terça-feira, 30 de agosto de 2016

ESPERANÇA - MEDO

SOFREMOS NA EXATA MEDIDA EM QUE ESPERAMOS


"Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram"
Drummond de Andrade:

"O que você está sustentando? Você têm medo de quê? Onde estão suas esperanças?"
Não é irônico? Ao mesmo tempo que a esperança parece ser o nosso motor, aquilo que nos impulsiona, ela nos engana, nos decepciona, destrói nossos relacionamentos e nos faz cometer atos que algum tempo depois não nos orgulham muito.
Será que a esperança não é uma grande armadilha?
Sempre que esperamos algo, começamos a agir com base em um script, um roteiro, que nos aprisiona. Ele começa a ditar o rumo das nossas ações, baseado num parâmetro que, naquele momento, parece ser a coisa mais óbvia a se fazer: eu preciso conseguir o que desejo.
Por causa da esperança de que as coisas sejam de um jeito e não de outro, começamos a sustentar experiências, como garçons apressados no meio de um restaurante lotado.
O fato de tentarmos equilibrar esses pratos limita nossos movimentos. Se alguém nos chamar e nos distrairmos por um segundo, teremos apenas os cacos para varrer. Esquecemos que toda essa tensão pode ser facilmente aliviada se equilibrarmos menos coisas em cima das nossas bandejas. Só assim poderemos ter um pouco mais de liberdade para nos movimentarmos com menos medo de estragar tudo.
Se não há nada a ser sustentado, não há por que termos medo de pisar em falso e deixar tudo simplesmente cair.
Se esperamos, estamos carentes, desejosos, famintos. Queremos algo, precisamos obter esse algo que tanto queremos.
Se você não espera, você é rico, um rei. Você não está à espera por que já tem tudo o que precisa.
À partir disso, você pode se relacionar pela via oposta. Ao invés de desejar e tentar obter, você oferece.
Há uma frase que diz:
"Ergue a mão ao que a mão pode colher, e ao resto, esqueçe e renuncia"
Sua magoa foi todinha criada só por você mesma. Quando criou expectativas e fantasias mesmo sobre algo impossível, o pior é que a gente nem enxerga e coloca a culpa toda nas outra pessoa, nas circunstâncias, enfim. 
O problema todo está nas fantasias que a gente cria e, depois, quando não acontece como esperamos, pensamos: Mas porque não deu certo? Não aconteceu como eu achei q ia ser??? Claro, porque eu inventei um mundo paralelo totalmente fora da realidade no meu fantástico mundo de Bob.
Cada dia fica mais claro pra mim que, na verdade, a gente não controla nada, nenhum fato externo a nós, que viver talvez tenha sentido, talvez não, mas a história toda deveria se resumir a ser a melhor versão de nós mesmos e ponto, sem esperar nada, porque a esperança/medo envolve ansiedade, tensão, controle, expectativa de que as coisas e pessoas se comportem de um jeito e não de outro. E essa experiência aflige e tira a paz. Não espere, viva!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

EXPLANAÇÃO SOBRE HOMENS IMATUROS

O QUE CHAMAMOS DE MATURIDADE



O que chamamos de maturidade?
Parece que o senso comum é que um homem maduro é aquele que assume o que faz e sabe o que quer, sem ambiguidades, irresponsabilidades ou incoerências. Quer, quer e se não quer, não quer.
No entanto há homens que não sabem nem reconhecer e muito menos responder pelo que fazem.
Diante de um constrangimento e dilema moral ele agirá como sempre, saindo pela tangente e fazendo o que bem entende, sem pesar as sequelas deixadas para trás.
Qual a solução?
Difícil responder quando se espera que um homem já tenha desenvolvido a capacidade plena de lidar com as responsabilidades e percebemos que ela foi sub-desenvolvida, que não sabe exatamente nomear o que sentem, que não sabe administrar plenamente suas emoções, nem reconhecem e muito menos respondem pelo que fazem.
Sem solução simples para caso complexo de comportamento imaturo infantilóide, vou ficando por aqui, na minha limitação, apenas com essa minha pequena explanação sobre homens imaturos.


sábado, 27 de agosto de 2016

FELICIDADE OU SOFRIMENTO. QUAL VOCÊ ESCOLHE?

