sexta-feira, 31 de março de 2017

A VIAJEM MAIS IMPORTANTE QUE PODEMOS FAZER É PARA DENTRO DE NÓS

SE NÃO HOUVER HARMONIA INTERNA NÃO ADIANTA RODAR O MUNDO 



É bem verdade que sair viajando por aí pode ser divertido, a chave para muitas alegrias, descobertas e mais histórias pra contar. Pode ser que a procura pela "selfie perfeita" te instigue. Pode ser uma genuína vontade de trilhar o mundo e querer sugar o melhor da vida. Pode ser um pouco dos dois, como podem ser muitas outras coisas. Em todo caso, apenas viajar não é o caso!
Mudar de ambiente é legal. Mas, viajar, apenas, não é a resposta para os seus problemas. Simplesmente arrumar as malas e reservar o melhor bangalô numa praia da Indonésia não vai mudar o fato de o trabalho/casamento/autoestima ir mal. Como bem lembrou o filósofo romano, Sêneca em Aprendendo a viver:
"Deves mudar o ânimo, não o céu. Mesmo que atravesses o vasto mar, mesmo que, como diz o poeta Virgílio, 'se percam a terra e as cidades", os vícios te seguem e te perseguem aonde quer que vás"
"Viajar para a Disney vai me aproximar das crianças", você pode pensar. Mas, nem o brinquedo mais radical pode te fazer um pai  mais legal se faltar afeto na convivência. "A índia vai despertar meu eu interior", você pode dizer a si mesmo. Mas nem mesmo o Buda poderia mostrar o caminho se você não estiver em paz ao partir.
Tome o seguinte exemplo: quem tem medo de fantasmas, vai ter medo de fantasmas, seja em casa, em um hotel de Copacabana ou em um castelo medieval na Escócia. Aquilo a que estamos condicionados aqui, não vai mudar simplesmente porque mudamos de lugar. O filósofo indiano, Osho, nos lembra em O Livro do Ego que toda a nossa história nos acompanha em qualquer lugar que estejamos. Se não houver harmonia interna, de nada adianta rodar o mundo:
"A verdade está na pessoa, e tem que ser encontrada nela. A pessoa não tem que ir a lugar algum. E, aonde quer que vá, permanecerá a mesma. Então, qual o sentido? Pode ir para o Himalaia que não vai mudar nada. Ela vai carregar consigo mesma tudo o que tem, tudo o que ela se tornou, tudo que tem feito. Ela vai carregar toda a sua artificialidade. E suas faces sintéticas, seu conhecimento emprestado"
Particularmente, adoro viajar, mas não tenho ilusão: o lugar não muda o meu estado de espírito, pelo contrário, meu estado interior é que torna a estadia, onde quer que eu esteja, mais aprazível.

