terça-feira, 31 de janeiro de 2017

DEVEMOS CONSIDERAR NOSSA AUTOCENSURA

SE FOR FAZER ALGO QUE SUA CONSCIÊNCIA VÁ TE ACUSAR DEPOIS, NÃO FAÇA!


"Convence as paredes do quarto e dorme tranquilo, sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo."


Nossa tendência a autojustificação é quase irresistível, mais do que tudo, queremos nos inocentar.
Estamos sempre buscando por razões para que aquilo que queremos fazer não seja tão ruim, tão errado, tão imoral quanto aquela vozinha em nossa cabeça diz que é.
Várias vezes, antes de fazer algum comentário, eu pensava: "humm, acho que isso pode dar problema, ser mal interpretado, ofender alguém... hummm... ah, besteira, vou falar!"
Quase invariavelmente, meu primeiro instinto estava certo: dava problema, mas nunca me preocupei muito com isso.
Hoje posso até desobedecer, mas, aprendi que quando acende a luzinha vermelha da minha autocensura interna, melhor pensar mais, afinal, se vale a pena falar. Pensar no pra quê falar.
Com o tempo, aprendi que isso vale para quaisquer hesitações morais ou éticas.
Então, em minha vida, já tomei como regra de conduta: sempre que me pergunto se uma coisa que eu quero muito fazer é moralmente errada, se a resposta é sim, eu não faço.
Sobre a sua vida, querida pessoa leitora, não tenho opinião.
Você pode ainda estar pensando em me perguntar "Tá, mas em que ponto você quer realmente chegar afinal?"
Eu te respondo "o que eu quero dizer principalmente é que, se for fazer algo que sua consciência o acuse, não faça."
Entretanto, caso opte por fazer, esteja preparado para (talvez, bem provável) arcar com  consequências de toda ordem.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

SOBRE NOSSA IMPOTÊNCIA DIANTE DO ACASO

"NUNCA ACONTECERIA COMIGO"


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Por que acidentes de avião são tão apavorantes?
Por que acreditamos tanto em teorias da conspiração?
Porque, no fundo no fundo, o maior de todos os nossos medos...
...é o medo de nossa enorme impotência diante das forças aleatórias do acaso.
Morrer vítima de uma conspiração é infinitamente preferível (e mais digno!) do que morrer engasgado em uma tampinha de remédio (aliás, ainda bem que isso jamais aconteceria comigo, porque eu nunca abro frascos com a boca!)
Pois é assim que funcionamos.
Se escuto uma história de assalto, já penso: "coitado! mas, pelo menos, isso nunca teria acontecido comigo: eu jamais teria passado por ali a essa hora!"
Se é sobre um tiro ao reagir a um assalto, já penso: "que horror! mas, pelo menos, isso nunca teria acontecido comigo: eu dou tudo logo, nunca reajo!"
Aí passo e vejo um carro que perdeu o controle batido num poste, e penso: "pobrezinha! mas, pelo menos, isso nunca teria acontecido comigo:  eu sei que não pode frear ao passar por uma poça!" etc, tristemente etc. 
Encarar nossa impotência diante do acaso é apavorante, como conseguiríamos andar pelo mundo sabendo que a qualquer momento podemos ser vítimas de acidentes fatais?
Então, nosso mecanismo de defesa mental é culpar a vítima: ela sofreu essa calamidade não por ser um azar que poderia acontecer a qualquer pessoa, nada disso, ela sofreu essa calamidade por ter feito alguma coisa de ERRADO, coisa essa que EU nunca faria (logo, estou salva!).
Não é que ainda não levei um tiro somente porque tive sorte: não levei um tiro porque meu "sistema" está funcionando (estou no controle!).
A função desse mecanismo mental é que eu nunca, nunca precise encarar o fato de que sou apenas um mamífero pelado, em uma pedra girando pelo espaço, com quase nenhuma autonomia e completamente a mercê de forças cósmicas que nem consigo compreender.
Acidentes aéreos são tão estressantes porque quebram esse mecanismo, não temos como culpar as vítimas, nós também pegamos aviões, poderia igualmente ter acontecido conosco, não tem nada que poderíamos ter feito, nada teria nos salvado. Por outro lado, acreditar em teorias da conspiração recupera alguma medida de controle sobre nosso destino: nunca teríamos morrido assim... porque teríamos tido a sabedoria de nunca enfrentar esses grupos sombrios de pessoas poderosas que sabotam aviões!
ufa!
Existem casos em que há conspirações de fato, mas quero dizer apenas que acreditar nelas, sendo verdadeiras ou não, é muito mais fácil para todos nós.
Somente perdemos nosso medo de "não estar no controle" quando nos damos conta, profundamente, que nunca, estivemos no controle de nada.
Ter medo de "não estar no controle" faz tão pouco sentido quanto ter medo de respirar.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