FELICIDADE É MUDANÇA QUE ACEITAMOS E SOFRIMENTO É AQUELA QUE RECUSAMOS


Já reparou que quando vamos consolar alguém e trazer uma solução as pessoas, em sua maioria, sempre rebatem dizendo: “mas acho que você ainda não entendeu o que estou passando...”. Seguem na ladainha por mais meia hora ininterruptamente.
Acredito que o sofrimento é um sinal de resistência pessoal às mudanças na vida. Pessoas morrem, adoecem, partem para relacionamentos mais felizes, se despedem, saem de empregos ótimos, se machucam, enfim, mudanças acontecem.
Sofrimento é um forte indicador de que teimamos que as coisas permaneçam como estão, paradinhas no mesmo lugar. Lá no fundo é como se quiséssemos perpetuar um bem-estar momentâneo para sempre sem fazer muito esforço.
Aquela necessidade de controle da realidade e a fantasia de que a felicidade nos pertence paralisa nossos sentimentos. Sofremos quando algo muda e fere nossos mais queridos mimos. O sofrimento é o sinal de que queremos o parente querido, o emprego, o amor eterno conosco, imutável. O sofrimento denuncia nossa vontade de que nada e nem ninguém se movimente para longe de nós. É uma forma de paralisar a vida e a liberdade à nossa volta.
Sofrimento é um estado de paralisia voluntária em que lamentamos (passivos) os nossos reveses. Teimamos em nossas opiniões e reivindicamos direitos especiais “por que eu tenho que passar por isso?”. Oras, por que não você? Você tem privilégios que os outros não têm?
“Sou uma pessoa boa...” rebateriam. Continuo perguntando: por que não você? A bondade é um escudo que impede que uma mudança surja na sua vida? A bondade o protege de uma contrariedade? A bondade é um reforço ao seu sentimento de mimo pessoal?
Acho realmente estranho...
Penso que a felicidade tem muito a ver com movimento, mudança, abertura para a vida que se renova a cada momento, com ou sem a nossa permissão.
Tanto a felicidade quanto o sofrimento é sinal de mudança, mas é a mudança que concordamos em passar.
Felicidade é mudança que aceitamos e sofrimento é aquela que recusamos. Transformar sofrimento em felicidade, portanto é uma mudança de perspectiva sobre as coisas. Ao invés de fechar portas eu abro.
Mudança de perspectiva!
Felicidade ou sofrimento, qual você escolhe?


