido, com substância e localização bem definida. Erro de raciocínio.
O que chamamos de sofrimento é um estado psicológico que pode mudar de um momento para o outro.
O sofrimento sendo transitório é resultado de um entendimento equivocado sobre a realidade vida.
Uma pessoa querida morre e eu sofro sua perda. Sofro por que ela se foi e eu não terei mais acesso a ela. Meu sofrimento é resultado da quebra de uma condição estável. Preciso abrir mão do meu apego à imagem de que ela está associada a mim. Entender que as pessoas morrem cedo ou tarde por causas naturais ou acidentais e que ninguém está blindado de nada. O sofrimento decorrente dessa perda na verdade é uma resistência às mudanças inevitáveis da vida. O sofrimento é a tentativa da mente de conservar um estado psicológico imutável.
O sofrimento é o denunciador de minha dificuldade em ceder ao evento novo que se apresenta.
Diferente do que pensam não é o resultado de amadurecimento. O sofrimento é sinal de rigidez emocional, apego, inflexibilidade. O sofrimento é uma birra existencial.
Uma pessoa perde o emprego, esbraveja injustiça e fica abatida. Por que sofre? Porque resiste à ideia de mudança, “por que eu?”. Por que não você? Mas o que há de especial na sua vida diferente das demais?
O sentimento de que você deveria ser privilégiada é uma das bases do sofrimento. A sensação de ser uma pessoa "especial" oferece o terreno propício para essa contestação típica do sofrimento: “por que eu?”
No sofrimento há uma grande dose de passividade frente à mudança. O sofredor teima em achar que a realidade complicadora irá se resolver magicamente, sem esforço ou desprendimento. A condição passiva de vítima das circunstâncias é um sentimento de injustiça que se instala e pode permanecer por anos à fio. A vítima arroga para si o direito de cobrar o estado original perdido. “Não me conformo que perdi aquela oportunidade!”. O sofrimento é decorrente dessa prisão psicológica instaurada na mente. “O mundo precisa me devolver o que perdi!”. Com isso a vítima perde mobilidade existencial e fica sentada no trono de suas certezas e seguranças.
“O sofrimento ensina!”. Não creio nisso, pois se o sofrimento é um efeito colateral de resistência na verdade ele só evidencia que o ego não quer ceder. A frustração contínua de suas certezas nem sempre te libera do trono emocional. Prefere ser vítima do que co-autora da própria existência. Co-autor, pois ninguém está isolado nesse mundo e na maior parte das vezes estamos expostos à condições indigestas e fora de controle.
Uma pessoa pode passar anos na cadeia, destituída de identidade, integridade e dignidade e só reforçar para si mesma a sensação de indignação e ressentimento. O sofrimento permanece ali sustentando uma condição de mal-estar que arrasta todos a sua volta.
O sofredor sempre atribui culpados pela sua infelicidade e abdica da condição de protagonista de si mesmo.
Situação prática: Pessoa perde o interesse afetivo pela outra e se separa + “Como assim?” + “Eu achei que seria para sempre” + “Como aquela pessoa ousou me deixar agora?” + “não quero mais saber de nada e nem de ninguém” = sofrimento.
Desfazer o sofrimento é resultado de uma mudança de postura na vida.
Aceitar que mudanças são inevitáveis e resistir a elas é um estreitamento emocional.
Permitir que minha mente se deixe absorver por entendimentos mais amplos da realidade.
Entender que não há culpados e nem inocentes na vida. Estamos todos conectados na mesma teia de relações desiguais, instáveis e imprevisíveis.
E se você ainda acha que vai aprender alguma coisa com o sofrimento eu já adianto, só vai aprender a continuar sofrendo. Não é o sofrimento que ensina, mas o aprendizado que ensina.
Se quer aprender mesmo abra sua mente, pois sofrimento é sinal de resistência.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