PROJETO JANEIRO BRANCO

QUEM CUIDA DA MENTE CUIDA DA VIDA

Hoje o meu post vem divulgar o Projeto Janeiro Branco, o Janeiro Branco é uma campanha, ainda nova. Como o Outubro Rosa está para o câncer de mama e o Novembro Azul para o câncer de próstata, Janeiro Branco está para a saúde mental. O projeto criado em 2014 faz do mês de Janeiro um marco temporal estratégico para que todas as pessoas reflitam, debatam e planejem ações em prol da Saúde Mental e da felicidade em suas vidas. 
Virada de ano é sempre a mesma coisa: as pessoas entram em um movimento subjetivo de avaliação das suas próprias vidas.
Pouco antes de o ano terminar, todos começamos a pensar em como foi o ano que está prestes a acabar. Começamos a pensar nas coisas que fizemos, nas coisas que vivemos, nos sentimentos que desenvolvemos, nas relações que experimentamos e em tudo que deu certo e que não deu certo no ano que se passou.
Esse é um movimento pessoal, subjetivo, mas que conta com uma grande ajuda da nossa cultura – afinal, em todo final de ano, todos paramos para fazer balanços gerais de nossas vidas. E quando o réveillon, chega, vivemos uma espécie de catarse a partir da qual nos propomos a resgatar os nossos sonhos, construir os nossos projetos, executar os nossos planos e a realizar tudo o que sempre desejamos.
Essa é a mágica que o escritor Carlos Drummond de Andrade reconheceu no texto “Receita de Ano Novo“.
Porém, neste poema (leia aqui), Drummond aconselha que a pessoa, para ganhar um Ano Novo de verdade, tem que lutar por ele, merecê-lo, fazer por onde despertar o Ano Novo que existe adormecido dentro de cada um de nós. E essa é, justamente, a proposta do Janeiro Branco: uma campanha que busca mostrar às pessoas que elas podem se comprometer com a construção de uma vida mais feliz para si mesmas.
O simbolismo da virada de ano nos inspira a planejarmos uma vida com mais realizações e mais coragem na busca dos nossos próprios sonhos. A virada de um ano para o outro é um presente que a própria humanidade se deu, uma fonte de energia, de inspiração, de coragem, de novas propostas, de resgate dos sonhos, de renovação das forças e de reorganização dos planos.
Assim, o Janeiro Branco será uma campanha muito marcante; uma espécie de portal simbólico, cultural e temporal a partir do qual todos os nobres objetivos dos “homens” podem ser planejados, perseguidos e alcançados.
Façamos de cada Janeiro uma forma de renascimento do que há de melhor em nós e na humanidade. O resto do ano agradecerá, sempre!


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

SOBRE ESTAR CONECTADO

SOFRIMENTO É A PRÓPRIA DESCONEXÃO

A gente acha que felicidade é se conectar com algo ou alguém específico, então passamos muito tempo procurando por algo e alguém. Mas felicidade é ser capaz de se conectar, não importa com o quê, não importa com quem.
Adoecemos sempre que perdemos a conexão: com nosso corpo, com nossa respiração, com nossa mente, com o que estamos fazendo, com a natureza, com os outros, com a sociedade, com o sofrimento diário, com a realidade e também com os aspectos sutis como da alegria... O sofrimento não vem de outro lugar, ele é a própria desconexão.
Temos que manter uma comunicação constante com a realidade, além de qualquer conclusão ou sensação de fracasso e sucesso. A nossa prática espiritual está ligada à capacidade de cultivar com cada experiência.
Se deixarmos que o outro defina qual será a nossa conexão, vamos oscilar de acordo com eles, às vezes nos desconectando, perdendo o interesse, fechando o peito. Mas se mantivermos uma conexão autônoma, o outro vai perdendo o poder de causar sofrimento. É pra experimentarmos, mas parece que o único modo de manter uma conexão forte e estável com todo mundo é pelo amor e pela alegria. 



quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A QUESTÃO DA JUSTIÇA NAS PUNIÇÕES É A INJUSTIÇA

