quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PENSAR DÁ TRABALHO!

LITERALMENTE, PENSAR CANSA!



A neurociência já comprovou que pensar realmente dá trabalho! A íris muda de tamanho, a batida cardíaca e pressão sanguínea aumenta e o corpo consome mais energia. É um incômodo fisiológico real. O corpo quer evitar, para preservar energia. Literalmente, pensar cansa!
Mas é no pensar que você ativa a razão, que você consegue verdadeiramente avaliar as coisas. Você só pode analisar, computar e comparar diferentes propostas seriamente com esse sistema ativado.
E para viver melhor, para melhorar e para crescer, precisamos pensar. Precisamos exercer o que é chamado de pensamento crítico, ou seja, questionar o que estamos fazendo, questionar o que foi passado para nós, o que a mídia nos leva a fazer, o que o sistema nos ensinou como sendo “normal”. Para isso precisa mudar a marcha, sair do automático e pensar.
Pense se lhe parece normal a ideia que a vida é só material. Pense se é possível que consciência seja só fruto da matéria. Pense como explicar a vida e toda a existência sem Deus. Pense se trabalhar por dinheiro apenas faz sentido. Há riscos e problemas de viver com base apenas na emoção, sem razão.
Então temos que parar e pensar. Podemos passar anos a fio vivendo mal no automático. Vamos deixar a preguiça de lado e ligar o sistema que ativa nossa razão para as grandes escolhas da vida: dieta, hábitos, carreira, relacionamentos e nossa visão da vida e da espiritualidade. E no dia a dia, lembrar que temos esta resistência natural a pensar e superar a resistência para ver se estamos agindo bem, fazendo nosso melhor. No trabalho, faça o mesmo e veja se não poderia trabalhar melhor, de forma mais eficiente e mais inteligente, fazer melhor o que está fazendo. Na vida pessoal, analise se está cuidando bem do corpo, comendo bem, exercitando e dormindo bem. E na vida em geral, pare para pensar no seu verdadeiro propósito, sua vocação e, acima de tudo, sua visão espiritual.


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

CAMINHO DO "LIVRAMENTO"

DAS COISAS QUE PESAM DEMAIS


"as coisas não acontecem
como a gente quer
nem mesmo como a gente
não quer
as coisas nunca pedem
a nossa opinião"
Horácio Dídimo

Eu sempre achei que, no geral, com o passar do tempo as coisas tendem a ficarem mais pesadas, uma vez que quanto mais o tempo passa, mais crescem os compromissos, as questões, coisas, coisas e mais coisas. Nem precisa ser tanta coisa assim, mas no dia-a-dia parece ser uma montanha que nós insistimos em enfiar dentro da bolsa antes de sair de casa.
No meu caso, as coisas ficaram mais leves conforme o tempo foi passando. Venho tratando de me livrar de qualquer bagagem que seja pesada, das picuinhas, dos "lenga-lengas". E veja! resta a vida. Nada mais, nada menos. Simples assim!
Parece simples não é !? Mas não é tão simples. Carregar pouco exige esforço. A simplicidade não é simples porque até chegar nela há um caminho a ser percorrido. Um caminho de "livramento", porque é preciso se livrar de muitas coisas. Coisas que já não servem mais. Coisas que pesam demais. Coisas que são leves demais e que por isso não conseguimos segurar nas mãos. Coisas que já serviram, pelas quais conservamos um apego especial (como a criança, resistente, quando a mãe pergunta quais brinquedos quer doar), mas que agora simplesmente não cabem em lugar nenhum. Coisas que são passadas e no passado devem permanecer.
Se livrar do peso das coisas é como mergulhar de uma vez na água gelada. Dói. A gente coloca a ponta do pé e jura de pé junto que morre de hipotermia se entrar de cabeça; mas não morre. Ninguém nunca morreu por se livrar de coisas que pesam demais. As coisas que pesam demais não são apenas coisas, objetos materiais. Aliás, estão longe disso. Eu falo das coisas que pesam subjetivamente (ah, esse peso é pesado!).
Não é a vida que pesa. A vida é só a vida. Nós é que a adornamos, por vezes com coisas pesadas demais. Com demandas demais. "Por que tudo (fulano, ciclano) não pode ser diferente?". Uma pergunta que, sozinha, ultrapassa o limite permitido para realizar a viagem. Uma pergunta que pesa.
Descobri depois de muitos dias vividos, que para alcançar o simples, às vezes é preciso percorrer caminhos pedregosos. É uma faca de dois gumes, e afiada, por sinal. Porque, inevitavelmente, leva a gente a concluir que somos nós mesmos, somos nós que não queremos nos livrar daquele vestido de formatura de 1994, daquela velha mágoa que envelhece a cada ano e não amadurece nunca, daquele apego por alguém que simplesmente não faz questão, daquele padrão de pensamento que sempre nos leva pro buraco. É a gente que, no fundo, pede pra sofrer. "E se eu sair de casa carregando apenas meu RG e alguns trocados na bolsa? Vão achar que não tenho nada, vou me sentir inferiorizada(o)..."; coisa desse tipo.
Por isso o simples é complicado. Porque não se trata apenas das coisas, mas de como nós enxergamos as coisas. O complicado continuará sendo o mais fácil enquanto não nos desapegarmos das sofrências desnecessárias. Enquanto insistirmos em ter essa demanda incansável em relação à vida e às pessoas. É nesse sentido que o simples abre espaço para a leveza das coisas como elas são, para as pessoas como elas são: porque limpando a nossa área interna, abrimos espaço para outras coisas. O céu fica livre de nuvens e podemos enxergar as cores mais vivas e os detalhes que quase nunca podíamos reparar, devido à névoa das complicações.
Chego à conclusão de que talvez nos falte ver a vida como ela é, apenas. Talvez só assim poderemos desabrochar,  e toda beleza da vida então poderá surgir dos buracos na terra nos quais costumávamos plantar de tudo, e ao mesmo tempo, nada. A simplicidade pode não ser tão simples quando parece, porque, por incrível que pareça, emerge do contato com o que temos de mais difícil. As coisas continuarão sendo coisas, as relações continuarão trazendo para a superfície nossos conflitos internos, as dificuldades continuarão a surgir, mas cabe a mim - e apenas a mim - decidir como vou olhar pra tudo. A simplicidade é um grande clichê, mas clichês fazem todo sentido quando sentidos. Não devemos complicar tanto assim.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

