terça-feira, 31 de maio de 2016

EFEITO MANADA > MARIA VAI COM AS OUTRAS # COMPORTAMENTO IRRACIONAL

“É MELHOR  ERRAR COM MUITOS DO QUE ACERTAR SOZINHO” - Provérbio Português



É incrível o fenômeno "Maria vai com as outras" que assola a população toda vez que algum fato repercuti na mídia. Parece que ninguém para pra refletir por conta própria, as pessoas simplesmente são tomadas por uma espécie de loucura coletiva e todos começam a repetir a mesma coisa tudo igual, ninguém faz uma ressalva, muda um ponto aqui, faz uma observação ali. Isso é o que eu chamo de "efeito manada". Com as mídias sociais bombando, esse efeito se potencializou ainda mais.
O caso é que, é mais fácil dizer o que todo mundo diz. Afinal é melhor errar junto do que correr o risco de passar a vergonha de errar sozinho, não é mesmo?
Parece que há pessoas que não têm o hábito de pensar sozinhas, não sabem o que pensar e seguem as outras, ou mesmo que discordem intimamente do que os outros estão falando, fingem concordar. Como pensam estarem sós, têm medo de serem criticadas ou de que seus pensamentos não tenham força ou peso.
É muito curiosa situações em que indivíduos reagem todos da mesma maneira. Acredito que as pessoas seguem na manada por dois motivos: Para fazer parte de um grupo (necessidade de ser aceito) ou por que elas acreditam que os outros devem ter visto algo que elas não notaram (rola uma insegurança).
É como se o cérebro estivesse em modo automático e agisse como todos do grupo, sem ter pensamento crítico. 
Que possamos analisar com cuidado nosso posicionamento e relevância, isto pode ser uma ferramenta valiosa na tentativa de evitarmos o contágio por alguns efeitos nocivos do comportamento irracional de grupo do tipo "efeito manada" e ou "Maria vai com as outras".

segunda-feira, 30 de maio de 2016

CULTURA DO ESTUPRO ?

ESTUPRO 33


Resultado de imagem para culturado estupro DESENHO
A menina diz que não sabia direito o que havia acontecido, que quando acordou tinham 33 caras em cima dela. Ela disse: _ 'Quando acordei tinha 33 caras em cima de mim'
Na entrevista que deu ao fantástico parecia narrar um episódio que tinha ouvido falar que se passou com alguém, parecia ter uma ideia vaga dos fatos que aconteceram a ela mesma. De fato, se nem viu, não podia mesmo ter muita noção do que havia se passado. Sentiu depois.
Bem, devo dizer que considero o estupro uma das formas mais abomináveis de agressão. E que acho inadmissível que sejam cometidas em qualquer instância barbaridades dessa espécie.
O assunto é complexo e o ser humano é complexo. Algumas pessoas apanham, outras já vem de um lar destruído, outras foram violentadas e ficaram perturbadas. Há as com tendências criminosas, há as que tem humor ameno outras são cleptomaníacas, outras gostam de apanhar, outras de bater, outras gostam de fingir, enfim, são N pessoas para N situações.
Assim é o mundo, com N mulheres diferente e N homens na mesma toada. E assim caminha a humanidade e suas atrocidades.
Sabemos que nada justifica o ato de violência praticado pelos caras, já a menina assumia comportamento de risco,  ou seja, seria melhor se ela não estivesse tão exposta, mesmo não estando "errada". 
O slogam usado nas manifestações causadas pela repercussão do caso é: precisamos falar da "cultura do estupro" (que considera a vítima responsável pela violência (sexual) que sofreu). Li também matérias dizendo que  há no país a tal "cultura do estupro". Não é bem assim que eu entendo. 
Penso que a maioria da sociedade entende, sim, que a culpa NÃO É DA VÍTIMA. Não pelo ato em si. A vítima pode ser considerada responsável por ter tomado atitudes que FACILITARAM a ocorrência do ato. Isso sim. Segue "desenho" ...
... Fazendo um paralelo: Eu e você estacionamos os nossos carros. Só que você tem no seu carro tranca, alarme e ainda estaciona em um local seguro. Eu não tenho tranca e nem alarme no meu carro e o estaciono em um local ermo. Que carro tem mais chances de ser roubado? O meu. Isso dá o direito ao ladrão de roubar o meu carro? De jeito nenhum. Mas se o seu carro for roubado você ao menos vai poder dizer: mas eu fiz tudo certinho, pus tranca, alarme, estacionei em lugar seguro e ainda me roubaram!!! No meu caso não!!! Poderei reclamar do roubo e registrar um B.O. tanto quanto você mas ao me perguntarem se o carro tinha alarme, tinha tranca e onde estava estacionado é possível que o policial me diga que eu estava pedindo para ser roubado né!!! Está certo? Não, não está. Mas você está minimizando riscos e eu não, se a sua chance de ser roubada é uma em cem, a minha é digamos uma em dez entendeu? É só isso. A culpa do estupro NUNCA É DA VÍTIMA!!! ELA É VÍTIMA, ASSIM COMO A VÍTIMA DO FURTO DE VEÍCULOS!!! MULHER NENHUMA PEDE PARA SER ESTUPRADA!!! APENAS ASSUME ALGUNS COMPORTAMENTOS DE RISCO EM ALGUNS CASOS. ISSO NÃO GARANTE QUE SERÁ ESTUPRADA APENAS SE,  TÃO SOMENTE AUMENTA A CHANCE. Sou solidária a qualquer pessoa que tenha sido vítima de violência, de qualquer tipo, desde um simples furto até um assassinato. Agora apenas acho ingenuidade querer agir de qualquer forma e não estar preparado(a) para uma possível violência. Se eu andar a noite com um relógio de ouro no pulso em certos locais é correr um risco muito grande!!! Aliás andar a noite em certos locais é correr um risco desnecessário. Porém NADA JUSTIFICA UM ATO DE VIOLÊNCIA!!! E DIZER TOMEM CUIDADO COM CERTAS ATITUDES NÃO É O MESMO QUE DIZER FOI ESTUPRADA PORQUE QUIS!!! De forma alguma!!!
Isso não tem nada a ver com culpar a vítima, é apenas um alerta por constatar a cruel realidade em que vivemos.  