QUEREM O DIREITO DE FAZER SUAS ESCOLHAS INDIVIDUAIS, MAS QUEREM SOCIALIZAR AS CONSEQUÊNCIAS 


Diante das atrocidades, de toda ordem, que assistimos dia a dia no noticiário, o discurso propagado pelos "especialistas"  é sempre o mesmo, aquele de que "a  prisão eficaz deve ser associada à reintegração social, de modo que os indivíduos, ou pelo menos parte deles, tenha condições de retornar à coletividade consciente dos seus atos. E que nossa juventude, por sua vez, precisa de educação e condições acadêmico-profissionais de qualidade, se é que o que queremos é o “bem comum”. Sem essas duas coisas, qualquer outra modificação penal é inócua. Que precisamos é canalizar a força da juventude em movimentos transformadores e questionadores, com profunda capacidade crítica, pois discursos de ódio, armamento, violência não trazem soluções para a sociedade, apenas para uma minúscula camada, aquela que tem interesse em se beneficiar nesse círculo vicioso de violência contra violência e etc etc etc." 
Ok! Bacana, politicamente correto, aliás isso tá perfeito pra redação da escola, mas e aí?
Vou dizer uma coisa a vocês, na qualidade de pessoa comum, eu nunca fui a favor da pena de morte, achava sinistro, um tanto desumano e blá blá blá. Hoje aos meus 47 anos, beirando os 48, penso que existem coisas piores que a morte e já não vejo um problema em aplicar a pena de morte em determinados casos.
A sociedade evolui (involui também) se paramos para analisar o código penal de antes não abarcava tantos crimes do que o código de hoje, por quê? Simples a resposta, pois não existiam crimes como agora ou agora vemos como crimes ações que antes não víamos e logo tivemos e temos que constantemente atualizar as leis. Se temos que atualizar as leis pela evolução (involução) da sociedade, acredito que tenhamos que atualizar também as penas. Alguém me diz para quê serve um Marcola ou um Fernandinho Beira-mar vivos? Alguém acredita que Eduardo Cunha, Dirceu tenha recuperação? Esse último mesmo preso continuava em um esquema criminoso. Sinceramente meus caros para que mantê-los vivos? Vivos ele são apenas custo para o estado, alguém aqui sinceramente acredita na recuperação desses dois?
Vamos pensar um pouco, pensar com o cérebro por favor. Alguém acredita que podemos recuperar os cortadores de cabeça do estado Islâmico? Que devemos capturá-lo e colocá-los em uma boa prisão para recuperá-los?
Se o Brasil for invadido pelo exército da Argentina ou de qualquer outro país o que devemos fazer? Devemos ir para as trincheiras com livros de direito internacional para tentar explicar que essa invasão é incorreta e que Deus ficará triste com ela? Ou devemos meter bala para evitar tal invasão? Meus caros esse mundo não é para principiantes, matar outro ser humano não é o melhor dos mundos, óbvio que não, mas devemos assim proceder quando tivermos necessidade. Alguém acredita que podemos recuperar esses nobres presos que mataram outros nos presídios cortando suas cabeças e retirando seus corações? Existe reabilitação para isso? Manter esse pessoal vivo é apenas criar custos desnecessários para uma sociedade que não consegue dar condições básicas de saúde, educação. Óbvio que temos que dar educação de qualidade e condições para que o crime não vire uma alternativa, mas também devemos combater com rigor e não com tolerância pessoas que destroem um pais, uma sociedade por inteiro.
Óbvio também que existem pessoas que estão presas por crimes bobos e poderiam não estarem nessas tão faladas universidades do crime, mas se não temos dinheiro para educação e saúde básica como teremos dinheiro para construir presídios iguais ao da Suíça? Pena de morte aplicada de forma adequada em determinados crimes iria de certa forma intimidar futuros criminosos e pelo menos abrir novas vagas nos presídios para comportar novos nobres criminosos.
Sabem por que muitos por aí não matam o vizinho que coloca som alto todos os dias depois das 22h e que mesmo reclamando sempre, ele sempre diz que a casa é dele? Não é porque acreditam que ele deve continuar vivo, ou porque vai ser castigado por Deus ou por qualquer outro motivo, não entram na casa dele armados e metem uma bala na cara dele apenas porque matar é um crime que se pode ficar preso nos presídios brasileiros, é isso que contém o medo. Pode passar pela cabeça de muitos entrarem um dia no congresso e matar o máximo de políticos possíveis, por que não fazem isso? Por que amam eles? Não, não fazem isso por medo de serem presos. 
Então, todo mundo sabe como são os presídios brasileiros e mesmo assim entram no crime. Essas pessoas sabem das consequências e mesmo assim correm o risco, e risco é risco, eu posso abrir uma empresa e falir e perder tudo que investir, é um risco e tenho que me submeter a ele se eu quiser realmente ser empresário, o que não posso é correr esse risco e depois querer que o meu Governo devolva o dinheiro que perdi. Há pessoas que não têm medo dos presídios mas tem medo da morte, outros não tem medo dos presídios e muito menos da morte. Para esses, que a morte os levem de forma rápida e sem causar mais custos financeiros para a sociedade. Pena de morte vai evitar que esses mortos pratiquem novos crimes (pelo menos esses). Afinal eu nunca vi homicida, traficantes pesados, estuprados mortos cometerem novos crimes.
Alguns podem dizer: isso não é medieval, não é barbaridade? Eu digo: sim é uma barbaridade, é medieval para serem aplicadas em crimes medievais e bárbaros. Crimes bobos devem ter penas bobas, crimes médios penas medias, crimes bárbaros penas bárbaras. Eu não digo que devemos executar um cara que foi pego com drogas, roubou algo simples para comer, claro que não.
Sou a favor da pena de morte para crimes hediondos, para os reincidentes, sou a favor de trabalhos forçados para que o preso pague suas próprias despesas e não que tire dinheiro da saúde e educação, que já são escassos, para custear presídios. Como exigir presídios tipo Suíça quando o Estado não oferece o mesmo para os que escolheram o caminho correto?
Eu não penso que os presídios são um paraíso e que devem continuar como estão, mas eu sempre penso na vida de quem se foi e percebo que quem foi morto não teve escolha, o assassino teve escolhas e fez a dele.
Ah! outra coisa: penas de morte tem que ser feita com agilidade e não como é feito nos EUA que as vezes se ficam anos no corredor da morte, isso gera custo ao Estado.
Sabe o grande problema da sociedade? É que todos querem o direito de fazer suas escolhas individuais, mas querem socializar as consequências.




terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O SOFRIMENTO NÃO É DOR

SOFRIMENTO É BIRRA EXISTENCIAL, É BOLHA QUE VOCÊ PODE ESTOURAR


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Antes de falar aqui o que entendo como sofrimento gostaria de diferenciar da ideia de dor. Dor é um estado psicofisiológico. Algo que se contorna com medicações anestesiantes.
Isso leva muitas pessoas a entenderem o sofrimento como algo parecido, com substância e localização bem definida. Erro de raciocínio.
O que chamamos de sofrimento é um estado psicológico que pode mudar de um momento para o outro.
O sofrimento sendo transitório é resultado de um entendimento equivocado sobre a realidade vida.
Uma pessoa querida morre e eu sofro sua perda. Sofro por que ela se foi e eu não terei mais acesso a ela. Meu sofrimento é resultado da quebra de uma condição estável. Preciso abrir mão do meu apego à imagem de que ela está associada a mim. Entender que as pessoas morrem cedo ou tarde por causas naturais ou acidentais e que ninguém está blindado de nada. O sofrimento decorrente dessa perda na verdade é uma resistência às mudanças inevitáveis da vida. O sofrimento é a tentativa da mente de conservar um estado psicológico imutável.
O sofrimento é o denunciador de minha dificuldade em ceder ao evento novo que se apresenta.
Diferente do que alguns pensam não é o resultado de amadurecimento. O sofrimento é sinal de rigidez emocional, apego, inflexibilidade. O sofrimento é uma birra existencial.
Uma pessoa perde o emprego, esbraveja injustiça e fica abatida. Por que sofre? Porque resiste à ideia de mudança, “por que eu?”. Por que não você? O que há de especial na sua vida diferente das demais?
Esse sentimento é uma das bases do sofrimento. A sensação de ser uma pessoa especial oferece o terreno propício para essa contestação típica do sofrimento: “por que eu?”
No sofrimento há uma grande dose de passividade frente à mudança. O sofredor teima em achar que a realidade complicadora irá se resolver magicamente, sem esforço ou desprendimento. A condição passiva de vítima das circunstâncias funciona como um sentimento de injustiça que se instala e pode permanecer por anos à fio. A vítima se acha no direito de cobrar o estado original perdido. “Não me conformo que perdi "tal coisa!”. O sofrimento é decorrente dessa prisão psicológica instaurada na mente. “O mundo precisa me devolver o que perdi!”. Com isso a vítima perde mobilidade existencial e fica sentada parada no trono de suas certezas e seguranças.
“O sofrimento ensina!”. Não creio nisso, pois se o sofrimento é um efeito colateral de resistência à realidade, na verdade, ele só evidencia que a pessoa não vai ceder. Prefere ser vítima do que ser participante da própria existência. Ser participante, porque ninguém está isolado nesse mundo e na maior parte das vezes estamos expostos à condições indigestas e fora de controle.
O sofredor sempre atribui culpados pela sua infelicidade e renuncia sua condição de autor de si mesmo.
Mudança + resistência + rigidez no pensamento + sentimento de privilégio + passividade + culpabilização = sofrimento.
Situação prática: Pessoa perde o interesse afetivo pela outra e se separa + “Como assim?” + “Eu achei que seria para sempre” + “Como aquela pessoa ousou me deixar agora?” + “não quero mais saber de nada e nem de ninguém” + “Eu deveria ter terminado, agora fiquei por baixo” = sofrimento.
Desfazer o sofrimento é resultado de uma mudança de postura na vida, aceitar que mudanças são inevitáveis, permitir que sua mente se deixe absorver por entendimentos mais amplos da realidade, colocar-me na mesma condição de vulnerabilidade dos outros, ter uma postura ativa na vida, entender que não há culpados e nem inocentes na vida. Estamos todos no mesmo barco de relações desiguais, instáveis e imprevisíveis.
Mas se você ainda acha que vai aprender alguma coisa com o sofrimento eu já adianto, só vai aprender a continuar sofrendo. Não é o sofrimento que ensina, mas o aprendizado que ensina.
Vejo que o sofrimento não causa nem amadurecimento e nem aprendizagem: cristalizaram-se em ressentimentos e em reações infantis às complexas situações da existência, geralmente consolando-se com as vestes do vitimismo e com as cores de ódios mal disfarçados.
Se quer aprender mesmo abra sua mente, pois sofrimento é sinal de resistência. É uma bolha que você pode estourar.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