NOSSA VIDA É IMPREVISÍVEL

NOSSOS MICRO MOMENTOS  VALEM OURO


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Andei pensando bastante ultimamente no quanto a vida é imprevisível e estranha e o quanto é bom que ela seja assim. Tenho pensado sempre como posso fazer para aproveitar melhor meu tempo, minha vida, minha idade. Acontece que por mais que de vez em quando a gente chegue a algumas conclusões legais a respeito disso tudo, sempre acabamos voltando para questões práticas e imediatistas do tipo: preciso ser mais produtivo, preciso aproveitar melhor o meu tempo livre, preciso fazer algo de útil da vida.
Não me entenda mal. Pensar a respeito dessas questões é importante e útil. Eu gosto e costumo pensar assim também, mas as vezes devemos dar uma trégua e analisar um pouco o que temos feito nessa nossa caminhada pela Terra, reparar nos detalhes, nas coisas simples, nas tarefas repetitivas e o quanto existe de beleza nisso tudo. 
Imaginem se na vida após a morte a gente pudesse reviver todas as nossas experiências, mas dessa vez com os eventos reorganizados segundo uma nova ordem: os momentos que tivessem uma mesma qualidade ficassem agrupados. 
Por exemplo se sua dor fosse sentida de uma única vez, todas as intensas vinte e sete horas de dor que você sentiu enquanto viveu. Seis dias cortando as unhas. Quinze meses procurando por itens perdidos. Dezoito meses em filas. Dois anos entediado. Seja olhando pela janela do ônibus ou sentado num terminal qualquer. Um ano lendo livros.
Ossos quebrados, partos, até que chegue a maratona de quinze mil dias tomando banho. Duas semanas tentando entender o que acontece quando você morre. Um minuto percebendo que seu corpo está caindo. Setenta e sete horas confuso. Uma hora percebendo que você esqueceu o nome de alguém. Três semanas percebendo que você está errado. Dois dias mentindo. Seis semanas esperando o semáforo abrir. Catorze minutos experimentando a alegria verdadeira. 
Três meses lavando roupa. Quinze horas escrevendo sua assinatura. Dois dias amarrando cadarços. Sessenta e sete dias com o coração partido. 
Cinquenta e um dias decidindo o que vestir. Nove dias fingindo entender o que está sendo dito. Duas semanas contando dinheiro. Dezoito dias parado na frente da geladeira. Trinta e quatro dias sentindo saudades. 
Quatro semanas sentados pensando se você não poderia estar fazendo algo melhor com o seu tempo. Três anos mastigando. Cinco dias fechando botões e zípers. Quatro minutos pensando o que seria da sua vida se você tivesse mudado a ordem dos acontecimentos. 
Nessa parte da vida após a morte, você imagina alguma coisa parecida com a sua vida na Terra e o pensamento é de estranheza . Pensa, numa vida onde os episódios são divididos em minúsculos pedaços fáceis de engolir, onde os momentos não duram tanto, onde se experimenta a alegria de saltar de um lado pro outro, sem nunca ter que repetir nada. É engraçado pensar numa vida assim, acho que assim seria mais fácil dar conta dos micro momentos de nossa existência. Cada ato que fazemos como amarrar os tênis, esperar numa fila... é parte do nosso existir, sem eles nada, nenhuma história de vida seria possível, são milhares e milhares de micro momentos que ao somarmos dará o incrível resultado que se chama história de vida, então nada é perda de tempo, ou melhor quase nada. 
É boa essa ideia de "viver" e não perder tempo. E quando digo viver, não estou falando somente dos micro momentos, nem das fotos no face de sexta a noite no happy hour, estou falando em fazer tudo na vida passando o máximo de tempo possível fazendo o que realmente gosta, e com as pessoas que realmente gosta.
Acho que viver está associado a estar presente o que inclui curtir os melhores momentos, gente, caminhos, na imprevisibilidade das pequenas e grandes surpresas diárias. Tudo fracionado nas 24 horas de um dia e bem menos no depois, no futuro, no se... o que parece fazer a gente gastar improdutivamente nossa vida.
Esse meu texto é pra fazer pensar, ele não quer dizer que você está equivocado em nada. Ele é apenas pra gente refletir sobre o valor de cada micro momento dessa loucura que se chama vida.


