sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

BODAS DE PALHA >>> SÃO 23 ANOS DE CONVIVÊNCIA. PARABÉNS PARA NÓS!

O VERDADEIRO NAMORO COMEÇA APÓS O CASAMENTO


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23º - BODAS DE PALHA: No vigésimo terceiro ano matrimonial é celebrado com o simbolo da PALHA. A palha tem diversos usos, desde o artesanato até como combustível. Indica que marido e mulher podem construir muitas coisas pela frente.

São vinte e três anos de caminhada partilhada. Quem acha que é fruto de sorte, tem que crer na sorte. E quem crê na sorte, crê no azar. E como em qualquer jogo de azar, a chance de dar sorte é muito menor do que a de dar azar. A chance de perder na loteria é infinitamente maior do que a de ganhar. A chance de perder no dominó, no baralho, no bingo etc. — sempre é maior que a de ganhar. 
Quem crê em cupido, alma gêmea, cara metade ou que o amor está escrito nas estrelas realmente precisa se educar um pouco mais. 
Quem acha que casamento feliz depende de achar a pessoa certa realmente precisa de toda sorte do mundo.
E quem acha que crer em Deus é o suficiente para ser feliz no amor, explique por favor tantos cristãos divorciados ou vivendo em casamentos de fachada.
Vida feliz é fruto de trabalho. Vida amorosa feliz também. Casamento feliz é possível e muito bom, mas temos que trabalhar pra isso. Qualquer relação se faz dia após dia. Não é fruto do acaso. Não é automático, aliás, como tudinho na vida.
Sei dizer a vocês  que sigo namorando por tempo indeterminado e que somos felizes por estarmos dispostos a casar todos os dias, mesmo depois de tanto tempo, sem nunca nos cansarmos disso.  


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

VAMOS PEGAR LEVE COM ESSE NEGÓCIO DE BULLYNG, NÉ?

GERAÇÃO POLITICAMENTE CORRETA


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Na última semana, o humorista Tirulipa divulgou uma paródia da música “Loka”. A música que faz referência ao sucesso de Simone e Simaria com participação de Anitta, foi intitulada de “Gorda” e viralizou nas redes sociais, mas apesar de fazer sucesso foi motivo de polêmica porque alguns consideraram a paródia desrespeitosa e preconceituosa.
Sabemos que o bullying está diretamente relacionado ao preconceito e a descriminação, ok, esse é o discurso. Mas, qual a diferença entre a brincadeira de mau gosto, descriminação, o preconceito e o bullying?
Esse tipo de coisa sempre existiu, mas o termo bullying é recente. A mídia também reforça algumas ideias, meio fora de lugar, e tudo se transforma em bullying. 
Essa questão atual de bullying é bem ambígua. De um lado pode favorecer a "vítima" porque a "campanha" busca punir e repreender os agressores, consequentemente diminuindo o número dos mesmos. Mas tem o lado ruim  que pode incentivar as "vítimas" a se reprimirem cada vez mais, a se sentir cada vez mais vítima, por precisar de proteção alheia e a se deixar levar pelo que os outros falam.
Classificar tudo como bullying, preconceito e descriminação, é um exagero. E incluir nisso inclusive os desacertos, xingamentos, brigas, mentiras e traquinagens entre as crianças é dar um peso excessivo às manifestações próprias ao mundo infantil.