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

ENTRE MOCINHOS, VILÕES, HERÓIS E ANTI-HEROIS

A DUALIDADE DOS PERSONAGENS NOSSO DE CADA DIA


Nossa lógica narrativa impede que a gente possa se ver como vilão, já que todo mundo tem a sua lógica pessoal e intransferível. 
Nossas histórias pessoais são vividas sempre na primeira pessoa, somos os protagonistas, os personagens principais, e por isso, em teoria, sempre os mocinhos. 
Familiares e amigos são coadjuvantes, um marido atencioso é interesse romântico, o colega de trabalho que discute contigo é antagonista, seu avô quando você visita é aquela participação especial do ator veterano que claramente não tá mais se importando tanto com a trama, tá ali meio que no piloto automático, pois ele já disse suas falas e vai lá para os bastidores beber um café e ler um livro.
E uma coisa bem específica da lógica do mocinho é que ele não erra. Quer dizer, ele até erra, mas os erros são sempre motivados por uma razão maior, sempre levam a um triunfo posterior. 
Os erros do mocinho são sempre justificados de alguma maneira e servem pra ele se reafirmar enquanto protagonista que merece que tudo dê certo. Só quem erra por egoísmo, cobiça, falta de empatia, imbecilidade ou pura incapacidade de ver algo de errado no que está fazendo é ele: o vilão.
Esse é o ponto em que, é claro, as coisas complicam. Isso porque todas as pessoas erram, todas as pessoas vacilam, todas as pessoas dão aquela bola fora, aquela pisada na linha, aquela atitude que você toma mas se precisasse justificar em vinte linhas pra uma comissão avaliadora você apenas ia pedir desculpas e dar uma cabeçada na parede com força moderada. Claro, alguns de nós erram de maneira leve e até parcimoniosa, enquanto outros são vacilões contumazes e conseguem tomar uma decisão moralmente questionável até na hora de escolher o tamanho do pão no Subway, mas todo mundo, no final, está sempre passível de vacilar.
Mas a ideia de que somos mocinhos causa, quando a gente erra feio, quando a gente vacila com outra pessoa, quando a gente magoa alguém, quando a gente se comporta de alguma maneira indesculpável, seja pelo egoísmo, pela desonestidade, pela falta de generosidade ou por pura babaquice. Porque sendo mocinhos podemos errar, mas esse erro precisa ter algum motivo, precisa ser fruto de algum contexto, precisa ser justificado dentro de uma trama que mostra que somos pessoas boas, que o outro mereceu, que temos uma gama de atenuantes e explicações e que tudo vai ficar bem claro no final do filme.
Os outros personagens ajudam nisso, claro. Pra sua mãe você sempre vai estar certo, aquele filhote de coelhinho realmente devia estar te ameaçando, você agiu em legítima defesa. Para seus amigos o seu lado sempre vai parecer justificado, não dava pra saber que os itens da loja eram pra venda e alguém ia implicar com você por sair com a tevê de tela plana debaixo da camisa. Para os vizinhos esse tipo de coisa não importa desde que você continue sendo legal, sem palhaçadinha de reclamar porque o som da festa ficou alto até altas horas num dia de semana. Tudo tá justificado, tudo tem uma explicação, tudo convenientemente bate com a teoria narrativa do mocinho.
Mas no fundo, bem no fundo, a gente sabe que não. Que tem coisas que a gente fez sem justificativa, que tem coisas que a gente fez por ser idiota, que tem muitas coisas que a gente fez de maneira egoísta e desonesta, e que “não saber o que estava fazendo” ou “não ter feito de propósito” não são atenuantes o bastante quando se trata de humilhar outra pessoa ou ser sacana em momentos que você jamais teria o direito.
Tem situações em que, por mais que você queira se acreditar como mocinho, a verdade é que você foi o vilão da história e tentar disfarçar isso, tentar justificar isso, não aceitar as implicações disso, é não apenas uma falta de respeito com as pessoas que você afetou como uma grande oportunidade de aprendizado que você está jogando fora – a única rota de mocinho que poderia te restar.
Porque dificilmente a gente consegue ser o príncipe ou a princesa encantada, quase nunca a gente consegue ser o super-herói que salva o mundo, tem momentos em que nem o anti-herói pouco convencional, mas com um vago resquício de princípios, a gente consegue ser. Mas quando no final você nota que o tempo todo o vilão da história era você mesmo, o mínimo de responsabilidade que te cabe é evitar que esse filme complicado vá ter algum dia uma sequência.
É bem verdade que nós sempre seremos vilões pra alguém.
Se você vai numa entrevista de emprego e leva a única vaga, para os seus concorrentes, você pode ser encarado como um vilão. Se um namorado tem ciúmes de você porque você é amigo da namorada dele, você vai ser um vilão no mundo dele. Se tu pega o único lugar vago do metrô pra sentar antes da outra pessoa conseguir, tu vai ser o vilão do momento pra ela também.
O que a gente tira disso? Que as vezes nem é preciso fazer algo ruim ou prejudicial pra ser o antagonista de uma história, seja ela curta ou não.
Além disso, já notaram que os mocinhos das histórias são sempre sem sal e os vilões são sempre legais de acompanhar ? É porque o arquétipo do bondoso muitas vezes está atrelado á passividade, á ingenuidade, á pureza, e isso se reflete na forma como esses personagens são reproduzidos na ficção e na realidade - enquanto que o arquétipo do vilão é o do cara que faz o que deseja, que é audaz, que mostra quem ele é, que põe seus objetivos acima dos outros, que tem personalidade forte, ainda que tudo isso seja usado para fins discutíveis em muitas ocasiões.
E no final, a gente gosta de gente assim, - "habitada", conforme dizia Martha Medeiros, gente que é "possuída" - gente que passa e deixa uma impressão forte, que não é morna, que se decide e toma a frente.
Talvez, no fundo mesmo, sejamos todos anti-heróis. Aqueles que agem por princípios, que não visam livremente o prejuízo do próximo, que possuem certo grau de empatia, mas que ao mesmo tempo não se esforçam em ser santos, em ser essa versão pasteurizada sem defeitos nem erros de caráter dos heróis bonzinhos. Somos o que somos. Essa versão inacabada que não para de evoluir em meio á todo tipo de cagada e acerto.
A gente passa a vida inteira tentando manter a pose de herói. Só que na real #SomosTodosVilões e fazemos uma porção de coisas baseadas em nosso egoísmo. As vezes nossa defesa é atacar o outro. Acho que aí não tem herói ou vilão, é que as vezes existem coisas que não vão se enquadrar no esteriótipo.
É ótimo olhar pra dentro de si e identificar o que errou ou o que pode fazer para melhorar. A vida se trata justamente disso, não é verdade? Todos os dias vivemos N situações distintas e vamos aprendendo com elas. Não somos perfeitos, somos heróis falhos vendo e vivendo situações onde o "bem" não consegue vencer sempre.
Melhor não sermos o herói que idealizamos, melhor sermos o herói que precisamos.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

NOSSO EU MAIS ÍNTIMO PRECISA SER RECONHECIDO

O AUTO CONHECIMENTO NOS CONFERE O PODER DE USAR O NOSSO CORPO PARA AGIR DE ACORDO COM A NOSSA CONSCIÊNCIA.


