segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A PALAVRA TEM PODER # DEPRESSÃO

AS PALAVRAS SÃO FERRAMENTAS QUE CONSTROEM E DESTROEM

Resultado de imagem para palavras constroi e destroem
O que a depressão faz? Ela mina a vida, a essência de alguém.
A melhor definição de minar que eu encontrei foi "consumindo pouco a pouco."
Para construir ou destruir qualquer coisa, é preciso de ferramentas. No caso da nossa mente, são as palavras que fazem esse trabalho. Tudo envolve as palavras. Desde o nascimento já somos significados por nossos pais através das palavras ditas por eles, a diante, nosso pensamento, próprio, também é significado por palavras que nós dizemos sobre nós, a nós mesmos.  Você já deve ter ouvido a expressão "a palavras tem poder." O problema está em não perceber ou não lembrar-se disso. Minar a felicidade de alguém -- ou ter a felicidade minada -- é como a deriva continental. Os continentes se movem milímetros todo ano, não é possível sentar em uma cadeira de praia e ver o continente ou indo ou vindo. 
O reverso acontece da mesma forma, do mesmo jeito que o processo se faz ele se desfaz.  Dissipar as lembranças tristes, os pensamentos negativos, aquilo que nos põe pra baixo, também é  aos poucos   no dia a dia, da mesma maneira como os continentes se movem,  de modo imperceptivel. Naturalmente irmos movendo essa prática em nosso oceano mente.
 É certo que já escutamos e que já falamos coisas que não eram muito legais, para alguém em algum momento. A verdade é que quase nunca entendemos o que essas palavras podem fazer e, como quase tudo, quando entendemos, o estrago já foi feito. 
Se quisermos melhorar, deveremos DIARIAMENTE prestar atenção em nossos pensamentos e palavras. É um exercício que a cada dia se aprende e aperfeiçoa um pouco mais, eu diria até que é um aprendizado que se leva a vida toda para aperfeiçoar. Eu acredito que nosso equilíbrio físico e mental, nosso bem estar, é algo que se busca todos os dias, e acredito também que quanto mais focamos os nossos pensamentos em algo bom e positivo a harmonia tende a permanecer mais viva e por mais tempo dentro de nós, essa é a ferramenta, a chave, que te liberta de pensamentos que minam a sua saúde física e emocional, consumindo pouco a pouco a sua alegria, a sua fé, a sua confiança e vontade de viver, é quando se diz que chegou a tão temida depressão. Usar a ferramenta depende, principalmente, de nós.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SESSÃO DE TERAPIA É UMA COISA, CORRIDINHA DO BEM É OUTRA...

ENTRE A CORRIDA E A TERAPIA, CADA COISA EM SEU LUGAR!