As brincadeiras, brigas e provocações fazem parte do mundo da criança. Quem não se lembra de ganhar um apelido caricato, normalmente relacionado à aparência física, a uma característica marcante ou a um “defeitinho” que, obviamente, detestávamos? Era desta maneira que nos relacionávamos com as pessoas e com o nosso corpo, na complexidade de habitarmos a própria pele e nos fazermos amados pelo outro.
Isso pode ser considerado bullying? Houve um tempo em que as crianças brincavam e brigavam livremente. Hoje, as crianças brincam vigiadas, recorrendo a um intermediário quando os impasses se apresentam, e não brigam, ou até brigam, mas longe do olhar atento dos adultos.
Mudaram as brincadeiras e a interação entre as crianças, mudou também a maneira como os adultos as diferenciam e interpretam o que acontece com elas. Pensam que elas não “aguentam agressões” de seus pares. Quando as crianças se “agridem” ou se insultam mutuamente, sofrem sim, mas suportam, e pode ser um momento de aprendizado para lidar com a frustração. O adulto, ao intervir com censura ou com defesa, muda o script. A questão aumenta, deixa de ser “coisa de criança” até mesmo para os pequenos, pois o adulto valoriza e autoriza uma “gravidade” que não tem este caráter para o infantil.
Na era do politicamente correto, essas “coisas de criança” ganham outra dimensão. Perde-se a espontaneidade, a busca de formas próprias de lidar com os desacertos das amizades e, aquilo que ajudaria os pequenos nos seus enfrentamentos com o outro, ganha um tom moralista e persecutório. O bullying ganhou proporções gigantescas, ocasionando um exagero na proteção com as crianças, que perdem, desta maneira, a oportunidade de experiências significativas no seu desenvolvimento e na construção da individualidade.
É evidente que existem situações de violência  que exigem intervenção, mas classificar como bullying e dar um peso excessivo a qualquer provocação, priva a criança de lidar com situações importantes, comuns da vida e a tolhe do exercício de conviver com situações adversas. 
Com essa história de politicamente correto hoje tudo é bullying, preconceito, discriminação. Antes tudo não passava de brincadeira que as pessoas "normais" levavam na boa e revidavam na mesma moeda, arrumando um jeito de se defender. Mas agora vivemos uma época em que todo branco tem culpa pela escravidão, o patrão é responsável pela condição do empregado, o bandido é chamado de "excluído social face a crueldade da sociedade de consumo" e por aí vai. Pensa na fragilidade psicológica de uma geração politicamente correta!
Nos dias atuais, percebe-se que as pessoas pensam muito, medem palavras, hesitam para dizer coisas que lhes vem à mente com mais sinceridade, temem brincar, proferir palavras, apelidos ou expressões que até recentemente eram comuns/aceitáveis, receosas de serem interpretadas como cruéis ou politicamente incorretas. O politicamente correto funciona como uma espécie censura na expressão de nossos pensamentos. Claro que existem casos extremos onde palavras poderão ferir alguém de determinada classe ou minoria. Não se trata disso, repito, estou falando dos exageros onde qualquer manifestação é considerado ato desrespeitoso e ofensivo. Além de tudo há uma gigantesca hipocrisia nisso, pois ninguém deixará de ser preconceituoso e discriminador, só porque o discurso não o é. Da mesma forma que ninguém é necessariamente preconceituoso e descriminador, só porque fez um humor, digamos,  politicamente incorreto. Vamos pegar leve, né gente?!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