“Se alguém precisa de religião para ser bom, a pessoa não é boa, é um cão adestrado”. 
Me assusta a falta da busca pelo autoconhecimento em boa parte da humanidade. Para mim, o autoconhecimento é a grande chave para se viver da melhor forma possível porque inclui nossa saúde física, saúde mental, boas relações, reconhecimento dos nossos dons, conhecimento dos nossos limites e etc. É a integração do nosso “eu externo” com o nosso “eu interno”, é usar o nosso corpo para agir de acordo com a nossa consciência.
Se não vamos atrás de nos compreender, entender os por quês dos nossos sentimentos , atitudes e pensamentos, que constantemente se repetem, ficamos sempre como um cão correndo atrás do próprio rabo. A vida muda mas continuamos agindo da mesma forma. Não é necessário religião ou filosofias para buscarmos nos compreender. Elas podem servir como ferramentas para irmos ao encontro do nosso eu mais íntimo, mas não é nelas que está as respostas e sim, dentro de nós.
Tenho certeza que já refletiram sobre isso, então este é só um pequeno lembrete. O nosso coração é nossa maior fonte de sabedoria. Nossa intuição fala com uma voz doce e calma. Se permita ser um diamante lapidado pelo seu próprio coração.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

VOCÊ É RESPONSÁVEL PELO QUE DEU E PELO QUE NÃO DEU CERTO

ESCUTE O SEU CORAÇÃO, A SUA INTUIÇÃO



Se não gostamos do que estamos atraindo para nossa vida, o primeiro passo é a aceitação de que somos responsáveis por aquilo…
Sem julgamentos de que eu sou bom e o outro é ruim, porque entendemos que tudo está dentro, fica mais fácil nos afastarmos da incômoda posição de vítimas, que nos prende em queixas e reclamações infindáveis e não leva a lugar nenhum… só nos tira energia e alimenta a nossa autopiedade.
Nossas escolhas são, na maior parte das vezes, baseadas em julgamentos… nossos ou do outro… e nem sempre nos fazem felizes…
Mas… existe uma fórmula mágica de fazer escolhas que nos afasta dos julgamentos equivocados baseados na razão e na nossa visão limitada e que nos proporciona um caminhar mais feliz… uma fórmula que não leva em conta a nossa classificação de bom ou ruim, fácil ou difícil…
Essa fórmula é seguirmos o nosso coração... Em vez de ficarmos nos infindáveis julgamentos e dúvidas entre o que será melhor ou pior… podemos transcender isso tudo ao estabelecermos uma conexão cada vez mais íntima com o nosso coração… com a nossa intuição…
Em cada um de nós existe uma “Parte que Sabe”… que tem uma visão ampla e uma sabedoria que está além do tempo linear… muito além do que podemos alcançar com nossos cinco sentidos…
Escutar e seguir o coração é como dançar com a vida em perfeita sintonia, uma dança cuja melodia pode se revelar inesperada, mas, tão harmoniosa que nos dá a certeza que o Universo é o Maestro…


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

SOBRE O RESPEITO AOS NOSSOS LIMITES

COLOCAR LIMITES É UM GESTO DE AMOR CONOSCO E COM OS QUE CONVIVEM CONOSCO


Vejo muitos textos falando sobre respeito nas relações, mas e o respeito a si próprio? Temos que entender e também respeitar os nossos limites dentro de uma relação. O relacionamento é composto por duas pessoas diferentes em hábitos, gostos e personalidade. Isso gera diferentes reações às diversas situações. É importante que a gente mostre ao outro qual é o nosso limite.
Isso constrói relacionamentos saudáveis. Você conversar com o outro diretamente alertando que ele está indo além dos limites. Sem brigas e de maneira calma, como você ensinaria seu filho que aquilo não é permitido. O outro não tem obrigação de saber que você suporta menos ou mais que ele. Ele precisa ser informado disso.
Sabe-se que não será sempre que conseguiremos não transmitir ao outro a raiva ou a indignação por algum problema que temos. Também não estaremos sempre de bom humor e isso também irá influenciar a forma como tratamos quem está por perto e tenta nos agradar. Por isso é importante que as pessoas saibam quando nos afetam e com quais atitudes fazem isso, para que assim ela possa te conhecer e se limitar a não agir daquela forma. 
Temos uma cultura que devemos amar o outro como gostaríamos que fossemos amados e eu não concordo com ela. Temos que amar o outro de uma forma que ele se sinta amado. Somos diferentes, temos escolhas diferentes e agimos diferente. O que importa muito para o outro talvez não tenha tanta importância para você e vice-versa.
Claro que há coisas que os dois tenham que estipular, o que vai de cada casal. O importante é não ultrapassarmos os nossos limites para entender e agradar outra pessoa. Todos nós necessitamos de limites e coloca-los também é um gesto de amor com a gente e com os que convivem conosco.