Muitos fazem associação entre corrida e terapia. É comum vermos corredores e entusiastas da corrida dizerem "Corrida é a minha terapia". Vejo muitas pessoas declararem que a corrida mudou a sua vida, que foram salvos pela corrida, que saíram da depressão graças a corrida. Eu entendo que as pessoas tem boa intenção. Talvez elas queiram apenas ressaltar que a corrida vai além do bem estar físico e traz benefícios mentais também. É inegável que quando corremos aliviamos o stress do dia a dia, pensamos melhor sobre nossos problemas, temos boas ideias, nossa auto-estima melhora e nos sentimos mais dispostos para as atividades diárias. E que a corrida é algo que nos faz “sentir” estar vivo e que também proporciona momentos em que você pode pensar o que quiser, viajar, estar consigo mesmo enquanto executa as passadas  Para muitos isto é suficiente para garantir um bem estar mental, mas para outros não.
Para algumas pessoas a corrida, por si só, não vai - e nem pode - cicatrizar todas as feridas, mesmo que você tenha o melhor companheiro de corrida, ou a melhor playlist do mundo. Além disso, esse tipo de associação entre corrida e terapia banaliza toda uma classe de profissionais. Psiquiatras e psicólogos não são apenas ouvintes pagos. Eles são profissionais que são capacitados para diagnosticar, prevenir e tratar doenças mentais, distúrbios emocionais e de personalidade.
Propagar que a corrida pode substituir uma sessão de terapia apenas alimenta a resistência que muitos tem em procurar ajuda profissional por considerarem as doenças mentais menos graves que as doenças do corpo. É reforçar o preconceito de que "quem precisa de psicólogo é louco" ou "ansiedade é coisa de quem não tem o que fazer". É perfeitamente aceitável que em algum momento da vida um corredor precise de terapia tanto quanto um sedentário. Não é sinal de fraqueza admitir isso, nem é sinal de que a corrida "não funciona". Provavelmente a corrida será um fator positivo no tratamento, mas ela não o substitui.
Dito tudo isso, eu já vi uma campanha da Puma nesse sentido, #RUNTHERAPY. A marca divulgou um video com o título "Eu sou a rua, sua melhor terapeuta" cuja descrição é a seguinte: "Cada corredor tem um motivo para correr. Alguns correm pela estética, para superarem a si próprios ou até por indicação médica. Muitos dizem que a corrida é terapêutica e que a rua é a melhor terapeuta. E você, por que corre?". Se um post de um único corredor atinge algumas centenas de pessoas, imaginem quantas pessoas são atingidas por uma campanha da magnitude dessa marca esportiva. Acho no mínimo pouco razoável supor que todos terão discernimento para entender as boas intenções da marca. 
Enfim,  confunde  mais que atende. Mas, pelo motivacional até que vale a pena assistir!
Corredores/ psicologia  
Veja como foi essa campanha da Puma!

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O ATO DE ESCREVER

ESCREVENDO PRA MIM...
EU CHEGO ATÉ VOCÊS!


Resultado de imagem para FRASES SOBRE ESCREVER

Escrevo não simplesmente para dizer qual a minha opinião. O intuito maior é despertar e fazer refletir, é envolver os leitores de forma que não seja oprimido e nem ofendido mas que por si mesmo ao refletir sobre suas atitudes, possa reconsiderar se suas crenças e valores estão jogando contra ou a seu favor. É para dar aos leitores um portal para outra dimensão do pensamento, instigar outros olhares, provocar curiosidade. É também para chacoalhar as mentes, arregaçar os olhos, destruir os preconceitos e estimular a nossa afinidade.
Com meus textos procuro mostrar de alguma forma que as pessoas que obedeceram todas as regras que lhes impuseram & trilharam todos os caminhos que lhes mandaram, que hoje se sentem tristes & frustradas, precisam saber que havia escolha, que sempre houve escolha, que ainda há escolha, que podem escolher uma nova vida, um novo caminho, que dá tempo.
Porque todas as forças do mundo & da sociedade, dos pais & do trabalho nos impelem a conformar & aceitar, a obedecer & respeitar.
Porque ser as pessoas que queremos ser é o maior desafio das nossas vidas, uma luta surda & diária, interna & implacável, contra nossas mesquinharias e egoísmos, nossas fraquezas e vaidades.
Porque basta uma distração para pisarmos em uma armadilha, para sermos tragados pela correnteza, para acabarmos em outra vida, percorrendo outro caminho.
Porque ser quem queremos ser é a mínima obrigação que devemos a nós mesmos.
Porque, de fato, como em muitos ditos, se não somos quem queremos ser, então não somos nada.
É  porque eu escrevo tudo isso pra mim, que  posso entregar isso a vocês! 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

