sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

REFLEXÃO DE FIM DE ANO # O QUE ESPERAR PARA O PRÓXIMO ANO?

PARA O PRÓXIMO ANO: FAÇAMOS!



Nós esperamos tantas coisas para o próximo ano: saúde, felicidade, dinheiro, emprego, amor, conquistas e conquistas. Esperamos fazer tudo diferente no ano novo, esperamos ser diferentes, esperamos mais o novo do que o ano. Nós esperamos e desejamos, e às vezes, só; apenas isso. E esperar ou desejar não é fazer. É impossível se chegar a um lugar sem se mover.
Esperamos para o próximo ano: saúde. Mas como estamos tratando o nosso corpo hoje? O que comemos? O que bebemos? O quanto descansamos? O quanto nós nos exercitamos? A saúde é um ato contínuo que começou ontem e obedece a lei do equilíbrio. Todo o excesso ao corpo é punido; tudo deve ser dosado; pois, não há proibições e permissões para se ter saúde, há discernimento.
Esperamos para o próximo ano: felicidade. A felicidade não vem. A felicidade está. Desejamos que a felicidade nos encontre no futuro, mas sempre falamos dela no passado: “Eu era feliz naquela época”. A felicidade não está no futuro e nem está no passado. E outra coisa , a felicidade não está em outra pessoa. A felicidade está aqui e agora e conosco. Cabe a cada um de nós percebê-la, por isso, temos que ficar atentos para identificar nos pequenos detalhes a sua presença.
Esperamos para o próximo ano: dinheiro. Mas, antes, temos que refletir sobre a importância que damos ao dinheiro. Temos que apurar este câmbio, ou seja, a relação entre dinheiro e valores. Depois de fazermos esta autoavaliação pode ser que cheguemos à conclusão que o dinheiro que queremos vale menos do que a nossa vida.
Esperamos para o próximo ano: emprego. O emprego não é apenas ocupar espaço em um lugar. Emprego é trabalho. Trabalho é mais fácil encontrar do que emprego. Emprego sem trabalho não dignifica e nem nos edifica.
Esperamos para o próximo ano: amor. Não se espera o amor, faz-se o amor. Quando idealizamos o amor, jogamos o nosso sentimento no ponto futuro e forçamos a visão para encontrar, na linha do horizonte, alguém que caiba no que idealizamos perfeitamente. Perdemos tempo demais nesta fantasia vã. Tiremos a fantasia da cabeça, desnudemos a nossa alma e enxergaremos as pessoas de verdade. Assim encontraremos o amor, que deve estar entre o que somos e o que queremos. Afinal, não somos perfeitos, por isso não podemos cobrar perfeição dos outros.
Esperamos para o próximo ano: conquistas e conquistas. Conquistar não é ter, dominar, ganhar ... conquistar é ser. A verdadeira conquista é ser útil a alguém, mas sem pensar em proveito, céu, paraíso, abono, recompensa ou gratidão. Ser útil apenas por achar que é o melhor a se fazer...isso é uma conquista. A conquista do Ser.
Esperamos para o próximo ano sermos diferentes, fazermos coisas diferentes, desejamos sempre o novo. Mas pode ser que o que vai nos fazer mudar não seja nada novo. As coisas antigas são ótimas para nos fazer mudar, coisas velhas e quase ultrapassadas como: amor, amizade, carinho, lealdade, reflexão, perdão e sinceridade.
Esperar e desejar. Esperar nos deixa imóveis. Desejar... o desejo é insaciável. Então para o próximo ano: façamos! Mas façamos agora, pois, o futuro é este Presente que se prolonga.
Para o Ano Novo, um Presente novo!


quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A OBSERVAÇÃO AFIARÁ SUA CONCIÊNCIA

VOCÊ NÃO DEVERIA DEIXAR PASSAR INCONSCIENTEMENTE NEM MESMO UM UNICO MOMENTO 



Estar atento ao que sentimos em situações diversas é mais difícil do que parece, porém, necessário para um crescimento pessoal e espiritual.
Para se tornar calmo e submisso, controlar a fera existente por dentro em momentos de raiva, é preciso se voltar ao centro, isolar o mundo, visualizar a situação de fora, refletir e tomar a decisão mais adequada e racional.
É importante não deixar o orgulho tomar conta nessas horas, ser humilde e grato.
Momentos de explosão surgem, mas o arrependimento deve ser imediato e o perdão também, nos responsabilizar pelos atos cometidos e não guardar nenhum tipo de rancor ou ódio. Dessa forma consegue tranquilizar o pensamento, o coração e ter uma melhor qualidade de vida.
Estar atento ao que pensamos, sentimos e fazemos é essencial para se viver em paz consigo e com os outros.
A pessoa precisa começar observando o corpo, caminhando, sentando, indo pra cama, comendo. A pessoa deveria começar pelo mais sólido, pois isso é mais fácil, e então deveria se mover para experiências mais sutis.
A pessoa deveria começar observando pensamentos, e quando ela ficar especialista em observar pensamentos, então deveria começar a observar sentimentos.
Depois que você sentir que pode observar sentimentos, então deveria começar a observar seus estados de ânimo, ainda mais sutis e vagos que seus sentimentos.
O milagre do observar é o de que enquanto você observa seu corpo, seu observador se torna mais forte. Enquanto você observa os pensamentos, seu observador se torna mais forte ainda. Enquanto você observa os sentimentos, o observador se torna ainda mais forte. Quando você observa seus estados de ânimo, o observador é tão forte que pode permanecer ele mesmo.
Observar a si mesmo é como uma vela numa noite escura que ilumina não apenas tudo à volta, mas também a si mesma.
Observar é um processo eterno, você sempre vai se aprofundando, mas nunca chega ao fim. Quanto mais fundo você for, mais fica consciente de que entrou num processo eterno, sem nenhum começo e nenhum fim.
Mas as pessoas estão observando somente os outros, elas nunca se importam em observar a si mesmas. 
Você pode rir muito facilmente dos atos ridículos das outras pessoas, mas você já riu de você mesmo? Você já se pegou fazendo algo ridículo? Não, você se mantém completamente sem se observar, toda sua observação é a respeito dos outros, e isso não é de nenhuma ajuda.
Use essa coisa da observação para uma transformação do si. Isso pode trazer para você tanta coida boa, tanta bênção que você nem mesmo pode sonhar.
Você não deveria deixar passar inconscientemente nem mesmo um único momento. A observação afiará a sua consciência.


terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O MENINO JESUS E O NATAL

O NATAL DO MENINO É O UNICO QUE CONSEGUE DAR SENTIDO AO NATAL E A TODOS OS OUTROS DIAS



O Natal é um acontecimento óbvio para nós. Acontece todo ano. A gente sabe o que vai fazer, o que vai comprar, o que vai comer.
Tem sempre aquele senhor de barba branca vestido com uma espécie de pijama caprichado, vermelho. Ele é simpático com todos, especialmente com as crianças ansiosas por uma conversa e uma foto.
Tem sempre os shoppings decorados, as árvores, as luzes piscando, as bolinhas. Os cartazes nas vitrines dizendo “compre aqui e entre no espírito do Natal”.
Todo ano tem presépio também, que costumam ser bonitos, bem arrumados e limpos. O Natal dos presépios é uma imagem aconchegante e bem arrumada. Um mundo distante que chegou até nós e ficou, porque, de algum jeito, nós o tornamos familiar e confortável.
Não se admira que o Natal seja insatisfatório de diferentes modos. Como acontece com as pessoas que adoram o Natal porque sentem aquela típica mistura de humanidade e de esperança, o espírito do Natal. O que implica pouca humanidade e esperança no restante do ano.
Não me admira que muita gente não goste do Natal, porque só se ressente com a gastança e não se alegra com os presentes e comidas. Uma tragédia dupla, que é desgostar do Natal e também do restante dos dias do ano.
Essa é a parte óbvia do Natal, a superfície da nossa maneira ocidental de comemorar a data. Mas não incomoda a ausência do menino? Porque, convenhamos, ele não faz parte da paisagem.
Ainda assim, os evangelhos chamam esse menino de rei, o que já complica a narrativa do nosso costumeiro Natal. A manjedoura não é um berço de grife, é apenas um lugar onde se coloca comida para os animais.
A estrebaria, o lugar onde os animais ficavam, não era lugar de bons cheiros, mas de animais suados. Também não era confortável. Nem muito limpo, como se esperaria de uma maternidade. Mas o rei estava lá. Pensando assim, fica difícil imaginar o menino num shopping, por exemplo.
Os evangelhos também falam de anjos que cantam coisas diferentes. Em vez de celebrar um rei recém-nascido em sua futura grandeza, os anjos cantam sobre a paz que chegou sobre os homens de boa vontade. O que nos faz imaginar que, se a paz está sendo cantada porque o menino chegou, ela era escassa naqueles dias. Como é em nossos dias. Se a paz é cantada por um coro de anjos porque chegou a homens de boa vontade, é porque o estoque de homens desta qualidade andava baixo. O menino parece bastante preocupado em preencher lacunas onde a paz não entra, e de recuperar a boa vontade entre seres humanos.
Outra falta de obviedade no Natal é o público deste coro. Não é o palácio, nem a corte dos nobres, como se esperaria no caso de um menino rei recém-nascido. São pastores que cuidam de ovelhas na parte de fora da cidade. O Natal nada óbvio do menino é cantado por criaturas celestes para quem está na periferia, para quem não transita nos espaços limpos e aconchegantes.
Nós podemos ficar com estes dois Natais, o óbvio e o pouco óbvio. Basta a gente não confundir o sentimento gostoso da época, e seus costumes, com o rei recém-nascido num lugar pouco recomendável. Deus resolveu nos redimir de maneira pouco ortodoxa.
O Natal das celebrações e dos presentes é sempre óbvio. Ele já é proclamado e decorado em todos os shoppings a partir da primeira semana de novembro. O Natal do menino a gente precisa sempre trazer à memória, porque ele não é óbvio. Mas ele tem essa qualidade singular: é o único que consegue dar sentido ao Natal e a todos os outros dias.


segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

NUNCA TOME NEGATIVAMENTE QUALQUER DIFICULDADE

POLARIDADES DA VIDA



A vida é possível apenas quando você tem as duas coisas, bom tempo e mau tempo, quando você tem prazer e dor, inverno e verão, dia e noite. 
Quando você tem tristeza e alegria, desconforto e conforto. A vida se move entre essas duas polaridades. 
Movendo-se entre essas duas polaridades, você aprende como ter equilíbrio. Entre essas duas coisas, você pode aprender como fazer  nas diversas situações e ir cada vez mais longe.
As dificuldades sempre existem, são parte da vida. E é bom que existam, ou não haveria crescimento. Dificuldades são desafios. Elas o incitam a trabalhar, a pensar, a descobrir meios de enfrentá-las. 
O próprio esforço é essencial. Assim, sempre tome as dificuldades como bênçãos. Sem dificuldades, estaríamos perdidos. Dificuldades maiores virão, e isso significa que a existência está cuidando de você, está lhe dando mais desafios. E, quanto mais você os soluciona, maiores desafios estarão esperando por você. 
As dificuldades desaparecem somente no último momento, mas esse último momento chega somente devido às dificuldades. Assim, nunca tome negativamente qualquer dificuldade. 
Descubra o algo positivo nela para o seu aprendizado. A mesma rocha que bloqueia o caminho poderá funcionar como um degrau. E se não houvesse essa rocha no caminho, como você se elevaria? E o próprio processo de ir acima dela, tornando-a um degrau, dá-lhe uma nova atitude de ser. 
Quando você pensa criativamente sobre a vida, tudo é útil e tudo tem algo a lhe dar. Nada é sem sentido.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

COMEMORE TODOS OS DIAS. HÁ MOTIVOS!

A VIDA É DIGNA DE COMEMORAÇÃO



Comemore! Porque a vida te presenteia o tempo todo! Comemore cada instante. Eu que só comemorava alguns poucos dias do ano, hoje comemoro o feriado, sol em dias de faxina, frio em dias de descanso, o chuveiro quente e a cama macia.
Um elogio, um obrigado, um por favor e a gratidão de um amigo.
Comemoro também a saúde, a amizade verdadeira, um abraço afetuoso e um gesto de gentileza.
A pizza de sábado, a segunda de preguiça, a sobrevivência de um dia depois do outro.
Comemoro o livro lido e o texto escrito, o mar azul que eu amo.
Comemoro estrada livre, gente rindo.
Como disse antes os dias comemorativos eram escassos, comemorava  em dias como o Natal, Ano Novo, o dia do meu aniversario, dia disso, dia daquilo outro, então eram poucos dias para apenas um ano inteiro.
Agora não, agora eu comemoro as pequenas coisas a mim atribuídas, presentes singelos que chegam a mim todo dia, que recebemos sem nos darmos conta de quanta coisa digna de comemoração nos oferece a vida.
Comemore todos os dias. Há motivos!


quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

MATURIDADE É ISSO...

MATURIDADE É ISSO ... CONSCIÊNCIA, COMPREENSÃO, ACEITAÇÃO E AMOR ...



" A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade e querer com mais doçura"

Lya Luft.