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

INVISIBILIDADE NAS RELAÇÕES

A PESSOA INVISÍVEL SÓ EXISTE EM FUNÇÃO DA VONTADE DO OUTRO


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Muitas pessoas, em especial mulheres (mas já vi acontecer com homens também) reclamam que não tem voz ativa no seu relacionamento amoroso e nunca se sentem ouvidas de verdade, os homens com esses perfil são mais raros e não expõem tanto suas reclamações. Os invisíveis, seja lá de que gênero for, parecem que são como múmias ou vasos decorativos; só existe em função da vontade da outra pessoa.
Presumo que a invisibilidade vem do desgaste de relações que já acabaram mas que ninguém teve coragem de sair para manter as aparências, por causa de família e filhos culminando na falta de admiração do homem que deixou de valorizar a própria mulher.
Qualquer desses motivos se apoia num fator que ninguém admite, mas se a pessoa ficou calada é porque em alguma medida se acomodou à situação e aceitou este lugar de silêncio, seja por que acha que não vale a pena ou porque já se cansou de falar. O problema é que de modo geral esta fala está desgastada por que ela não tem autoridade, poder pessoal e postura adequada. A pessoa que se apassivou na vida se encolheu na própria existência e abandonou os próprios sonhos aos poucos.
Resgatar a autoestima inclui lamentar o tempo que passou ou o insucesso pessoal, esse reconhecimento é  o primeiro passo para a decolagem. Depois, na sequência, o que faz a coisa acontecer é agir e se posicionar, seja para se manter no relacionamento com qualidade ou para sair de uma vez antes que você disperse ainda mais sua energia, vida e saúde com ele, ou seja, antes que a situação instalada acabe de acabar com sua raça. Isso se faz necessário estando junto ou separado, tem gente que sai de uma relação mas continua no mesmo padrão de quando era casado por continuar não sabendo se posicionando diante do outro.
Se você não tem voz no relacionamento provavelmente desconhece sua voz interior, seus desejos, sonhos e projetos pessoais. Talvez você também tenha feito seus sonhos calarem a boca. E se você não quiser mudar ninguém pode fazer isso por você!
Procure um meio de  se posicionar diante da vida e dos outros colocando limites e se fazendo respeitar. Sua condição de pessoa invisível vai reverter rapidinho.  


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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A SOGRA E A NORA: O CLÁSSICO

É COMO NUM TRIÂNGULO AMOROSO 


Não é o meu caso nem de um lado nem de outro do latifúndio, mas eu diria que a confusão entre noras e sogras é um clássico dos conflitos familiares. 
É possível entender que o confronto é certo quando o marido é passivo e se esquiva das situações de conflito, a esposa gosta de ser a mandona ou a mãe do marido parece ter inveja do lugar ocupado pela nora, quer controlar e competir com a mulher do filho.
O conflito parece simples, é que a nora é vista pela sogra como a substituta ilegítima do seu reinado de mãe soberana de um filho obediente e dependente emocional. Ele que nunca quer assumir conflitos com sua querida mamãe fica passivo e tentando colocar panos quentes nos desentendimentos velados ou explícitos da mãe e da esposa.
Na hora do racha sai de fininho e diz que não pode tomar partido: “é minha mãe, poxa!”.
O resultado é trágico, pois em cada oportunidade surge aquela briga nas entrelinhas pela atenção do homem da vida das duas.
A sogra tem um agravante, na maior parte das vezes quer fazer as vezes de companheira emocional do filho e tirar a nora da trilha. Ela no papel de mãe deveria estar ciente de que a nova família do filho se sobrepõe à família de origem. Mesmo sendo a mãe não deveria interferir ou palpitar nas escolhas do filho, mas de modo geral faz o oposto, critica, aponta, acusa e faz intrigas. Se a nora reage parece sempre a louca, enquanto a pobre sogra permanece chorosa pela  agressividade “gratuita” feita pela nora.
É de chorar ver duas mulheres, que se supõe adultas, entrando em brigas absolutamente dispensáveis. Se questionada a sogra dirá que está defendendo os direitos do filho (ainda que não tenha sido chamada para advogar) e sempre terá uma dose grande de desconfiança: “essa garota não cuida tão bem dele quanto eu, é meio relapsa e as vezes soa interesseira, sei que ela tem ciúme de mim.”
Nessa hora a sogra esquece que quem convive, ama e tals com o filho é a nora e não ela.
Por isso soa tão estranho esse tipo de disputa, parece até que rivalizam o parceiro amoroso, como acontece nos triângulos amorosos :-\  Pensa! É igualzinho :-| A nora até tem razão de reivindicar seu parceiro, mas a sogra não!
O que parece ser a causa e perpetuação dessa briga que se arrasta por anos a fio é que normalmente a sogra tem um casamento falido ou inexistente e que costuma legitimar sua solidão em busca da companhia do filho querido.
Nesses casos percebo que na maioria das vezes a nora, até, evita de incentivar esse conflito por ter medo de precipitar uma guerra familiar que pode acabar fazendo com que o marido recue diante de sua mãe, por quem ela sente que é afetivamente dominado.
Meu objetivo aqui não é formular nenhum guia prático do tipo "Como sair dessas enrascada" mas de jogar uma luz em cima do quadro lastimável desse tipo de conflito. Seja lá qual for a situação de conflito a que eu esteja exposta, gosto sempre de pensar qual a parte que me cabe naquele latifúndio.
Uma coisa é certa bom senso é tudo, e bom senso é bom senso, venha de que fonte vier.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

