sábado, 26 de novembro de 2016

O BLOG ESTÁ SOPRANDO SUA 2ª VELINHA

POST ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO DO BLOG   



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Esse meu cantinho, é apenas um hobby, não me considero "blogueira". 
Comecei exatamente há 2 anos atrás, 26 de novembro de 2014, com o intuito de compartilhar um mosaico de ideias. Espero de coração que minhas postagens sirvam de inspiração ou toque de alguma forma sua percepção ou sua vida, nem que seja por apenas breves segundos ou minutos. Já sinto que pude colaborar.
Foram 475 textos publicados. Mesmo sem realizar nenhum trabalho de divulgação, recebi visualizações além do Brasil, também, dos Estados Unidos, Rússia, China, França, Portugal, Canadá, Índia, Ucrânia, Reino Unido, Japão.  para o 1° lugar, o post mais diretamente acessado desses 475 publicados, continua sendo  "DOENÇAS SÃO PALAVRAS NÃO DITAS” – Jacques Lacan.
Agradeço de coração aos que pararam um minuto do seu tempo para ler os textos que postei.
Gostaria de agradecer a cada um pessoalmente! 



sexta-feira, 25 de novembro de 2016

REFLEXÃO PARA O AGORA

O AGORA É O TEMPO QUE NÓS TEMOS



Se na hora da morte surgir o pensamento "Porque eu vivi tão SÉRIO (contraído, rígido, teimoso, autocentrado, fixado, pousado, ajustado, ocupado, atarefado)?, que pelo menos nessse momento ninguém te leve a sério. Que se divirta, relaxe, sorria e olhe bem ao redor.
Que pelo menos não morramos tendo um insight sério sobre o que fizemos ou não fizemos.

ESCOLHA QUEM VOCÊ QUER SER

VOCÊ NASCEU PRA SER VOCÊ

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Como tudo na natureza, somos programados para crescer e nos tornar nós mesmos, mas a grande diferença entre o homem e o resto da natureza é que nós podemos dizer não. Oh! Uma semente de laranjeira vai virar uma laranjeira e dela vão nascer laranjinhas bebês. Do ovo vai nascer o pintinho que vai virar uma galinha que vai botar outro ovo de onde vai nascer outro pintinho. A água que evapora vai virar nuvem e vai se precipitar e virar chuva numa bela tarde do nosso outono. Mas você... Você nasceu para crescer e se tornar você, com tudo o que isso representa. Nasceu para ser o seu melhor, para ser o que mais quer ser dentro do seu coração. Para contribuir com os seus talentos, dons e habilidades recriando uma sociedade e um mundo melhor. Você pode dizer não. A semente não pode decidir que não quer virar árvore. A laranjeira nunca conseguirá dar manga. O pinto não consegue fingir que é um javali. A água que evapora nunca vira lava de vulcão, mas chuva. Sempre chuva. No entanto, por algum motivo, a você foi dado o poder de escolher acreditar em qualquer coisa que quiser. Com isso, você consegue criar significado para as histórias da sua infância, escolhe a interpretação que dá para cada coisa que ouviu dos outros escolhe acreditar nas crenças que quiser. Você pode ter medo de ser você. Pode achar que já está velho demais para isso e que, se for você, ninguém vai gostar. Pode adiar e dizer que ano que vem vai ser você. Ou na segunda-feira. Pode achar que não tem tempo nem dinheiro para isso, que não pode ser você por causa dos seus pais ou dos seus filhos. Pode escolher acreditar que é impossível ser você! E nessa, que é – até onde sabemos, pelo menos – a sua única vida, pode ser que você nunca deixe de ser semente, não quebre a casca do seu ovo ou evapore e precipite. Pode ser que nunca venha a ser você! E, quando se der conta, vai perceber que passou o tempo todo tentando preencher o vazio de não ser você com dinheiro, poder, carros novos, relacionamentos, filhos... Com que pensamentos, decisões e atitudes você tem dito não ao seu propósito de vida? Independentemente de quais sejam, você pode a qualquer momento usar seu poder e escolher novos pensamentos e tomar novas decisões que vão levá-lo a ser quem você nasceu para ser. Podemos escolher acreditar em qualquer coisa. Então por que não acreditar em nós mesmos e ser quem verdadeiramente somos?
Talvez seja complicado mudar radicalmente, ou talvez esse seja só mais um pensamento em que você está escolhendo acreditar. 
Mas, com certeza, você pode dar hoje um primeiro passo, ainda que pequeno. Qual vai ser ele?