Esse pensamento exposto acima merece uma reflexão por sua beleza e profundidade.
Ser maduro não é ser velho, ou coisa assim. Maturidade é permanecer na escuta. Escuta de quê? Escuta da Fonte, da fonte da qual nascemos. Nascemos dessa Fonte, na Fonte e retornamos à Fonte, mas ao longo da nossa vida muitas vezes nos afastamos ilusoriamente dessa Fonte, e temos a impressão de que estamos perdidos, em uma terra estranha, abandonados. Maturidade é se dar conta de que a Fonte permanece em nós e nós nela, independente da situação, da época, do momento, daquilo que acontece. A Fonte é o Ser, é o que É.
Permanecer na Fonte, é maturidade. É ser vivo a cada momento e isso nos desilude. Desilusão é ir perdendo a ilusão, e é isso que a Fonte cria em nós, as ilusões vão sendo desmascaradas, e o que sobra é o que já estava ali, só que encoberto. Passamos a ver a realidade com olhos mais puros, menos projetivos, e mais simples.
Isso nos faz aceitar a vida e o que acontece, não porque alguém disse um dia que assim que é certo, mas por compreender que a realidade é sempre soberana a qualquer sonho, qualquer ilusão. Isso nos coloca na dimensão da aceitação consciente, amorosa, desprendida. A consequência disso, é claro, menos sofrimento.
Sofremos porque não compreendemos quem somos, não compreendemos a vida, e nos misturamos com nossos sonhos, desejos, pensamentos, memórias... Sofremos por ficarmos atrelados as falas da mente, e damos tanto crédito a ela que mais parecemos escravos dela. Mas não somos. Nunca fomos na verdade. No instante em que compreendemos que a Consciência, o Ser é a Fonte, e permanecemos nessa pura presença, todas as ilusões se desfazem e com elas, todo o sofrimento também.
A dor pode até acontecer, é inevitável, mas o sofrimento é algo que só acontece na mente, e na mente alimentada, na mente valorizada. Sem essa valorização da mente sofredora, nenhum sofrimento persiste.
Entender com mais tranquilidade, é o entendimento do coração, o entendimento que é mais uma compreensão. 
Maturidade é isso... Consciência, Compreensão, Aceitação e Amor...

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

JÁ É...

DIGA SEMPRE "SIM" AO MOMENTO PRESENTE



Nenhuma vida é inteiramente isenta de dor e de desgosto. Não será preferível aprender a viver com eles do que tentar evitá-los?
A maior parte da dor humana é desnecessária. Cria-se a si própria enquanto a mente não for observada, enquanto não se tiver noção de como ela dirige a sua vida.
A dor que você criar agora será sempre uma certa forma de não aceitação, uma certa forma de resistência inconsciente aquilo que é. Ao nível do pensamento, a resistência é uma certa forma de julgamento. Ao nível emocional, é uma certa forma de negatividade.
A intensidade da dor depende do grau de resistência ao momento presente. Quanto mais você honrar e aceitar o Agora, mais livre estará da dor, do sofrimento.
Se quiser deixar de criar dor para si e para os outros, se quiser deixar de acrescentar mais dor ao resíduo da dor passada que continua a viver em si, então deixe de criar mais tempo, ou pelo menos crie apenas o tempo necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida. Como deixar de criar tempo? Compreendendo profundamente que o momento presente é tudo o que você algum dia terá. Faça do Agora o foco principal da sua vida.
Atendendo a que antes você vivia no tempo e fazia curtas visitas ao Agora, estabeleça a sua morada no Agora e faça curtas visitas ao passado e ao futuro quando precisar de lidar com os aspectos práticos da sua situação de vida. Diga sempre "sim" ao momento presente. Que poderia ser mais fútil, mais insensato do que criar resistência interior a algo que já é? Que poderia ser mais insensato do que opor-se à própria vida, que é agora e sempre será agora? Submeta-se aquilo que é. Diga "sim" à vida - e verá como de repente a vida começará a trabalhar para você em vez de contra você.
O momento presente é por vezes inaceitável, desagradável ou terrível. É aquilo que é. Observe como a mente classifica esse momento e como esse processo de classificação, esse permanente ditar de sentenças, cria dor e infelicidade. Ao observar os mecanismos da mente, você sai para fora dos seus padrões de resistência e então poderá permitir que o momento presente seja. Isso vai te dar uma visão do estado interior livre de condições exteriores, do estado de verdadeira paz profunda. Depois veja o que acontece, e tome providências se for necessário ou possível.
Aceite - e depois atue. Seja o que for que o momento presente contenha, aceite-o como se fosse escolha sua. Trabalhe sempre com ele, não contra ele. Faça dele um amigo e um aliado, e não um inimigo. Milagrosamente, isso transformará toda a sua vida.
Não crie mais dor no presente 

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

CAMINHO DE BUSCADOR

AQUELE QUE PROCURA...
 

"Disse Jesus:
Aquele que procura,
continue sempre em busca,
até que tenha encontrado;
e quando tiver encontrado,
sentir-se-á perturbado;
sentindo-se perturbado,
ficará maravilhado,
e reinará sobre Tudo."
Evangelho de Tomé - logion 2