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

CASAMENTO É UM JOGO QUE SE JOGA EM DUPLA

CASAMENTO É UM JOGO CUJO ÚNICO OBJETIVO É MANTER A DUPLA JUNTA


Um relacionamento é um jogo sim, mas não um jogo de um contra o outro. É um jogo que se joga em dupla. E não é um jogo contra ninguém, é um jogo cujo único objetivo é manter a dupla junta. É como o atletismo ou a natação, você disputa contra você mesmo, pelo seu melhor tempo, pelo seu recorde. Mas não dá pra condenar completamente as pessoas que veem o relacionamento como um jogo de um contra o outro. É senso comum, e até bastante verdade, que a maioria das pessoas tende sempre a tentar levar vantagem em qualquer situação, e que a maioria das pessoas veem como fraqueza ou submissão fazer concessões ou tomar decisões em conjunto.
Muitas mulheres o fazem por conta do “homem nenhum manda em mim”, e muitos homens o fazem pelo “quem manda aqui sou eu”. Mas verdade é que a maioria das pessoas sempre tenta ter a dianteira, a vantagem na relação. Ser o que cede menos, o que tem a palavra final. Preferem levar a namorada infeliz ao jogo de futebol, ou preferem obrigar o namorado contrariado a fazer compras no shopping. Em vez do diálogo e da razão, vence o “ah, é, não vai não? Você vai ver só”. E esse “você vai ver só” significar que a pessoa tem nas mãos uma cartinha de “rebeldia livre a qualquer hora”.
– Amor, tá na cozinha? Pega água pra mim?
– Eu não, ontem você não quis almoçar na casa da minha mãe
Ou:
– Rico, conserta meu computador pra mim?
– Depois. Vou demorar o mesmo tempo que você demorou pra me ajudar a fazer minha declaração do Imposto de Renda.
As pessoas disputam por um prêmio que não existe. O que se ganha sendo o lado “mais forte” de um relacionamento? Se ganha provar ao parceiro o seu profundo problema de autoestima e afirmação que não aceita ceder em nada porque não pode nunca estar em uma posição “desfavorável”. É desfavorável ter um relacionamento saudável e feliz? Nesse jogo o objetivo é comum. Os dois querem chegar no mesmo lugar. É como se vocês estivessem em uma competição na qual se qualquer um dos dois chegar na linha de chegada, os dois ganham o mesmo prêmio, e quando dá a largada, um tenta atrapalhar o outro. Os dois ganham o mesmo prêmio. O prêmio é para os dois. Por que alguém precisa estar na frente? Por que alguém tem que “mandar”?
Se relacionar com pessoas assim é cansativo, porque quanto mais você cede, mais elas “se defendem”, para que você ceda sempre. Mas o problema é que essas pessoas não ficam satisfeitas se encontram um parceiro que não se importa em ceder, elas tentam levar a disputa para outras áreas, até que, um belo dia, você é acusado de “ceder demais”, e elas lhe dizem que a culpa é sua que é bonzinho demais. Não é o ideal, tudo de mais são sobras, mas ainda assim é melhor ser “bonzinho demais” do que agir como se o relacionamento fosse uma relação de poder. Na verdade até pode ser, mas não devia. Se é, algo está errado.


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

PARA AS MULHERES OBCECADAS

DOE SEU  AMOR PRA QUEM REALMENTE MERECE: VOCÊ!