É SOBRE SEUS SONHOS

SE VOCÊ TEM SONHOS, É SUA RESPONSABILIDADE FAZÊ-LOS ACONTECER.


O que você faz com os seus sonhos?

Durante minhas corridas por aí, pensei sobre os sonhos e resolvi compartilhar meus devaneios.
Você já se deram conta que tudo o que lhe cerca, é fruto do sonho de alguém?
A casa da esquina foi construída a partir do sonho de alguém de morar nela, os fios do poste foram fabricados por conta do sonho de alguém para que houvesse luz em toda cidade, a farmácia logo a frente se deu em virtude do sonho de alguém de ter o seu negócio próprio. Tudo, tudo no Universo tem relação direta com o desejo, com o sonho de alguém.
E você, o que faz com os seus sonhos?
Muito além de sonhar, como já foi dito, sonhos estão por toda parte e podem ser sonhados por qualquer um, há que se respeitar os seus, elevando-os ao status de realidade. Acredito que o que diferencia aqueles que apenas sonham, daqueles que sonham e realizam, é a coragem de acreditar em si e de externar aquilo que sonhou.
É claro que como em tudo na vida, existirão aqueles que desacreditarão do seu sonho (incluindo você mesma). Em geral, esses desencorajadores (de novo, incluindo a gente mesmo) são pessoas que nunca conseguiram vencer suas autossabotagens e descontam suas próprias frustrações fazendo brincadeiras que diminuem o tamanho do que é importante pra si mesma ou para os outros como uma forma de aliviarem suas próprias insatisfações. 
Porém também, como tudo na vida, cabe a você aceitar ou não essa situação. Porque se você acredita, de verdade, naquilo que sonha e corre atrás daquilo que crê, acaba se tornando uma pessoa tão inteira que o seu próprio descrédito ou do outro bate e volta.
Creio que se você teve a capacidade de sonhar algo, é porque esse algo é possível. Se aquele sonho existiu dentro de você, é porque ele também pode existir fora. Sei que esse texto parece auto ajuda barata, do tipo “Sonhe e blá blá blá”, mas juro que se você não partir do princípio de que sonhar é o ponta pé de qualquer realização pessoal, nunca nada vai acontecer.
Um dia desses li uma matéria sobre “Cinco maneiras de matar os seus sonhos” e acho que ela pode ser uma bela maneira de você começar a tirar seus sonhos do campo da imaginação e leva-los mais a sério. Porque o que você faz com os seus sonhos, diz MUITO sobre o que você faz com você mesmo.
Assim sonhando que as pessoas pensem mais sobre si mesmas e confiem mais naquilo que acreditam, hoje deixo esse questionamento simples, mas extremamente profundo e revelador: o que você faz com os seus sonhos?