quarta-feira, 25 de maio de 2016

SOBRE RELACIONAMENTOS BASEADOS EM JOGOS DE PODER E SUBMISSÃO

É BOM SE COLOCAR EM PRIMEIRO LUGAR (E DEPOIS NUNCA MAIS SE TIRAR DE LÁ!)



Parece haver uma dimensão do relacionamento amoroso um pouco ignorada: ele parece servir de latrina para algumas pessoas.
A palavra pode ser pesada, mas na prática é como se as relações humanas e íntimas também tivessem uma função de descarga, as pessoas costumam vomitar seus mal estares na outra, que ela diz que ama. 
É como se o bem-estar não fosse possível para algumas pessoas sem que elas consigam causar confusão como manifestação de amor.
O amor é mais estranho do que gostamos de pintar. Ele é carregado de todos os traços humanos bons e maus. Chamar o amor de "puro em si mesmo" é uma ingenuidade que acredita que os sentimentos humanos são descontaminados da personalidade de seus portadores.
Uma pessoa instável ama de um jeito instável e uma pessoa agressiva ama de um jeito hostil.
O problema não se trata de amar ou não amar, mas de quem ama.
As pequenas alfinetadas que uma pessoa dá na outra, com o tempo se tornam uma mensagem subliminar de dominação. "Eu provoco, pois tenho o poder sobre essa relação".
A pessoa atingida é lembrada a todo o momento quem está "no controle".
Por um tempo isso funciona, afinal, parece haver certa proteção implicada no relacionamento, mas o tempo acaba revelando a insatisfação acompanhada de anulação do outro, que pouco a pouco vai tendo a personalidade dominada.
A briga, que no começo parecia ser demonstração de intensidade, acaba diminuindo a admiração e se tornando inevitavelmente um anestesiador da relação. Ambos podem seguir anos como zumbis, sustentando uma relação que parece viva na superfície, mas que já morreu há muito tempo.
Quando você diz que não quer estragar as coisas, talvez seja numa análise racional, pois no campo emocional é exatamente o que pode desejar.
É como se você desse pequenas marteladas num objeto que aprecia até ele quebrar e depois se queixar que tudo quebra na sua mão.
Com isso, a cada relacionamento estragado vem uma sensação de derrota pessoal e a sensação de "eu mereço ser feliz" até entrar num próximo relacionamento e recomeçar o processo de amor > ataque> término> culpa> remissão.
O caminho para sair dessa bola de neve não é simples, pois é preciso sondar na sua intimidade os motivos pelos quais você prefere chafurdar a serenidade de seu parceiro, se existem motivos supostamente pessoais contra ele que não estão claros para você, além de suas questões pessoais com a figura de seus pais.
Afinal das contas, nós aprendemos a amar da maneira que fomos amados, e se a pedagogia utilizada com você incluía provocações constantes, é possível que você passe adiante um legado do qual você foi um alvo incapaz de reagir.
No entanto, sempre há chance de mudar esse cenário, com novos hábitos, observando com tranquilidade os seus impulsos antes que eles se transformem em ação. É a oportunidade de começar a se controlar, buscar meios de serenar seu desejo, de destruir aquilo que mais gosta.
Para as supostas vítimas, ame-se acima de tudo. É bom se colocar em primeiro lugar (e depois nunca mais se tirar de lá! ;)