ESCONDE ESCONDE NAS RELAÇÕES

O TEMOR DE NÃO SER ACEITO



Qualquer relação emocional tem seu funcionamento baseado em contratos e acordos, quer sejam eles explícitos ou implícitos. Acontece que a maioria desses acordos e contratos são idealizados apenas dentro da nossa cabeça. Em geral, queremos a companhia, o acolhimento e a devoção do outro e estabelecemos um formato para que a convivência se encaixe perfeitamente em nossas expectativas. Por alguma misteriosa razão, esquecemos de informar ao outro sobre nossas expectativas. Ao contrário, acenamos com promessas de afeto e plenitude, porque cremos que se o outro acreditar que encontrará em nós seus sonhos de realização emocional, também se disporá a realizar os nossos sonhos. Estabelece-se então, um pacto perfeitamente delineado para diminuir a necessidade que temos de preencher os infinitos vazios.
Celebra-se então um pacto unilateral, velado. Mantendo em segredo as reais ambições e ficamos torcendo para que o outro as adivinhe. Trata-se a vida como se fosse uma mesa de jogo; apostando em receitas prontas, em saídas milagrosas para as angustias. Trocamos a individualidade por companhia. E, logo dá pra perceber  que ninguém é capaz de adivinhar nossos desejos, aí ficamos magoados, tristes, rancorosos. E, culpamos o outro pela nossa infelicidade.
O que queremos afinal? Será que alguns de nós sabe essa resposta? Pra sermos sinceros, poderíamos começar revelando nossas sombras, nossas verdadeiras intenções. Por alguns dias isso bastaria. Bastaria para atrairmos à nossa mesa, jogadores cujas cartas fossem suficientes para aturar nossos blefes. Jogo legalizado, limpo, honesto. Depois de alguns dias, pode ser que resolvêssemos trocar as cartas, mudar o jogo, trocar as regras. Mas, a essa altura, nosso parceiro de mesa já estaria mais familiarizado com a nossa loucura funcional; caberia a ele continuar no jogo ou se levantar e partir para outra. Ahhh, mas a nossa sinceridade não suportaria tanta honestidade.
Além disso, nossos objetivos são transitórios, efêmeros, fugazes. Queremos uma viagem libertadora, qual uma expedição à Antártica, mas não abrimos mão de uma equipe de apoio que nos socorra, caso mudemos de ideia e passemos a a ansiar por cama quente, banho morno e segurança. Nossa natureza é narcisista, nossas projeções revelam nosso caráter individualista. Queremos sempre o que ainda não temos.
Até pode ser que exista uma esperança para o nosso futuro. Quem sabe não arranjemos coragem para mostrar nossa verdadeira cara. Quem sabe não sejamos capazes de abrir mão do conforto da aceitação e revelemos na íntegra quem somos nas entrelinhas. Se alguém se arriscar a se aventurar conosco, será porque terá visto em nós algo que vale a pena, ainda que não seja perfeito ou ideal. Aquele que olhar para nossa real essência e, ainda assim, for capaz de nos desejar, será digno de nós. Digno de visitar nossa confusão, para fazer parte, mergulhar conosco e encontrar a paz onde, no fim das contas mora a nossa verdade. Quem for da verdadeira afeição vai permanecer; quem não for, passará (e eu passarinho).


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

TODOS SÃO CORPO E MENTE

A MENTE É A PARTE INTERIOR DO CORPO E O CORPO PARTE EXTERIOR DA MENTE. 




Devemos estar atentos ao corpo e às mensagens que nos envia. Ele é sábio, conhece nossos limites, nossas capacidades, nossas dificuldades. Sabe quando parar e quando pode continuar. Quando começamos a leva-lo em consideração, grande parte de nossos problemas desaparecem
O corpo não é você, mas compõe você. Todos são corpo e mente, funcionado em harmonia. Quando a mente sofre, o corpo também sofre. Quando o corpo sofre, a mente sofre também. Se você tomar uma bebedeira, o que acontece realmente? O álcool vai para o seu corpo, mas sua mente fica atrapalhada, confusa, sem censura. Não somos um processo fisiológico ou psicológico apenas. Somos ambos ao mesmo tempo.
Muitos problemas são psicossomáticos, porque corpo e mente não são coisas distintas. A mente é a parte interior do corpo e o corpo é a parte exterior da mente. Portanto, qualquer coisa pode começar no corpo e invadir a mente ou vice-versa. Logo, não são os sintomas que devem ser tratados, mas as pessoas. E as pessoas são orgânicas, são completas.


quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

PARA SE AGRADAR DA VIDA SE AGRADE

COLHA DA VIDA O MÁXIMO QUE ELA PUDER TE DAR


Desde pequenos, aprendemos que, se formos bem comportados, ganharemos algum tipo de bônus. Se formos bons, mereceremos o Paraíso. Mas, em algum momento, descobrimos que a vida não é justa e nem sempre nos recompensa. Ela segue seu curso e aceita todo tipo de interferência: as outras pessoas, os acontecimentos no mundo, o clima, a resistência do corpo, as fraquezas da alma, as decisões individuais ou aquelas que o grupo decide por nós e fazendo muitas vezes, cumprirmos o plano de outra pessoa sem que sequer percebamos.
Nada na vida sinaliza que ganharemos o nosso prêmio. Isso é desejo mas não é garantia.
Amar não significa ser amado de volta. Investir não é garantia de lucro colhido. Computar o tempo, o dinheiro e o trabalho gastos resultará em vitórias. Ou não. E, nesse caso, os céus não poderão retroceder o tempo ou o destino em nosso favor.
Certo é que sem dedicação ou sem intenção não se sai do lugar nem se modificam os resultados da vida em prol da nossa felicidade. Mesmo quem acredita que o Universo conspira por nós sabe que sem trabalho não há recompensa. No entanto, a recíproca não é verdadeira. Às vezes, tudo fracassa e somos obrigados a iniciar do zero 
O amor da nossa vida pode apagar-se.  Enfrentarmos uma doença da qual fugimos a vida inteira. O amigo confidente nos descarta numa briga sem importância. Aquele em quem confiamos nos trai.
A vida se revela contraditória, então. E a constatação da incoerência da vida é dolorosa e aflitiva: como viver num mundo insensato, sem reações previsíveis a nossas ações, sem a certeza de poços de água no fim dos desertos?
Penso agora na existência de uma explicação mística para isso. Pessoalmente, acredito que haja. Mas, deixando de lado as questões espirituais e esotéricas, o que nos sobra, então, da concretude da vida? Vivermos como quisermos porque “o que vale da vida é a vida que se leva”?
Sim e não. Se, por um lado, é preciso vivermos em busca da nossa felicidade individual, por outro lado, não a alcançamos isolados e sozinhos. Precisamos de mais do que nós para sermos felizes. Afeta-nos o que afeta as pessoas que amamos. Perdemos referências quando se perdem os lugares que nos acolhem. Esvazia-nos vermos morrer os ideais em que acreditamos.
O outro terá que aproximar-se de nós por sermos quem somos ou apesar disso. Só assim receberemos com sinceridade os gestos de carinho.
Da mesma forma, ao colhermos as primeiras desilusões, não podemos fechar a porta aos outros nem ao mundo, aos riscos que corremos em amá-los ou às dificuldades que surgem da convivência.
Não só porque a felicidade dos outros também é sopro de alegria na nossa vida, como já disse. Mas porque, principalmente, precisamos estar no mundo simplesmente porque todas as coisas que desejamos estão no mundo também: satisfação pessoal e/ou profissional, reconhecimento, alegria,  etc.
Assim, não convém caminharmos por aí distraídos mas sempre de forma disponível e atenta, para colhermos da vida o máximo que ela puder ofertar-nos. Eventualmente, sim, teremos que recuperar-nos, usando da nossa resignação e da nossa inteligência, quando algum pedaço nos for tomado. E seguir em frente. Outra opção não há.
A vida é incoerente, eu disse. Mas é boa de viver. E é nesse percurso que moram as pequenas e grandes recompensas – não no fim, incerto e desconhecido, ainda  por nós.



quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

MORTE E VIDA

A VIDA É INEXPLICÁVEL, NÃO A MORTE



É preciso viver mesmo sem entender a vida.
A vida é inexplicável. Não a morte.
A morte tem uma razão, um laudo, um acontecimento real para que ocorra, ainda que inesperadamente. Uma explicação trágica ou simples, mas um fato concreto: velhice, acidente, doença, assassinato.
A vida não. Não há qualquer coerência na vida. Não há programação que se garanta cumprir. Na maior parte do tempo, vivemos sem explicações e sem garantias. Não há sequer uma motivação principal. Vive-se de amor, mas não só disso. Só o sucesso profissional não é suficiente. Mesmo os prazeres intelectuais ou físicos se cansam, esgotam-se.
A vida é surpreendente para o bem e para o mal. Uma montanha-russa sentimental. Mesmo na dor, conseguimos reinventar alegria. Quando andamos sem esperança, podemos rir de uma piada idiota até a barriga doer. Nos dias de desespero, encontrar um novo rumo. Tristes, ter a mente distraída pela conversa com a atendente no mercado. Cheios de problemas, ter a tristeza desarmada pelo carinho do cachorro de estimação ou pela risada do filho pequeno. Ou, no auge da felicidade, enfrentar uma tragédia, perder um grande amor ou conhecer o desencanto.
A vida é contínuo caminhar pelo desconhecido. Nós nos movemos apenas por instinto, pelo simples impulso de seguir em frente. Nem sempre arriscando novas experiências. Às vezes, apenas repetindo as rotinas que nos trazem segurança. Se pretendemos, por exemplo, que a alma sare, não fazemos qualquer movimento brusco. Mas, ainda assim, podemos surpreender-nos com interesses aguçados simplesmente por ler um livro, por ligar a TV, por navegar na internet ou por uma conversa com um estranho na rua ou na praia.
Seguimos na sequência conformados, às vezes até anestesiados, até que, sem percebermos, estamos sonhando relações, construindo casas, vivendo amores, fazendo escolhas por puro prazer de novo.
A vida é fluxo. A morte é interrupção. Se houver um novo fluxo a partir de então, a explicação está além da vida, não na vida em si. Só na morte, conhece-se o que há de real nas teorias religiosas ou filosóficas que nutrimos em vida. Só no fim, há a explicação ou o silêncio. Para quem fica, existem “certezas” que poderão ruir. Suposições, crença ou angústia. Mas não a verdade.
Certo é que o despertar ocorre em vida diariamente. Na satisfação dos pequenos e dos grandes desejos, nos bons encontros provocados ou acidentais, nos carinhos e nas delicadezas trocadas. Quando tropeçamos na beleza que há no mero cotidiano. Quando perdemos tempo imaginando coisas que talvez não ocorram mas que nos fazem sorrir enquanto as sonhamos. Quando conquistamos nosso objetivo, nosso amor, nossa independência. Mas também quando nos permitimos pensar simplesmente em como é bom o sol sobre a pele ao sair do mar, em como é bom o banho morno no fim do dia, em como é boa a preguiça na cama ao deitar-nos.
Por isso precisamos estar atentos aos outros, às coisas, aos fatos, aos dias. Agora! Mesmo quando, em vida, sentimos algo morrer em nós. Mesmo quando a dor for constante. Porque a vida nos cerca e nos provoca constantemente. E, em algum momento, um dos seus elementos nos desadormecerá. E estar no fluxo nos garantirá sempre um outro amanhecer mais à frente. Cada dia um dia.


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

QUAL O SEU VALOR?

SABER O SEU VALOR É ESSENCIAL



Valorizar-se não é inchar e se vangloriar de qualidades, nem tampouco lacrar os ouvidos e o entendimento às críticas e julgamentos.
Ainda pior, com a mesma intensidade que nos chega uma manifestação de orgulho, também pode vir uma humilhação, uma ofensa, uma calúnia, ou simplesmente uma verdade que ainda não se está preparado para digerir. E o efeito contrário vem com tudo, desmantelando, desorganizando, desestruturando toda uma construção erguida, frágil e impotente por depender do sustento alheio.
Valorizar-se é construir um teto firme para a alma, que a proteja tanto das chuvas de injustiças como também dos ventos traiçoeiros das adulações. Valorizar-se é descobrir o valor que se possui e não permitir negociação abaixo, nem sob a maquiagem da ilusão vaidosa.
Não acreditar em tudo o que é dito a seu respeito, não se contaminar com o veneno lançado, não se viciar em promessas de beleza e perfeição.
Ao contrário, conhecer e muito bem suas limitações, imperfeições e fraquezas, e, ainda assim, se respeitar e entender a necessidade tantas vezes ignorante e tola de querer ver-se por outros olhos, outro olhar.
Essencial é viver e conviver com os afins, os diferentes, os afetos, os obrigatórios, os superiores, os dependentes, enfim, com o mundo onde se habita.
Essencial é garantir respeito e respeitar como garantia e compromisso de reciprocidade.
Essencial é transformar um comentário idiota em poeira que o vento leva, guardar na memória uma palavra amiga, um conselho de quem nos quer bem.
Ainda que se diga o contrário, ainda que se demonstre em exagero, ainda que o espelho esteja turvo e os apelos de fora gritem forte, vital é descobrir, proteger, fazer crescer e compartilhar o próprio valor. Fora disso, tudo é ruído.