ENCONTRAR AS PESSOAS

PARA ENCONTRAR AS PESSOAS É PRECISO ABANDONAR AS BARREIRAS DEFENSIVAS


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Dizem que viver na ignorância é uma bênção, mas eu cá acho que os juros posteriores a pagar são bem mais elevados. É nesta disposição do auto-conhecimento, do partir de dentro para fora, de nós para o outro, na análise do nosso mundo interno, na busca da ponta do nosso icebergue submerso que só nós, no nosso mais íntimo conseguimos alcançar, que começa o caminho para a lucidez.
Antes de sairmos por aí a impor (mesmo que inconscientemente) os nossos gostos, a nossa forma de ver o mundo, antes disso, precisamos fazer um trabalho interior, conhecer quem é aquele que vemos todos os dias no espelho, estarmos em silêncio e a sós com o que há de mais importante (nós), nós para nós mesmos, e fazer este trabalho muito particular sem que para isso seja necessário o isolamento físico com o mundo.
Só vamos ser capazes de dar amor quando libertarmos os outros das nossas manipulações, expectativas, controle, nossos medos, pois é isso que enterra as relações. 
O que mantém a aproximação entre as pessoas é o espaço e isso é o que nos vai aproximar, esta liberdade consciente. Chega de nos desgastarmos por estarmos constantemente a querer controlar o exterior de acordo com as nossas coisas. Melhor vivermos naturalmente receptivos, alegres e amorosos, sem tentar controlar tudo. 
Tudo só fica bem se for do jeito que você quer? Lamento informar mas não vai acontecer.
Agir com a responsabilidade de não passarmos a vida a tentarmos controlar tudo para sermos felizes, de sermos maduros e libertarmos as pessoas para poderem ser o que elas são e o que poderão ser, isso sim é amar, é uma entrega de coração.
Não podemos cobrar que nos amem por 30 ou 40 anos, pode realmente acontecer, mas não podemos exigir o amor de ninguém.
O segredo está em usar as relações como um céu e a desfazermo-nos da estrutura da roda vida, os hábitos... seja lá o que for, abandonando de vez o sofrimento.
Encontrar as pessoas é vivermos a liberdade com relações verdadeiras e significativas, é a generosidade de ter um lugar para todos no ♥.
Vamos deixar o copo vazio, sem procurar nada nas pessoas porque estamos simplesmente bem conosco mesmos, vamos parar de manipular comportamentos e a sequência das coisas....
Já chega de cansaço e destes comportamentos automáticos!
É a partir do momento em que damos nome a uma relação, que esta passa a ser uma fonte de cobrança (namoro, família, amigo...) e deixa de ser um espaço livre.
Vamos fazer por encontrar as pessoas nesta sala vazia chamada céu.
Qualquer coisa rígida é repetitiva e é um peso para nós e para os outros.
Vamos ser movimento, como o leito um um rio, onde as coisas vão passando, deixa passar a raiva, deixa o medo passar... Para encontrar as pessoas  é preciso abandonar as barreiras defensivas.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A CULPA CONSCIENTE OU INCONSCIENTE "DÓI" PRA CARAMBA