terça-feira, 24 de maio de 2016

ILUSÃO DE ÓTICA? DE "GAROTO NORMAL" A AGRESSOR "LOUCO APAIXONADO" # CASO ANA HICKMANN

SEU PONTO DE VISTA É O PONTO ONDE VOCÊ ESTÁ

Essa é uma historia que pode ser contada por dois lados. A apresentadora - e o país - estarrecida com um fã do tipo "louco apaixonado" cuja existência ela não deu muita bola e que por muito pouco não acabou com sua vida ou o irmão perplexo com o garoto bom e reservado, carinhoso e tranquilo que foi assassinado ao tentar se aproximar do ídolo, em sua entrevista o irmão repetia a todo momento: "Eles mataram meu irmão" e "ele era um menino bom, nunca se envolveu com nada"- e a mãe que chegou a defender o filho afirmando que ele não faria mal a modelo e apresentadora. Na entrevista que concedeu parecia sofrer de um distúrbio que remete ao do filho, suas declarações pareciam de alguém que também tem dificuldade em lidar com a realidade.
Como toda história, existe mais de um  lado. Nem sempre a verdade está no que você vê ou no que o outro vê.
Se olharmos de cá pra família desse rapaz, todos diremos que também estão loucos por negarem a loucura do parente, mesmo cientes do modo insano como ele agiu. Se olharmos com os olhos dessa familia desorientada, que perdeu o parente de repente com tiro na cabeça, que não consegue enxergar um palmo na frente do nariz, de lá pra cá, nessas condições, muito provavelmente todos nos sentiriamos como eles e agiriamos do mesmo modo.
Não é tão difícil entender: basta pensar na história de vida de cada um, no que a pessoa já viveu no passado, já sofreu e aprendeu…
Nosso ponto de vista é do modo como achamos que as coisas deveriam ser, mas as coisas, que não estão sob o nosso controle, são como são.
Independente de um fato em si, tudo depende do seu ponto de vista, ou seja, do ponto onde você está.


segunda-feira, 23 de maio de 2016

JUÍZO FINAL

O JULGAMENTO FINAL MAIS SEVERO E DESTRUTIVO SERÁ FEITO POR VOCÊ MESMO



Você acredita que depois da morte, todos nós ficaremos numa fila na porta do céu, e seremos admitidos ou não dependendo de um julgamento final?
Você acredita que doze arcanjos irão questionar os seus atos em vida, e determinar se você fez o que fez porque era ingênuo ou mal intencionado?
Por que você escondeu o presente da seu irmão no Natal de 1978?
Por que mentiu para o seu pai em 1987?
Lamento dizer que você terá sim um julgamento final mas, nesse formato apresentado acima, ele será aqui mesmo na Terra.
E será muito antes de você morrer.
Na realidade o pior julgamento final, do qual falamos, não será feito pelos seus amigos e inimigos.
O julgamento final mais severo e destrutivo será feito por você mesmo.
E o critério que mais lhe incomodará não será o seu patrimônio acumulado, seus amigos dos quais metade já morreu.
Chegar ao fim da vida e só então perceber que sua vida foi no fundo um fracasso, é o pior julgamento final possível.
É devastador.
Devastador porque aos 60 anos você não tem mais como voltar atrás para mudar o rumo das coisas.
Irá viver mais 20 anos sabendo que errou, não há pior inferno do que isto, porque isso perturba a consciência.
Você tomou as decisões erradas, perseguiu objetivos equivocados, optou por becos sem saída.
Erik Erikson (psicanalista responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicosocial na Psicologia e um dos teóricos da Psicologia do desenvolvimento), fala desta última fase da vida, que ele chama de Serenidade ou Desespero.
Aos 60 anos você olha para o seu passado, e somando os prós e os contra chega a conclusão que a vida foi bem vivida, você fez basicamente o que queria, conseguiu na medida do possível o que desejava.
Mas nem todos chegam a esta conclusão.
Daí vem o desespero, o julgamento final negativo e sem tempo para mudar o rumo.
Com o aumento da longevidade do ser humano, lamento dizer que o julgamento final passará a ser ainda mais devastador e complicado.
E a única coisa que você gostaria de passar aos seus netos são os valores que você conseguiu passar para os seus filhos e que eles absorveram como seus.
Estes valores são complicados hoje em dia, porque passamos a ser uma sociedade sem valores, uma sociedade até contra valores considerados tradicionais.
Valores vindos dos próprios pais significam os preceitos e regras que ao longo dos milênios se provaram acertados para que no fim da vida você possa julgá-la positivamente.
É Algo Para Se Pensar.


sexta-feira, 20 de maio de 2016

VIDA "TANTO FAZ"

O MUNDO DOS DESENCANTADOS



Já reparou naquele tipo de pessoa que tem uma vida frágil, apagada e quase sem vida? Para qualquer coisa que se perguntar ela não vê graça, não tem resposta, acha chato e parece se arrastar para os compromissos. 
Ela se permite passar 8 horas diárias fazendo um trabalho insuportável e não mostra nenhuma perspectiva de mudar o cenário. Não tem hobbies, filmes preferidos, musicas inesquecíveis ou lembranças marcantes. 
Se perguntado qual o seu sonho tem uma resposta vaga e quase apática. Se questionada qual foi a história do seu nascimento ou de como os pais se conheceram ela não teve interesse em descobrir. 
Existe um certo desânimo que não é tão claro a olho nu, afinal ela não chega a ser depressiva, mas é como se vivesse uma vida “tanto faz” e sem a menor perspectiva de crescimento, avanço e amadurecimento. 
Uma imagem seria a da pessoa encostada no barranco esperando o fim do mundo. Se ninguém cutucar, obrigar ou empurrar ela não arruma a vida… Depois vemos essa pessoa se queixar que nada de bom acontece em sua vida. 
Ela nem nota que desencantou, perdeu o encantamento pela vida por falta de viver experiências que, para elas, seriam apaixonantes. Nem nota que se tornou um encosto ambulante, um zumbi...
Esse é o desanimador  mundo dos desencantados.
Por que alguém se encantaria por outra que não tem brilho nos olhos em relação a nada?