Resultado de imagem para DOE SEU AMOR PRA QUEM MERECE DESENHO
Existe algum ser mais teimoso e desatento na face da terra, do que mulher obcecada?
Tudo no dia da mulher obcecada está ligada à ele (leia-se ele o instrumento da obsessão atual). Ela acorda e lembra que está sem ele; toma café pensando em mais um dia sem ele; vai trabalhar sem vontade, afinal, o dia não tem mais sentido sem ele; a vida perdeu a cor; a felicidade alheia constrange; quer ele de volta a qualquer custo (apesar da traição, desrespeito, ingratidão, falta de companheirismo…).
A vida sem ele não tem mais sentido (mas não é óbvio? Por que querer viver se o homem que eu amo me deu um pé na bunda? Ser feliz sozinha? Cuidar dos filhos, sair com amigos, ter planos de vida, objetivos, conhecer outra pessoa melhor? Que bobagem. É claro que sem ele não é mais vida.
Quando escuto coisas assim, é como se estivesse em mandarim: eu não consigo entender!
Cadê você nessa história? E você? Nem adianta vir com aquele papo de que está sofrendo muito, não consegue se reerguer.
Faça uma escolha que te favoreça. Escolha o caminho que é melhor para você… Puxa a tua própria orelha, sem dó. Entenda que é tudo aí dentro, com você. É sobre você, não sobre o outro. 
Assim, minha cara amiga obsessiva, preste atenção nessa frase: Não adianta lutar. Tudo que repasso aqui, quer você perceba ou não, são formas de manifestar conscientemente seu amor próprio para que você possa atrair coisas boas. Mas como venho repetindo: ou você resolve praticar o desapego, se amar, cuidar de você e ocupar essa mente negativa com atitudes positivas, ou ele vai continuar mais distante. E se estiver perto, vai começar a se afastar.
É lei amiga! As pessoas sentem sua desvalorização interna e reagem à isso.
P.S.: o mesmo vale se você que está desesperada para encontrar alguém viu!
Se você ficar olhando pra fora, você está indo contra o fluxo do bem estar. É como querer seguir uma correnteza remando ao contrário: nunca vai sair do lugar! Então, pela milésima vez amiga: cuide de você! Se preocupe com você! Nos períodos de “sumiço” faça coisas por você, procure praticar o amor próprio.
Não é para se desesperar atrás. Essa ansiedade toda só afasta ainda mais a possibilidade de dar certo. Tentou tudo e nada deu certo? “Chuta o pau” dessa barraca e desiste dessa luta. Solta, abre mão. Manda “se danar”. Cuida só de você.
É quando você chega nesse ponto de libertar, de cansar, de se amar, que você para de resistir, e tudo funciona! As coisas começam a dar certo.
É como se o Universo dissesse:
“Aleluia! Enfim ela largou o osso! Agora eu posso trabalhar em paz!”.
Existe tanto amor aí dentro, mas você não percebe, pois o doa completamente aos outros. Você quer encontrar a felicidade lá fora, quando na verdade ela está aí dentro, presa, louca para sair e se manifestar. Doe seu amor para quem realmente merece: você! Valorize-se, ame-se, e deixe que o Universo faz o restante.


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

APARÊNCIAS NADA MAIS/ PARTE II - FILHOS

FILHOS QUE COMPRAM A BRIGA DO CONFLITO AMOROSO DOS PAIS 

Existe uma multidão de casamentos de aparência que criam filhos muito perturbados com a mistura de valores como família, amor e hipocrisia.
Os filhos por outro lado colaboram para o circo pegar fogo no momento que assumem o papel de cônjuge auxiliar e saem do lugar de filhos, julgam e massacram a pessoa culpada da questão e se envolvem num triângulo amoroso, pai, mãe, e filha(o). E até num quarteto amoroso quando envolve um(a) amante + pai, mãe e filha(o).
Muitos filhos se envolvem no relacionamento amoroso dos pais, com suas alegrias e atribulações, e acabam entrando num labirinto mental de confusão que depois nunca conseguem sair a não ser com um custo psicológico muito alto. Julgar os pais pode parecer sedutor pelo status de poder e controle que se exerce, mas tem um preço emocional caro.
No momento em que cada um começa a ficar no seu quadrado e deixar que a ideia de vítima e algoz se desfaça existirá uma esperança. Adultos sabem o que fazem, e ainda que não saibam precisam descobrir por conta própria. Para filhos que se acham super maduros por meter o bedelho na vida amorosa dos pais vai um conselho vivam as suas vidas que já está de bom tamanho.
Esse deveria ser um assunto sagrado, não por ser religioso, mas para evitar emaranhados que estão muito além do alcance do que o papel de filho pode contemplar.
Os filhos são filhos, os pais são pais (e um casal entre si) e assim deveria ser, nada mais nada menos.
Se um filho(a) vive a se perguntar "porque os pais não se separam", dando diagnostico de separação, porque segundo eles os pais são infelizes, não se tratam bem, vivem desconfortáveis, dividindo uma cama por aparência, nunca se aproximam e aparentemente tem relação fora do casamento
Respondo de forma malcriada a essa pergunta insistente, respondo que é porque não é da sua conta o que eles fazem dentro e fora da cama.


terça-feira, 16 de agosto de 2016

APARÊNCIAS NADA MAIS.