UM SENTIMENTO DE INDIGNIDADE PESSOAL 

A culpa é o cara que bate na sua porta e entra mesmo que você acredite que não o convidou para a festa da vida.
Quando esta não é bem elaborada, compreendida e ‘arquivada’ como uma experiência de aprendizado, pode gerar resultados negativos bem expressivos como a autopunição – psicológica e/ou física, e ciclos repetitivos de fracassos (a regra é clara: toda culpa pede punição!), dando origem até a quadros depressivos.
É interessante salientar a amargura que esse sentimento traz consigo, seja este sentimento consciente ou inconsciente, pois há na culpa um custo emocional nocivo ao próprio indivíduo. A culpa é um sentimento resultante da ‘briga’ entre o Ego (o que você quis fazer e fez) e o Superego (o que as regras sociais e morais ditam que você deveria ter feito mas você não quis fazer) como já disse consciente ou não. Sim meus caros leitores, existe a culpa inconsciente.
A culpa costuma vir da transgressão das regras absorvidas de uma cultura pelo ciclo de pessoas significativas que fizeram parte da sua formação. Seu pai aprendeu com o pai dele, reformulou ao seu modo e repassou a você que vai absorver ao seu modo e repassar aos demais e assim por diante. É um grande telefone sem fio de gente “cagando regras” para o bem viver, desculpa o palavreado.
O estabelecimento das regras nada mais é que a dupla ‘certo e errado’, funcionam como grandes geradores do sentimento de culpa. 
Quando a experiência emocional da culpa não é devidamente questionada, compreendida e eliminada, ela continuará latente e irá refletir em diversas áreas da vida do sujeito de modo autodestrutivo, chamando o seu grande amigo: punição. E assim, se inicia a trajetória do ciclo vicioso da culpa que se estenderá por período indeterminado. O ciclo da culpa é como que uma “fuga” interminável, não dá descanso, não orienta, não permite a reestruturação.
A vergonha vem antes da culpa, que é um sentimento ruim que o indivíduo tem sozinho quando ninguém observa e quando tudo está quieto, exceto a voz lá dentro. A vergonha é passageira, a culpa é duradoura.
Veja: sentir-se culpado não implica necessariamente reconhecimento daquilo que foi registrado pelo sujeito como um erro praticado. Arrogância e orgulho, por exemplo, são mestres na arte de sufocar o tão simples “eu errei”.
Agora, vale lembrar também das sábias do mestre Jung: quem sempre culpa “o outro” por seus problemas não conhece a própria sombra. 
Não se esqueça que a vida com a sua sabedoria singular funciona como uma espécie de bumerangue: tudo o que vai, volta. E "dói" pra caramba.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O QUE TE FAZ MAL, O QUE TE FAZ BEM?

SE VOLTE PARA AQUILO QUE TE TORNA MELHOR




É preciso discernimento para identificar o que nos faz mal e coragem para eliminar tais fatores de nossas vidas. Tudo o que fazemos somente tem sentido quando pode nos proporcionar alegria e prazer. É evidente que há tarefas operacionais e situações enfadonhas que marcam nosso cotidiano, mas mesmo estas precisam estar vinculadas a um objetivo maior, ou seja precisam valer a pena.
Muitas de nossas decisões são adiadas por questões econômicas. Você se mantém no emprego porque precisa garantir seu sustento; persiste numa relação deteriorada porque uma separação envolveria a partilha de bens ou a interrupção de planos previamente agendados. Desta forma, alimentamos a infelicidade. Acredite: questões materiais se resolvem com o tempo, pois sempre será possível reiniciar. Mas você precisa desenvolver a arte do desapego e passar a entender que menos pode ser mais.
Perseguimos a felicidade mas a felicidade são momentos, ocasiões pontuais. Já a infelicidade, quando nos abate, tem a capacidade de se prolongar, ela se instala em nossa mente e em nosso coração, comprometendo o raciocínio, os relacionamentos e toda nossa rotina. Quando a infelicidade se fixa, o desencanto e a angústia pode conduzir ao desespero e a depressão, dentre outras enfermidades.
O mundo que nos é vendido quando somos crianças não é real. É uma ficção, pois acreditamos que tudo é possível, que o bem sempre vencerá o mal e que a vida pode ser perfeita. Mas é esta inocência que torna a infância a melhor fase de nossa existência – e proporcionar esta experiência é a maior responsabilidade dos pais em relação aos seus filhos, momento em que eles também vão sendo preparados para a vida adulta. Esta inocência é substituída pela maturidade que nos ensina que a vida é a arte dos encontros, desencontros e reencontros. Aprendemos que nossos atos têm consequências, sejam agradáveis ou dolorosas, e que as colheremos no decorrer do tempo. Descobrimos a força das palavras e que a comunicação é a base de tudo, compreendendo que mais importante do que aquilo que você diz, é como você diz.
É esta maturidade que nos ensina a valorizar o que realmente importa. Temos o hábito de dar importância a desconfortos, mágoas e ressentimentos, quando precisamos aprender a deletar as situações indesejáveis, e se voltar para aquilo que nos faz bem e nos torna melhores.
Afinal, qual a vida que você deseja para você?