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

NINGUÉM É NOSSO INIMIGO

PELO OLHAR DA COMPAIXÃO


Se eu pudesse falar pra todo mundo, eu falaria para as pessoas não gerarem inimigos. Para elas não acreditarem na visão que tem pessoas que não são iguais a ela. Por mais que o outro pareça que está fazendo alguma coisa contra você ou maldade, enfim... Isso não é o outro. O outro é uma mente livre igual a você, que quer ser feliz igual a você, que a vida inteira buscou evitar o sofrimento igual a você. Todos os seres querem a felicidade igual a você. Então, assim que você achar que tem alguém que é inimigo, essa pessoa é só um parceiro com dificuldade. Ela é um parceiro com raiva, ódio, com preguiça, com orgulho, com carência. Ela quer ser feliz mas não sabe como fazer, mas é um parceiro teu. Ela não é um inimigo. E justamente porque ela está com esses obstáculos, que são os próprios obstáculos que te impedem de ser feliz, você deveria ajudá-la, ou se isso não lhe for possível ao menos não se sinta perseguido, odiado ou sacaneado por ela não, porque com certeza  o problema  dela é com ela mesma e não com você. Olhando por esse prisma dá pra entender melhor quando as pessoas agem de maneira equivocada conosco, dá  pra exercitar mais a nossa compaixão. Não que a gente vá fazer a morta viva, é apenas pra não tomar pra si a insanidade dos outro (já basta a nossa para darmos conta) e ajudar a pessoa a colocar as ideias no lugar se for cabível ou possível.  
Na minha própria vida essa é a grande sacada pra gente começar a se dar bem com tudo e com todos. É você olhar todo mundo como um igual a você.


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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

ENVELHEÇA FELIZ E SAUDÁVEL

LEVE EM CONSIDERAÇÃO QUE SEU CORPO É A COISA MAIS IMPORTANTE QUE VOCÊ TEM  



Comecei a correr como jeito mais eficaz de perder peso depois de 2 filhos e 5 anos cuidando de criança, casa, comendo indiscriminadamente e vendo o mundo passar lá fora. Nessa vibe me foram acrescentados cerca de 15 kg a mais do que peso hoje em dia, estava ficando difícil colocar outra roupa que não fosse o conjunto: calça legging com camisão ou parca. Já estava me sentindo bem mal quando resolvi dá um basta naquilo, foi aí que acabei pegando gosto pelas passadas. 
Comecei correndo um pouco e aos poucos fui me condicionado e aumentando as distâncias percorridas, hoje sei que conquistei um excelente condicionamento físico. Já corri meias maratonas – 21 intermináveis quilômetros, amigos – inclusive em corrida  de aventura. Já cheguei a correr 30 kms, e sempre sem parar, num ritmo honesto. Fiz biathlon, triathlon e até um ciclismo de longa distância de 120km, conhecido como desafio Audax. Eu tiraria uma selfie no final, mas me esqueço de me preocupar com isso. 
Honestamente durante todos esses anos correndo, como prática de vida saudável, nunca acreditei que poderia chegar aos incríveis 42,195km de uma maratona, mas confesso que depois que corri pela 2a vez os 30 kms comecei a pensar que posso. Na primeira vez, apenas deu pra entender como as pessoas conseguiam correr tantos kms, porque antes dessa primeira experiência dos 30 não conseguia entender como os maratonistas superavam o cansaço físico de correr por mais de 4hs (pensado nos amadores como eu e a maioria dos participantes de uma maratona).    
Sempre quis escrever um textão sobre corrida, analisando mil fatores, aconselhando, mas a verdade é que eu não tenho muito para falar. 
Pensar qual a próxima corrida assim que termino de correr? Se aproveitar de qualquer lapso de vontade e sair correndo por aí? Focar na continuidade ao invés da distância? Encontrar uma boa motivação? Nada muito inovador. Vou deixar isso para quem entende.
Um dia desses eu dei de cara com esse texto, escrito pelo Dráuzio Varela e publicado pela Exame.
Ele tem 73 anos, corre maratonas e fala sobre isso com a maior simplicidade do mundo. Sem grandes fórmulas, sem chatice, sem extremismo.
Vale escutar o cara  >

***
"Quando eu estava prestes a completar 50 anos, um amigo me disse que naquela idade começava a decadência. Então resolvi fazer alguma coisa legal para comemorar a data e tive a ideia de fazer uma maratona. Já comecei a correr pensando nos 42 km.

Pouco tempo depois, outro amigo me passou um programa de treinos e fui seguindo como podia. No fim daquele ano, corri a Maratona de Nova York em 4h01. Isso foi em 1993, e desde então já participei dessa prova mais umas sete ou oito vezes. Também já corri em Chicago, Berlim e Joinville — meu melhor tempo é de 3h38, em 1994, em Nova York.

A maratona é minha distância preferida. Ninguém corre 42 km sem estar preparado, todo mundo ali sabe o que está fazendo, então existe muito mais respeito. Já participei de alguns revezamentos e provas menores, mas não gostei. Também fiz a São Silvestre e detestei, achei uma bagunça.