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

SER TEMPO

TODOS OS MOMENTOS ESTÃO SENDO-TEMPO


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Nossa vida parece estar sempre para chegar ou já ter passado.
Nossa relação com o tempo é de desconexão. Alternamos entre correr atrás do tempo (estresse, ansiedade, correria, distração, "quase lá") e esperar o tempo chegar (tédio, torpor, embotamento, depressão, "quando tal coisa acontecer, aí sim...").
O tempo das coisas, os ciclos da natureza, os ritmos das pessoas parecem diferentes do nosso ritmo. Não nos sentimos no tempo certo. É como assistir a um filme com o áudio fora de sincronia. Ou, numa metáfora espacial, estarmos sentados meio tortos em uma cadeira: não é gostoso.
Nós nunca vamos relaxar de verdade dentro de uma sensação de ter um minuto, uma hora, uma tarde, um dia, uma semana, um mês, um ano, uma década, uma vida. Pense: se tirarmos férias de um mês, teremos um mês de tempo, ou seja, vamos relaxar só um pouco, restritos ao relaxamento de um mês. É igual tentar boiar no mar logo depois de ver uma onda bem grande despontando no horizonte. Você deita com prazo de validade. Mesmo enquanto dura, há um pano de fundo de inquietação. Estamos mais deitados sobre nossa própria tensão do que no oceano.
Quando nossa mente começa a não se restringir a alguma duração de tempo, pode surgir aquela famosa sensação de ter passado uma hora em um minuto ou um minuto em uma hora. E então, mesmo se temos apenas 9 minutos de conversa com alguém, nossa mente repousa com todo o tempo do mundo. Diz-se que o único tempo infinito se encontra além da sensação de temporalidade, além do tempo — senão é sempre algum lugar no tempo, antes ou depois de algo, limitado, mesmo que estejamos falando da maior sub-divisão de tempo na escala de tempo.
Nesse sentido, os vários tempos são inseparáveis das realidades onde aparecem. É ok esperar uma hora entre chegar no aeroporto e embarcar, mas uma hora é demais para esperar o feirante arranjar o seu troco. Dez minutos são uma eternidade quando estamos com dor, mas passam rápido quando estamos com prazer, e assim por diante. É por isso que o tempo é relativo e sua percepção depende da mente, inseparável de toda a nossa experiência de realidade. A sensação de urgência, a sensação de ter passado muito ou pouco tempo, a sensação de estarmos no começo ou no fim de algum ciclo, a própria sensação de existirem momentos diferentes ou de estarmos em um mesmo momento... Tudo inseparável da mente.