quinta-feira, 30 de março de 2017

SOCIEDADE CONDENADA

A JUSTIÇA BRASILEIRA É INJUSTA, A EXEMPLO DOS CASOS ADRIANA ANSELMO E GOLEIRO BRUNO


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Se tem algo que é quase uma unanimidade entre os brasileiros, quiça habitantes de todo mundo, é de que a justiça é formada por palhaços e palhaças de índole duvidosa. Desculpa!
Mas por que dizem isso? Simplesmente porque é a pura verdade. Uma verdade indiscutível.
Mais precisamente em nosso querido país, temos casos escabrosos que mostram o quão ridículos são nossos magistrados que decidem aqueles que devem ser presos e aqueles que devem deixar a prisão.
Vamos pular a parte do sistema prisional e focar especialmente no que tange a classe politica brasileira e sua estreita e perigosa relação com aqueles que usam a toga, muitos que acabam legislando em favor de seus “amigos” da esfera politica/social em todos os níveis.
Nesse ano de 2017, já tivemos 2 casos de repercussão nacional que fazem aqueles que tentam de todas as maneiras fazer a coisa certa, andar sempre do lado claro da força, ter ânsias de vomito. São 2 casos que irão entrar para a história judiciária brasileira e certamente farão os juristas antigos de nossa sociedade se revirarem em suas tumbas.
O primeiro é o caso do goleiro Bruno. Condenado a 22 anos de prisão pelo homicido e ocultação de cadáver de sua amante Eliza Samúdio, o cidadão ficou apenas 6 anos preso. Isso gerou grande revolta em boa parte da população honesta desse país. Claro que sempre tem os sem noção que, por mais estranho que pareça, apoiaram a decisão e chegaram ao cúmulo de tirar “selfies” com o goleiro assassino.
O sujeito que mandou soltar o goleiro assassino é um tal de Marco Aurélio de Mello. Ele é um dos ministros do STF,  o famoso Supremo Tribunal Federal. Segundo sua “excelência”, o goleiro ficou muito tempo preso por se tratar de uma prisão preventiva e não tinha nada, nadica de nada, que justificasse sua prisão. Claro que o fato de ter mandado matar uma pessoa, ocultar o cadáver e dar partes do corpo para os cachorros comerem, não configura de forma alguma uma justificativa de prisão, não é mesmo senhor “magistrado”?
E o caso mais atual dessa patifaria que se tornou a justiça brasileira vem do Rio de Janeiro, da minha cidade maravilhosa, um dos lugares mais lindos do país. Todo mundo, ou quase, ficou sabendo da prisão da dona Adriana Ancelmo, mulher do senhor Sérgio Cabral, certo?
Pois bem, a dita cuja foi enquadrada em vários crimes, entre eles: corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa. Todos os crimes foram imputados a ela e seu marido. A dupla Bonny & Clyde de terras tupiniquins.
Os advogados da distinta senhora entraram com recurso pedindo para ela cumprir prisão em liberdade. O motivo alegado? Seus filhos não poderiam ficar sem a presença dos pais (pai e mãe) por se tratarem de 2 menores de idade.
Por mais inacreditável que possa parecer o pedido, visto que evidentemente essas pessoas gozam de condições financeiras (por meio de desvios de dinheiro público) para dar uma criação ímpar para seus 2 filhos, o pedido foi aceito e dona Adriana Ancelmo estava em vias de voltar para sua humilde residencia no bairro periférico do Leblon.
Massss o TRF, acatando pedido do Ministério Público, desautorizou a soltura da mulher de Sérgio Cabral. Evidente que essa noticia foi recebida com muita alegria pelas pessoas honestas do país, tendo em vista que soltar essa mulher iria configurar fazer da população um bando de palhaços, e mostrando que a justiça realmente é para poucos que podem pagar por ela…
Massssss eis que nossa justiça mostrou mesmo que não passa de um bando de palhaços vestindo toga e recendo altos salários, pagos com impostos, e decretou novamente a soltura dessa mulher honestíssima, convertendo a pena em “prisão” domiciliar.
Tenham calma! Ela continuará presa! E mais, não terá direito de assistir televisão, usar celular, tablet, notebook, wi-fi e ficará incomunicável com o mundo lá fora. Tudo isso dentro de uma pequena casinha no bairro modestíssimo do Leblon!!! Ah, e tem mais… a tarefa de não deixar parentes e amigos adentrarem ao seu cafofo com celulares ou quaisquer outro produto tecnológico ficará a cargo do porteiro do prédio. Oras, escolheram a melhor pessoa para essa árdua tarefa, vocês não acham???
Vejam bem… citamos apenas 2 casos famosos que mostram o total comprometimento que a nossa justiça, obstante seu grau, tem com a nossa classe politica brasileira, ainda mais quando esses políticos gozam de enormes condições financeiras. O caso Bruno é um ponto fora da curva no que tange a dinheiro público, mas mostra de maneira visível que nossa justiça tem entre seus membros pessoas desprovidas de inteligencia, de caráter e de vergonha na cara.
Só pra fechar, vou expor aqui o que disse O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, em 2013 na época ainda presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em debate na Costa Rica. 
Segundo ele, um dos fatores da impunidade no país é o tratamento desigual dado pela Justiça, tava certinho. Disse Barbosa"há diferença na condução de ações envolvendo pessoas com maior poder aquisitivo, com dinheiro para pagar bons advogados, e aquelas relacionadas aos "pobres, negros e pessoas sem conexões".
"As pessoas são tratadas de forma diferente de acordo com seus status, sua cor de pele e o dinheiro que têm. Tudo isso tem um papel enorme no sistema judicial e especialmente na impunidade".
Segundo o ministro, no país prevalece uma proximidade antiética entre advogados poderosos e juízes, o que acaba desequilibrando a prestação de Justiça, e continuou: "Essa pessoa poderosa pode contratar um advogado poderoso com conexões no Judiciário, que pode ter contatos com juízes, sem nenhum controle do Ministério Público ou da sociedade. E depois vêm as decisões surpreendentes: uma pessoa acusada de cometer um crime é deixada em liberdade", argumentou.
Bem, se a gente percebe que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos da gente;
e se também percebemos que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então penso que podemos afirmar, sem medo nenhum de errar, que nossa sociedade está condenada.
Portanto amigos, diante de todo o exposto, sou obrigada a concluir que, aquela imagem que mostra a “justiça” com os 2 olhos vendados numa alusão de que ela é cega e é igual para todos é uma falácia. A justiça serve aquele que tem mais poder, seja econômico, seja midiático. Essa é a mais pura e cruel verdade. A justiça brasileira é uma piada de mau gosto !!!! 