Treino duas vezes por semana no Parque do Ibirapuera e nos fins de semana procuro correr no Minhocão ou no centro da cidade. Aí vario os trajetos: passeio pela praça da Sé, largo de São Bento, Mercado Municipal. Cada treino varia entre 15 e 25 km, depende de quanto tempo tenho.

Também subo os 16 andares do meu prédio duas vezes por semana. Vou pelas escadas e desço pelo elevador, onde aproveito para ir me alongando. Repito isso entre oito e dez vezes. É puxado, mas me dá um fôlego danado e com certeza me ajuda a correr melhor.

Se as pessoas fizessem mais exercício, ficar parado seria menos penoso para o corpo. Quando você é sedentário, você se levanta e logo tem que se sentar de novo — e aquilo não te descansa. Quando você corre bastante e senta, é uma sensação muito boa.

Sempre levo meu tênis quando vou viajar. Tem coisa mais gostosa do em um dia de congresso você se levantar cedinho para treinar? Corro 2 horas e depois passo o resto do dia sentado, sem culpa, ouvindo as pessoas falarem sobre os assuntos de que eu mais gosto. É uma delícia.

Para mim, a corrida é um antidepressivo maravilhoso. Sou muito agitado, faço muitas coisas e a corrida também me ajuda a relaxar. É o momento em que fico em contato comigo mesmo, vejo minhas limitações, e isso me deixa mais com o pé no chão. Por isso não corro ouvindo música e prefiro treinar sozinho.

No ano passado, fiz a Maratona de Berlim em 4h12. Depois pensei que se tivesse feito 2 minutos a menos teria me qualificado para Boston. Não quero estabelecer essa meta porque tenho medo de me frustrar, mas, se este ano eu conseguir fazer uma maratona em menos de 4h10, posso comemorar os 70 anos correndo em Boston.

Não tenho nenhum cuidado especial com alimentação. Antes do treino, bebo uma água de coco ou como uma fruta. Depois tomo café com leite e como pão, azeite e tomate. Não estou convencido de que existe um benefício real nesses géis e vitaminas, aminoácidos. Durante a maratona só bebo água, não tomo nem isotônico. Como cortei açúcar da minha alimentação há 34 anos, tenho medo de ficar enjoado e passar mal.

O exercício só é bom quando ele termina. Durante, é sofrimento. Às vezes você até libera uma endorfina no meio e dá uma sensação boa, mas o prazer mesmo vem quando você acaba.

Quem faz atividade física tem um envelhecimento muito mais saudável. Tenho quase 70 e não tomo nenhum remédio, peso 3 kg a mais do que na época da faculdade. As pessoas dizem: “Você é magro, hein? Que sorte!” Não é sorte, tenho que suar a camisa todos os dias.

Eu corro porque estou convencido de que o exercício físico é contra a natureza humana. Precisamos combater essa inércia. Nenhum animal desperdiça energia, ele gasta sua força para ir atrás de comida e de sexo ou para fugir de um predador. Com essas três necessidades satisfeitas, ele deita e fica quieto. Vá a um zoológico para ver se você encontra uma onça correndo à toa. Ou um gorila se exercitando na barra. Por isso é tão difícil para a maioria das pessoas fazer atividades físicas.

Um exemplo disso são meus pacientes. A grande maioria são mulheres com câncer de mama. Muitas passam por quimioterapia, perdem o cabelo, têm enjoos, fazem cirurgia para retirar parte do seio. E enfrentam esse processo com tanta coragem que fico até emocionado. Depois disso tudo, falo para elas que, se caminharem 40 minutos por dia, cortam pela metade a chance de morrer de câncer de mama. Esse índice é maior do que o da quimio, mas menos de 1% das minhas pacientes começam a fazer exercício. Vai contra a natureza humana.

Muita gente fala que não tem tempo de fazer exercícios. Dizem que acordam muito cedo para levar os filhos à escola, que trabalham demais, que têm que cuidar da casa. Antes eu até ficava com compaixão, mas hoje eu digo: isso é problema seu. Ninguém vai resolver esse problema para você.