AMIZADES DURADOURAS

QUERO GENTE PRA AGREGAR


Resultado de imagem para AMIZADE PARA AGREGAR DESENHO
Desde a adolescência percebi que me divertia e gostava mais de estar entre os meninos que entre as meninas. Tinha muito mais amigos que amigas. Esse meu jeito de dizer o que bem penso sem que eles nunca se ofendessem. Isso me agradava.
Tenho a sensação, ainda hoje, que, generalizando, a amizade feminina é construída em uma base de areia fofa que uma hora ou outra desaba. São poucas que se salvam. Amizade feminina é diferente poque exige mais tempo, mais ligações, mais explicações. Algo que não acontece na parceria com os meninos. Já está nas entrelinhas da amizade deles que ninguém  quer o mal de ninguém, que se não fez algo, que supostamente deveria fazer, foi porque não quis, não deu, achou melhor assim e fim de papo. Tranquilos, leves e práticos. Não entendo, exatamente, porque não é comum conseguirmos reproduzir essa parceria entre nós, as meninas. Será a tão falada da tal da inveja? Desconfiança? Recalque da relação mãe e filha? Quem explica: a psicologia ou a cultura? 
Confesso que nunca tive muita paciência para os melindres femininos, me canso rápido, não gosto de ficar dando  satisfações e por vezes vi amizades escoando pelo ralo. Não por falta de história nossa, por falta de papo ou de afinidade, mas pelo simples fato de não conseguir acreditar numa amizade que se baseia em pequenices. Gente, seja homem ou mulher, é bom quando vem agregar. Cultivo as relações saudáveis, gosto de pessoas interessadas, interessantes.
Muitas mulheres se podam tanto que suas conversas sempre giram em torno do mesmo assunto que é de como são ou deveriam ser seus casos, seus casamentos, seus filhos e o que resta a elas é falar sobre apenas isso mesmo. 
Sou por uma amizade com quem a gente possa conversar sem cobranças, por uma amizade sem grupinhos, panelas fechadas, clubes da luluzinha e estas maneiras todas que não agregam.
Sei que ter capacidade de ser ou não bom amigo, tem a ver com o indivíduo, não com seu sexo. Tem muito homem por aí que é amigo da onça, dá rasteira, fala mal nas costas, assim como há vários que são ótimos amigos de seus amigos, mas não é um problema de gênero.
Como disse, tive  mais amizade com homens do que com mulheres, graças à sentimentos verdadeiros tenho amigas e amigos reais. Amizade baseada em afinidades e amor.
Que sejam  leves, práticas e duradouras. 


terça-feira, 25 de agosto de 2015

PASSE MAIS TEMPO COM VOCÊ

VOCÊ É A SUA MELHOR COMPANHIA NESSA VIDA

Uma vez li na revistas uma matéria sobre a tão perseguida qualidade de vida e o título era: "10 Dicas para aumentar sua qualidade de vida".
Entre as várias dicas estavam, "alimentação balanceada", "pratique exercícios e tinha uma que dizia... "passe mais tempo com você" (ou algo do gênero). Dentre as dicas essa especificamente me chamou mais a atenção.
É curiosa essa história de que necessariamente precisamos dos outros para sermos felizes. É certo que a gente não tem que se isolar do mundo, da família, das pessoas, etc, mas é intrigante ver que muitos só se sentem felizes quando estão acompanhados de outros, quando estão namorando ou que só vão ao cinema, teatro quando estão com alguém. Sei que eu não sou a medida das coisas, mas, naturalmente, sempre que quis ir ao cinema, e não tive companhia, fui sozinha mesmo. O mundo é tão condicionado a pedir companhia para todos que quem age de forma desprendida e natural acaba se passando por pessoa "estranha". Eu acredito que quando você se sente confortável na condição de sozinha é por que está no controle de seus sentimentos, mas se você achar muito difícil engolir a ideia de ficar sozinho e se entedia com sua própria companhia, me parece que você possa estar em perigo no que diz respeito a seu amor próprio que é a base de todas as relações saudáveis. Até porque se você não pode ser uma boa companhia pra você mesma, então eu garanto que, não poderá ser pra mais ninguém. 
Vejo que muitas relações são baseadas em carência, conheço pessoas que buscam a dita "felicidade" em todos os lugares, em várias pessoas, e no final acabam na rua da amargura sem encontrar a resposta. Aí na hora da morte, depois de uma vida inteira desperdiçada acabam a "encontrando", e que surpresa, bastava estar sozinho e ter uma oportunidade de recomeçar.
É necessário sentir o quanto é bom ficar sozinha e o que isso significa na nossa qualidade de vida. 
É muito bom saber que sou a melhor companhia que eu poderia ter!


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O MILAGRE DO AGORA

O AGORA, DESAFIO INTERMINÁVEL...