quarta-feira, 29 de março de 2017

O MAIOR PRESENTE DOS PAIS

O MAIOR PRESENTE QUE VOCÊ  PODE DAR A SEUS PAIS É VOCÊ, SENDO O MELHOR QUE PODE SER



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O pai da psicanálise e inveterado fumador de charutos nos ajudou a pensar a família.
Freud disse que temos que matar simbolicamente nossos pais. Dizendo de outra forma, temos que internalizá-los para crescermos, amadurecermos e seguirmos nosso rumo do modo mais independente possível.
Alguns pais têm uma dificuldade muito grande de libertar o filho deles mesmos. Não os deixam se desenvolverem, fazem todas as tarefas diárias por eles, infantilizam sua prole até onde conseguem e acabam criando bebês adultos. E, é claro, bebês “entendem” fantasiosamente que seus cuidadores sempre serão somente seus, nunca adoecerão e são seres imortais.
Aí vem a vida e dá aquele tapa bem ardido na nossa cara mostrando a realidade: que ficamos doente, alguns mais cedo, outros mais tarde, inclusive nossos pais que não eram tão poderosos como imaginávamos. 
Após o adoecimento dos pais (sejam eles pessoas boas ou não), possivelmente eles estarão sob a responsabilidade dos filhos. Será que os filhos vão conseguir ou ficarão impotentes vendo-os impotentes? Seus corpos nos alertam que daqui a pouco vão embora e que o resto é com a gente. 
Há muitos séculos atrás os reis já preparavam o primogênito para futuramente substituí-lo. Não porque eles desejavam largar o “osso”, mas porque não tinham outra opção, já que todo mundo morre. Era comum também, quando possível, uma última reunião com a família real em seu leito de morte para despedida e últimos conselhos.
Na história da vida de Jesus vemos seus seguidores desesperados quando ele anuncia que seu corpo físico irá embora. Eles não queriam ou não entendiam, mas precisavam crescer e continuar o mundo com a missão que lhes fora designada.
Matar nossos primeiros amores dentro da gente não significa apagá-los da nossa memória, mas continuar vivendo com o que de bom nos foi ensinado e lutarmos (porque é uma luta de verdade), para não repetirmos as neuroses familiares que indiscutivelmente não nos faz bem. Não existem super pais, super filhos, nem super família. O que existe é o ser humano que já é essencialmente complicado.
Quando “nossos velhos” falecem, cada filho inserido em uma determinada cultura tem sua forma de viver o luto. Alguns filhos se enterram simbolicamente ao lado dos pais, pois não vêem possibilidade alguma de se viver sem a presença deles. Talvez por culpa, temos uma tendência a idolatrar quem morre tentando enganar a nós mesmos de que aquele que se foi só tinha qualidades e era um anjo na terra. Nem toda mãe, pai ou família faz bem para o outro.
Em contrapartida, penso que a maioria dos pais, se não forem extremamente perversos, amam para além deles mesmos. Só alguém que nutre um amor consideravelmente grande consegue fazer planos e investir em prol de outro alguém. Mesmo que, talvez, não consiga ver os planos deste alguém se realizarem, ou que nem colha os frutos desta realização. Isto é, os pais plantam e o mundo colhe. 
Talvez a maior alegria que os pais possam ter dos filhos é essa: a de saber que os seus se tornaram pessoas melhores que eles. Mais éticas, amorosas, íntegras, altruístas, respeitosas e trabalhadoras. Se você puder abraçar e beijar seus pais, faça-o. Se você puder ser mais presente, faça-o também. Mas o maior presente que você pode dar a eles é você mesmo, sendo o melhor que pode ser.