terça-feira, 22 de novembro de 2016

ORGANIZE SUAS EXPECTATIVAS

DEVEMOS EQUILIBRAR AS EXPECTATIVAS POSITIVAS E NEGATIVAS A RESPEITO DA VIDA




Há um  lado bom de ser só um pouquinho pessimista, mas só um pouquinho, ajuda a evitar decepções desnecessárias. 
Expectativas estão presentes em quase todas as formas de relações, sendo um dos principais motivos para nossas chateações. Esperamos algo de prestadores de serviço, dos produtos que compramos e das pessoas que nos relacionamos. Esperamos algo do nosso chefe - nem que seja reconhecimento pelo esforço -, dos nossos amigos e até da comida que comemos.
Quando o fantasiado não bate com a realidade, o que sobra é sofrimento.
Infelizmente, somos ruins em controlar as fatores externos. Adoramos sentir que tudo está sob controle, mas a quantidade de variáveis torna as situações incontroláveis.  
Quando essas coisas nos chateiam, não foram elas ativamente que fizeram isso. Foi nossa expectativa em cima delas que fez.
Não temos como interferir diretamente nos eventos externos, por isso é ruim depositar tanta esperança neles. O que podemos, no entanto, é alinhar a forma como enxergamos as possibilidades.
Os filósofos nos dão uma boa dica de como lidar com as expectativas da vida. A forma mais simples de definir a ideia dessa linha filosófica  é basicamente a de ser indiferente ao destino.
Sabemos que coisas ruins acontecem o tempo todo, por isso não deveríamos nos surpreender quando nos deparamos com elas. O reconhecimento de que o pior cenário também é possível nos ajuda a não ser pego de surpresa.
Quando chove e nossos planos são estragados, mesmo que fiquemos tristes, não é o fim do mundo. Sabemos que não é possível decidir como a natureza vai se comportar. Por que então achamos que todo resto das coisas será diferente? Então por que, quando somos traídos por alguém, por mais chato que seja, nossa reação é diferente? Desde que relações humanas existem, traições acontecem. Não deveria ser surpresa que um amigo vá nos sacanear, que um namorado pode acabar ficando com outra garota ou que aquele sócio vai te passar a perna.
Para quem não está acostumado, tal dose de pessimismo pode soar prejudicial, como se nos impedisse de viver a possibilidade positiva das coisas. Mas vamos voltar ao exemplo da chuva: Não deixamos de fazer planos, organizar festas e feriados na praia porque existe a chance de chover. A única coisa que muda nisso tudo é como vamos reagir caso aconteça. 
Parafraseando Lívio (56 AC - 17 DC):  homens sentem o bem menos intensamente que o mal. É normal que a esperança e a ilusão do positivo sirvam como alimento das possibilidades, mas uma dose de realismo na hora de fazer planos evita bastante dor futura.
Como toda forma de filosofia aplicada a vida real, é necessário observar até onde suas aplicações são válida. A ideia não é abandonar todo otimismo e felicidade da vida, apenas respirar fundo e considerar sempre a parte ruim.
Entender que somos humanos e que alimentar expectativas ilusórias é algo que fazemos automaticamente nos deixa mais consciente de nós mesmos. Ao aceitar esta condição como verdadeira, podemos inclusive alinhar expectativas que outras pessoas possuem da gente, evitando que sofram sem necessidade.
Não é que todo nosso sofrimento venha das ideias que criamos em nossa mente, mas muitos deles certamente vem. Ou como diria Seneca: “Sofremos mais frequentemente na imaginação do que na realidade.”


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A BASE NUNCA MUDOU

VIEMOS DA MESMA COISA, SOMOS A MESMA COISA E VOLTAREMOS PARA A MESMA COISA


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Fetos e cadáveres: todos nós nascemos iguais e morremos iguais. Por que durante a vida seria diferente?
Em vez de pensar que você possui características, atributos ou essências, note que esses padrões manifestados são impessoais e que podem ser abandonados a qualquer momento. Dentro de uma pessoa "ciumenta", não há nenhuma placa de ferro com a marca "ciúme". O que chamamos de ciúme ou raiva ou orgulho é apenas uma posição da mente e do corpo. Tanto é que duas pessoas ciumentas, por mais diferentes que sejam, acabam agindo de modo similar quando são movidas por essa estrutura.
Todas as emoções negativas e todas as qualidades positivas (como generosidade e tranquilidade, por exemplo) são processos impessoais. E nós somos o espaço na qual eles podem surgir, somos a liberdade de transitar entre infinitos modos de ação. 
Mas o que eu quero dizer com "impessoal", como assim?
Veja, é como se a raiva ou a generosidade fossem inteligências, têm uma cara própria, são processos, estruturas, lógicas, dinâmicas impessoais – elas não pertencem a uma ou outra pessoa.
Pense como se fossem máscaras. Se a pessoa A sente raiva, ela fica muito parecida com a pessoa B, quando sente raiva. Se a pessoa C é generosa, ela age de modo parecido com a pessoa D, quando também é generosa.
É como se cada qualidade ou emoção fosse uma posição da mente. Não é algo meu ou seu, é algo onde podemos cair, de onde podemos agir. Podemos agir de modo amplo, a partir do céu, ou podemos agir a partir do cantinho de nosso quarto fechado.
A liberdade é justamente possível porque nós vamos de uma posição a outra, somos plásticos, flexíveis.
Se a raiva fosse algo pessoal, ou seja, se uma pessoa fosse, de fato, raivosa, se tivesse alguma emoção ou qualidade em sua essência, a liberdade seria impossível pois ela teria de mudar algo imutável, Por isso chamei de impessoal as emoções, que tomamos como pessoal.
Relacionar-se de modo impessoal não resulta em uma postura fria, mas na exploração do verdadeiro contato, ativando a liberdade do outro em vez de reagir aos padrões que ele manifesta.
Na nossa confusão, o caos é incessante, assim como nosso impulso de resolver e acertar as coisas. Na verdade, é essa incapacidade de parar no meio da merda que perpetua os problemas.
O momento de paz, ordem e harmonia que tanto esperamos nunca chegará. Antes é o começo das férias, mas aí descobrimos que as férias acabam e que surgem novas período de trabalho, ou seja, veio as férias, cujo alívio não durou muito. Agora esperamos por alguma forma de harmonia final e, enquanto isso, vivemos nos finais de semana e tentamos controlar as situações para que se adequem às nossas preferências mais íntimas.
Se tentar se afastar dos problemas, sua vida se tornará um inferno. O melhor que podemos fazer é desistir de controlar os fenômenos e lidar diretamente com as experiências todas, do jeito que surgem.