NÃO SE NEGUE A CRESCER, NÃO SEJA UM ADULTO-CRIANÇA

O MUNDO DAS CRIANÇAS SÓ É POSSIVEL POR CAUSA DO MUNDO DOS ADULTOS




Provavelmente sempre foi difícil crescer, de uma forma ou de outra. Profundamente ancorado na nossa psiquê provavelmente está um desejo universal de regressar a vida sem preocupações da infância.
Na verdade, amadurecer sempre foi um desafio, mas acredito que nunca foi algo tão difícil quanto é agora no nosso mundo moderno. Nossa cultura popular é construída em torno dos gostos dos jovens, hoje colocamos a juventude num pedestal e consequentemente, muitos jovens parecem presos no limbo — não são mais crianças, mas também não são adultos plenos.
Ao discutir um assunto como esse, é difícil não cair na rabugice, no estilo “essas crianças de hoje em dia…”. Mas vou tentar resistir a essa tentação 
Eu pessoalmente senti esse peso em minha vida quando tentava escapar do puxão gravitacional da adolescência e me propulsionar para a vida adulta. Só foi depois que eu me dei conta que não houve nada de especial nessa minha escalada; às vezes me pego pensando no ensino médio e digo "Cara, aquilo foi divertido”; e há momentos em que olhando para o meu filho mais novo tenho aquele desejo de ser criança novamente, de ir dormir sem nenhuma preocupação e de ter alguém que cuida de tudo pra mim.
Ser um adulto, apesar de bastante satisfatório, é realmente difícil algumas vezes. Eu, portanto, não tenho muita simpatia por aqueles que falam para os jovens pararem de reclamar de barriga cheia e crescerem de uma vez, como se fosse a coisa mais fácil do mundo, e que jovens adultos que estão com dificuldade são apenas fracotes sem disciplina ou motivação.
Mas, ao mesmo tempo, também não tenho simpatia para aqueles que falam “Bem, se ser crescido é tão difícil de se realizar, vamos só dispensar a ideia de uma vez. Vamos nos divertir! Fazer o que quisermos! A vida adulta é para otários que compraram a mentira!”
Mas o que esses depreciadores da vida adulta não entendem é que o mundo das crianças só é possível por causa do mundo dos adultos.
Isso é super importante, então me permita repetir: o mundo das crianças só é possível por causa do mundo dos adultos.
Quando as pessoas se negam a crescer, o que elas não se tocam é que elas mesmos não querem ser adultas, mas querem viver num mundo onde todas as outras pessoas são. Elas querem políticos competentes e efetivos representando-as; querem jornalistas e médicos espertos e sensatos com uma personalidade ética reconfortante; querem que os professores de seus filhos sejam dedicados e atentos; querem que o atendimento ao consumidor seja amigável e eficiente; querem que os policiais sejam honestos e justos. Elas querem que o mundo seja estável, previsível… para que possam ser erráticos e irresponsáveis. Elas querem ser crianças, mas vivendo em um mundo adulto, onde pessoas responsáveis estão prontas para cuidar de cada uma de suas necessidades.
Desde que os resistentes à vida adulta sejam uma minoria — “rebeldes” na periferia —, o mundo continua a rodar. Mas se pretensos adultos o suficiente aderirem a esse discurso, e não haja mãos firmes o suficiente no volante, o resultado é uma escorregada para uma sociedade cada vez mais alienada. Isso não é uma profecia sobre um futuro muito distante, ou um argumento no estilo “faça pelas crianças” (crianças que muitos resistentes à maioridade nem querem ter), mas algo que está acontecendo agora. Ainda há mais adultos do que adultos-crianças, mas os números destes últimos estão aumentando. O Congresso é quase que inteiramente formado por adultos-crianças que não conseguem realizar uma coisa sequer. Programas de notícias parecem auditórios do ensino médio — um bando de palhaços que estão ali buscando o melhor comentário sarcástico ou espertinho e parecer o mais descolado. Há professores que dormem com seus alunos e cujos currículos tem como principal habilidade mostrar vídeos; há policiais que atiram antes e perguntam depois; há médicos que só fazem diagnósticos superficiais e indiferentes e pedem uma série de exames errados. E usar o atendimento ao consumidor em qualquer área significa ser confrontado com uma incompetência causadora de traumas em cada etapa.
Em cada esfera da sociedade, alguém tem que lidar com o choro infantil do “Você não é o meu chefe! Você não pode me dizer o que fazer!”, então tudo é feito com o menor esforço possível (se isso). E se esses rebeldes você-não-é-meu-chefe tem alguém trabalhando para eles, ou ajudando eles, eles esperam ter o melhor serviço, da mais alta qualidade possível. Na vida real é assim:  todo mundo quer pegar da caixinha da sociedade, mas ninguém quer contribuir.
Quanto mais adultos houver na residência, melhor para todos. Mas o argumento para a maioridade não precisa ser um que apele para o autossacrifício, mas sim um que se apoie no interesse próprio. Permanecer uma criança para sempre só funciona se você é o único fazendo isso e pode depender do mundo dos adultos para tomar conta de você. Mas num mundo só com crianças, em que a civilização se desmorona, você não vai ter nenhuma escolha — você vai ser obrigado a crescer, e a vida adulta nesse cenário será destituída de muitas de suas satisfações.
Mesmo que você esteja convencido de que o mundo precise de adultos, você ainda pode ter a vontade de não crescer. Afinal de contas, quem quer se tornar desinteressante, tedioso, cauteloso e nada divertido como propagam que é o "mundo dos adultos"? É mentira, podemos ser adultos sem perder o espírito de criança e a alegria de viver.
Enfim, é cada vez mais impossível sair pela porta de casa e não se deparar com os reflexos que a cultura do "mundo das crianças" acaba ocasionando: adultos desregrados, infantis, inconsequentes e em busca de prazeres frouxos e nada construtivos. Sei que cada um sabe o que faz de sua própria vida e "onde o sapato aperta", mas é um tanto difícil observar pessoas cada vez mais dependentes em todos âmbitos possíveis (emocional e material sendo campeões). 
Não que um "genuíno adulto" seja 100% impenetrável à atitudes do tipo, longe disso. Contudo, pessoalmente, creio que o fundamental é ter o desejo (e a disciplina) de sempre caminhar para a independência, a autodeterminação consciente e saudável: a maturidade. Errar (sim, por favor), mas não persistir no erro (não, jamais). Porque, afinal, o mundo precisa de adultos.