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

DA VERDADE E DO AMOR MADURO

UM OLHAR SOBRE A DEPRESSÃO



Depressão é um estado mental sofrido. Caracteriza-se por tristeza profunda, desânimo, idéias negativas, pessimistas, às vezes irritação, chôro fácil ou bloqueio do chorar (quando então a pessoa experimenta uma forte angústia no peito, que é o choro preso), desprazer em estar com as pessoas, sente-se pior pela manhã, tendo dificuldade para levantar da cama, insônia, às vezes idéias suicidas (porque a pessoa não vê solução para seu sofrimento), etc.
A depressão pode surgir por perda do objeto amado. Perda real ou imaginária, parcial ou total, temporária ou definitiva em qualquer fase da vida. São dores mal resolvidas e nem toda dor emocional do passado mal resolvida é consciente. Daí surge acúmulo de dor que pode se tornar insuportável.
O que você faz quando surge dor física? Toma um analgésico, um comprimido, um líquido, uma injeção, um chá, uma pomada, uma compressa, ou gelo. E quando a dor é emocional? Você pode tomar medicamentos, dormir demais, se drogar, fingir que não há dor, trabalhar demais, punir a pessoa que o frustrou. E como pode punir? Privando-a de afeto, se tornando fria, indiferente, agressiva, abandonar. Pode trair, se isolar, pode se dedicar exageradamente à um outro membro da família, etc.
A pessoa frustrada, carente de afeto e de valorização, pode ter razão em se sentir magoada e ferida porque pode ter sido privada de atitudes que gerariam auto-valor. E autovalorização é uma necessidade humana básica. Quando há perturbação da formação dela por causa do desamor anterior, o indivíduo pode recorrer a métodos não construtivos para a formação da necessária autovalorização. Pode buscar a coisa positiva, de maneira negativa, destrutiva.
O tipo de amor que gera auto-valor só tem bons resultados no caminho da verdade, porque a não sensação de auto-valor pode vir com a prática do erro, e junto vem a culpa. E para tentar apagar esta culpa a pessoa pode atacar o outro, aquele que o feriu, ficando cega para seus próprios erros e maneiras equivocadas de buscar auto-valorização.
Se a pessoa está num caminho errado, que sua consciência condena, ela terá culpa inevitavelmente. Culpa real. Pode se sentir péssima consigo e passar a não só punir o outro que a frustrou, como pode – veja só! – punir a si própria. Como? Com a depressão, ou qualquer outro tipo de mal. 
Tomemos como exemplo a depressão.
A depressão pode ser, portanto, uma forma da pessoa manifestar uma auto-punição (resultado da culpa real) por ter buscado métodos errados de punir aquele que o frustrou. Ela pode ficar nisso o tempo todo, num círculo vicioso assim: se sente frustrada ➜ busca valorização e afeto de maneira errada ➜ surge a culpa ➜ tenta racionalizar essa culpa punindo quem a frustrou ➜ se sente culpada mais ainda (principalmente se a pessoa já pediu perdão e procura amar agora sinceramente) ➜ surgem sintomas depressivos. Volta a buscar valorização e bem-estar da maneira errada ➜ surge a culpa ➜ racionaliza essa culpa atacando ou desprezando quem a frustrou ➜ vem mais culpa ➜ se deprime. Etc.
Será a solução usar remédios para abafar a culpa e a dor? Como cortar este círculo vicioso negativo, destrutivo? Primeiro, a pessoa frustrada precisa cortar o método errado (indiferença, infidelidade, agressividade) que está usando para obter o certo (auto-valor, afeto). Também perdoar a pessoa que a frustrou, e aceitar o perdão solicitado. Além de perdoar a si mesma por seus próprios erros. E colaborar para a restauração de um relacionamento afetivo maduro, dentro de uma nova visão do amor e do aamar. Ah! E também aprender a lidar com a dor da perda (do passado infantil e do presente) , suportando-a, sem fugir para meios destrutivos, acreditando e dando tempo para ver que esta dor irá diminuir e até desaparecer justamente na medida que for enfrentada com a verdade, a lealdade, a paciência, a compreensão, o perdão (por si e pelo outro), e o desejo que pode surgir na alma de amar melhor. A cura vem da verdade e do amor maduro.


quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

TRATE DE FAZER SUA VIDA VALER A PENA

VIVA SEUS SONHOS NÃO VIVA SEUS MEDOS



Você decide como vive a sua própria vida. Você pode quebrar esse círculo vicioso se aceitar que todos nós, sem exceção, vamos sofrer em algum momento da nossa vida, e que nos preocuparmos não faz com que seja possível evitar isso.
São muitas as pessoas que não vivem os seus sonhos porque estão muito ocupadas vivendo os seus medos. Você pode decidir que tipo de pessoa vai ser, se vai ser das que vivem e desfrutam cada segundo ou das que não vivem porque temem sofrer a cada passo que dão.
Você pode começar a viver de maneira a se centrar em todas essas oportunidades maravilhosas que a vida está lhe dando e que você tem ignorado, simplesmente por estar paralisado com medo de perder algo que julga ser seu, nada é seu, nadinha. Desfrute de tudo, inclusiva das pequenas coisas, pois não sabemos o que vai acontecer amanhã. Pense que aconteça o que acontecer, vida só há uma, faça com que valha a pena!