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

MUNDO INTERNO

NOSSA MENTE NOSSO OCEANO


Se você analisar bem como sua mente se expressa, seus vários pontos de vista e sentimentos, sua imaginação, você vai ver que todas as suas emoções, a forma como você vive sua vida, a maneira que você se relaciona com os outros, tudo vêm de sua própria mente. Por isso entender como ela funciona é tão importante. Uma mente sem entendimento é negativa. A mente negativa te derruba, porque todas as suas reações estão pouco visíveis. Uma mente com entendimento funciona claramente. Uma mente desimpedida é uma mente positiva.
Qualquer problema emocional que esteja enfrentando surge devido à maneira como funciona a sua mente; o seu problema principal está na maneira como você identifica a si mesmo. Você normalmente se vê como um ser humano que precisa de mais qualidades, porque o que você realmente quer é que sua vida seja da mais alta qualidade possível; que seja perfeita? Você não quer ser um ser humano de poucas qualidade, não é? Para corrigir o seu ponto de vista e se tornar uma pessoa melhor tudo que você precisa fazer é entender a sua verdadeira natureza, a forma como você é. Isso é tudo. É tão simples. 
Vamos lá, todos nós temos uma mente; todos nós percebemos as coisas através de nossos sentidos; somos todos iguais em querer desfrutar do mundo; e igualmente todos nós nos apegamos ao mundo, não sabendo a realidade de nosso mundo interior, nem do mundo externo. Não há nenhuma diferença, se você tem cabelo longo ou curto, se você é preto, branco ou vermelho, não importa que roupa você veste. Nós somos todos iguais, nesse sentido. Por quê? Porque a mente humana é como um oceano.
Este tipo de analise da realidade não é, necessariamente, um exercício espiritual. Você não tem que acreditar ou negar que você tem uma mente – você tem que somente observar como ela funciona e como você reage as coisas, e não ficar obcecado com o mundo ao seu redor.
A maioria das decisões que a sua mente vem fazendo desde o momento em que você nasceu – “Isto é correto; isso é errado; esta não é a realidade”,  é uma mente incerta, nós nunca temos certeza de nada. Uma pequena mudança no ambiente externo e ela surta; até as pequenas coisas enlouquecem. Se você pudesse ver o quadro inteiro, você veria que a coisa não é pra tanto. Mas nós não vemos a totalidade do quadro; a totalidade é grande demais para nós.
Se você tem uma ideia equivocada de que a sua vida será perfeita, você vai sempre se chocar com a sua natureza de altos e baixos. Se você espera que sua vida seja cheia de altos e baixos, sua mente estará muito mais tranquila. O que no mundo externo é perfeito? Nada.