MESMO ENQUANTO ESTIVERMOS SEGUINDO PRA LÁ, JÁ TERÍAMOS CHEGADO... E MESMO QUANDO JÁ ESTIVERMOS CHEGADO LÁ, CONTINUARÍAMOS INDO.

Como dizia o filósofo, a felicidade é a busca eterna de preenchimento impossível, o desejo do que não se tem, conseguir o que se queria e já não o desejar mais e passar a desejar outra coisa. Repetidamente.
É como se tivéssemos de escalar diversas montanhas ao longo da nossa vida inteira. 
O cume de cada uma é sempre o ponto máximo da montanha, e nos desafia! 
Chegar ao cume de cada uma serve apenas para nos mostrar que há outras montanhas maiores. A vitória ao chegar é apenas uma bobeira do passado, diante dos desafios que estão à frente. Sucesso, anseios, os planejamentos que fazemos para as nossas carreiras, para as vidas que queremos levar, várias montanhazinhas que escalamos para nos deparar com mais. Ficar rico antes dos 30 anos? E daí? Comprar o apartamento dos sonhos. E daí?
São metas erradas? Anseios que não devemos ter?
Quem sou eu para apontar algum caminho. Mas a questão não é a do desejo em si, mas o que fazemos com ele e como lidamos quando esse acaba e o próximo vem. O que fazemos com essa sensação do vazio dos desejos anteriores embaixo de novos, o vai e vem sem fim de "deseja e não tem" ou "tem e não deseja mais".
Coisas faltarão. Montanhas maiores estarão à frente. E tá tudo bem.
Talvez um desafio muito maior ainda que chegar a cada cume das nossas maiores montanhas, seja conquistar a capacidade de viver nesse exato dia, nessa exata hora e nesse exato minuto. Ou seja, viver no único momento que existe: o AGORA. Talvez alguns que consigam viver esse presente absoluto percebam que vivê-lo é um desafio interminável. E mesmo enquanto estivermos seguindo para lá, já teríamos chegado ... e mesmo quando já estivermos chegado lá, continuaríamos indo.
Não aspirar o futuro nem lamentar/festejar o passado, perceber e sentir a grandeza e o milagre do agora, já que a nossa mente faz muito barulho: eis o maior de todos os desafios. 

sábado, 22 de agosto de 2015

O EQUILÍBRIO # COMILÃO X MAROMBADÃO

NEM TANTO CÉU E NEM TANTO TERRA. DÁ PRA LEVAR UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL SEM DEIXAR DE CURTIR COMILANÇA E FESTA



No contexto das sociedades contemporâneas, criou-se um abismo entre o estilo de vida sedentário e comilão – aquele que o nosso corre-corre muitas vezes nos leva – e o outro extremo, das pessoas obsessivas por estética e saúde.
Sábio aquele que consegue transitar nesse continuum sem se atracar a nenhum dos extremos. Subir apenas um andar de elevador e tomar refrigerante zero com pudim. Todos nós temos inúmeros exemplos ridículos, então partiremos desse princípio para termos um objetivo em comum: o equilíbrio.
EQUILÍBRIO, talvez esteja faltando isso em tudo: alimentação, relacionamentos, estilo de vida, e por ai vai. Hoje é tudo em exagero, se você não malha: é louco, sedentário, o que você come vai te matar! Se malha: é marombeira, popuzuda, sem isso não existe vida! Blá, blá, blá! Penso que equilibrar a vida te faz feliz, e ser feliz te faz saudável, com ou sem aquela barriga sequinha.
Essa tão visada proporcionalidade, quando conquistada, nos proporcionaria um corpo funcional, autonomia nas nossas escolhas alimentares e a possibilidade de continuar frequentando eventos sociais que estejam relacionados às comidas e bebidas sem ataques de culpa e compulsões. O caso é que estamos numa luta constante entre cansaço, sede, fome, travesseiro e gula.
A ideia agora é convidar você para que avancemos um pouco juntos, afinal, você, um cirurgião cardíaco, um personal trainer e eu encontramos as mesmas dificuldades para iniciar e manter um estilo de vida saudável. Estamos vivendo num mundo com atividade funcional diminuída e com uma acessibilidade incrível às delícias provenientes do bacon e peperonni.
Atitudes bem simplórias poderiam ajudar num ritmo de vida mais saudável. Por exemplo, às vezes é muito difícil encontrar tempo para os que deveriam estar próximos, mas uma forma interessante e que otimiza muito as coisas seria fazer juntos programas envolvendo atividade física. Colocar o papo em dia numa caminhada, pedalar por aí, conhecer sem compromisso uma aula nova da academia; outra atitude (mental) importante: não pense em calorias, pense em se nutrir, dá um alívio danado quando temos fome e temos algo saudável para comer; outra coisa pra se ter em mente:  vai almoçar num restaurante por quilo? Pense nesse momento "como vou pagar por uma refeição que pelo menos me traga algum benefício!"
Nada me tira da cabeça que as pessoas exemplares em estilos de vida são aquelas que a muito custo conquistaram inúmeras transformações, gente de verdade, que tem barriguinha, tem fome, tem cansaço, que sabe ou não sabe cozinhar. 
O nosso bem estar e saúde não podem ser abandonados, eles devem ser cuidados e observados dia-a-dia, disso depende nossa transformação e não tem magica, é começar, ser equilibrado e se divertir no processo. Tudo fica mais leve, inclusive a gente!