Você acha que eu tenho vontade de levantar cedo para correr? Não tenho, mas encaro como um trabalho. Se seu chefe disser que a empresa vai começar um projeto novo e precisa que você esteja lá às 5h30, você vai estar lá. Você vai se virar, mudar sua rotina e dar um jeito. Por que com exercício não pode ser assim?

Nós temos a tendência de jogar a responsabilidade sobre a nossa saúde nos outros. Em Deus, na cidade, na poluição, no trânsito, no estresse. Cada um de nós tem que se responsabilizar pelo próprio bem-estar e encontrar tempo para cuidar do corpo. É uma questão de prioridades.

Se você não consegue fazer exercício de jeito nenhum, pelo menos tem que ter consciência de que está vivendo errado, que não está levando em consideração a coisa mais importante que você tem, que é o seu corpo."
***

Pra finalizar, penso que as pessoas tem uma ideia distorcida da riqueza. Para alguns, é ter um milhão na conta, para outros ter um bom salário, mas muita gente esquece que riqueza está atrelada à qualidade de vida.
Voce é tão mais rico quanto maior a sua qualidade de vida e saúde. De nada adianta se você ganha 100 mil por ano, mas gasta com coisas que acabam com tua saúde. Por outro lado, se uma pessoa receber menos, mas gozar de higiene mental, ter seus hobbies, no final das contas é muito mais 'rico' do que quem tem vários dígitos na conta.
Geralmente, os primeiros levam anos para acumular patrimônio enquanto ferram a saúde e quando se aposentam são obrigados a gastar pra tentar cuidar das doenças acumuladas ao longo dos anos.
Eu não sei que tipo de atividade física você gosta mas creio que, em meio a tantas possíveis, alguma você consegue eleger como sua.
O fato é que quando o ser humano quer fazer alguma coisa ele dá um jeito, busca forças até onde não tem, mas quando não quer...ele faz os maiores malabarismos, dá as maiores voltas, inventa toda desculpa possível para não fazer e se livrar da culpa.
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...


CONFIRA:




terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A MORTE NOS CONVIDA A ACEITAR O INACEITÁVEL

ONDE PERDEMOS TUDO É LUGAR DE ENCONTRAR



Sei que pedir a alguém que aceite a morte do seu jovem filho é pedir pra aceitar o inaceitável mas a morte, que ninguém aceita, também nos convida a querer buscar desesperadamente essa aceitação que parece impossível. É justamente aí, onde perdemos tudo, é que vamos encontrar um espaço para reconstruir, reinventar,  ressignificar nossa história, consciente de que a dimensão trágica da vida existe e precisa ser encarada, só assim poderemos seguir em frente,  caso contrário esse drama segue até que você consiga relaxar, olhar para dentro, rever o passado-presente, e então ir a diante, fazer verdadeiras novas escolhas, que exigem novos olhares e pensamentos sobre a vida, e não reencenações "fortes" de velhas histórias.
A morte me parece ser uma mãe, nem sempre tão discreta, que surge, abraça seus filhos silenciosamente e os alivia das obrigações dessa vida. Não me parece muito perspicaz perguntar para uma mãe o motivo de ter feito o que fez pelo seu filho, ela simplesmente faz algo e contemplamos. Existem coisas para as quais precisamos colocar os pés no chão e simplesmente olhar como são.
Talvez você nunca tenha pensado na morte como uma mãe e vá me dizer que uma mãe nunca enterraria o seu filho, mas mães fazem coisas muito difíceis pelos seus filhos e seus motivos são insondáveis. E cada vez que brigamos com aquilo que não temos controle parece que perdemos força ao invés de ganhar. A força vem de uma dose de aceitação daquilo que está além de nós. Quando aceitamos aumentamos de tamanho, mas quando brigamos com a realidade diminuímos, por brigarmos com as forças da vida.
Olhar a morte como uma mãe talvez nos faça sentir que um filho esteja bem cuidado e nos ajude a seguir em frente, mesmo que lentamente, até porque um filho nunca gostaria de ver sua mãe agindo como uma doida varrida.
O único caminho para lidar com o inevitável é manter nossos pés no chão, por isso devemos pensar que a vida é como um contrato que estabelece a própria vigência em uma das cláusulas. Ou seja, basta estar vivo para estar sujeito às leis da existência, que determinam o seu próprio término. Lutar contra esse fato inelutável é garantia de dor. Ao contrário, aceitar a transitoriedade da condição humana – que se aplica a você, a mim e a mais seis bilhões de indivíduos,  sejam crianças, jovens ou adultos – ajuda a aliviar o sofrimento que a ideia da morte costuma trazer. Você não pode mudar o fato de que todos vão acabar um dia. Mas você pode mudar o modo como se relaciona com esse fato.
Então, vamos conciliar que esse é o nosso destino final. Não por morbidez, não para se esquecer de viver, não porque seja bom deixar de existir. Mas simplesmente porque vai acontecer e não somente conosco – mas com todos os que andaram, andam ou venham a andar sobre a Terra. A você e a mim, portanto, resta apenas aprender a conviver com isso. Encarar de frente, compreender, admitir. Em vez de escamotear, negar, esconder. E, quem sabe, assim, sofrer menos com a visita que a morte nos fará um dia e com os eventuais sinais da sua presença que ela já tenha plantado ao nosso redor. 
A boa jornada interior é aquela que vai fundo e nos ajuda a aceitar o  inaceitável!