quinta-feira, 19 de maio de 2016

CASTELO DE AREIA

ABANDONANDO O AUTO ENGANO



Se você observar nossa sociedade se movimentando, verá que cada um está buscando fazer sua própria revolução, cada um tentando fazer sua história, obter sucesso, etc. Justificamos nossas ações através do sentido da vida que vem de nossas crenças. Queremos ser PhDs, ganhar muito dinheiro, ter muito tempo livre e ser respeitados e amados. Basicamente é esse nosso objetivo. Gastamos todas as nossas energias nesse processo. Nossas metas e os caminhos que nos levam até elas são definidos por nosso sentido último para a existência. Fazemos um grande e incessante esforço para negar nossa condição de mortais e construir castelos de areia em cima de nosso auto-engano. Sem querer, viramos prisioneiros de nosso próprio destino, fechados em nossa microrevolução, condenados a repetição de scripts pré-fabricados coerentes com o sentido da vida que acreditamos ser concreto.
O que poucos percebem é que se alguém for bem-sucedido nesse caminho, será apenas um entre trilhões de seres que conseguiram chegar até o fim de seus castelinhos de areia, até o último ornamento, até a última torre, antes da próxima onda derrubar tudo. Seres que continuaram insatisfeitos e morreram ainda se esforçando para não ver que seus castelos eram de areia. Nossos ilusões pessoais não nos levam a lugar algum e não contribuem em nada para aqueles que não compartilham dela. Se elas ainda nos fizessem felizes… Mas nós mesmos somos os principais prejudicados: “Quando eu comprar meu apartamento, aí sim as coisas vão melhorar e eu vou poder relaxar e curtir a vida”; “Quando acabar a semana de provas, ficarei mais aliviado”; “Quando eu arranjar um bom trabalho, aí sim!”. Eu já ouvi inúmeros “aí sim” e alguns “agora sim!” que não duraram mais de uma semana. Você já conheceu alguém que disse “agora sim!” e ficou, simplesmente ficou aliviado por meses seguidos?
Resumidamente, pode ser que a graça esteja simplesmente na graça que é descobrir a humanidade que há em nós e o que é melhor, no outro, no mundo ao nosso redor. E essa é uma missão que implica, sobretudo, generosidade. 


quarta-feira, 18 de maio de 2016

PENSANDO NA FINITUDE DA VIDA

APROVEITE CADA DRAMA, TRAGÉDIA E COMÉDIA EM QUE PUDER ATUAR


Quando alguém próximo a nós morre vem o choro e a tristeza. Entre lágrimas e lamentações choramos não só a morte desse alguém mas também de todas as nossas mortes pessoais, como daquele nosso amigo de infância, um vizinho amigo e de tantas perdas mais. A morte tem essa beleza, nos aproxima a todos.
Confesso que pensar nessa finitude me faz ficar particularmente leve e atento. Perdemos muito tempo na vida com coisas que nos tiram o foco do que é essencial e nos fechamos nos meios esquecendo qual era o fim.
Se ouvir relatos de pessoas em estado terminal, vai constatar que a pouca noção da morte nos deixa distraídos do que é essencial.
Há quem busque a busca da felicidade, mas para isso fere os seus próprios limites, fica constantemente reclamando ou insatisfeito com tudo. Talvez fosse melhor sorrir com o que já existe por perto, respirando mais leve no presente.
Talvez não fosse preciso morrer para descobrir tarde demais que deveríamos desacelerar e aproveitar mais. Lembrando sempre que: "A vida é uma dádiva fatal, no fim das contas ninguém sai vivo daqui"!!!


terça-feira, 17 de maio de 2016

A CARTA # A DOENÇA É UM SINTOMA E QUER LHE FALAR

NOSSO CORPO FALA E SE A GENTE NÃO OUVIR ELE GRITA 



Encontrei um texto em meus achados, é um texto bem ilustrativo sobre a linguagem do corpo, que é a correlação mente/corpo, ou seja, o corpo sendo um reflexo da nossa mente, já abordei esse tema em "Doenças são palavras não ditas" - Jacques Lacan (texto campeão de visualizações do meu blog)
Pra quem não sabe nosso corpo fala e se a gente não ouve ele grita, através dos mais diversos sintomas. 