SUA VIDA É MAIS QUE UMA FOTO, PRESERVE-A


Uma coisa me deixa intrigado, quando uma pessoa me diz que mantem o relacionamento “amoroso” por conta dos filhos, dos parentes ou de uma certa comunidade que faz parte. Afinal, “o que os outros vão pensar?”
Elas dizem que precisam manter as aparências para não causar nenhum tipo de distúrbio na comunidade.
Além de tudo são capazes de manter anos de um relacionamento de fachada simplesmente porque não quer ouvir o que os outros vão pensar.
Pensa, se é da fofoca que você tem medo, o que de fato os fofoqueiros podem fazer que vai afetar tanto sua vida. Se é no seu círculo íntimo que as coisas são de fato resolvidas e se é ali que seu coração precisa estar em paz.
Então pensa mais, de verdade, antes de falar se é a opinião dos “outros” que perturba você ou a sua própria cabeça confusa que o impede de resolver o que tem que ser resolvido.
Tanto que os filhos crescem, saem de casa, mudam de vizinhança, saem daquela comunidade, familiares se afastam e o relacionamento “infeliz” permanece.
Qual seria a razão para tanta infelicidade perpetuada por anos à fio.
Simples, pouca disposição para criar vida nova.
O mal conhecido é sempre mais tolerável que o bem desconhecido. A opinião dos outros na realidade afetam a nossa mente que se imagina dentro da opinião dos outros. 
Sair de um relacionamento ruim seria motivo de vergonha pública, mas a pessoa nem pensa que o que os fofoqueiros gostam é de fofoca nova, o seu divórcio será o assunto de uma semana, mas o seu casamento infeliz será tormento seu para a vida inteira.
Desagradar os outros, familiares ou não, é um direito que toda a pessoa pode exercer sem se sentir culpado. Porque nas fotos públicas você pode sorrir por alguns segundos para alegrar os outros, mas a tristeza e a amargura cria doenças. Pois é, sua vida é mais que uma foto.
Os filhos? Nunca compreenderão, mas também não vão compreender seu amargor e sua infelicidade. Ser educado por alguém que tem ranço na vida é pior do que por mãe solteira e feliz.
A decisão é complexa, mas sempre sua. Não se engane ou esconda de si mesmo na opinião pública, não subestime sua própria inteligência, afinal quando é para se apaixonar ninguém pergunta a opinião do vizinho.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

SACI-PERERÊ EMOCIONAL

O SACI EMOCIONAL ACEITA QUALQUER COISA QUE QUALQUER UM OFERECE


Para identificar se você é dependente emocionalmente de alguém, a resposta é simples, veja:
R: Se sem essa pessoa sua vida ficar paralisada você é dependente dela.
De forma filosófica necessitamos do convívio, do apoio, da ajuda, do incentivo dos outros, afinal, somos conectados numa grande cadeia de ações que fazem que o mundo funcione como ele funciona.
Mas o tipo de dependência emocional doentia que falo é aquela que faz a pessoa se imobilizar financeiramente, socialmente e psicologicamente quando não tem um alguém por perto.
Autonomia é quando mesmo podendo fazer algo sozinho eu escolho fazer acompanhado. Na realidade poucas pessoas realmente sabem o que é isso, apesar de acharem que são autonomas.
É como aquela criança que diz se virar bem sem a sua mãe por perto, mas nunca saiu de perto para ver se fica realmente bem.
Muitos adolescentes se intitulam independentes, mas diante do primeiro aperto da realidade correm buscar refúgio no colo dos pais.
Autonomia é poder responder por cada ação que tem sem apontar o dedo para culpados ou comparsas que não existiram.
Quando uma pessoa apóia seu bem-estar em um único pilar (filhos, família, trabalho, relacionamento amoroso, amigo) não é de se estranhar que sua vida entre em colapso quando perde esse apoio. O saci-pererê emocional sempre fica no chão quando machuca sua perna.
A real independência emocional acontece quando você aprende a distribuir suas fontes de nutrição psicológica em vários pontos de tal forma que não fique refém de nenhum em especial. Sobrecarregar alguém com sua necessidade compulsiva de apego seria até uma forma injusta de buscar amor, é muito peso para uma pessoa só.
Você sabe se é carente se você aceita qualquer coisa que qualquer um oferece.
“Ele não quer mais o relacionamento  e eu quero. Não importa eu fico com ele mesmo assim”. Isso é carência.