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

OLHAR EM PERSPECTIVA

AUTOTRANSFORMAÇÃO



Nada é permanente, exceto a mudança. O provérbio chinês retrata que a impermanência, como chamam os budistas, é uma das leis da vida. Quando aceitamos que a mudança não só faz parte da existência como também é necessária ao nosso crescimento pessoal, podemos ver a vida em perspectiva e nos surpreender com o poder de transformação existente em cada desafio que superamos. Então te faço o convite: que tal dar um pouco de perspectiva à sua vida?
Mas o que é mesmo essa tal de perspectiva? Perspectiva é uma palavra de múltiplos significados, mas de maneira geral é aquilo que se percebe externamente, ou seja, a aparência ou aspecto de algo quando observado com certo grau de distanciamento.
É esse o significado que o convido a adotar a partir de agora para analisar a sua evolução pessoal. Sabe aquela doença que você enfrentou, aquela separação, aquela morte de um ente querido, aquela mudança de emprego ou até o desemprego, aquele desafeto, aquela grande dúvida? Se você superou esse momento em que tudo parecia insolúvel, é capaz de hoje recordar a angústia - talvez desespero - medo, arrependimento, raiva, solidão, tristeza e incerteza que estiveram presentes nessa fase. Mas se você acredita que a vida é feita de desafios que geram aprendizados, e que estamos aqui para evoluir na mudança, é capaz também de olhar em perspectiva e se surpreender com tantos aspectos positivos que surgiram quando você finalmente superou aquela crise.
O fato é que quando estamos no olho do furacão de uma crise tudo parece impossível de se resolver. As emoções se misturam, surgem a impaciência, a dúvida, as acusações, as atitudes impensadas, tudo parece contribuir para não sabermos o que fazer ou o que será de nós. Buscamos as lembranças de outras superações e muitas vezes elas nos alentam e nos impulsionam a mais uma sobrevivência em meio ao caos.
Então, quando a solução vai aos poucos sendo construída, vamos atravessando os terrenos da incerteza, nos agarrando aqui e ali com as ajudas que recebemos no caminho, passam-se alguns meses ou anos e enfim entendemos como superada a questão que nos levou a tanto sofrimento e dilema. É aí que a mágica da vida nos permite a dádiva do olhar em perspectiva.
Não importa se você está ou não em meio a uma história para a qual ainda não vê solução. Aceite o meu convite para agora, enquanto lê estas linhas, olhar em perspectiva a sua vida. Isto significa que você vai avaliar o caminho que percorreu desde uma situação em particular até o ponto em que hoje está. É como se colocar externamente aos eventos. Como se eles tivessem sido vivenciados em outra existência, não a que você se encontra hoje, mas a de um outro ser humano que, por incrível que pareça, era você mesmo. Sim, porque você era outra pessoa quando enfrentou aquela situação. Ao superá-la, você se transformou. E agora pode ver a si próprio com o distanciamento não só do tempo, mas da perspectiva do ser que evoluiu a partir de um grande desafio.
Este é um exercício poderoso para criar confiança nas infinitas possibilidades que se abrem diante de nós todos os dias e para as quais não damos a devida importância. Acontecem coincidências e fatos inesperados capazes de dar uma reviravolta no problema.
Enquanto vamos tateando em busca dos acertos, novos recursos vão surgindo dentro de nós. Uma poderosa transformação vai ocorrendo na nossa personalidade. É inevitável que aconteça. Afinal, é ela quem permite que a solução vá surgindo aos poucos, que a luz no fim do túnel finalmente seja alcançada.
A perspectiva nos faz ver que sem as mudanças que fizemos dentro de nós o fim de uma crise seria impensável e ainda estaríamos nos debatendo com o problema até hoje. Novos desafios exigem novas crenças, novos pensamentos, novas atitudes. É na autotransformação que vamos construindo nossa caminhada neste mundo e um grande desafio só aparece quando tivermos sido capazes de dar cabo do anterior.
O meu convite termina com o pedido de que você procure se lembrar de algum momento em que a dúvida e o medo quase te dominaram em uma situação difícil de resolver. Pode ter sido há pouco tempo, pode fazer anos ou décadas, não importa. O que quero é que você busque as lembranças dos pequenos passos que te levaram à solução do problema. Enquanto você vai desfiando o novelo dessa fase da sua vida, tente responder às seguintes perguntas: Como eram meus pensamentos? Em que eu acreditava? O que eu costumava fazer? O que hoje vejo que fazia errado? Em que eu não acredito mais? Do que não tenho mais medo?
Quero que você realmente consiga olhar em perspectiva, deixando o passado de sofrimento bem distante e seguindo até quem você é hoje, com a certeza de que não seria quem é não fosse cada minuto daquele sofrimento que conseguiu superar. E chega o momento em que você faz a inevitável pergunta que só quem consegue olhar em perspectiva tem a chance de fazer: "Meu Deus, quem era eu?".



segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A VIDA TRAZ DESAFIOS...

QUAL O SEU DESAFIO?




A morte irá tirar tudo de você. De mãos vazias você veio e de mãos vazias você irá ... a menos que você olhe para dentro, você vai permanecer vazio.
Conhecer a si mesmo é saber que nada é necessário, que tudo já está dado. "Que eu tenho o maior tesouro, que eu tenho todo o reino de Deus, que não há nada a adicionar a ele - nada pode ser acrescentado a ele, ele já é perfeito". 
Então, se você deseja pesquisar e procurar, procure pelo verdadeiro tesouro - que não pode ser tirado pela morte. Este é o critério: o que pode ser levado pela morte é um tesouro falso, o que não pode ser tirado pela morte é o verdadeiro tesouro.
E haverá muitos problemas e muitas dores na vida - eles fazem parte do crescimento. Aceitem pelo que são. Isso não significa ser mórbido,  nem ser um masoquista.
Tudo o que acontecer, suporte. Mas se você pode melhorar, se você pode modificar, modifique... Um perigo é que as pessoas começam a brigar com cada dor na vida, querem evitar todas as dores - e aí o crescimento é evitado. Esta é uma armadilha.
Outra armadilha também é quando as pessoas começam a aceitar as dores, não só aceitar, mas convidá-las- não somente convidar mas criar dores. Como se através de muitas dores, elas fossem crescer mais rápido. Elas se tornam autodestrutivas, elas tornam-se suicidas. Ambos são extremos e ambos têm de ser evitados.
Qual o seu desafio? Se alguma dor vier em sua vida, aceite-a, suporte-a - atentamente, cresça através dela. Se você perceber que pode modificá-la um pouco aqui e lá, então, modifique - porque a modificação também é parte do crescimento...
A pessoa equilibrada não está exposta, realmente, a qualquer agonia, qualquer inferno.
Seja o que for a que ela esteja exposta, considera como parte de uma vida em crescimento.
Os desafios fazem parte da vida. E dores, misérias, sofrimentos, trazem desafios e o sofrimento ajuda a nos tornar mais conscientes, evoca a consciência em nós.


