quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O SENTIDO DA CONCIÊNCIA COLETIVA UNIVERSAL

O QUE A VIDA ESPERA DE MIM?

R: QUE EU ACENDA UMA LUZ NAS TREVAS DO MERO EXISTIR

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Todos nós, de alguma forma, somos afetados pelo questionamento sobre o sentido da vida.
Em determinado momento da vida começamos a fazer perguntas difíceis para tentar encontrar um sentido no roteiro criado para as nossas vidas e, no meu caso, decidi que a melhor coisa que eu deveria fazer era rasgar o roteiro e tentar encontrar meu próprio caminho.
Não foi fácil perceber minha própria ignorância em relação à vida e à realidade que me cerca. Descobrir que minha consciência havia sido, de certa forma, sequestrada e que com isso eu estava alienada de mim mesma, isso me deixou um tanto confusa. O caso é que todos buscamos, de certa forma, estabilidade e perceber que todas as estruturas criadas pelos seres humanos são inerentemente instáveis e eventualmente cairão é mais ou menos como saltar em queda livre e sem para quedas.
Essa é a regra em nossa sociedade: herdeiros das escolhas de nossos antepassados, fomos ensinados a empurrar para debaixo do tapete todas as verdades incômodas a respeito de nossa condição. Contudo, tais verdades acumulam-se a ponto de se tornarem um monte maior do que o próprio tapete. Em algum momento, nosso projeto de negação falha.
É quando alguns não suportam e são vítimas de depressão, de ansiedade, de transtornos compulsivos ou de ataques do pânico. São manobras desesperadas e emergenciais de nossa mente, quando ela pressente que está diante de um conjunto de verdades que é superior a sua capacidade de assimilação e aceitação.
Muitos, a seguir, buscam socorro em medicamentos que aplacam os sintomas mas deixam intocadas a causa original, um crime praticado contra a condição humana.
Nossa evolução é um emaranhado de acertos e erros onde as circunstâncias para sua ascensão, no caso dos seres humanos, não funciona mais da mesma forma que na natureza. Afinal, ninguém precisa ser o mais rápido, o mais forte ou ter três braços para sobreviver. Atualmente o carro chefe é a distração, é algo em constante e rápido crescimento. Nós nem estamos mais negando a realidade, simplesmente a ofuscamos totalmente. Não há como negar algo que, para nós, não existe.
Então, de certa forma, não estamos fazendo uma "seleção natural" de nós mesmos? Não seria sempre um passo a frente e dois para trás?
Não querendo ser radical, mas é tarefa impossível. Pegue um texto sobre futebol e um texto sobre filosofia, o que a massa vai se interessar mais?
Como evoluir em um coletivo que continua puxando tudo pra trás e se satisfaz com isso?  É como ficar de mão dadas com um grupo de pessoas que ficam te puxando enquanto você tenta seguir em frente.
Você tem duas opções. Ou se solta do bolo e segue sozinho ou acaba sendo arrastado com eles.
Então arrisco dizer que a consciência humana atual está nesse ponto e não vejo como ela, coletivamente, consiga sair disso.
Sabemos que não há uma lei universal que determine o progresso humano, não há nada que justifique um "pensamento mágico" a respeito de nosso futuro, como a crença de que alguma força divina venha a jogar os dados do destino trapaceando-os a nosso favor. Somos nós, são nossas escolhas coletivas e individuais, que determinarão se o nosso futuro será uma pior ou melhor.
E é tão delicada a situação que não temos o direito de ser pessimistas. Pois se a situação é péssima, o pessimismo só garantirá, pela omissão, que ela piore. Logo, justamente sob a ótica do pessimismo, um grande esforço otimista é exigido para que, no mínimo, as coisas não piorem, para que permaneçam como estão.
Logo convém que pensemos como pessimistas, para antevermos os obstáculos adiante com lucidez, mas que atuemos como otimistas.
O coletivo é muito maior do que um conjunto de ações destinadas a agradar um e outro indivíduo.
Se nos colocamos em posição de partes de um coletivo, através da pergunta "O que a vida espera de mim?", entendemos que somos parte de um acontecimento maior, independente do nome dado por cada um (Plano Divino, Destino, etc).
O sentido coletivo da vida é depositarmos a nossa fé na emergência de uma consciência coletiva, composta por corações despertos, de modo a prosseguirmos intencionalmente e organizadamente com um processo que, até agora, parece ser um movimento automático, mas poderoso, da natureza.
O psicólogo C. G. Jung escreveu, quando tentou resumir o sentido da vida humana em uma única frase:

“Até onde podemos perceber, o único propósito da vida humana é acender uma luz nas trevas do mero existir”.


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