terça-feira, 28 de março de 2017

O "X" DA QUESTÃO DO SOFRIMENTO

O SOFRIMENTO SÓ É NECESSÁRIO ATÉ VOCÊ PERCEBER QUE ELE É DESNECESSÁRIO




As queixas e reclamações perante os fatos da vida são a verdadeira (e desnecessária) exteriorização emocional negativa do processo, ou seja, aquilo que concebemos como sofrimento são maneiras de informar a todos que gostaríamos que a realidade fosse diferente daquilo que é – e chegamos no “X” da questão: o sofrimento ocorre sempre quando gostaríamos que algo estivesse acontecendo – mas não está; quando criamos expectativas sobre outro modo de vida diferente daquele que está ocorrendo neste exato momento; quando desejamos que a realidade seja diferente do que é; quando acreditamos em nossas ilusões pessoais a respeito do próximo e do mundo… mas as coisas são sempre como são – e esta é a verdade!
Se colocarmos 3 pessoas diferentes para viver o mesmo evento (que tanto pode ser uma festa como um velório), veremos com surpresa que cada uma delas irá nos contar de diferentes maneiras o que observaram.
Irmãos de uma mesma família (podem ser até gêmeos) costumam ter diferentes pontos de vista sobre sua infância. Isso acontece porque tudo o que vivenciamos passa pelo filtro de nossas próprias interpretações. E isso significa que o mundo adquire diferentes coloridos em função de quem o vivencia.
Onde eu quero chegar: nós contamos muitas histórias pra nós mesmos, ouvimos muitas delas de nossos pais ou sociedade e passamos a acreditar nestas palavras e pensamentos como se fossem a mais pura verdade. Em alguns casos até morremos por elas – embora em grande parte não passem de ilusões.
Na verdade, nossas histórias são fruto de nossos desejos insatisfeitos, daquilo que gostaríamos que estivesse acontecendo ou de algo que não queríamos que acontecesse – o desejo de alterar a realidade. Quanto mais nos vinculamos a estes desejos, quanto mais nos apegamos aos pensamentos que querem contrariar o momento presente, maior sofrimento teremos.
O problema não é a doença, é o dialogo mental dizendo que seríamos mais livres se tivéssemos saúde.
O problema não é o dinheiro, é o pensamento que insiste em dizer que ele nos trará mais paz do que temos hoje…
O problema não é a solidão, é acreditar que precisamos de um companheiro para nos completar…
E cada vez que contamos estas histórias, nós as alimentamos e nos tornamos cada vez mais vítimas impotentes.
E não nos damos conta de que sempre temos tudo o que precisamos – e que o sofrimento só é necessário até você perceber que ele é desnecessário!


segunda-feira, 27 de março de 2017

SOBRE O PASSADO NÃO RESOLVIDO # FANTASMAS DO PASSADO

NÃO DEIXE SEUS RATOS VIRAREM ELEFANTES


"O QUE NÃO ENFRENTAMOS EM NÓS MESMOS ACABAREMOS ENCONTRANDO COMO DESTINO"
CARL JUNG

Ajudar o outro a se perdoar é pegar imagens mentais perturbadoras e clareá-las, tirar o seu poder. As imagens perturbadoras do que nós fizemos e do que os outros fizeram nos acompanham como fantasmas.
Muitas vezes acreditamos que somos livres em nossas escolhas, mas por vezes parece que nossos “fantasmas” nos perseguem. De que fantasmas estamos falando? De nosso passado não resolvido.
Embora alguns assuntos e eventos pertençam a um tempo e eventos cronologicamente distante, para nossa mente inconsciente as coisas não são bem assim: neste nível, tudo é AGORA, tudo é vivo exatamente neste instante.
Jogar o passado pra debaixo do tapete resolve? Claro! Tanto quanto usar perfumes pra encobrir o cheiro do rato morto na sala da sua casa!
O que acontece emocionalmente conosco não é muito diferente do exemplo acima: se não tomamos as medidas pertinentes pra resolver o problema, ele sempre vai encontrar um jeito de nos lembrar que está lá, latente, mordendo nosso calcanhar, atrapalhando nossa vida profissional, dificultando nossos relacionamentos ou bloqueando nossa saúde – e o pior, geralmente não nos damos conta disso!
Sabe aquelas memórias que você julga difíceis, impronunciáveis ou mesmo que gostaria de esquecer? Bem, o que aconteceu, aconteceu: isto é um FATO. Mas nossa memória não é escrita apenas com base no evento externo, mas também com nossa interpretação mental/emocional, a maneira como percebemos as coisas e o mundo – e esta interpretação, esta carga que muitas vezes levamos sem necessidade, pode ser alterada.
Sem a atenção devida e a ferramenta correta, os pequenos ratos se transformam em elefantes – uma maneira simples de seu inconsciente mostrar que existem assuntos pendentes e que precisam de atenção urgente. E muitas vezes são coisas que realmente se originaram pequenas, que podem ser resolvidas em pouco tempo e mudar todo o rumo de uma vida inteira…


