sexta-feira, 10 de março de 2017

A IDADE ADULTA É A IDADE DA CONSCIÊNCIA ...

... DA CONSCIÊNCIA DE NOSSA RESPONSABILIDADE PELOS NOSSOS ATOS



Observo com frequência pessoas, desde adolescentes até a meia idade, na  busca da "certeza" de que são adultas, ou tentando imaginar o porquê de seus sonhos e desejos infantis e adolescentes já não trazerem o mesmo grau de prazer nem a certeza da satisfação. "Se isso é ser adulto melhor não ser". Da mesma forma, não é incomum observar na rua, nas redes, na mídia gente vivendo como adolescente e se imaginando de fato um eterno "jovem". Criaram para isso uma suposta patologia, a Síndrome de Peter Pan, que vendeu muito livro ali entre o final dos anos 80 e o início da década seguinte. 
Penso que nos tornamos adultos num dado momento: quando percebemos claramente que todas as nossas ações são consequentes. E essas consequências não atingem apenas a nós, mas afetam a muitas pessoas, bem além, até, de nosso círculo mais próximo.
Ficamos adultos quando entendemos que as decisões que tomamos são de nossa inteira responsabilidade. E que não há como jogar a culpa no "sistema", na "educação", no "exemplo dos pais" ou na péssima formação de caráter produzida por lares desfeitos, famílias abusivas, colegas agressivos ou pais castradores.
Se tornar adulto começa com as rupturas que vamos nos permitindo sofrer no decorrer das nossas vidas e que vamos elaborando.
A idade adulta é a idade da consciência. Em particular, da consciência de nossa responsabilidade pelos nossos atos, opiniões, omissões, aplausos e compartilhamentos.
Não é fácil compreender isso e, certamente, ainda muito mais difícil aceitar. Mas essa consciência, uma vez alcançada, nos permite alcançar um outro patamar de segurança, autoconfiança e até paz interior.


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