domingo, 20 de novembro de 2016

ZUMBI TEM UMA ORIGEM BACANA

ZUMBI: A HISTÓRIA VAI MUITO ALÉM DO QUE NOS CONTAM 



20 de novembro. Data em que, no ano de 1695, morreu Zumbi dos Palmares. O dia da Consciência Negra sempre relembra a luta histórica pela liberdade e sobrevivência: antes contra chicotes, agora contra as muitas consequências causadas. Mortes, pobreza, preconceito pela cor, cabelo, religião e cultura. Tudo isso marca uma história de resistência que dura mais de 100 anos, se contarmos apenas o período pós Lei Áurea.
Mas tudo isto você já conhece, ou deveria conhecer. A bibliografia sobre os assuntos acima citados é vasta e boa parte está na internet. Porém, existe uma lado disso tudo que é bem silenciado e merece ter a atenção devida.
Eu estou falando da disseminação do conhecimento da história do povo negro pra além da senzala.
Digo isso porque a maioria das pessoas só conhece a trajetória histórica baseadas nas épocas de desgraça, seja nos períodos escravagistas, seja no período de colonização europeia. Somos ensinados, dia após dia, que a história do negro é isso: sofrimento, sofrimento, mais sofrimento e só. Isso faz com que muitos parem de enfrentar as dificuldades, sejam tomados por um sentimento de inferioridade. 
O povo negro não é descendente de escravos, são descendentes de um povo livre, multicultural, filhos de reis e rainhas que foram escravizados. Exemplo disso é a própria avó de Zumbi dos Palmares, se vocês não sabem ela era a princesa Aqualtune do Congo, que foi trazida ao Brasil como escrava reprodutora.
A historia Africana, por exemplo, é marcada por diversos Impérios, cada um mais rico que o outro, seja em bens materiais, cultura, organização ou religiosidade. 
A UNESCO iniciou, em 1964, a tarefa de resgatar parte da história Africana, e o resultado são alguns volumes cheios de conteúdo e imagens belíssimas disponíveis que você pode verificar aqui .
Muito pouco ou nada, se sabe sobre a história africana. A história antes da escravidão, que não é ensinada nas escolas. Textos como esse servem de gatilho para que tal história seja buscada, para que através de seu conhecimento, o povo negro passe a se enxergar como dono de seu destino, e não como alguém que luta para se livrar do passado.
O dia da consciência negra é importante, não apenas pelas lutas por liberdade e igualdade, mas também pra despertar a nossa consciência. 
Consciência de que são belos, ricos em cultura e pluralidade de pensamento, inteligentes, capazes, vencedores. Só não somos ensinados a pensar assim.
Até que a luta seja satisfeita por completo, o 20 de novembro continuará sendo relembrado.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