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

TODO HOMEM É UMA FÁBULA DE SI MESMO

"SOMOS TODOS ESCRITORES SÓ QUE UNS ESCREVEM E OUTROS NÃO"    -     (José Saramago)


Minha dieta necessita de bastante feijão com arroz antes de eu bater no peito, assumindo a qualidade de escritora. 
Venho tentando oferecer aqui alguns insights. Ora úteis, ora bestas. Mas peço um crédito, no canto de cá sou aprendiz em fase de crescimento, quando muito.
Como Saramago diz: todos nós somos escritores! Uns escrevem e outros não. Realmente todo mundo que aprendeu a ler e escrever pode sentir vontade de escrever. É legítimo: todo mundo tem algo a dizer. 
O que devem fazer as pessoas? Respondo: escrever sem nenhum compromisso, e a melhor maneira de escrever é  passar para o "papel" exatamente o que estamos sentindo no momento em que escrevemos, fazendo com que leiam e sintam o mesmo.  A vida de cada pessoa é passível de um aprofundamento comovente, é "inacreditável". Todo homem é uma fábula de si mesmo; tudo é história, sem ela, não há o ser humano. 
Só não é fácil controlar em linhas tantos sentimentos juntos, mas o prazer é indescritível ! A escrita retrata muito bem a ebulição da cabeça de quem escreve. 
A cada texto que produzimos, arriscamos sempre escrever uma porcaria. Tem que ter ousadia para escrever, poucos se arriscam, não é tão fácil, nem por isso menos "gostoso". Escrever é pôr para fora o que não quer ficar aqui dentro só em mim. Porém considero que o escritor antes de qualquer coisa deve primar que a sua escrita (de coração) seja inteligível a seja quem for que trombe com seu texto. 
Sei que as pessoas irão trazer suas próprias impressões pra dentro do que eu escrevi e isso acaba com qualquer pretensão de controle sobre a perfeita clareza entre o que eu disse e o que o leitor captou daquilo que eu quis dizer. Mas seja como for, sintetizar um assunto, uma história, uma discussão de maneira compreensível é um habilidade que tento adquirir, na prática, para uma boa escrita. Haja pompa!


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O SENTIDO DA CONCIÊNCIA COLETIVA UNIVERSAL

O QUE A VIDA ESPERA DE MIM?