Neste trecho do Evangelho de Tomé, Jesus em sua profunda sabedoria, nos aponta os estágios da verdadeira busca espiritual; nos mostra o processo, de um verdadeiro caminho de buscador.
Aquele que procura...
A procura de Deus, da Verdade, um belo dia nasce em nossos corações. Se torna tão intensa, tão vívida, tão forte, que somos tomados por ela. Nada, nenhum valor supera essa busca. Tudo o que o mundo nos oferece, seja em termos materiais, intelectuais, afetivos, nada, nada mesmo consegue ofuscar a força dessa busca de Deus em nossas vidas.
Veremos depois, que esta busca não parte de nós, mas é a própria Vida, buscando a Si mesma... em nós..
Procurar e manter-se em busca... 
Quando a busca é verdadeira, e não meramente uma vaidade, uma curiosidade, ela se mantem, e se aprofunda, se desdobra...não desiste...
É como o ar que respiramos. Ao mesmo tempo uma necessidade; um sentimento de estar buscando a si mesmo, onde nenhuma resposta é suficiente, nenhuma explicação cabe... a experiência vivida é infinitamente superior a qualquer teoria...precisamos nos manter em busca...
Ao longo da busca, muitas situações nos confundem, e acreditamos que encontramos, ou que estamos perto de encontrar. Mas o próprio tempo, se encarrega de nos mostrar que ainda não encontramos verdadeiramente. Ainda estamos nos jogos mentais, ainda estamos tomando o falso por verdadeiro. E isso pode nos fazer fraquejar ou pode nos fortalecer na busca ainda mais...
Buscar é ir se abrindo, abrindo ao que já é presente, mas que ainda não é reconhecido...
Não é um acúmulo de conhecimentos, experiências, mas é mais um esvaziamento de tudo que teimamos em carregar, teimamos em acreditar...teimamos em nos enganar...
Continue sempre em busca,
até que tenha encontrado...
Abrir-se aquilo que É, nos tira dos jogos da mente, e em um instante nos deparamos com o momento presente, com aquilo que sempre esteve aqui bem diante dos nossos olhos - a Pura Presença... 
Nada a se alcançar, nada a se buscar... 
Tudo já É absolutamente vivo no meio de nós... em nós... e através de nós...
E quando tiver encontrado,
sentir-se-á perturbado...
A experiência do encontro do Ser é tão simples e ao mesmo tempo tão perturbadora, pois põe por terra todos os nossos conceitos, crenças, dogmas, "verdades"... tudo aquilo que nos foi dito, todas as projeções, idealizações... tudo simplesmente cai, deixa de ter importância...
A Verdade é encontrada, quando o falso é visto como falso...
A Verdade simplesmente é reconhecida...sempre esteve absolutamente presente em nós, em tudo e em todos, - nós somos ela, e ela é cada um de nós - mas ao mesmo tempo toda essa maravilha e encantamento nos deixa perturbados, pois então vemos como nos enganamos ...
Como sofremos com nada, como tomamos o falso por verdadeiro, como nos deixamos levar por conceitos, pensamentos, formas... isso é muito perturbador...
Alguns ao se depararem com essa descoberta, são tomados de um profundo amor-gratidão, que transborda por tamanha beleza onipresente...
É pra cair em profundas gargalhadas, ao nos depararmos com a Verdade... aquilo que É, nenhum objetivo, nenhuma meta, nenhum esforço, nenhum sacrifício, nada... já somos ( e sempre fomos!! ) aquilo que procuramos!!
O buscador é o buscado!!!
Ficará maravilhado,
e reinará sobre Tudo...
Este maravilhamento perene é a "prova" de que a busca terminou...
Encontramos aquilo que procurávamos. 
Encontramos a nós mesmos... o Ser... bebemos da Fonte, jamais teremos sede novamente...
Alcançada a Fonte, os desejos se dissolvem, e não somos mais reféns de nenhuma falta.. tudo transborda em abundância e plenitude...
A beleza, bondade, bem-aventurança são nossa própria essência, e a essência de todos os seres...
Acordar para esta maravilha nos liberta de todo sofrimento, e nos abrimos ao amor incondicional, abrimos à confiança plena, onde a compaixão, o amor, a alegria, a comunhão e a paz são absolutamente vivos e presentes em nossas vidas... 
Isso é Reinar sobre Tudo... 
Não somos donos de nada, nada nos pertence, nós é que pertencemos a Vida... 
Somos a Vida, tudo se torna um verdadeiro milagre...
Na realização vemos que tudo é Um, vemos que nenhuma divisão nunca foi real, vemos que tudo é absolutamente complementar, vemos que pertencemos a este mundo,  nada está fora, tudo é aceito, amado e cuidado como é.
Apaziguados coração e mente, eis que se abre a Consciência, cuja morada é a Paz...
Nesta comunhão... em Pura Presença do Ser... Repousamos...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

SOBRE O SENTIMENTO DE POSSE

VOCÊ NÃO PODE POSSUIR NADA


Desde que o mundo é mundo, o sentimento de posse tem custado milhares de vida. Onde quer que entre a posse, fatalmente existirão luta, violência, agressão. Sempre que você possui está lutando, pois aquilo que você possui pertence ao Todo. Você não pode possuir nada; pode apenas usar, desfrutar, isso é tudo.
Como podemos possuir o céu e como podemos possuir a terra? Mas nós possuímos. E essa posse cria posse cria todos os tipos de conflitos, de lutas, de guerras, de violência, e assim por diante.
O homem está sempre lutando, lutando e lutando continuamente. 
Por que tanta luta? É por causa da posse.
Se você possui começa uma guerra com o todo.
Jesus  disse: Se você possui não pode entrar no reino de Deus. Disse: É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus.
É impossível, pois quando você possui está constantemente lutando com Deus. Quando você reivindica alguma posse, de quem você está reivindicando? O todo pertence ao todo.
A parte não pode reivindicar o todo. A parte não pode nem mesmo reivindicar a parte. Toda reivindicação é uma agressão. Portanto aqueles que possuem não podem estar em contato profundo com o Divino.
A não-possessividade não significa que você não deva ter viver em uma casa. Viva em um casa, mas seja agradecido ao todo Divino. Use, mas não a possua.
Se você pode usar as coisas sem ser possessivo você se tornou um verdadeiro buscador.(...)