INQUIETAÇÕES DA VIDA

RECLAMAR SEM INTUITO DE SUPERAÇÃO É EXTREMAMENTE DISPENSÁVEL


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Temos uma relação bem complexa com o conceito da reclamação. Isso porque somos ensinados desde pequenos a não reclamar, com frases como o famoso “você reclamando da escola e tanta criança sem estudar” até o clássico “você reclamando da comida e tanta criança com fome”, que criam na gente uma certa culpa pela reclamação, vinda do fato de que, por mais que a gente desgoste de uma situação, tem sempre alguém que com certeza está vivendo uma situação pior.
Você não deve reclamar do seu trabalho chato porque alguém tem um trabalho pior, não deve se irritar tanto com seu carro quebrado porque tem gente que anda a pé, não fique se queixando do seu primo do interior que pediu pra passar uma noite na sua casa em agosto e acabou morando lá com a esposa e o filho, ao menos eles são amigos. E a criança é adorável, você precisa admitir.
Além da culpa que esse pensamento cria, existe também a nossa dificuldade natural para lidar com reclamações alheias. Não sabemos lidar com as críticas que recebemos, temos uma tendência a ser defensivos diante de opiniões contrárias, levamos críticas profissionais para o lado pessoal, levamos críticas pessoais para o lado do “me segura que eu vou dar na cara dele, eu vou dar na cara dele”. Criamos todo um sistema mental que coloca a reclamação como algo negativo, na maioria das vezes.
Mas ao mesmo tempo que é vista como negativa, a reclamação é praticamente um automatismo humano, como piscar, respirar, aceitar amostras grátis de comida em supermercado mesmo que sejam comidas que a gente não gosta e/ou não tem a menor intenção de comprar. Xingamos diante de topadas, praguejamos baixinho diante de filas sem fim.
E suprimir esses automatismos, é claro, não funciona. Negar a própria insatisfação não faz com que ela desapareça, fingir que está tudo bem não faz com que tudo esteja, omitir sua discordância com alguém não apenas não te faz feliz como provavelmente ainda vai fazer aquela pessoa bem infeliz num futuro próximo, seja porque ela descobriu que você não estava sendo sincero, seja porque você apenas explodiu e o que era uma leve reclamação virou um derretimento nuclear totalmente inesperado.
Reclamar é a nossa maneira de sinalizar que algo não nos deixa feliz, seja pro mundo, seja para nós mesmos. Se você reclama todo dia de um trabalho, talvez seja hora de sair, se você reclama de uma relação, talvez seja hora de terminar, se você reclama de uma situação, talvez seja hora de fazer com que ela mude. Também é a forma, no caso de situações que não podem mudar ou ao menos não podem mudar agora, de tirar do peito a raiva que elas causam, dividir com alguém a tensão do momento, viver aquela comunhão de almas que apenas um “complicada essa chuva, né? ”no ponto de ônibus pode permitir.
É uma parte importante da natureza humana, uma ferramenta importante da nossa mente e, se feita de maneira sincera e aberta, não é capaz de fazer mal nenhum pra ninguém. Exceto, é claro, se você reclamar demais, de maneira maldosa demais, ou intensa demais e não concluir nunca, nada a respeito.