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

SOBRE A TEMPORALIDADE

ONDE NÓS NOS ENCONTRAMOS


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Em qual momento do tempo podemos nos situar?
As frustradas tentativas de impedir as revoluções dos ponteiros do relógio nos lembram de que a marcha autoritária do tempo não cessa. Não poderia aceitar que só o presente existe, pois toda vez que tentamos captura-lo nós o perdemos. Quando penso no presente ele já ficou no passado. Quando eu soletro uma palavra, as letras já se foram. Quando escrevo numa folha de papel, esta ficou na história.
Do futuro nunca teremos certeza. Com base em nossas experiências, podemos fazer projeções sobre os acontecimentos vindouros com algum nível de acerto. Mas as expectativas criadas no presente nem sempre são confirmadas no curso do tempo. 
O passado está talhado em nossa memória. Ele vive em nossas tradições. Nosso corpo e as coisas que nos rodeiam estão impregnadas de história. Não há como nos livrar do que já aconteceu. Somos descendentes e herdeiros diretos do que foi feito no tempo passado.
O tempo não é relativo. Nós somos relativos. De uma forma ou de outra, sabemos que somos seres espaço-temporais. Sentimos a ação do tempo em nossa pele, a pressão da gravidade em nossas costas. Estar contido no tempo é estar à disposição do perecimento. Não vale sacrificar o presente em virtude de uma prometida utopia terrestre.
Talvez, uma resposta mais razoável sobre “onde” nós nos encontramos, é que estejamos em um lugar do tempo espremidos entre o passado e o futuro. O que está ao nosso alcance é cogitar, no presente, um esboço do futuro de acordo com as vivências do passado. Mais preciso sobre a temporalidade foi Santo Agostinho, quando disse: “O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; mas, se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei”.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O RESSENTIDO

RESSENTIR É FICAR SENTINDO E SENTINDO REPETIDAS VEZES, É AUTO ENVENENAMENTO PSICOLÓGICO


dor psicanálise ana cruz
Ressentimento é algo que não se quer esquecer, perdoar, e muito menos deixar barato o mal que sofreu. Uma vez alimentado, é um afeto que destrói. Uma ferida que não cicatriza.
Ressentir-se implica na força de um grande grupo de amigos fiéis chamados raiva, mágoa, inveja, amargura, maldade, ciúme, desejo de vingança, atribuindo ao outro a responsabilidade pelo que nos faz sofrer, resultante de um processo de auto envenenamento psicológico. O ressentimento trata-se de uma queixa insistente, que não aceita nenhuma forma de ‘reparação do dano’ em função da sua principal característica: a persistência da mágoa e a repetição da queixa.
O ressentido consiste em um ciclo vicioso: lamentação-acusação _vingança-impossibilidade de esquecer-sofrimento psíquico. 
Ah! E também colocar-se no papel de ser apenas uma vítima sem refletir sobre a sua participação na situação é essencial e fonte alimentadora deste ciclo, afinal, o contexto deve girar em torno do outro, o vilão, é ele que falha e não eu. O reconhecimento da sua parcela provocaria a ausência de injustiça, logo, onde não há injustiça, não há lamentação, entende?
Talvez o grande trunfo do ressentido seja  a gratificação prazerosa pelo reclame constante, porque o sujeito é tão incapaz de vingar-se quanto foi impotente em reagir imediatamente aos agravos e às injustiças sofridas. É como se o ressentido fosse um serviçal que se debate em vão. No ressentimento o tempo da vingança nunca chega – o ressentido é incapaz de vingar-se – pois se torna passivo e preso às suas queixas. O ressentimento leva o sujeito a criar todo um cenário propício para validar o seu direito, podendo até distorcer fatos de acordo com as necessidades, tocado por um certo prazer inconsciente ao reafirmar-se como vítima, porém, nada mais é do que uma fórmula imaginária para uma ‘solução’ do seu sofrimento.
Pessoas amargas são ressentidas. Ressentir é ficar sentindo e sentindo repetidas vezes, algo desagradável que já passou. O ressentido é um traumatizado que ama sua dor. Vive negativamente em função dela. Lembra-se apenas das coisas desagradáveis que lhe ocorreram ignorando completamente tudo de bom que já viveu. Alimenta-se de lembranças doloridas, não perdoa os outros e nem a si mesmo. Torna-se intolerável por sua amargura. Nega-se a ver o futuro com perspectiva otimista.
Resumindo: o hoje pode mudar o amanhã, mas não o ontem. Portanto, olhe para frente, e não para trás. Aprenda a encarar cada problema da sua vida como uma lição de aprendizado. Entre o saber e o fazer, há apenas uma coisa: A decisão de mudar. 