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

IMORTAIS # O PROBLEMA DA MORTE

SAIA À CATA DE MAIS VIDA. CONHEÇA A VIDA



Tentamos resolver o problema da morte de várias maneiras. Por meio da riqueza, da ciência, da saúde, da proteção, da medicina, da filosofia e da teologia elaboramos diversas estratégias para sermos imortais. Inventamos muitas coisas, mas todas são vãs, sem sentido absurdas. A morte vem e nada a detém. Sempre foi assim e sempre será porque a morte na verdade, não está apenas no futuro, está também no passado.
Quando alguém nasce, a morte nasce com ele. A morte não está apenas no futuro, é uma decorrência daquilo que chamamos de nascimento. O nascimento é o começo da morte, ou poderíamos dizer, a morte é o final do processo de nascimento. Portanto, o aniversário do seu nascimento é também o aniversário da sua morte. O início é o fim, porque todo início implica um fim. Todo início tem seu fim como a semente. Se a morte estivesse unicamente no futuro, poderia ser evitada. Mas não está, ela faz parte de você, está aqui e agora dentro do seu ser - avançando, crescendo.
Consequentemente, a morte não é um ponto fixo em algum lugar. É algo que cresce em seu interior, e cresce sem parar. Quando você a combate, ela cresce. Quando você a alimenta, ela cresce. Quando tenta escapar de suas garras, ela cresce. Assim, o que quer que faça, uma coisa está constantemente em movimento: ou seja, você está morrendo. O que quer que faça - dormir, relaxar, trabalhar, pensar - uma coisa é certa: a morte está tomando corpo constantemente, continuamente. Ela não precisa de sua ajuda, não precisa de sua cooperação. Não liga para suas defesas, continua crescendo. Por quê? Porque nasceu quando você nasceu, faz parte de seu nascimento. A morte não pode ser evitada, pelo meios que o homem, a mente humana, sempre empregou.
Então amigo, não lute contra a morte, antes, procure saber o que é a vida. Não insista em escapar da morte, antes decida entrar na vida - a própria chama da vida deve ser penetrada. Não crie um tipo de vida negativa; não teime em fugir da morte - esse é um ato negativo. Seja positivo e ocupe-se em aprender o que é a vida. De fato, a morte não se opõe à vida. Nos dicionários sim, na existência não. A morte não se opõe à vida; a morte se opões ao nascimento.
A vida é algo mais. Ela antecede o nascimento, não nasce. O nascimento é um fenômeno que acontece na vida. O nascimento não é o início da vida. Se fosse, então você teria nascido morto. O nascimento não é o início da vida, a vida o antecede. A vida está implícita no nascimento, existe antes dele. E como existe, dá-se o nascimento. A vida vem antes, o nascimento vem depois. Você existe mesmo antes de nascer. Você nasceu porque já existia.
O mesmo ocorre com a morte. Se você existia antes de nascer, então existirá depois de morrer, pois o que está presente antes do nascimento necessariamente estará presente depois da morte. A vida é algo que acontece entre o nascimento e a morte - e além do nascimento e da morte.
Devemos imaginar que a vida é um rio. Nele, um ponto é conhecido como nascimento, outro como morte, mas ele não para de fluir. Continua a fluir depois da morte o rio que já fluía antes do nascimento. Entretanto nosso olhar é inteiramente mal orientado. Olhamos para uma maneira de escapar da morte. Por causa dessa falha única, nunca conseguimos conhecer o imortal. Prosseguimos na busca - descobrindo novos métodos, novas técnicas, novos recursos para iludir a morte. Mas a morte vem e jamais deixará de vir.
É preciso conhecer a vida. Jesus disse: "Buscai a vida, a abundância da vida." Não se contentem com aquilo que você chama de vida. Procure mais, descubra mais, aprofunde-se mais - saia à cata de mais vida. No momento buscamos menos morte e não mais vida. Nossa preocupação se volta totalmente para a morte.
Um exemplo. Na escuridão você pode fazer duas coisas: lutar contra ela, na tentativa de destruí-la, ou procurar uma luz, o que é bem diferente. Você poderá combater diretamente a escuridão, mas será derrotado: a escuridão é que vencerá. Não porque seja mais forte que você, mas porque você não tem poderes contra ela. Não, não: a escuridão não é poderosa e você não é impotente! Ocorre que a escuridão não passa de ausência e ninguém consegue lutar contra uma ausência.
A escuridão é negativa. Você não pode lutar contra ela e, se lutar, será derrotado - não porque ela seja forte, mas porque não existe. Como lutar contra algo inexistente? A escuridão não é nada; é apenas a ausência de luz. Se você decidir lutar contra ela, ficará lutando por milhares de anos, sem vencer nunca. Quanto mais for derrotado, mais procurará novos métodos de vencer. E quanto mais for derrotado, mais vai se sentir impotente e achar que a escuridão é muio poderosa. Pensará então que precisa descobrir algo mais poderoso que ela. Essa lógica é inteiramente falaciosa, um círculo vicioso; continue a aplicá-la e você jamais escapará desse círculo.(...)
O caso da morte é o mesmo. A morte não é uma entidade positiva, é apenas a ausência de vida. Quando a vida se ausenta, a morte ocorre. A morte é alguma coisa que se vai, não alguma coisa que vem até você - só a vida vai para algum outro lugar. O rio da vida começa a fluir para uma determinada ponte e a morte ocorre - ela é apenas uma ausência.
Não há luz, as trevas ocorrem. A luz vem, as trevas não estão mais ali. Portanto, encontre luz, encontre a vida. Não lute contra a morte, não combata as trevas. Não seja negativo, seja positivo. E por positivo, entendo procurar sempre o que está presente. Jamais saia em busca do que está ausente - você jamais encontrará.
A morte acontece todos os dias, mas ninguém a encontrou, ninguém a conhece. Nem pode conhecer - como poderia?
Você é a vida - como conheceria a morte? A escuridão está aí, mas o sol nunca a conheceu - como poderia o sol conhecer? Quando o sol aparece, não há mais escuridão; portanto os dois nunca se encontram, não podem se encontrar isso é impossível. (...)
Você não pode encontrar sua própria ausência. Como poderia? A morte é a sua ausência. Quando você está ausente, a morte ocorre.
Permita-me dizer uma coisa: a morte é um fenômeno social, não individual. Nenhum indivíduo morre; o rio  continua a correr para algum lugar. Mas quando, partindo de uma multidão, o rio individual flui para outro lugar, aos olhos da multidão alguém morreu; aos olhos da multidão alguém se ausentou. Se meu amigo morreu, morreu para mim, não para ele mesmo. A morte é um fenômeno que ocorreu para mim, não para meu amigo. Como seria possível que ocorresse para ele?
Ninguém jamais morreu, mas nós sabemos que todos morrem. E todos morrem porque alguém de repente desaparece; Estamos aqui, se eu de repente desaparecer, então morri - não para mim, mas para você. Para você eu desapareci. Mas como desaparecer para mim mesmo? Isso seria impossível. Entendem?
Não lute contra a morte, lutar contra a morte é lutar contra a ausência. Em vez disso, procure a presença que está em você.
Quem está presente em você? Descubra. O que está presente em você que você chama de vida? O quê? De onde veio para penetrar no seu ser? Qual é o centro, a fonte disso? Mergulhe em seu íntimo e descubra a fonte. Depois que você conhecer essa fonte, não haverá mais morte para você, não haverá mais medo, não haverá mais nenhum problema. Depois que conhecemos a vida, nos tornamos imortais.


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

CEGUEIRA EMOCIONAL

A INFELICIDADE É UMA DOENÇA-MENTAL EMOCIONAL


Uma pessoa dominada pelo ego, não reconhece o sofrimento como sofrimento - ela o considera a única resposta adequada em qualquer tipo de situação.
O ego, na sua cegueira, é incapaz de ver a dor que inflige a si mesmo e aos outros.
A infelicidade é uma doença 'mental-emocional' que atingiu proporções epidêmicas. É o equivalente subjetivo da poluição ambiental do planeta.
Estados como raiva, ansiedade, rancor, ressentimento, descontentamento, inveja e ciúme, entre outros, não costumam ser vistos como o que são, e sim como condições totalmente justificadas.
Além disso, há uma compreensão errônea de que eles não são criados pela própria pessoa, mas por alguém ou por um fator externo.
'Eu considero isso ou àquilo responsável pela minha dor.' Isso é o que o ego deixa subentendido.
O ego não consegue distinguir entre uma situação e a sua interpretação a respeito dela, sua reação a ela.
Podemos dizer 'Que dia horrível!', sem atentarmos para o fato de que o frio, o vento e a chuva ou qualquer elemento ao qual estejamos reagindo não são horríveis. Eles são como são.
O que é horrível é a nossa reação, a resistência subjetiva a eles e a emoção que é criada por essa resistência. (...)
Mais do que isso, o ego sempre interpreta mal o sofrimento porque, até determinado ponto, ele se fortalece por meio desse estado negativo.