quinta-feira, 17 de novembro de 2016

CADA UM COM SUA PRÓPRIA SABEDORIA

A VIDA DOS OUTROS NÃO É UM PROBLEMA PARA RESOLVERMOS


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Nenhuma pessoa pode estar certa o tempo todo. Racionalmente, portanto, sei que estou errado em muitas das minhas certezas.
Se penso no meu eu-de-dez-anos-atrás, posso facilmente listar várias certezas equivocadas dessa pessoa que agora me parece tão distante.
Por outro lado, hoje, vivo imersa na segurança das minhas certezas, tão lógicas, tão conscientes, tão evidentes!
(Afinal, se não achasse que minhas opiniões estão certas, elas automaticamente deixariam de ser minhas opiniões, certo?)
Entretanto, apesar dessa minha imensa segurança nas minhas certezas, a não ser que eu queira sinceramente me colocar na insustentável posição de única pessoa do mundo que jamais está errada, eu tenho que presumir que muitas das minhas certezas atuais são equivocadas.
Daqui a dez anos, se eu ainda estiver viva, quais serão as falsas certezas que verei no eu-de-hoje?
Em que estou errado hoje, apesar de jurar que estou certa?
Vivo cercada de pessoas que (me parece que) estão autodestruindo suas vidas diante dos meus olhos.
Essas opiniões sobre as vidas alheias surgem dentro de mim com extraordinária clareza, quase verdades divinamente reveladas:
"Como pode ela não enxergar que esse namorado é um safado?! Como pode ele não ver que esse negócio está comendo suas economias e vai falir de qualquer jeito? É tão claro, tão óbvio, tão evidente!"
Então, decido interferir. Afinal, essas pessoas — ofuscadas por seu amor romântico, por seus sonhos de estrelato, por seus desejos de liberdade — não sabem o que estão fazendo. Ainda bem que eu sei: eu vejo a verdadeira verdade que elas não veem. E vou falar!
Mas... e se eu estiver errado?
E se minha amiga entender mais do seu relacionamento, dos seus sentimentos, de suas necessidades... do que eu? E se meu amigo entender mais dos seus sonhos e de suas expectativas em relação à arte... do que eu? E se aquele meu conhecido "sonhador" entender mais de seu mercado, de seu negócio, de quanto pode investir... do que eu?
Afinal, se observo a vida dessas pessoas e considero que estão fazendo tudo errado... quantas pessoas não observam a minha vida e consideram que eu estou fazendo tudo errado?
Se não dou a elas o direito de interferir na minha vida, por que eu teria o direito de interferir na vida dessas outras pessoas?
Não estou afirmando que as pessoas sempre sabem melhor de suas próprias vidas do que as outras. De fato, o oposto provavelmente é verdadeiro. Porque além de sermos pessoas capazes de perdoarmos nossos próprios erros, levamos excessivamente em conta nossas intenções. Já as outras pessoas têm a enorme vantagem de nos analisar somente por nossas ações, por isso somos péssimos juízes de nós mesmos, mas ainda assim a vida das outras pessoas não é um problema para resolvermos.
Quando uma pessoa escuta um problema e já corre para aconselhar, o que ela está dizendo, na verdade, é:
"Você achava que tinha um problema só porque ainda não tinha falado comigo. Senta aí e prepare-se para beber as soluções que vão jorrar da minha fonte de sabedoria."
Mas será que realmente temos como resolver as vidas das pessoas à nossa volta com a mera articulação de nossas ó-tão-sábias opiniões?
Cheias de conhecimentos, insufladas de certezas, borbulhantes de opiniões, nossa tendência é supervalorizar a originalidade de nossos incríveis conselhos.
Eu raramente testemunhei algum conselho que realmente trouxesse uma contribuição original.
Mais importante do que determinar qual é a atitude "certa" que alguém deve tomar; mais importante do que encarar sua história como um problema a ser resolvido ou como um teste que tem uma resposta certa; lembrando sempre que ninguém lê pensamentos e podemos estar errado; a ideia sempre é simplesmente ajudar a entender ou articular o que a pessoa mesmo já sabe a seu próprio respeito.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

NÃO EXISTE PAZ SEM CONFRONTAÇÃO

ÀS VEZES, SER SENSÍVEL E COMPREENSIVO É SER NEGLIGENTE -- FAZ MAL, DEIXA O OUTRO ESTAGNADO


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As pessoas se ouvem demais, se respeitam, se aceitam, se entendem demais. Ficamos tão preocupados em amar, interpretar, tolerar, negociar, acertar, melhorar, que esquecemos de apenas nos relacionar diretamente. “Por favor”, “licença”, “obrigado”, “desculpe-me” são gestos essenciais de educação, mas não podemos nos restringir a eles se quisermos nos tocar de verdade. Ironicamente, talvez seja essa atitude polida a causa de boa parte da violência. Como nunca nos confrontamos de modo saudável, quando enfim nos encostamos, agredimos e machucamos.
Em discordâncias queremos chegar logo em “concordo”, a palavra que mais mata diálogos. Para reduzir diferenças, desperdiçamos riquezas em vez de descobrir como visões quase opostas podem seguir juntas. 
Distância externa e interna: fugimos do contato direto com os outros para não encararmos nossa confusão. Ninguém se admite racista, machista, ansioso, malvado... Viramos seres bonzinhos. Qualquer cutucão criado por nossas diferenças pode abrir caminhos difíceis de transformação, então respeitamos para sermos deixados em paz.
Afinal, amar é apenas acolher sem exigências ou também desafiar o outro a desenvolver suas qualidades e ser mais feliz, aberto, livre, sábio? Às vezes, ser sensível e compreensivo é ser negligente -- faz mal, deixa o outro estagnado. O melhor modo de cuidar dos outros é não abaixar a cabeça para seus monstros, não deixar que o ciúme, a raiva, a insegurança controlem suas relações.
Privacidade não educa. Só crescemos quando vemos nosso mundo invadido e expandido. Com tanto respeito, estamos perdendo a qualidade mais impetuosa e destemida do encontro, que nos faz diminuir a distância, arriscar,  brincar, avançar sobre os outros.
Se não respeitamos quando as pessoas chegam com suas coerências e certezas, podemos ganhar seu respeito verdadeiro: “De todos, ele foi o único que não comprou minha confusão, não me deixou enganá-lo, não deixou que eu me enganasse... Ele me viu.”
Se sentimos como violência tudo aquilo que não entra em nosso mundo, e vice-versa, então é o fim do encontro. Mas no fundo o que permite crescer, aprender? É o fato de ser empurrado, desencaminhado, puxado para fora de si mesmo, ser seduzido pelo que não se é.
Nos tornamos frios, tomados pela lógica da segurança. Mas não existe vida sem risco, vida sem morte, não existe si mesmo sem o outro, não existe paz sem confrontação.