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

SOBRE SER LIVRE

A LIBERDADE TEM SEUS LIMITES



Usamos muito a palavra liberdade, mas temos dificuldade em conceituá-la. Todo o mundo afirma que quer ser livre, mas pouca gente sabe dizer o que quer fazer com a liberdade.
É comum pensar que se pode agir sem impor limites à nossa vontade. Não é meu ponto de vista. Aliás, não tenho muita simpatia pela ideia de que viver bem é não abrir mão de nenhum tipo de desejo. Essa abordagem me parece ingênua e não leva em conta o fato de que, em nossa vida interior, há outras peças tão importantes quanto as do desejo.
Por exemplo: uma pessoa me agride e eu tenho vontade de revidar com toda a força e posso até desejar matá-la. Mas tenho dentro de mim um conjunto de valores morais. Se eu transgredi-los, experimentarei uma dor íntima muito desagradável, que é a culpa. Os animais, em geral, não sentem outra coisa senão o desejo e o medo. O ser humano não: tem um cérebro sofisticado que “fabrica” conceitos e padrões de comportamento que as pessoas acham muito importante respeitar. Em muitos casos, as normas estão em oposição às nossas vontades. No exemplo citado, isso fica evidente. Pelos nossos valores éticos, não temos o direito de matar outro ser humano.
Como agir? Respeitamos a vontade ou os padrões? Acredito firmemente que devemos nos ater aos padrões. Devemos seguir nossos pontos de vista e nossas convicções. Agir sempre em concordância com a vontade é franca imaturidade, é não saber suportar frustrações e contrariedades. Evidentemente que estou me referindo às situações em que a razão está em oposição à vontade. No caso de ela não provocar nenhuma reação negativa, é lógico que devemos tentar realizá-la.
Não se trata, portanto, de desprezar nossos desejos. Se estou com boa saúde, posso comer doces. Se for diabético, tenho de ter a capacidade de abrir mão deles. Não acho acertado considerar mais livres as pessoas que não ligam para si mesmas e para os outros. Elas são mais irresponsáveis e até autodestrutivas. Se um homem sabe que o álcool lhe faz mal e continua bebendo, ele não é mais livre. É mais fraco.
Nos séculos passados, o ser humano vivia por normas exageradamente rígidas e alguns psicólogos acabaram concluindo que a verdadeira liberdade consistia em jogar fora essa camisa de força, guiando-nos a partir de nossos desejos. A ideia é boa, mas – na prática – é inviável. A vida em grupo exige que se preste atenção também aos outros. O amor e a solidariedade que sentimos naturalmente dentro de nós pedem isso.  Nesse caso, antes de satisfazer a vontade, tenho de refletir muito, avaliando e pensando nas consequências.
Liberdade não é realizar todas as vontades. Não é ser desta ou daquela maneira. Liberdade é a sensação íntima de prazer que deriva da coerência entre o que pensamos e a forma como atuamos. Sou livre, se sou capaz de agir de modo coerente com o que penso. Algumas vezes respeito a vontade; outras, as normas morais. Em cada situação eu tomo decisões, válidas apenas para aquele momento. Sei dizer “sim”, sei dizer “não”. Tudo depende da importância do desejo e da permanente preocupação de equilibrar os meus direitos e os direitos das demais pessoas. Aceitar certos limites para as nossas vontades é sinal de maturidade, não de resignação e conformismo. É sinal de força, não de fraqueza.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

CRUELDADE CAMUFLADA

PESSOAS CRUÉIS DISFARÇADA DE PESSOAS BOAS >>> MANTENHA DISTÂNCIA!