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

BOM JARDINEIRO

DENTRO DE CADA UM DE NÓS EXISTE UM JARDIM QUE PRECISAMOS CUIDAR



Quando não sabemos lidar com o nosso sofrimento, deixamos que ele se derrame sobre as pessoas que estão em volta. Quando você sofre, faz com que as pessoas ao seu redor também sofram. Isso é bastante natural. É por esse motivo que temos que aprender a lidar com o nosso sofrimento, para não o espalharmos em torno de nós. Quando você é o chefe da família, por exemplo, você sabe que o bem-estar dos seus familiares é extremamente importante. Como você tem compaixão, não permite que seu sofrimento afete os que estão à sua volta. Você pratica e aprende a lidar com seu sofrimento porque sabe que nem ele nem sua felicidade são uma questão individual.
Quando você está com raiva e não quer lidar com ela, fica sem defesa, sofre, e também faz as pessoas à sua volta sofrerem. Sua primeira reação é achar que a pessoa que causou a raiva merece ser punida. Tem vontade de castigá-la porque ela fez você sofrer. Mas, depois de praticar um olhar consciente, você compreende que ela precisa de ajuda e não de punição. Esta é uma percepção justa. Essa pessoa pode ser alguém muito próximo a você sua esposa, seu marido, algum dos filhos. Se você não ajudá-la, quem o fará?
Depois então de acolher e abraçar a raiva, sentindo-se muito melhor, você nota que a outra pessoa continua a sofrer. Esta percepção gera em você um movimento em direção a ela, num grande desejo de ajudá-la. Trata-se de uma forma completamente diferente de pensar e de sentir, pois o desejo de punir simplesmente desapareceu. A raiva se transformou em compaixão.
A prática da plena consciência nos torna mais atentos e perspicazes. Esta capacidade de discernimento é fruto da prática que pode nos ajudar a perdoar e a amar. Livrar você da raiva, enchendo seu ser de amor.
Quando você entende o sofrimento da outra pessoa, você é capaz de transformar seu desejo de punir, passando apenas a querer ajudá-la. Você é um bom jardineiro.
Dentro de cada um de nós existe um jardim, e cada um precisa voltar para dentro de si mesmo e cuidar dele. Talvez no passado você tenha se dado conta disso. Agora, então, precisa saber o que está acontecendo no seu jardim e procurar colocar tudo em ordem. Restaure a beleza e restabeleça a harmonia do seu jardim. Muitas pessoas se encantarão com seu jardim se ele for bem cuidado.
Quando éramos crianças, aprendemos a respirar, a andar, sentar, comer e falar. Fizemos tudo isso instintivamente sem pensar. O que eu proponho agora é que tomemos consciência dos nossos atos para renascermos espiritualmente, para honrar nosso compromisso original. Dizer a nossa verdade, com respeito e suavidade, e acolher a do outro. A lealdade provocará respeito e confiança na outra pessoa. E Isso significa que, quando cuidamos bem de nós mesmos, estamos cuidando bem da pessoa que amamos. O amor por nós mesmos é a base da nossa capacidade de amar o outro. Se não cuidamos bem de nós mesmos, se não estamos felizes e tranquilos, não podemos fazer a felicidade de mais ninguém. Não podemos ajudar nossos seres queridos, não podemos amá-los. Nossa capacidade de amar uma outra pessoa depende totalmente da nossa capacidade de amar e cuidar bem de nós mesmos.
Nossos ferimentos podem ter sido causados pelo nosso pai ou nossa mãe. Eles repassaram o que sofreram quando crianças. Como não sabiam a forma de curar as feridas da infância, eles as transmitiram para nós. Se não soubermos como transformar e curar nossos próprios ferimentos, vamos transmiti-los para nossos filhos e netos. É por isso que temos que voltar à criança ferida que existe dentro de nós para ajudá-la a ficar curada.
Às vezes, essa criança precisa de toda a nossa atenção. Ela pode emergir das profundezas da nossa consciência pedindo atenção. Se você estiver consciente, ouvirá a voz dela pedindo ajuda. Quando isso acontece, é hora de desligar-se de tudo em torno e voltar-se para dentro, acolhendo e abraçando carinhosamente a criança ferida dentro de você. Você  pode escrever uma carta para ela dizendo que reconhece sua presença e fará tudo que estiver ao seu alcance para curar seus ferimentos.


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

HISTÓRIAS SOBRE "MIM"... QUAIS HISTÓRIAS VOCÊ ESTÁ CONTANDO SOBRE QUEM VOCÊ PENSA QUE É?

A VERDADE SOBRE QUEM VOCÊ É, NÃO É UMA HISTÓRIA


"Você se conta histórias?
São histórias sobre o que você tem ou não tem, sobre o que você precisa ou não precisa?
São histórias sobre a sua liberdade, seu aprisionamento, suas carências, sua generosidade, suas mágoas, suas alegrias?
São histórias sobre quem você é, sobre o que é alguma outra pessoa?
São histórias sobre o que precisa mudar, sobre o que precisa permanecer como é, ou sobre o que está certo ou errado?
Será que você está disposto a parar de contar sua história pessoal?
Está disposto a contar a verdade sobre se você está mesmo disposto ou não?
Seja lá o que for que você se conte, por mais horrível ou grandioso, não passa de uma história.
Como história, como uma destilação da experiência, poderá ser a verdade relativa, mas não é a verdade final.
Histórias aparecem, mudam e desaparecem.
Quer a sua história trate de quanto você é bom ou mau, mesmo assim ela aparece e desaparece.
A verdade final nada tem a ver com emoções, bioquímica ou mudanças de circunstâncias. Ela é imutável e incondicional.
Você pode parar de contar a sua história em menos de um instante.
Pare de contar a sua história agora mesmo!
Não depois, quando a história melhorar ou piorar, mas agorinha mesmo.
Quando você pára de contar a sua história agora mesmo, você pára de adiar a constatação da verdade que está além da história.
Todo esforço, toda dificuldade e todo sofrimento contínuo estão em resistência ao "parar".
Essa resistência nutre-se da esperança de que a história vá lhe dar o que você tanto almeja, a esperança de que, se você puder consertar a história e fazer as mudanças necessárias, você obterá o que quer.
Quando você parar de contar a história sobre mim, sobre ele, ela, eles, sobre nós, poderá conhecer em menos de um segundo as verdadeiras profundezas do que significa ser o que você é.
Então, qualquer história que apareça ou desapareça não atingirá quem você é.
Quando você sonha à noite, o seu sonho tem um início, um meio e um fim. Parece real naquele momento, mas, quando se acorda, você sabe que era evidentemente um sonho.
Da mesma forma, você pode acordar do sonho da sua vida.
Pode acordar antes de terminar a história sobre você, já que todas as histórias por fim terminam.
Acordar dentro da história é o que se chama de “sonho lúcido” ou “sonho vívido”.
A energia e a emoção geradas pela história dão origem a infinitas variações de frustração, deleite, dor ou prazer, todas a orbitar em torno desta prática da história sobre “mim”.
Contar a sua história pessoal é a religião primária da maioria das pessoas no planeta.
A história pessoal localiza-se num corpo, numa tribo, numa nação, numa religião, em “nós”.
É por isso que o planeta está em guerra constante e você está em guerra constante consigo mesmo.
Se puder reconhecer qual é a sua história, então a história será consciente e não mais inconsciente.
Você poderá ver qual é a história, e poderá decidir parar de segui-la como se ela fosse realidade.
A possibilidade é reconhecermos que todas as nossas histórias, por mais complexas e estratificadas que sejam, por mais profundamente implantadas em nossa estrutura genética, são apenas histórias.
A verdade sobre quem você é não é uma história.
A vastidão e a proximidade desta verdade precede a todas as histórias.
Quando você ignora a verdade sobre quem você é por fidelidade a alguma história, você perde uma oportunidade preciosa de auto-reconhecimento.
Como um meio de expor a sua própria história particular, você pode se perguntar honesta e diretamente: Qual é a minha história?
Expor a história não tem o propósito de livrar-se dela ou segui-la.
O propósito é ver quais histórias você está contando sobre quem você pensa que é ou quem você acha que deveria ser.
Quaisquer que sejam as suas respostas, será que você consegue considerar a possibilidade de que tudo é apenas uma história?
Não está certa, não está errada, não é real.
Experimente a possibilidade da irrealidade dela.
Deixe a sua consciência cair de volta naquele espaço onde não há história, onde não há pensamento.
Se surgir um pensamento, veja que ele está simplesmente passando.
Não é certo nem errado.
É apenas um pensamento, que nada tem a ver com a verdade essencial sobre quem você é.