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

TEMOS QUE PARAR PARA TRABALHAR COM AS PESSOAS

PARAR, APENAS PARAR

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Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta. Hoje, o tempo de ‘pausa’ é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações ‘para não nos ocuparmos’. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. Parece que o mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições. Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não ficar pior.
Tudo isso faz parte da indústria do tempo livre, mas precisamos parar para trabalhar com as pessoas. Temos que trabalhar com nossos pais, mães, irmãos e irmãs, nossos vizinhos e amigos. Temos que fazer isso porque as pessoas com quem estamos associados em nossas vidas propiciam a única situação que nos conduz à busca espiritual. Sem essas pessoas, sem a experiência da vivência com elas, não seríamos capazes de investigar essas possibilidades. Elas nos oferecem irritação, negatividades e demandas. Elas nos oferecem tudo.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

AFINAL O QUE É A VIDA?

VIVER A EXPERIÊNCIA



Você já se sentiu perdido na vida?
Como se todas as coisas estivessem dando errado. Como se seus problemas não tivessem mais solução. Como se o pão com manteiga sempre fosse cair virado para baixo?
Mas, por incrivel que pareça, sempre que eu estou meio atordoada, no final acabo sentindo uma tranquilidade no fundo da minha alma. 
Afinal, o que diabos é a vida?
Você repentinamente nasceu em um Universo com determinadas regras da física, sociais e culturais. Somos pequenos diante do Todo e ao mesmo tempo somos a peça central desse grande teatro.
A vida é tão injusta quanto prazerosa e, no fim, eu acho que todos os problemas não passam de desafios que precisamos enfrentar.
Haveria felicidade sem superação?
Tenho a completa certeza de que as coisas acontecem como precisam acontecer.
Toda a vida é uma ilusão e só existe um único momento nela. Você só vive o presente, independente das suas lembranças do passado e das suas expectativas para o futuro.
O momento é o agora.
Viver significa ter o prazer de experienciar tudo, independente do que você considere bom ou mau. Viver é poder tomar decisões. Viver é superar os problemas para alcançar patamares mais altos.
E saber disso me deixa tranquila.
Por que eu sei que tudo vai dar certo, pois tudo o que vivemos é a única coisa que poderia ser vivida.
É como conta no livro de 2 páginas, um livro muito antigo que um sábio tinha. O sábio dizia que quando você estivesse vivendo o período mais triste da sua vida, pra pegar esse livro e ler a primeira página pois a mensagem lhe ajudaria nesse momento de dificuldade.

E quando você estivesse vivendo dias de grande alegria, abrisse o livro na segunda página, que a mensagem também lhe seria de grande validade. Nesse livro, tanto na primeira, para o momento de profunda tristeza, quanto na segunda, para o momento de profunda alegria, está escrito a seguinte mensagem - Isso vai passar.
Logo a moral da história do sábio quer nos dizer que é pra gente não se abater na tristeza... e nem se vangloriar na alegria pois que tudo vai passar.
É verdade, bem e mal se desfazem. E a gente deve viver com gratidão mais um dia que se apresenta nessa vida.
Eu não gosto da ideia da reencarnação. Gosto de acreditar que só vou ter essa única chance para fazer tudo dar certo. Isso faz eu dar o meu melhor.
Realmente, culturalmente, a maioria das pessoas acredita que acontecerá algo após a morte. Vamos para o céu? Vamos reencarnar?
Cada um tem sua hipótese, mas acreditar que hoje é a minha única chance de viver certas experiências me faz pular da cama pela manhã.
A questão toda, para mim, é a experiência. Ela é única e não pode ser trocada, nem pelo céu e nem pela vida vindoura. O que compõe o Eu? Eu só existo aqui. Depois da morte, serei uma outra espécie de Eu, não mais exatamente Eu.