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

GIRANDO NOVAMENTE A RODA DO TEMPO

 > *FELIZ 2016

FIM / COMEÇO DE ANO

 :) PEGUE LEVE CONSIGO MESMO...



Cada esperança traz em si a semente de um sofrimento futuro. Mas dá pra ser diferente.
Calma, esse não é um texto pessimista. Pelo menos, não é pra ser.
Todo mundo tem aquelas velhas promessas de fim/começo de ano. As coisas vão se encaminhando, a gente esquece o que andou dizendo, prometendo pra si mesmo, até que chega ao término do ciclo correndo pra tentar ficar um pouquinho melhor do que no início dele.
E não há nada de errado nisso.
Só que a gente se cobra, se culpa, e, como consequência, sofre um bocado.
Diria que a gente pode enxergar essas promessas e esperanças de uma forma um pouco mais lúdica. Afinal, o que são as nossas expectativas senão nossa criança mimada interna falando alto demais e tentando tomar o controle das nossas vidas?
O ano, como as pessoas, têm seu momento de senilidade, quando o futuro é curto e o fim é inevitável.
2015 acabou! Seus últimos dias já foram e o hábito de fazer checagens das promessas que fizemos também. É quando a gente olha pra trás e começa a perceber que não emagreceu os quilos que prometeu, que a academia foi ficando pra depois, que não produziu os textos que queria, não conseguiu ler mais, nem ver filmes, muito menos viajar.
O tempo, esse danado, foi passando e não deu a mínima aos planos. Enquanto seguimos fazendo o que de mais urgente aparece na nossa frente, nossas ambições de melhoria da vida vão sendo deixadas de lado.
Quantas pessoas não devem  passar pelo mesmo?
Mas nem tudo é desastre, nem tudo é catástrofe. Às vezes as coisas dão certo.
Um filho pode ter nascido. Um casamento pode ter se feito com  ou sem uma bela cerimônia. Muitos amigos podem ter sido visitados. Ou, quem sabe, até aquelas promessas mais bobas que a gente nunca cumpre podem ter sido levadas a cabo, até o fim. Empregos, carros, casas novas, mudanças. Você pode ter conhecido alguém especial. Sim, bons desfechos podem ter ocorrido.
Mas, também devemos lançar um olhar mais sincero a essas histórias que vamos contar sobre o ano que  nos deixou. Sabemos que cada felicidadezinha, cada pequena vitória, cada suspiro de alívio vem acompanhado de algumas gotas de suor escorrendo pela testa. A gente sofre tentando ser feliz.
É aí que a gente começa a se ver repetindo aquilo que fez no começo do ano e as promessas de 2016 se transformam nas promessas de 2015. Afinal, é uma nova chance que surge.
Nada mais justo do que tentar outra vez.
Mas, aqui, queria propor um lembrete, para antes de girarmos novamente a roda do tempo.
Já parou pra pensar que as suas apostas e promessas serão as razões pelas quais você vai sofrer em 2016?
Assim, fica o que aprendi em 2015, depois de olhar algumas vezes pra minhas promessas: pegue leve consigo mesmo, mas não a ponto de se abandonar à própria sorte!
***Feliz 2016!