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Existem pessoas cruéis disfarçadas de boas pessoas. São seres que machucam, que agridem por intermédio de uma chantagem emocional maquiavélica baseada no medo, na agressão e na culpa. Aparentam ser pessoas altruístas, mas na verdade escondem interesses ocultos e frustrações profundas. 
Muitas vezes ouve-se dizer que “quem machuca o faz porque em algum momento da vida também já foi machucado”. Que quem foi magoado, magoa. No entanto, ainda que por trás destas ideias exista uma base verídica, existe outro aspecto que sempre nos custa admitir: A maldade existe.
Sabemos que não existe o gene da maldade, porém há certos aspectos biológicos e culturais que  podem contribuir. A parte mais complexa deste tema é que muito frequentemente tendemos a buscar rótulos e patologias em comportamentos que simplesmente não entram dentro dos manuais de psicodiagnóstico.
Os atos maliciosos podem ocorrer sem que exista necessariamente uma doença psicológica subjacente. Todos nós, em algum momento da nossa vida, já conhecemos uma pessoa com este tipo de perfil. Seres que nos presenteiam com bajulação e atenção. Pessoas agradáveis, as vezes até com êxito social, mas que em privado delineiam uma sombra obscura. Na profundeza dos seus corações respira a crueldade, a falta de empatia, e até mesmo a agressividade.
No nosso cotidiano, nem sempre nos relacionamos com pessoas tão cruéis. Porém, somos vítimas de outro tipo de interações: as de falsa bondade, a agressividade encoberta, a manipulação, o egoísmo sutil, a ironia mais daninha, etc.
A agressão emocional ou a verbal são feridas menos denunciáveis devido à necessidade de serem provadas, mas são as mais corriqueiras. 
Todos podemos ser vítimas de pessoas com esse perfil. Não importa a idade, o status ou as nossas experiências anteriores. Este tipo de pessoa pode ser encontrado no meio da família, em ambientes de trabalho e em qualquer outro cenário. 
São pessoas de coração obscuro que gostam de seduzir com a mentira. Elas se camuflam por trás de palavras bonitas e atos nobres, mas pouco a pouco a máscara vai caindo.
Daí nos cabe apenas uma opção: a não-tolerância. Não importa que seja a nossa prima, nossa vizinha ou um colega de trabalho. Os perturbadores da calma e do equilíbrio só buscam uma coisa: acabar com a autoestima dos outros para ter a sensação de controle.
Os jogos da dominação e da agressividade encoberta são muito complexos. No entanto, é necessário agir com rapidez para remover armadilhas e reagir a ameaças veladas. No momento em que sentirmos desconforto ou preocupação em relação a certos comportamentos, só existe uma opção: a distância.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

QUEM TEM MEDO DE ENVELHECER?

O VELHO... É O OUTRO... RESPEITAR O VELHO, OU O "OUTRO" É  RESPEITAR A SI MESMO


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Quem tem medo de envelhecer? Para que servem coisas velhas? Essa pergunta, que parece ingênua, é carregada de um horror surgido na época atual, com tanto avanços tecnológicos e científicos, no qual tudo fica ultrapassado e sempre tem algo melhor e mais novo para substituir.
Minha reflexão a respeito do tema fizeram-me perceber que não é apenas um 'manter-se atualizado' que as pessoas buscam, tentamos evitar o horror que sentimos ao saber da brevidade da nossa existência. Será que temos que ter medo da velhice? Fazer a pergunta é reconhecer implicitamente a existência de um temor. Como não ter medo de algo que tem parentesco com a morte? O envelhecer sublinha nossa temporalidade. Então, para prevenir do drama a todo entendedor que procure aí sua salvação, damos a entender que o envelhecimento apenas diz respeito ao velho, e como, de todo modo o velho... é o outro...! Estamos fora das ameaças do tempo. 
O envelhecer significa a aproximação da morte, do fim da existência, aonde tudo termina e não tem mais volta... por isso o velho sempre é o outro. O horror que sentimos pelo envelhecimento é o medo de morrer, de se tornar tão repugnante quanto o outro que fica cego, surdo, 'gagá', etc... 'Que horror se isso acontecer!' Mas todos envelhecem, é inevitável (a não ser quem morre cedo demais... por motivos diversos), então o que fazer? Deixar o tempo passar ficar velho e receber o preconceito dos mais jovens? Não!!!
Não podemos esquecer que os avanços científicos e tecnológicos também ajudaram a prolongar mais a vida; mas não apenas isso, contribuiram também para a qualidade de vida dos mais velhos, retirando-o do confronto frontal com o 'outro absoluto' que é a morte, capaz então de protegê-lo um pouco mais da depressão, da paranóia e da mania. 
Portanto devemos redimensionar a nossa forma de pensar/agir referentes ao envelhecer. Devemos refletir mais sobre nossa concepção de mundo e de homem, tentando evitar o pensamento que a tecnologia impõe de que o novo substitui o velho e que o velho não serve para nada mais. Incentivando cada vez mais os idosos a praticarem atividades voltadas para a terceira idade, a fim de melhorar a qualidade de vida dessa nossa população. Respeitar o velho ou o "outro" é respeitar a si mesmo e significa exercer cidadania.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