O texto é mais ou menos como segue (de autor desconhecido), e começa perguntando: Já pensou se o seu sintoma ou "a doença" tivesse a chance de te escreve um carta? Garanto que seria alguma coisa assim:
“Olá, tenho muitos nomes: dor de joelho, abscesso, dor de estômago, reumatismo, asma, mucosidade, gripe, dor nas costas, ciática, câncer, depressão, insônia, enxaqueca, tosse, dor de garganta, insuficiência renal, diabetes, hemorroidas e a lista continua. Ofereci-me como voluntário para o pior trabalho: ser o portador de notícias pouco agradáveis para você.
Você não entende, ninguém me compreende. Você acha que eu quero lhe incomodar, estragar os seus planos de vida, todo mundo pensa que desejo atrapalhar, fazer o mal, limitar vocês. E não é assim, isso seria um absurdo. Eu o sintoma, simplesmente estou tentando lhe falar numa linguagem que você entenda.
Vamos ver, me diga uma coisa. Você negociaria com terroristas, batendo na porta com uma flor na mão e vestindo uma camiseta com o símbolo da “paz” impresso nas costas? Não, certo?
Então, por que você não entende que eu, o sintoma não posso ser “sutil” e “levinho” quando preciso lhe passar uma mensagem. Me bate, me odeia, reclama de mim para todas as pessoas, reclama de minha presença no seu corpo mas, não para um minuto para pensar e raciocinar e tentar compreender o motivo de minha presença no seu corpo.
Apenas escuto você dizer: “Cala-te”, “vá embora”, “te odeio”, “maldita a hora que apareces-te”, e muitas frases que me tornam impotente para lhe fazer entender mas, devo me manter firme e constante, porque devo lhe fazer entender a mensagem.
O que você faz? Manda-me dormir com remédios. Manda-me calar com sedativos, me suplica para desaparecer com anti-inflamatórios, quer me apagar com quimioterapia. Tenta dia após dia, me calar. E me surpreendo de ver que às vezes, até prefere consultar bruxas e adivinhos para de forma “mágica” me fazer sumir do seu corpo.
A minha única intenção é lhe passar uma mensagem, mesmo assim, você me ignora totalmente.
Imagine que sou a sirene do Titanic, aquela que tenta de mil maneiras avisar que tem um iceberg na frente e você vai bater com ele e afundar. Toco e toco durante horas, semanas, meses, durante anos, tentando salvar sua vida, e você reclama que não deixo você dormir, que não deixo você caminhar, que não deixo você trabalhar, ainda assim continua sem me ouvir…
Está compreendendo?
Para você, eu o sintoma, sou “A doença”.
Que absurdo! Não confunda as coisas.
Aí você vai ao médico e paga por tantas consultas.
Gasta um dinheiro que não tem em medicamentos e só para me calar.
Eu não sou a doença, sou o sintoma.
Por que me cala, quando sou o único alarme que está tentando lhe salvar?
A doença “é você”, é “o seu estilo de vida”, são “as suas emoções contidas”, isso que é a doença e nenhum médico aqui no planeta terra sabe como as combater, a única coisa que eles fazem é me atacar, ou seja, combater o sintoma, me calar, me silenciar, me fazer desaparecer. Tornar-me invisível para você não me enxergar.
É bom se você se sentir incomodado por estar lendo isso, deve ser algo assim como um “golpe na sua inteligência”. A boa notícia é que depende de você não precisar mais de mim, depende totalmente de você analisar o que tento lhe dizer, o que tento prevenir.
Quando eu, “o sintoma” apareço na sua vida, não é para lhe cumprimentar, é para lhe avisar que uma emoção contida no seu corpo, deve ser analisada e resolvida para não ficar doente. Deveria se perguntar a si mesmo: “por que apareceu esse sintoma na minha vida”, “que pretende me alertar”? Por que está aparecendo esse sintoma agora?
Que devo mudar em mim?
Se você deixar essas perguntas apenas para sua mente, as respostas não vão levar você além do que já vem acontecendo há anos. Deve perguntar também ao seu coração, às suas emoções, quiça ao seu inconsciente.
Por favor, quando eu aparecer no seu corpo, antes de procurar um médico para me adormecer, analise o que tento lhe dizer, verdadeiramente, por uma vez na vida, gostaria que o meu excelente trabalho fosse reconhecido e, quanto mais rápido tomar consciência do porquê do aparecimento no seu corpo, mais rápido irei embora.
Aos poucos descobrirá que quanto melhor analisar, menos lhe visitarei. Garanto a você que chegará o dia que não me verá nem me sentirá mais. Conforme atingir esse equilíbrio e perfeição como “analisador” de sua vida, de suas emoções, de suas reações, de sua coerência, não precisará mais consultar um médico ou comprar remédios.
Por favor, me deixe sem trabalho.
Ou você acha que eu gosto do que eu faço?
Convido você para refletir sobre o motivo de minha visita, cada vez que eu apareça.
Deixe de me mostrar para os seus amigos e sua família como se eu fosse um troféu.
Estou farto que você diga:
“Não suporto mais a dor no joelho, não consigo caminhar”.
“Aqui estou eu, sempre com enxaqueca”.
Você acha que eu sou um tesouro do qual não pretende se desapegar jamais.
Meu trabalho é vergonhoso e você deveria sentir vergonha de tanto me elogiar na frente dos outros. Toda vez que isso acontece você na verdade, está dizendo: “Olhem que fraco sou, não consigo analisar, nem compreender o meu próprio corpo, as minhas emoções, não vivo coerentemente, reparem, reparem!”.
Por favor, tome consciência, reflita e aja.
Quanto antes o fizer, mais cedo partirei de sua vida!