R: QUE EU ACENDA UMA LUZ NAS TREVAS DO MERO EXISTIR

Resultado de imagem para CONSCIENCIA COLETIVA UNIVERSAL
Todos nós, de alguma forma, somos afetados pelo questionamento sobre o sentido da vida.
Em determinado momento da vida começamos a fazer perguntas difíceis para tentar encontrar um sentido no roteiro criado para as nossas vidas e, no meu caso, decidi que a melhor coisa que eu deveria fazer era rasgar o roteiro e tentar encontrar meu próprio caminho.
Não foi fácil perceber minha própria ignorância em relação à vida e à realidade que me cerca. Descobrir que minha consciência havia sido, de certa forma, sequestrada e que com isso eu estava alienada de mim mesma, isso me deixou um tanto confusa. O caso é que todos buscamos, de certa forma, estabilidade e perceber que todas as estruturas criadas pelos seres humanos são inerentemente instáveis e eventualmente cairão é mais ou menos como saltar em queda livre e sem para quedas.
Essa é a regra em nossa sociedade: herdeiros das escolhas de nossos antepassados, fomos ensinados a empurrar para debaixo do tapete todas as verdades incômodas a respeito de nossa condição. Contudo, tais verdades acumulam-se a ponto de se tornarem um monte maior do que o próprio tapete. Em algum momento, nosso projeto de negação falha.
É quando alguns não suportam e são vítimas de depressão, de ansiedade, de transtornos compulsivos ou de ataques do pânico. São manobras desesperadas e emergenciais de nossa mente, quando ela pressente que está diante de um conjunto de verdades que é superior a sua capacidade de assimilação e aceitação.
Muitos, a seguir, buscam socorro em medicamentos que aplacam os sintomas mas deixam intocadas a causa original, um crime praticado contra a condição humana.
Nossa evolução é um emaranhado de acertos e erros onde as circunstâncias para sua ascensão, no caso dos seres humanos, não funciona mais da mesma forma que na natureza. Afinal, ninguém precisa ser o mais rápido, o mais forte ou ter três braços para sobreviver. Atualmente o carro chefe é a distração, é algo em constante e rápido crescimento. Nós nem estamos mais negando a realidade, simplesmente a ofuscamos totalmente. Não há como negar algo que, para nós, não existe.
Então, de certa forma, não estamos fazendo uma "seleção natural" de nós mesmos? Não seria sempre um passo a frente e dois para trás?
Não querendo ser radical, mas é tarefa impossível. Pegue um texto sobre futebol e um texto sobre filosofia, o que a massa vai se interessar mais?
Como evoluir em um coletivo que continua puxando tudo pra trás e se satisfaz com isso?  É como ficar de mão dadas com um grupo de pessoas que ficam te puxando enquanto você tenta seguir em frente.
Você tem duas opções. Ou se solta do bolo e segue sozinho ou acaba sendo arrastado com eles.
Então arrisco dizer que a consciência humana atual está nesse ponto e não vejo como ela, coletivamente, consiga sair disso.
Sabemos que não há uma lei universal que determine o progresso humano, não há nada que justifique um "pensamento mágico" a respeito de nosso futuro, como a crença de que alguma força divina venha a jogar os dados do destino trapaceando-os a nosso favor. Somos nós, são nossas escolhas coletivas e individuais, que determinarão se o nosso futuro será uma pior ou melhor.
E é tão delicada a situação que não temos o direito de ser pessimistas. Pois se a situação é péssima, o pessimismo só garantirá, pela omissão, que ela piore. Logo, justamente sob a ótica do pessimismo, um grande esforço otimista é exigido para que, no mínimo, as coisas não piorem, para que permaneçam como estão.
Logo convém que pensemos como pessimistas, para antevermos os obstáculos adiante com lucidez, mas que atuemos como otimistas.
O coletivo é muito maior do que um conjunto de ações destinadas a agradar um e outro indivíduo.
Se nos colocamos em posição de partes de um coletivo, através da pergunta "O que a vida espera de mim?", entendemos que somos parte de um acontecimento maior, independente do nome dado por cada um (Plano Divino, Destino, etc).
O sentido coletivo da vida é depositarmos a nossa fé na emergência de uma consciência coletiva, composta por corações despertos, de modo a prosseguirmos intencionalmente e organizadamente com um processo que, até agora, parece ser um movimento automático, mas poderoso, da natureza.
O psicólogo C. G. Jung escreveu, quando tentou resumir o sentido da vida humana em uma única frase:

“Até onde podemos perceber, o único propósito da vida humana é acender uma luz nas trevas do mero existir”.