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ALEGRIA ESPIRITUAL

MERGULHE EM SEU INTERIOR


Observem nesse momento os desejos que passam pela sua mente...
O desejo por prazeres materiais tem um papel essencial na busca espiritual, porque seu fracasso, seu profundo fracasso, é o primeiro passo em direção à busca da alegria espiritual.
Se não pudermos encontrar felicidade no material, só então começaremos a procurar por ela em paz.
Se não pudermos encontrar por fora, só então começaremos a procurar por ela dentro.
Se a felicidade não puder ser obtida através de coisas materiais, só então pode ser que comecemos a procurar por ela no espiritual.
Mas essa segunda busca só começa quando a primeira falha.
Na verdade, a menos que a jornada que leva ao inferno se mostre completamente fútil, nenhuma jornada em direção ao céu pode começar.
Até que se torne completamente claro que a estrada na qual uma pessoa está seguindo leva ao inferno, não fica claro qual é o caminho para o céu.
As alegrias materiais funcionam como sinais de alerta falho no caminho da felicidade espiritual.
Cada vez mais procuramos a felicidade por meio de prazeres, e cada vez mais falhamos.
Cada vez mais desejamos algo, e sempre fracassamos ao obter porque mesmo quando consiguimos continuamos, de alguma forma, nessa busca externa porque nunca é suficiente.
Cada vez mais nós aspiramos e cada vez mais falhamos.
Nossas histórias podem ser diferentes, nossas montanhas podem ser diferentes, nossas pedras podem ser diferentes, mas fazemos sempre as mesmas coisas.
A mente humana é muito estranha... Ela sempre se consola.
“Parece que alguma coisa estranha deu errado desta vez, da próxima vez tudo dará certo”. É como jogar fichas, jogamos mais fichas naquela aposta, novas fichas e mais e mais sem nunca parar.
E assim continuamos a desejar e buscar essa tal felicidade do lado de fora...
Apenas quando a procura pela felicidade material levar uma pessoa a passar por muitas frustrações, quando ela cansa, é que a busca espiritual começa.
Só então é que se percebe que quanto mais procuramos pela felicidade no mundo exterior, mais difícil se torna alcançar. Mergulhe em seu interior...


sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

PORQUE TANTA GENTE SE SENTE TRISTE NO NATAL?

MÊS DE DEZEMBRO, É CHEGADA A ÉPOCA MAIS FELIZ DO ANO MAS A TRISTEZA PESA EM MUITOS



Por que tanta gente sente tristeza em relação ao Natal, quando toda a mensagem é alegrar-se e ser feliz?
A mensagem de Cristo é alegrar-se e ser feliz. Mas essa não é a mensagem do cristianismo. A mensagem do cristianismo é: seja triste, com cara de poucos amigos, olhar de coitado; quanto mais coitado você parecer, mais  consolo virá e também mais santo vai parecer.
Às vezes eu realmente fico sensibilizado pelo pobre Jesus. Ele caiu na companhia errada, e eu me pergunto como ele está lidando no paraíso com todos esses santos cristãos, tão tristes, tão aborrecidos.
Ele não era um homem aborrecido, ele não era um homem triste — ele não podia ser. Ele era iluminado. Ele era alegre nas pequenas coisas da vida. Ele se alegrava ao comer, ao beber, ao fazer amigos. Ele amava o companheirismo, ele amava toda a vida.
Mas os cristãos ao longo dos séculos pintaram Jesus sendo muito triste. Eles o pintaram sempre na cruz, como se por 33 anos ele sempre estivesse na cruz. E no meu entender um homem como Jesus não morre triste, mesmo na cruz. 
Embora a mensagem do Natal seja alegrar-se e ser feliz, ainda existe uma tristeza porque, apesar de já ter melhorado, muito da cultura cristã ensina você a ficar triste... Muito , mas muito  triste!


quinta-feira, 30 de novembro de 2017

SOBRE A 'CONSCIÊNCIA'