Atenciosamente,
O sintoma.”


segunda-feira, 16 de maio de 2016

A IDEIA DE DESAPEGO

HÁ MOMENTOS NA VIDA EM QUE É PRECISO DESAPEGAR-SE  > POLÍTICA DO DESAPEGO


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Desapego, no seu sentido mais amplo, significa ser leve. Não é que você não possa amar algo ou alguém, não é que você precise ser frio e tratar tudo como descartável, mas precisa levar adiante apenas o que te faz bem. Soltar e deixar ir. Sem depositar aquela expectativa furada que vai gerar frustração. Sem colocar tanto peso num passado que embolorou e num futuro que ainda nem dobrou a esquina. Desapegar é viver sem amarras, ainda que seja fácil na teoria e bem difícil na prática. Considero o desapego uma prática essencial na vida. É uma forma de não se prender a coisas que te escravizam e trazem prejuízo espiritual e físico. Não é falta de interesse ou fuga, mas uma consideração de que a vida pode ser melhor se vivida e planejada com a leveza do presente. É deixar estar.
Muitas são as situações que pedem o desapego e muitos são os aprendizados que nos levam a compreender a real necessidade e importância da prática constante do desapegar-se. Inúmeras vezes as pessoas insistem em querer permanecer vivendo determinadas situações mesmo quando não consideram ser o melhor para elas, ou permanecem nelas porque acham que ainda podem conseguir algum resultado satisfatório mesmo quando a situação já chegou ao insuportável, ou ainda, se prendem pelo receio da carência, pelo temor de se sentir só, pelo sentimento de incapacidade, pela dependência na relação com o outro, pelo comodismo apesar do incômodo ou até por conformismo, ao se achar pequeno demais para a vida.
As vezes precisamos fazer uso da política do desapego, não daquele que é um incentivo à vida irresponsável que não respeita sentimentos alheios e sugere o caos emocional, mas sim daquele em que nos livramos das coisas ruins. Pratique esse tipo de desapego em sua vida!


segunda-feira, 9 de maio de 2016

O SENTIDO DA VIDA

QUAL O SEU PROPRÓSITO NO MUNDO?

Somente seu corpo e suas emoções podem fazer emergir o sentido da vida, mas se estiverem posicionados no presente, conectados com as pessoas, com os acontecimentos e seus desdobramentos. Enquanto suas buscas forem exclusivamente racionais e intelectualizadas o resultado será um punhado de belas filosofias, mas desfigurado pela real capacidade de sentir os pequenos milagres da vida.
Quando estiver diante de um problema saia de devaneios, pense nas pessoas implicadas, converse com elas, deixe a dor própria da situação difícil ser partilhada e solucionada em conjunto. Não tente carregar tudo no seu ombro amarguradamente, saia da ideia do herói.
Enfim, saiba nomear e conviver com sua tristeza, seu medo, sua raiva e sua alegria sem achar que precisa atacar, fugir, morrer ou qualquer "solução". Quando essas sensações acontecem elas próprias se regeneram, trazem soluções instintivas e se curam.
Creio que cadum de nós sabe em nosso interior qual é o nosso propósito, embora nem sempre tenhamos consciência todo o tempo.
Bom mesmo é quando todos os seus hábitos, trabalho e ações estão ALINHADAS com o teu propósito no mundo. 
Saber responder a si memo qual sentido que a sua vida tem, não é uma pergunta muito complicada. Basta se perguntar o que te motiva a sair da cama todos os dias.
Penso que o sentido da vida está na sua capacidade de sentir seus dias passarem um a um, sem subterfúgios ou explicações lindas. É apenas um jeito de respirar as pessoas e ser tocado pela experiência de ser humano ao lado de outros humanos.


domingo, 8 de maio de 2016

MENSAGEM DO DIA DAS MÃES

MATERNAR É UM ATO DE  AMOR



Mulher que é mãe o tempo todo tá cada vez mais difícil, mas toda mulher pode ser uma ótima mãe e muito mais que isso. Nesses dias multifacetados, as mulheres também são muitas coisas da hora em que acordam até quando vão dormir e as vezes precisam contar com alguém que as ajude a maternar seus filhos. Pra quem não sabe, a maternagem não é uma ressignificação da maternidade, são conceitos diferentes. A maternidade é condição exclusiva da mulher ao dar a luz, já a maternagem é um estado de espírito, de doação do ser, pois além da mãe que pariu, cuidou, zelou e protegeu sua cria, outros entes também, em qualquer momento, podem exercer a maternagem e acolher: pais, mães, avós, amigos, dindos, dindas, etc. Então uma mulher pode dar à luz (ser mãe) mas nunca maternar; e um pai, por outro lado, mesmo não dando à luz, pode ser pai e maternar seu filho, biológico ou não. Esse é um tema muito interessante e instigante, mas hoje vamos ficando por aqui, parabenizando não só as mamães legítimas com seus bebês, mas também todos aqueles que maternam as crianças com amor, ajudando assim a formar pessoas melhores para um mundo melhor.