sexta-feira, 24 de março de 2017

MINHA ESPERANÇA É DO VERBO ESPERANÇAR E NÃO DO VERBO ESPERAR

ESPERANÇA DO VERBO ESPERAR NÃO É ESPERANÇA É ESPERA


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Sabe aquele velho ditado de que a esperança é a última que morre? Pois é, mantê-la viva tem sido o grande desafio.
E motivos talvez não faltem. São as notícias de violência e corrupção que vemos diariamente sair na mídia. São os obstáculos que aparecem no meio do caminho e nos fazem perder a direção. São as desilusões que colecionamos ao longo da vida e, para nos proteger, preferimos não criar expectativas.
Mas, ainda assim, existe mais um problema por trás de todos os outros problemas e que, praticamente, passa despercebido pela maioria de nós: a esperança tem sido interpretada de forma errada.
Costumamos confundir “ter esperança” com “esperar alguma coisa” e é ai que está a nossa falha. Outro dia, assistindo a uns vídeos pela internet, encontrei uma entrevista do professor e filosofo Mario Sergio Cortella, que refletia justamente sobre isso. Ele reforçava um dos ensinamentos do educador Paulo Freire e dizia o seguinte:
“A coisa mais importante que você e eu podemos ter na vida, quando a gente não tem nenhuma outra coisa, é a esperança. Mas tem que ser esperança do verbo esperançar, porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera”.
Quantas vezes, simplesmente, esperamos que alguma coisa aconteça, mas não fazemos nada para ela acontecer?
Portanto, ter esperança, definitivamente, não é esperar! Minha esperança e de esperançar porque esperar é passivo, é deixar a vida levar, é abrir mão da nossa responsabilidade e jogar toda culpa no destino. Já esperançar, que dá origem à palavra esperança, é a capacidade de levantar quando algo quer nos derrubar, de enfrentar um problema ao invés de desistir, de sempre buscar uma saída mesmo quando tudo parece não ter solução.
Se a fé move montanhas, as nossas atitudes movem o mundo. E o que o mundo precisa é de gente com esperança, mas que não espera.
Então, mãos à obra!


quinta-feira, 23 de março de 2017

NÃO ENTERRE SEUS PAIS EM VIDA

PROTEJA A TRANQUILIDADE DA VELHICE DOS SEUS PAIS


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Quando foi mesmo que nós filhos, nos tornamos tão mal agradecidos? Por que nos preparamos para cuidarmos de bebês incapazes, e não fazemos o mesmo com os nossos pais, quando tornam-se incapazes de cuidarem-se sozinhos?
E aqui por favor, não entendam como uma crítica aqueles que optaram por casas de repousos, asilos, cuidadoras, enfermeiras. Eu entendo que muitas vezes os nossos pais vão precisar de cuidados especiais. Eu só não consigo entender a situação de isolamento social que muitos deles precisam encarar nos últimos anos de vida. 
Os mais velhos deveriam ser de extremo valor para a sociedade, nossa fonte de inspiração. 
E eu fico pensando aqui: não deveria ser justamente essa, a melhor parte de envelhecer? Celebrar experiências e gozar de cuidados, ou ainda, não seria esta uma das maiores vantagens de criar os filhos? Ter a certeza de que o cuidado que se teve com eles, será garantido quando os passos de nossos pais tornarem-se mais lentos, e a cabeça mais anuviada? E aqui estou dizendo que para isso poderemos considerar as várias opções. E que também não devemos  deixar de analisar estas questões naqueles que achamos que são “os últimos anos” – nós nunca saberemos quando são os últimos anos. Então porque não aproveitar os nossos pais agora, hoje? Por que afinal o tempo corre, e não perdoa ninguém. E a ideia não é justamente aproveitar o tempo que se tem, ao invés de correr atrás dele quando não houver mais o que fazer?
Certa vez ouvi de cara muito inteligente, que se tudo der certo, nós iremos enterrar os nossos pais. E quando eu digo “se tudo der certo”, parte-se do pressuposto de que pais jamais deveriam ter de enterrar um filho (isso deveria ser proibido por intervenção divina, inclusive). Então se tudo der certo, sou eu quem vai enterrar eles. Lembrar deles com saudade, ser grata.  E de fato eu quero enterrar os meus pais, porque sei que essa é a lei natural da vida. Quero enterrá-los, sim. Mas não em vida.
Em vida, quero que eles se sintam produtivos e bem-vindos, por mais ranzinzas que se tornem com o tempo. Que recebam o carinho de seus netos em todas as ocasiões ou em ocasiões quaisquer. Enquanto estiverem aqui, quero acolher em tudo que puder. E agradecer, de corpo, alma e atitude, tudo que fizeram para cuidar de mim. Dando-lhes a certeza de que eu vou sim, proteger a tranquilidade da velhice deles. E rezar para que alguém, um dia, zele por mim.
Cuide de seus pais.