CONSCIENTE DE MUITAS COISAS, MAS ESQUECIDO DE SI MESMO! CONSCIÊNCIA É PRESENÇA CONSTANTE


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É preciso entender o que significa ‘consciência’.
Você está andando na rua. Está consciente de muitas coisas – das lojas, das pessoas, do tráfego, de tudo. Está ciente de muitas coisas, menos de uma – de você mesmo! Você está passeando, consciente de muitas coisas, mas esquecido de si mesmo! 
Não importa o que esteja fazendo, nunca deixe de fazer outra coisa interiormente: ficar consciente do que está fazendo. Você está comendo, está caminhando, está falando ou ouvindo, fique consciente de si mesmo. Quando estiver com raiva, fique consciente de que está com raiva. Essa lembrança constante de si mesmo cria uma energia  dentro de você!
Na maior parte do tempo, você é apenas um saco vazio, uma combinação ao acaso de muitas coisas. Uma multidão, em constante mudança, mas sem ninguém que a comande. A consciência é o que faz de você o comandante do navio, não quero dizer que possua o comando, mas que seja a presença, uma presença contínua. Sempre que estiver fazendo alguma coisa, ou não estiver fazendo nada, de uma coisa tem que estar consciente: que você é!
O simples sentimento de si mesmo ( de ser ), e de que este si mesmo é (real), cria um centro – um centro de calma, um centro de comando interior. Trata-se de um poder interior. (...)
Se começar a ficar consciente, você começará a sentir uma energia nova em você. E, devido a esse poder, a essa energia, aquilo que dominava você se dissipa. Não tem mais que lutar contra nada!
Você tem que lutar contra a raiva, contra a ganância, porque você é fraco. Portanto, na verdade, a ganância, a raiva, não são o problema, a fraqueza é o problema. Quando começar a ficar forte interiormente, com um sentimento de presença interior – de que você é – nasce um ‘eu’. Mesmo sem ter um ‘eu’ – você continua acreditando que você é um ‘eu’, que na verdade é o ego. O ego é uma noção falsa de algo que ainda não existe. ‘Eu’ significa que existe um centro, mas esse centro só é criado por quem está continuamente alerta, consciente. (...) 
Às vezes, nos sentimos centrados, quando somos obrigados a ficar conscientes. Se surgir uma situação de grande perigo, começamos a sentir um centro lá dentro, pois temos consciência de que há perigo. Se alguém o ameaça, não dá para ficar inconsciente, não dá para correr ao passado ou ao futuro, esse momento é tudo que há. Nesse instante, você não somente fica consciente da ameaça, como também de si mesmo. Nesse momento sutil, você começa a perceber que há um centro em você. É por isso que os jogos perigosos atraem as pessoas. Você está dirigindo um carro e começa a aumentar cada vez mais a velocidade, a coisa começa a ficar perigosa. Você não pode pensar, não pode imaginar, o presente se torna sólido.
Nesse instante de perigo, quando a qualquer momento algo pode acontecer, fica-se repentinamente consciente de um centro dentro de si mesmo. O perigo fascina simplesmente porque, quando há perigo, você pode ficar centrado. (...) Quando a morte está próxima, a vida fica intensa e você fica centrado. Mas, se for apenas circunstancial esse centro desaparece logo que a situação terminar.
Por isso tem que ser mais interior, não fruto do momento. Tente ficar consciente diante das coisas mais comuns. Quando estiver sentado, por exemplo, tenha consciência do ato de sentar-se. Não só da cadeira, não só do ambiente em que está, da atmosfera que o cerca; mas do fato de estar sentado. 
Quanto mais inconsciente estiver, mais distante de si mesmo. Quanto mais consciente, mais perto de si mesmo. Se a consciência for total, você estará no centro. 


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

CRESCENDO EM AMOR

O AMOR É; ENTÃO, O AMOR FLUI.

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Eu não chamo um homem de religioso apenas por acreditar em Deus. Eu chamo de religioso o homem que está crescendo em seu amor, em sua confiança – e vai espalhando isso vida afora.
O homem se torna maduro no momento em que começa a amar, em vez de precisar: ele começa a transbordar, a compartilhar; ele começa a dar. A ênfase é totalmente diferente. Com o primeiro, a ênfase está em como conseguir mais. Com o segundo, a ênfase está em como dar, como dar mais, e como dar em continuidade. Isso é o crescimento, é a maturidade chegando até você. 
Como pode uma necessidade ser amor? Amor é um luxo. É abundância. É ter tanta vida que você não sabe o que fazer com ela; então você compartilha. É ter tantas canções em seu coração, que você tem que cantar bem alto – se alguém ouve ou não, não é relevante. Se ninguém ouvir, você também terá que cantar, você terá que expressar tudo isso. 
O outro pode receber, o outro pode deixar escapar – mas no que diz respeito a você, o amor está fluindo, está transbordando. Os rios não correm por sua causa, eles estão fluindo esteja você lá ou não. Eles não fluem pela sua sede,  eles estão simplesmente fluindo. Você pode matar sua sede, você pode não aproveitar – depende de você.
Uma pessoa madura pode estar sozinha. E quando uma pessoa madura dá amor, ela se sente grata por você ter aceito seu amor, e não vice-versa. Ela não espera que você seja grato por isso – não, de jeito nenhum, ela não precisa nem mesmo do seu agradecimento. Ela só agradece por você ter aceito o seu amor. 
Duas pessoas maduras no amor, ajudam uma a outra a se tornarem mais livres. Não há nenhuma política envolvida, nenhuma diplomacia, nenhum esforço para dominar. Como você pode dominar pessoas que você ama? 
Quando passar a conhecer quem você é, então um amor surge em você. Então isso se espalha e você pode partilhar com os outros. Como você pode dar uma coisa que você não tem? Para dar, o primeiro requisito básico é que você tenha. 
Quando isso acontecer você esquecerá todos os seus relacionamentos de dependência e você começará a trabalhar em si própria: clareando, limpando se tornando  mais alerta, consciente; você começara a trabalhar dessa maneira. E quanto mais você se sentir assim  mais você descobrirá que o amor está crescendo junto – é uma conseqüência. 
Ele não precisa ser reconhecido: ele não precisa nenhum reconhecimento, não precisa de nenhum certificado, não precisa de ninguém para experimentar. O reconhecimento do outro é acidental, não essencial, para o amor; o amor continuará fluindo, porque no próprio fluir você se sente tremendamente alegre. 
Você está sentado num quarto vazio e sua energia enche o quarto vazio com seu amor; ninguém está lá – as paredes não dirão “obrigado”. Mas isso não importa, absolutamente. Sua energia está sendo liberada, como acontece com as crianças pequenas que corre, roda e pula sem quê, nem pra quê ...  
O amor é; então, o amor flui.


terça-feira, 28 de novembro de 2017

USE A MENTE, MAS NÃO SE TORNE A MENTE

USE A MENTE COMO VOCÊ USA OUTRAS MÁQUINAS


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Use a mente, mas não se torne a mente; use como você usa outras máquinas. A mente é uma bela máquina e, se você puder usá-la, ela o servirá; se você não puder usá-la, ela começará a usar você e se tornará destrutiva, perigosa e fatalmente o levará a algum problema, a alguma calamidade, a algum sofrimento e infelicidade, porque uma máquina é algo cego, não tem olhos, não tem discernimento.
A mente não pode perceber, mas apenas insistir em repetir o que foi programada nela. Ela é como um computador; primeiro você precisa programar. Sua pretensa educação é isto: uma contínua programação da mente. Ela se torna um grande armazém de memórias; assim, sempre que você precisa se lembrar de algo, ela pode lhe fornecer a informação. Mas você deveria permanecer como o mestre, a fim de poder usá-la; caso contrário, ela começa a direcionar você.
Não seja direcionado pelo seu carro; seja como o motorista. Você precisa decidir a direção, decidir o objetivo, decidir qual será a velocidade, quando começar a andar e quando parar. Quando você perde o controle o carro assume o comando e começa a ir por si mesmo, você se arruína.
(...) Devemos ser capazes de usar a mente tanto objetiva quanto subjetivamente. Ser capaz de se mover dentro de si tão facilmente quanto capaz de se mover fora de si; podendo levar o carro para frente ou para trás (...) assim dá pra ser mais flexível, tornando a vida mais rica.
Melhor permanecer sempre como um observador na colina — uma testemunha do corpo e da mente, uma testemunha do exterior e do interior, de tal modo que possa transcender ambos, o exterior e o interior, e possa saber 
que você não é nenhum deles — você está além de ambos.