quarta-feira, 4 de maio de 2016

O ERRO

APRENDA, PERDOE-SE E SIGA EM FRENTE



De pequeninos, o vaso cai no chão e suja tudo, nossas cabeças infantis antecipam o esporro. Não deveríamos estar ali, mexendo na substância transparente mais bonita do mundo, posicionada sobre a luz do sol acima de nossas cabeças.
Foram muitos os alertas que havíamos recebido: “Não mexa aí, menina!”, “Se isso cai e pega numa vista”. 
Tudo estava em paz até que uma mãozinha nervosa meteu os dedos na peça. De primeira já houve a queda da coisa.
Os cacos jogados eram a sentença do crime: havíamos feito aquela única coisa que não deveríamos fazer. O erro teve lá suas motivações, foi cometido senão por encantamento, por curiosidade e enquanto estivermos vivos de verdade não perderemos esse encantamento pelas coisas, muito menos a curiosidade. O que não é predominantemente bom nem ruim, vá lá – machucamos gente pelo caminho, perdemos muitas chances, parcerias e cumplicidade, fazemos coisa errada mesmo, da qual nos arrependeremos por bons tempos. Mas há quem aprenda a jardinar depois de pisar na flor, há o filho que nunca seria não fosse a irresponsabilidade do casal, a cicatriz do pega-pega com a melhor amiga no chão escorregadio.
Ainda bem que ainda tem quem bote fé no potencial do erro. Achei uma breve entrevista no Canal Brasil, na qual um ator argentino chamado Ricardo Darín falava sobre isso. Ele criticou a pressão constante que existe sobre nós de agir com foco no resultado, como se uma borracha se devesse passar sobre caminhos que induziram ao erro.
Basta ser um pouquinho observador – de si mesmo e dos outros – pra perceber que essa pressão pode ser improdutiva.
Isso significa que quanto mais deixamos que nossos erros sejam motivos de vergonha e condenação, menos nos permitimos experimentar novas maneiras de ser, novos padrões. E isso também não é lá motivo pra se orgulhar, a verdade é que se somos muito críticos de nós mesmos, as chances de que sejamos extremamente intolerantes para com os outros é grande. E isso não é bom pra ninguém – só alimenta de novo e de novo a destrutividade do erro, condenação e inibição.
Mas há outra possibilidade possível: experimente, tente quebrar o menor número de caras possíveis pelo caminho, aprenda, perdoe-se e siga em frente.


terça-feira, 3 de maio de 2016

O CIUMENTO - PARTE II > BAIXA "GOSTABILIDADE"

CIÚMES A "MÉTRICA" DO AMOR

O ciúme parece já ter sido tombado como patrimônio histórico dos relacionamentos amorosos, como se fosse preciso aceitar que está lá e jamais vai embora. O problema tem muito a ver com a ideia de posse.
A nossa maneira latina de avaliar a qualidade de um relacionamento é observar se as partes envolvidas "se possuem". A métrica define que o ciúme seria um demarcador positivo. Se há sentimento territorialista, isso denotaria amor.
No entanto, a pressão sobre o parceiro tensiona e por vezes leva ao fim prematuro da relação, por mais tempo que essa relação tenha, porque pra mim é sempre prematuro o fim de um relacionamento por conta de ciúmes, ou melhor, é sempre imaturo. O que dá no mesmo, pois que um relacionamento que acaba por causa de imaturidade, acabou prematuramente, não importa quanto tempo estejam nessa labuta, se sobreviveu ao desgaste 1, 10, 20 ou mais anos.
A cada novo acontecimento o ciumento precisa checar: "você ainda está aí?", "ainda me ama?", "ainda acha que sou bom o suficiente?".
Isso pode parecer bonitinho quando a paixão está comendo solta, mas não quando se pretende levar uma vida juntos. Logo se torna exaustivo e infantil. É como se o ciúme quisesse garantir um lugar de exclusividade pela checagem – e não pela experiência mútua de contentamento.
Penso que o principal medo do ciumento é ser abandonado ou enganado, "fico em cima mesmo, não quero ser feito de trouxa". Esse medo obsessivo acaba criando uma relação competitiva com o resto do mundo e controladora com o(a) parceiro(a).
Precisamos entender que nisso, o ciúme se assemelha com vários quadros psiquiátricos. 
Não raro pessoas com esquizofrenia, transtorno de personalidade borderline, obsessivo-compulsivas ou apenas alcoolizadas manifestam essa paranóia ciumenta. 
Aliás, o componente principal do ciúme é justamente essa paranóia que desconfia do outro utilizando dados parciais e interpretações tortas da realidade para legitimar seu mal-estar. 
O ciumento nunca diz "eu sinto ciúme". É sempre agindo desse jeito: "você me faz sentir ciúme". Tornando a causa do mal-estar exteriorizada, a pessoa não assume a responsabilidade devida pelo sentimento.
Outro ponto que complementa a paranoia de muitos é o sentimento de inferioridade que o ciumento chama delicadamente de insegurança. 
Mas é diferente falar de insegurança em uma pessoa que poderia trabalhar para o FBI em matéria de esperteza. Se alguém consegue rastrear o outro e cruzar dados para confirmar sua tese de traição, como chamar essa pessoa apenas de insegura? Ela pode se sentir inferior e ficar perturbada por isso, claro. Entretanto, precisa ter bastante segurança para ir atrás de tantas provas e considerar tal ato razoável. 
O ponto fraco do ciumento que já passou da conta costuma ser aquilo de sentir, lá no fundo, que nada do que faça ou seja é o bastante para "garantir" a relação. 
O sentimento é de menos valia e baixa "gostabilidade", como se qualquer pessoa fosse potencialmente mais atraente, bonita, inteligente, sexy ou interessante.
O ciumento age como um agente daqueles seriados que investiga provas físicas ou emocionais, checando tudo que o outro fala, sente e se está onde diz que está. É nessa necessidade de controle e previsibilidade que a pessoa se perde. Afinal, essa é uma aspiração digna de "Alice no país das maravilhas". 
Pois a vida é imprevisibilidade e fluxo. 
O ciúme é a antítese do amor de verdade que precisa de espaço, liberdade e generosidade para acontecer.
O ciumento age, em linhas gerais, de modo mesquinho. Contando os passos, os olhares, as alegrias da pessoa amada para na sequência roubar o sorriso no rosto com uma pergunta do tipo "está rindo para quem?".
Certamente não é isso que garante uma resposta honesta ou uma alegria correspondente. Sem perceber, o ciumento faz murchar a pessoa que tanto diz idolatrar. 
O que poderemos fazer, então, numa situação caótica dessas?
Para iniciar um processo de superação do ciúme (que é possível, acreditem) é preciso mais que revisitar seu modelo de amor e repaginar sua vida, sua visão de mundo e sua personalidade. 
O ciúme não é apenas um problema amoroso, ele sinaliza como nos relacionamos com a própria felicidade em nossas vidas.
É preciso trabalhar em si a capacidade de estar vulnerável diante do outro. Assim nos deixamos inspirar pela generosidade e alegria alheias. 
Isso se treina, não é dom inato. 
Podemos combater o ciúme com pequenos gestos, como cuidar de si, respirar antes de falar o que vem a mente – no sentido de filtrar esse hábito estraga-prazeres. O foco é interno, você olha com carinho para si mesmo, parando de perseguir, controlar e criticar cada passo dos outros. 
É um treino pra vida. 
Ao deixar transbordar a sensação interna de contentamento em viver, o ciúme pouco a pouco perde espaço. Lentamente, as paranoias cedem, dando lugar ao conforto de ter paz. 