Resumindo, a gente deveria usar a vida da maneira mais sábia possível. 



quarta-feira, 9 de novembro de 2016

TOC TOC! TEM ALGUÉM AÍ DENTRO?

NÃO SOMOS APENAS UM CORPO


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Acontece que temos o hábito de nos confundir com o nosso corpo físico; de acreditar que somos efetivamente a imagem que vemos refletida no espelho — ou de nunca pensar sobre isso. E dessa visão deturpada sobre “quem somos nós” surge uma série de confusões e encanações completamente desnecessárias, que desviam o foco daquilo que realmente importa, e nos atrasam.
Não enxergamos o corpo humano como um aparelho muito incrível que nos é emprestado para que possamos viver neste planeta, fazer o que viemos fazer, experimentar inúmeras vivências e assim expandir a nossa consciência; o enxergamos como sendo o nosso próprio eu, a nossa pessoa, e exigimos e reclamamos dele o tempo todo, porque não queremos ser exatamente assim: gordos demais, magros demais, altos demais, baixos demais, nariz muito grande, muito torto, lábios muito finos etc. ad infinitum.
Temos vergonha do nosso corpo e há todo tempo transmitimos a ele mensagens de insatisfação, de ódio, de culpa, de ressentimento, de mágoa. Seja em voz alta, seja em pensamento. E apesar de não haver nada de errado em se esforçar para melhorar aquilo que incomoda na aparência física, concedemos a essa insatisfação espaço demasiado, que gera dor, sofrimento e, pior que isso, nos faz perder tempo!
A percepção interior que adquirimos ao fortalecer o corpo físico  é uma ferramenta capaz de mediar esse conflito, permitindo que façamos as pazes com nosso corpo, seja ele de que tipo for, seja qual for a encanação com ele. E isso acontece porque essa consciência nos ajuda a despertar a percepção de que não somos um corpo, mas sim que habitamos um. Quando enfim, obtemos essa percepção interior, tiramos o foco daquilo que é o foco no mundo materialista, de verdade – ou seja, a bunda, a barriga, o tamanho, o peito, o tônus, as espinhas, a beleza das formas – e aprendemos a prestar atenção e a valorizar nossas pequenas articulações, os movimentos, a elasticidade, o equilíbrio, a respiração, a força, a capacidade de superação dos limites, a mente.
É como se por meio dos exercícios  o corpo e a alma fizessem as pazes e assumissem cada um o seu devido lugar. É justamente aí que chegamos no ponto! 
Somos muito além da matéria, essa matéria que envelhece, engorda e emagrece. E, ao mesmo tempo, precisamos dela para viver, para estar aqui interagindo, realizando nossos sonhos, amando as pessoas, tendo filhos, ensinando, aprendendo, experimentando. Precisamos do nosso corpo para existir na Terra e trilhar as nossas experiências físicas que vão nos permitir, talvez, avançar alguns passos em busca de alguma melhoria. Então por que tanta insatisfação, pra que tanta reclamação e tanta vergonha? Por que tanta preocupação com a aparência, com as formas? Tanta cobrança.
Nós habitamos um corpo, mas não somos um corpo. E, assim como acontece em relação ao lugar onde moramos, é salutar nutrir bons sentimentos pelo corpo que habitamos, sentir-se em casa dentro dele. E isso torna-se possível a partir dessa mudança de perspectiva. Quando a perspectiva muda, a vida muda, o foco muda, tudo se alinha. E a nossa alma sabe disso. Devemos ouvir mais o que ela tem a nos dizer, precisamos nos conhecer. E, para isso, é preciso menos razão e mais intuição. Portanto: ouça-se.