SOBRE O MEDO

MENTES ASSUSTADAS



Pessoas que sentem medo costumam ter uma mente povoada por fantasmas de diferentes portes e normalmente se sentem pequenas diante de um mundo exterior ameaçador.
Para as mentes assustadas, um lugar escuro vira um trem-fantasma, uma cara fechada se torna raivosa, um silêncio se torna um desassossego, ou seja, toda vez que a realidade se mostra ambígua ou indefinida, ela preenche os espaços vazios com agressividade.
Esse apego ao passado ou futuro terrível é uma bela trapaça da mente para não se ocupar do único momento em que as coisas podem ser realizadas: agora.
Na hora de se justificar diante da própria consciência ou dos outros, haverá uma razão muito convincente que dirá: "Você sabe, aquilo que atravessei foi muito doloroso e criou um impacto negativo em mim até hoje, por isso sou desse jeito."
Quando uma pessoa tem um repertório de acontecimentos desastrosos aliados a uma personalidade resistente a se abrir, o resultado é uma passividade que se realimenta interminavelmente do script: "Sou fracassado porque fracassei e fracassarei porque sou fracassado."
No presente, essa pessoa que se apoia no passado sempre recuará alegando insuficiência se esquecendo que só no "aqui e agora" é que existe uma chance de construir novas oportunidades. Assumir que a cada minuto ela pode dar um passo na direção da mudança é muito desconfortante para muitos.
Enjaulados numa prisão perpetuada pela rememorização insistente, muitos caminham pela vida ancorados no seu passado como a única fonte de sentido (desastroso), ali onde só a memória pode alcançar dormem entorpecidas da autoria de suas vidas.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

PROTESTOS... QUE NÃO SEJAM EM VÃO

BASTA, DEMOROU!

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Quanto a "greve" da PM, vejo muitos dizendo que a PM não pode fazer greve pois é proibida constitucionalmente. 
Pergunto então a essas pessoas quais instituições no Brasil tem respeitado a constituição??? Todos os dias nossa constituição é rasgada por Renan's Calheiro's, Cunha's, Ministros do STF, Governadores e demais agentes públicos e políticos. 
A PM não é Jesus para ser crucificada a fim de que a população se salve. E há quem procura um Super-Homem, aviso: A PM não é esse super-homem!!!
O que a PM fez, ao meu ver, foi deixar a sociedade nua!!! E ai está, para o nosso desespero. Uma sociedade covarde!!!! Afugentada!!! Oportunista!!! E corrupta!!! 
A verdade é que os protestos já perderam a credibilidade, as autoridades acreditam que com paciência contornarão a situação.
Meu medo é que isso tudo não dê em nada, como de costume, que daqui a algumas horas ou dias voltaremos a normalidade, e a PM vencida, nas ruas, nos cobrirá como aquele ar de segurança de sempre!!! 
E tudo isso será apenas uma lembrança de um Janeiro de 2017.
Vários protestos e manifestações estão acontecendo em todo Pais, faço votos que o pavio do povo brasileiro, tenha realmente chegado ao fim no limite do bem próximo ao explosivo, todos estão cansado de tanta corrupção impunidade e manobras, colocadas em prática pelos nossos governantes, ninguém mais aguenta os altos impostos cobrados e em troca muito pouco se faz, a não ser a farra com o dinheiro público onde poucos são favorecidos e muitos penalizados, com um descaso total da saúde e ensino público, que estão um caos e bem além da crítica.
É uma afronta aos que trabalham honestamente pra ganhar o pão de cada dia ter que assistir a canalhice dos grandes malfeitores, dos grandes larápios, que tiraram o sangue da população. O estopin de tudo isso foi ter certeza que a falta de recursos para tudo é apenas consequência da robalheira, dos mandos e desmandos, da podridão, da enganação que reina nos altos escalões de todos os poderes, que até então teve as bençãos da Justiça. 
Vamos ver se agora basta, demorou!