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

VOCÊ NÃO PRECISA SE MEDICAR DA ANGUSTIA NORMAL DOS PROBLEMAS REAIS

NÃO EXISTE UMA PÍLULA PARA CADA UM DOS NOSSOS PROBLEMAS



Sobre o uso dos remédios psiquiátricos vejo que existe abuso de muitos usuários, efeitos colaterais, psiquiatras exagerados, industria farmacêutica desastrosa, especulações milhares, enfim, muitos pontos negativos. O número de prescrições só aumenta e, consequentemente, os efeitos colaterais também, sem que as causas sejam tratadas.
O problema é que remédios psiquiátricos nenhum curam nada. A causa fica latente. A medicação apenas diminui as funções cerebrais, ou seja, funciona como uma camisa de força química, a pessoa passa a fazer uso de vários medicamentos e a cada medicamento consumido, na verdade, passa a viver como um zumbi.
Acredito que o maior problema que pega mesmo sobre remédios desse tipo é que elas parecem confirmar a ideia de que a pessoa perdeu a capacidade de gerenciar sua própria mente. 
Parece que a pessoa não é a pessoa. Passa a ficar prostrada por causa da medicação. E pior evita sair às ruas porque sentem umas coisas estranhas que não sabem explicar. 
Noto que existe uma tendência de tratar com remédios qualquer tipo de emoção humana, tanto médicos como pacientes. Parece haver um comportamento generalizado, as pessoas logo recorrem aos antidepressivos para tratar qualquer tipo de sintoma “da alma”. É a chamada medicalização da vida.
Para muitas pessoas, aparições como enxaqueca, fadiga e até tristezas que poderiam ser consideradas absolutamente comuns, não são encaradas desta forma. O que é muito lucrativo para industria farmaceutica, diga-se de passagem.
A medicalização, nesse sentido, é apenas uma forma de neutralizar os sintomas do sujeito e não uma forma de cura, uma vez que não levam em consideração seus aspectos sociais e subjetivos.
Se você está com problemas emocionais, deve refletir bem se é o caso de consultar um psiquiatra: as chances da pessoa sair da consulta com uma receita de antidepressivo são enormes, quase inevitáveis. Não necessariamente porque precise disso. Muito provavelmente você tem angustia normal causada por problemas reais, mas não tem nenhuma doença grave para ser medicada como se tivesse um transtorno psiquico. 
Ansiedade e angústia são fenômenos inerentes à condição humana. Determinar qual tipo e qual nível de angústia constitui um transtorno psiquiátrico foge ao trivial. Os médicos e cientistas conseguem ser muito claros e precisos ao diagnosticar problemas psiquiátricos severos como a esquizofrenia, tentar distinguir as angústias provocadas pela vida cotidiana de uma das diversas doença psiquiátrica é algo sutil. 
Daí, diagnostico errado, pessoas saudáveis sendo consideradas doentes e  recebendo medicamentos dos quais não precisam. Muitas pessoas podem estar se sentindo angustiadas, por causa de um ou mais fatores de suas vida. A solução fácil – e enganadora – é justamente tomar uma pílula para tentar lidar melhor com essa inquietação. Mas ainda não temos sinais de que existe uma pílula para cada um dos nossos problemas.
É verdade que os antidepressivos são fundamentais para o tratamento de quem realmente sofre da doença. Mas também não se pode curar apenas com remédios aquilo que é da natureza humana. Está na hora da gente refletir melhor sobre isso, as pessoas estão fazendo uso de remedios psiquiatricos indiscriminadamente, o que pode lhes custar caro mais tardiamente.
Existe a possibilidade de quando você parar com as doses do remédio sua mente não mais voltar ao estado que já foi um dia. 
Eu acho que no mundo ideal as pessoas poderiam e deveriam procurar terapia, soluções profundas e efetivas, práticas que alterem a natureza do sofrimento, mas… Eu sei bem a diferença entre o que eu desejaria e o que é possível. Muitas pessoas chegaram ao ponto em que suas vidas só são possíveis e suportáveis com um medicamento desses. Elas deveriam ter acompanhamento de uma auxiliar de mudança emocional? Claro, com toda certeza, mas nem todo mundo quer ou tem estômago. As pessoas deveriam liberar o uso indiscriminado de remédios psiquiátricos? Claro que não. Existem intervenções menos agressivas e sem efeitos colaterais, porém para vidas insuportáveis esses recursos ajudam a sobreviver e se fazem indispensáveis, além da terapia, para uma qualidade de vida mais significativa.
Sabemos da importância de usar medicamentos nos momentos em que eles são necessários. Para tratar transtornos claramente diagnosticados. Não é questão de dizer que os remédios são ruins e inúteis. Ou que são, em sua totalidade, perfeitos. Eles são úteis quando bem usados e é maravilhoso que possamos contar com eles. O que ocorre é que os remédios são úteis somente para aquelas poucas pessoas que realmente precisam deles de verdade.



segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

SIGO A FAVOR DA MARÉ

TÔ TIRANDO TODO PESO



Ser combativo é uma atitude necessária, meus aplausos para quem tem disposição para o enfrentamento, eu apenas me limito, quando necessário, a me posicionar para impedir erros de interpretação a respeito do que eu digo, sou ou faço, porque quem cala consente, fora isso, já deixei de dá murro em ponta de faca, troquei de estratégia. Hoje dispenso ataques virulentos ou quixotescos, funciona também e desgasta menos.
Na esfera privada, apenas procuro estimular ou inspirar, mas não tento mais fazer ninguém mudar de ideia. Desisti de trazer para perto quem prefere ficar afastado. Não crio ilusão de que o que ainda não funcionou um dia funcionará. Não me fixo mais nos defeitos dos outros. Procuro ter paciência pra não perder a cabeça quando ouço sandices (antes tinha vontade de sacudir a pessoa como se fosse um boneco de pano). Há muito já não espero favores, elogios ou reconhecimento. Não fico em estado de alerta para flagrar quando pisam na bola comigo, percebo quando pisam, mas procuro não me estressar com isso. Nem sempre consigo ser tão generosa, mas tento. E por fim não esquento, não por ser uma santa, mas porque dá menos trabalho.
Lei do menor esforço e com resultados práticos muito favoráveis. 
Agora escolho os caminhos menos tortuosos e as parcerias mais afetivas, sinceras e disponíveis. Digo não com a mesma facilidade que digo sim, aliás isso pra mim nunca foi uma dificuldade. Procuro ser 100% honesta em relação aquilo que é importante pra mim, deixei de servir àquilo que não é. Tolerar dificuldades? Só as que gerem algo positivo mais à frente. Cumpro tudo que eu exigiria dos outros se ainda tivesse disposição pra fazer exigências. Agora só exijo de mim, e mesmo assim, pouco.
A minha porção punk existe, mas tenho educação pra não ficar exibindo por aí. A minha parte sinistra restrinjo aos meus pensamentos secretos. Sou do contra só contra mim. A briga é interna e não muito violenta, meus dramas são inimigos adestrados. 
No mais sigo a favor da maré. Falo com clareza, faço escolhas condizentes com quem sou e facilito o que posso. Talvez, para alguns, uma vida sem tormentas diárias produza um vazio insuportável de superar. Cada um, cada qual. Eu joguei a toalha: tô tirando todo o peso.