sábado, 6 de janeiro de 2018

A VERDADEIRA LUTA NÃO É CONTRA. O PENSAMENTO NEGATIVO E O PENSAMENTO POSITIVO É ENTRE A REALIDADE E A FANTASIA

UMA MENTE NEUTRA É UMA MENTE CLARA



Uma mente neutra, clara é bem mais importante que uma mente positiva, porque sem a ilusão “positiva” a mente entra em desânimo. Isto é prejudicial, é pior do que a ilusão. 
Então tome cuidado! A verdadeira luta não é entre o pensamento positivo e o pensamento negativo. É entre a realidade e a fantasia.
A mente deve ser treinada para tolerar a dúvida, a incerteza, a imprevisibilidade. Esta é a melhor maneira de viver a Verdade e a Realidade.
Mente fraca não tem tolerância, precisa de fantasias e se afasta da realidade. Este padrão gera muitos problemas (brigas, confusões, preconceitos, etc). O pensamento positivo é uma forma de tentar compensar a mente fraca e intolerante.
A mente neutra é capaz de se sacrificar. Ou seja, lutar firme mesmo sem a ilusão do pensamento positivo. O que ela pensa, por exemplo: “se estudar muito eu aumento a probabilidade de passar no vestibular”.
Se alguém perguntar para a pessoa de mente neutra se ela acredita que vai passar no vestibular, ela responderá: não sei. É indiferente acreditar ou não. É indiferente ter pensamento positivo ou não (desde que esteja calcado no esforço, na disciplina, na perseverança e no comportamento eficiente).
O grande ganho da mente neutra é saber que, mesmo se não conseguir atingir seus objetivos, ela desenvolveu qualidades e habilidades que serão úteis em vários outros momentos da vida. Disciplina, concentração, mais conhecimento, força de vontade – todas essas qualidades são importantes sempre.
A mente neutra é uma mente focada no presente. Ela busca seus ganhos no presente. Ela se pergunta: qual a realidade deste momento? Qual é a ação necessária neste momento?
Todas as pessoas devem se acostumar a oferecer sempre o melhor de si. Este é o sacrifício necessário para sempre desenvolver qualidades e estar pronto para ofertar.
A vida é cumulativa. Um dia foi difícil para você ficar de pé. Graças a esta habilidade desenvolvida no passado, hoje você pode jogar futebol (por exemplo). 
O foco da mente neutra é desenvolver estas qualidades, habilidades e sabedorias em série. O foco da mente neutra é aceitar as dúvidas e o não saber do futuro, e ter força para tolerar esta situação. Se fortalecendo, ela pode seguir adiante mesmo em meio às situações ruins ou com muita tensão e stress.
A grande motivação é desenvolver as qualidades, habilidades e sabedoria em série para estar mais bem preparada para enfrentar todos os desafios da vida.
Ter uma mente neutra é estar atenta à realidade; realidade exterior e realidade interior. Ela espera a realidade chegar até ela, então ela avalia e decide.
Esperar a realidade e viver o momento presente. Exemplo: a pessoa decide prestar vestibular. O que ela pode fazer hoje? Estudar. Estudar sem criar ilusões do futuro. Hoje ela pode dar o seu melhor e se tornar melhor. Hoje ela estuda e espera; a realidade do seu aprendizado somente vai aparecer quando fizer a prova.
Dar o melhor de si é agir com intensidade. Um estudante não dá o melhor de si se estudar pouco. Ele precisa estudar bastante para aprender muito e desenvolver a disciplina, a perseverança, etc. Estes ganhos já são garantidos; independente do resultado do vestibilar.
Cabe à pessoa focar na realidade e no presente, Manter a “mente vazia” disposta a aprender com a realidade interna e externa. Só isso!



sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

ATITUDE MENTAL DETERMINANTE

SUA ATITUDE MENTAL É QUE DETERMINARÁ SE VOCÊ SERÁ FELIZ OU INFELIZ



A mente que não se foca no presente é uma grande desperdiçadora de bons momentos.
Presa em múltiplos desejos ela sempre foca o que não existe e o que não possui.
Com o passar dos anos ela fica viciada neste processo: despreza o que está ao seu lado e sonha com o que está longe.
Desta forma, amizades são desprezadas, carinhos são perdidos, sorrisos são omitidos, alegrias são adiadas, amor não é cultivado.
Foque no presente! 
Sua atitude mental é que determinará se você será feliz ou infeliz.


quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

"SURFANDO" NA REALIDADE # TRANQUILO MESMO EM MEIO À MAIOR TEMPESTADE

APROVEITE AS FACILIDADES E SUPERE AS DIFICULDADES



Alguém pode perguntar: Deus é cruel?
As pessoas se angustiam porque apenas fingem que confiam em Deus. Se confiassem teriam paz, porque o que termina aqui continua lá. E as habilidades que adquirimos desenvolvidas aqui continuam a serem utilizadas lá. Se a vida termina aqui, continua lá. 
As pessoas apegam-se à vida desesperadamente, porque ainda não sentiram ou presenciaram a verdadeira espiritualidade. Seus apegos são frutos da imaturidade. Apegam-se à vida da mesma forma que uma criança pequena briga por causa de um brinquedo. Não confiam que as oportunidades continuam, a vida continua fora.
É tudo muito simples: as oportunidades continuam. Nada é definitivo. Não adianta se apegar e nem criar ilusões.
Não se iluda: você planta e pode não colher. Se você plantar, você pode aprender, desenvolver qualidades e sabedorias. Sua vida será melhor, porque você estará mais amadurecido e evoluído. Todavia, os eventos da sua vida não dependerão somente de você.
Você está inserido em uma cultura e sociedade. É uma grande interdependência. O que acontece com a ecologia, por exemplo, terá um grande reflexo em sua vida (mesmo que você seja o campeão da vida equilibrada). Você será afetado pelo conjunto das ações de bilhões de outras pessoas. Tudo está interconectado; a realidade é muito maior do que sua ação, pensamentos, decisões, sentimentos.
Você está submetido à uma realidade e deve aprender com ela. Ela te traz desafios, muitos que você não escolheu ou jamais pensou em enfrentar. A realidade vem e te obriga a experimentar muitas situações. O sábio aceita e pergunta: qual o desafio que devo enfrentar em tal situação?
É assim que se forma pessoas fortes e preparadas para superação das dificuldades. É assim que se forma pessoas sábias para aproveitarem as facilidades. Porque a pessoa imatura tem grande dificuldade de aproveitar as facilidades e tudo o que lhe ajuda a ter mais capacidade e qualidades.
Abandone a ilusão do controle. Aprenda a “surfar” na realidade; aproveitando as facilidades e superando as dificuldades.
Todas as “trovoadas” da vida te ensinam que ela te traz grandes novidades (a vida é imponderável). Torne-se forte para estar tranquilo mesmo em meio à maior tempestade.



quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

QUEM FAZ O BEM NEM SEMPRE RECEBE O BEM, AINDA ASSIM FAÇA O BEM

A GRANDE VITORIA DE QUEM FAZ O BEM



Cuidado na hora de avaliar sua vida, você deve observar dentro de você os resultados. Veja, os resultados interiores é que são realmente importantes. Não caia na ilusão de que se você fizer o bem terá o bem como reposta. A verdade é que, se você fizer o bem, aumentará a chance de receber de volta o bem. Aumentará a probabilidade. Mas a única garantia é que, se você fizer o bem, dentro de você aparecerão forças que trarão sabedoria, ampliarão o usufruto da vida, fortalecerão seu corpo, ajudarão a ampliar a consciência, entre outros. A garantia de boas respostas está no seu interior. Não é o bastante? Algo que é capaz de influenciar o espírito e dar bons frutos por anos, décadas, séculos é recompensa mais do que merecida. Mas, a certeza dessa recompensa ocorrerá exclusivamente no seu interior.
Se você faz o bem e não recebe o bem, o que você faz?
Desilusão, decepção, traição, ingratidão, abandono, indiferença … Quem faz o bem nem sempre recebe o bem. Isto é sabido por todos.
Mas a grande vitória de quem faz o bem é desenvolver no seu interior qualidades pessoais, habilidades e sabedorias.


terça-feira, 2 de janeiro de 2018

NA INFÂNCIA TUDO ERA FELIZ

SER COMPLETO INCLUI NOSSAS HABILIDADES INFANTIS



Ser completo exige que a pessoa use as habilidades infantis, mesmo quando já é adulta. Aliás, uma das formas mais comuns de empobrecimento da vida é esquecer a forma de viver na infância.
Esta é a característica da vida adulta: o corpo progressivamente fica com menos movimento e cada vez mais sai da posição de experimentação para a postura de observação.
É uma transição lenta e considerada normal por todas as pessoas.
A criança é experimentadora porque a natureza a “obriga”. Ao longo dos anos, a criança deveria aprender a experimentar por si mesma. Experimentar é a base da brincadeira. Pois experimentar é o fazer, o construir, o refazer, o tentar, o se mexer, o se envolver, etc.
Quando a adolescência chega, o experimentar continua forte, mas nasce um grande competidor: o desejo de criar uma imagem social que mantenha o orgulho em alta (identidades). Neste momento, o adolescente começa uma lenta transição que faz com que ele, quando adulto, abandone o experimentar, imobilize o corpo e vire observador (não fossem todas as obrigações, a maior parte dos adultos não “faria nada”).
A criança dentro de cada adulto fica adormecida. Adormece porque o modelo de funcionamento delas ficou esquecido. A pessoa lembra que era feliz, mas não sabe exatamente o porquê. Sonha com a vida irresponsável e inocente das crianças porque desejam perder as obrigações. Na realidade, sem as obrigações ficariam muito mais paralisadas. É uma vida cansada e desgastante, nada a ver com a vida energizada da criança.
A energia da criança é dada pela natureza, mas é amplificada pela sua postura. Experimentar, se envolver, participar e mexer o corpo são métodos fantásticos de revitalização do corpo. 
Nenhum adulto precisa agir como uma criança, mas precisa integrar as qualidades de criança em sua vida.
Lembre: saia da posição de observador, nada desgasta mais o ser humano do que esta posição. Volte a experimentar! Aos poucos, com treino, você aprenderá a retomar esta capacidade; pois a experimentação abrange principalmente as pequenas coisas da vida. E, estas pequenas coisas, muitas vezes são as mais importantes e as mais esquecidas.