segunda-feira, 2 de maio de 2016

O CIUMENTO QUER CONTROLAR O INCONTROLÁVEL: O OUTRO

NÃO CONSTRUA SUA RELAÇÃO COM BASE NO CONTROLE



“Ciúme é uma gaiola imaginária cercando um pássaro que está fora dela.”





O que mantem uma pessoa ligada a outra?
É possível que você use o ciúme para controlar alguém como uma criança que acredita em Papai Noel.
O maior engano do ciúmes é que ele parte do pressuposto que é o controle que garante a qualidade da experiência. É uma grande desilusão perceber que a chantagem e a carência é um bom método de controle.
O ciumento nunca está suficientemente em paz, afinal o ciúme tem pouco a ver com a pessoa amada. Já notou que nenhuma garantia oferecida aplaca a desconfiança do ciumento. 
Sem notar escraviza emocionalmente os outros, o que parece muito mais mimo do que amor.
É também muito comum o ciúmes camuflar a inveja. Sabe aquela indisposição de ver o outro feliz sem você? O que você faz quando sua namorada se veste lindamente? Fica feliz e entusiasmado ou começa a fazer críticas? Se você tem o hábito de tirar a alegria dela, cortar seu direito de ser saudável, leve e feliz, isso é inveja não ciúme.
E provavelmente entre vocês dois só você pode aparecer. Para que? Eu adianto uma coisa para você, meu chapa, se ela cair nessa armadilha sua, ela não será de mais ninguém, inclusive nem de você mesmo. Aquilo que você mais gostava nela, a energia e vivacidade serão dinamitados pelo seu medo mesquinho de ser traído.
Dizem que não é a cerca que segura o boi no pasto, mas sim o capim que ele come. Se sua grama é escassa, você pode ter a cerca mais alta do mundo, o gado vai fugir. Vai fugir por uma razão simples, ele nunca esteve dentro de cerca nenhuma. A cerca só existia na cabeça de quem cercou.
Se quer superar o seu ciúme dê um jeito na sua vida.
Lembre-se que ao preparar a armadilha para aprisionar alguém você é a primeira acorrentada.
O máximo de controle que realmente terá é a sensação de que nada está no seu controle.
Se quer ter uma impressão razoável de segurança no seu relacionamento amoroso garanta que sua vida esteja em movimento. Cuide do seu jardim, da sua casa, do seu corpo, da sua mente antes de convidar alguém para entrar. Controlar o movimento de alguém paralisa você e a pessoa.
Se receber bem seu convidado ele sempre terá satisfação de voltar para uma nova visita sem que você peça ou o obrigue.
Se você acreditava em ciúme e em Papai Noel, desculpa.