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O RECLAMÃO

O CARA QUE ESTÁ SEMPRE RECLAMANDO


Reclamar não é problema, mas reclamar de coisas banais e reclamar por reclamar (reclamação vazia), isso sim é problema !
O hábito de reclamar é tão grudento e imperceptível para o reclamão que ele pode passar uma vida inteira se queixando de tudo e sendo desagradável sem notar.
RE-clamar, clamar novamente, reivindicar tudo, eis o que o reclamão faz. 
Ele está sempre numa posição passiva e insatisfeita, ao mesmo tempo superior e exigente. O reclamão acha que só ele é o correto e o mundo está errado.
Acredita piamente que sabe sobre tudo o que deveria ser feito e que todas as demais pessoas são infantis e incapazes.
Olha com desdém para tudo e todos. Em sua visão sempre existe um apontamento ou algo que poderia ser corrigido. Parece ter uma perspectiva apropriada de cada acontecimento.
No trabalho seria o melhor chefe do mundo ou pelo menos teria mil lições para seu superior.
Na família tem sempre uma maneira de cutucar alguém e esbravejar uma lição qualquer.
No relacionamento será sempre o acusador que tenta “melhorar” o outro.
Notem que o nível de reclamismo de uma pessoa revela o quão chata ela é. Parece que está sempre olhando para aquilo que falta, quebra e é incompleto. Nada pode bastar na sua sede de insatisfação.
Ela tem um ar de vítima impotente em que nada à sua volta presta. Quase como se ela fosse a única pessoa correta que zela pelo bem estar do mundo.
Nesse aspecto o reclamão sempre acha que a dor dele é a única do mundo e que ninguém o compreende. Ele não caiu na real que não existe privilégio na vida e que não é especial em absolutamente nada. As coisas mudam para todo mundo e para ele também.
Qual o clima emocional que uma pessoa reclamona cria à sua volta?
As pessoas se cansam e se afastam. Ninguém consegue permanecer muito tempo perto de uma pessoa chata porque é cheia de razão. Afinal, fatalmente uma hora a reclamação será contra você.
Fora o fato que o reclamão está sempre de cara amarrada, aquela cara de poucos amigos como se estivesse com uma nuvem preta em cima da cabeça.
Acho que o reclamão tem inveja com uma pontinha de depressão. Ele está sempre olhando para tudo com um certo amargor invejoso e mascarado. 
Para remediar o hábito de reclamar, portanto, sugiro algo simples. Coloque movimento na sua vida, deixe de ficar analisando a vida dos outros, adote uma perspectiva positiva sobre os acontecimentos (é possível ser positivo sem ser ingênuo) e pelo bem da humanidade, PARE DE RECLAMAR!
Mande esse link discreta e carinhosamente para a pessoa que você considera um reclamão. 



quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O PROBLEMA EM SI

O PROBLEMA EM SI NÃO EXISTE E PARADOXALMENTE SEMPRE EXISTIRÁ


Num consultorio de psicologia um psicologo tem que ouvir o problema de muitas pessoas, mas um psicologo ouve sem estar tomado pelas emoções de quem quer ajudar “a qualquer custo”. Um psicologo ouve abrindo caminhos, levantando hipóteses, procurando espaços, invertendo papéis e situações que a pessoa narra. Ele ajuda a pessoa a olhar seu “problema” de todos os ângulos possíveis. E isso não é desgastante, mas um verdadeiro quebra-cabeças.
E por que temos tantos problemas?
Temos problemas porque temos desejos contraditórios associados a uma fome sem limites e um senso megalomaníaco de importância pessoal.
Traduzindo, queremos tudo, demais, insaciavelmente e com a condição que fiquemos por cima da situação.
O resultado disso não poderia ser outra coisa se não aparentemente um problema.
Por exemplo, seu marido é legal, mas não é tão atencioso quanto aquele moço que sempre cumprimenta você ao chegar no supermercado. Ele passa sempre alguns minutos ouvindo cada detalhe de seu relato, mesmo que pareça ocupado. Diferente do maridão (que está trabalhando quando você vai no supermercado) que já parece um pouco cansado já que sempre toma a lição com os filhos pequenos diariamente.
Resultado, o moço te cativa e vocês passam horas conversando no motel, incluindo promessas fantásticas. A culpa toma conta e você já não consegue olhar para seus filhos com aquela firmeza moral de antes. O marido fica cada vez mais de lado e o relacionamento termina de naufragar.
Algum problema ali? Eu não vejo nenhum.
Há algum crime na descrição acima? Não, só confusão de interesses, medo de seguir numa direção e apego a uma das opções.
Em tese, nada ali precisaria mudar caso ninguém quisesse, desde que assumisse que é um caldeirão de instabilidade. E a isso chamamos problema.
Desejos temos aos montes, o problema mora no apego a eles. Ao perceber que temos que abrir mão de alguma coisa nossa reação é imediata: NÃO. O desapego das coisas é muito mais um exercício de desapego de si mesmo em relação as coisas do que o contrário…
Além de reclamar do problema, teimamos que nossa posição é única e certa. Queremos sair por cima de tudo.
Então qual seria a “solução” para cada problema?
Largar algum osso! Mas queremos todos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.
E como sair de um problema? Vou copiar o que eu escrevi lá no inicio do texto, quando expliquei com trabalha um psicologo.
“ Um psicologo ouve abrindo caminhos, levantando hipóteses, procurando espaços, invertendo papéis e situações que a pessoa narra. Ele ajuda a pessoa a olhar seu “problema” de todos os ângulos possíveis.”
Quando isso se faz nota-se que o problema em si não existe e paradoxalmente sempre existirá. Os problemas são construções mentais.
Para haver "problema" basta existir alternativa e as alternativas sempre existem...