segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

É IMPORTANTE DAR NOME AOS BOIS

PRECISAMOS SABER NOMEAR O QUE SENTIMOS


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Quando temos pouco vocabulário emocional, parece que criamos um ponto-cego psicológico. As emoções estão acontecendo, nos impactando, tomando as rédeas de nossas decisões, apontando caminhos e nós inconscientes da jornada. Tentaremos resolver os problemas, mas não estaremos habilitados para lidar com as emoções que criam os problemas e por isso, muito provavelmente vamos  nadar, nadar e morrer na praia
 Quando sabemos dar nome para o que estamos sentindo, sem intelectualizar, apenas nomear, ganhamos mais sabedoria sobre o nosso mundo interno e mais liberdade para agir.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

TRAIÇÃO NÃO É PEDOÁVEL

A REGRA DE EXCLUSIVIDADE É CLARA: 2, SÃO APENAS 2, NÃO MAIS QUE 2 


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Onde começa a traição? Raios...quando 2 já não são apenas 2. Não é difícil fazer a conta, juro, gente! 
Pra que firmar um compromisso com outra pessoa se somente ela não te basta? Se passa o tempo todo à caça, flertando aqui e ali com outras, pra ver se cola? É como falar um "estou te usando enquanto me convier". Não importa se é algo corriqueiro, caso-de-uma-noite-só. Precisou recorrer a outra pessoa pra se satisfazer sexualmente/amorosamente? A não ser que os dois estejam numa casa de swing (há a proposta e o acordo claro de que haverá sexo com outras pessoas, mas ainda é uma corneada soft), então há traição. Quando vc se sente satisfeito com um parceiro, nem passa pela cabeça se envolver com outra pessoa. As outras se tornam tão desinteressantes. A não ser que você seja um moleque que não consegue controlar o pinto. Se for o caso, continuem solteiros e esperem a puberdade passar. Essa, infelizmente, não respeita a idade delimitada pela Organização Mundial de Saúde.
No caso delas, digo o mesmo. 
Sei dizer que a traição brota lá dentro, na mente, e devagar a pessoa vai buscando isso.  Em alguns casos, como nas casas de swing, onde um sabe desse desejo do outro de estar com um outro, trair é só uma forma divertida de cornear. Você leva o chifre, dá o troco, todos se divertem e voltam pra casa de consciência limpa. O famoso chumbo trocado.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

RENOVAR É SOBRE O NOSSO PRÓPRIO AMOR

RENOVAR É A VONTADE QUE NOS VOLTA



Quando um relacionamento acaba mesmo que não se queira, aos trancos e barrancos, você tem que aceitar. De repente, a notícia que você jamais pensava em dar, virou sua manchete diária. É difícil dar uma informação como essa, quando se é um dos personagens principais. Você fica se perguntando, se questionando, usando todos os porquês existentes, mas não consegue respostas imediatas, sempre pairam as dúvidas.
Quando acontece alguma coisa em nossa vida que não queríamos que acontecesse de jeito nenhum, pensamos como seria bom que tudo fosse ficção e que, a qualquer momento, ouvisse aquele famoso “corta!!!”, usado para interromper uma cena.
Acontece que a vida real é diferente. Quando uma pessoa se dá conta que se expôs baseada em ‘nadas`. Esquece que na vida real não há cortes. O máximo que se pode conseguir é refazer a cena ou mudar o tom da notícia. O problema é que nem sempre dá certo. Erra-se o tempo, o texto e se é um péssimo diretor – ou melhor, nem se consegue ser diretor. Principalmente quando no elenco tem alguém de máscara e a pessoa não consegue, talvez por falta de traquejo, fazer com que aquela máscara caia a tempo.
No começo, se vive àquele falso roteiro que traz falsa felicidade. Mas depois se torna claro que essa felicidade não é mais possível. O tal do “Felizes para sempre” não faz mais parte daquela história, porque não era para fazer parte daquela história, da história com aquela pessoa… 
Há casos em que o problema é que foi tudo rápido de mais: olhar, diálogo, convivência e paixão acontecem sem que se saiba o que viver primeiro. E vai se levando assim mesmo, sem entender ….A pessoa quando está apaixonada não quer entender; não quer opiniões; não quer saber se vai durar. Só quer que dure.
Ninguém se prepara para queda, e quando cai é ‘difícil` esperar que a dor passe. Mas a verdade é que passa, tudo passa. Demora e deixa a pessoa exausta na sala de espera, mas passa. E aí o resto é com ela. É se esforçar pra viver da dignidade que sobra ao abrir mão da emoção em nome da razão. É renovar, e quando falo em renovar é sobre o nosso próprio amor, sobre a vontade que nos volta de que sim: podemos amar de novo e de novo e de novo.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

"ESTOU COM PREGUIÇA"

O DESEJO DE DEIXAR ALGUÉM PRA DEPOIS



A preguiça de alguém (de alguma pessoa) é algo delicado para explicar. É que se trata daquele alguém que, de alguém que você considerava bastante, passou a ser alguém que não cheira e nem fede para você. Alguém que só te dá vontade de ignorar.
Em geral, quando você sente isso por alguém é alguém que você já gostou ou já se esforçou por algo bom um dia. O coração tem boa memória. Ele te lembra das vezes que correu atrás, dos esforços que fez e do quanto tentou mostrar como esse alguém era especial. É alguém que só quer ter razão, que quer reverter a ordem das coisas para privilegiar suas próprias preferências e, quando não, é alguém que se faz de vítima em toda e qualquer situação.
A preguiça de alguém é algo mais sério que a raiva.
É que a raiva passa. Sempre melhora. Vai passar umas horas ou dias e essa raiva toda vai esfriar. Agora, a preguiça, bem, isso é algo que não tem data para acabar. E é bom que saibamos: a preguiça de alguém é um sentimento diferente daquele literal que tem a ver com a vontade de não fazer nada. A preguiça por alguém é aquela falta de paciência que você sente, aquele famigerado “bode” e desânimo, principalmente quando esse alguém tenta ser para você alguém que não é.
Quando você sente preguiça de alguém, no caso de já ter gostado desse alguém, é que você entende que o jogo virou. Você sente um negócio meio: “Ah, sério? Agora você vem falar comigo? Puts, não.” E aí você evita esse alguém: “Depois respondo, não agora”. E aqui é importante reafirmar: você não é assim, você não gosta de ser assim, mas as circunstâncias te fazem se sentir assim. É mais forte do que você.
É difícil assumir quando você tem preguiça de alguém, porque para os olhos dos outros pode parecer que você é uma pessoa chata e birrenta. Pode parecer também que você é alguém que não sabe lidar com outras pessoas. Simples assim. Só que não é nada disso. É uma sensação estranha que nenhuma outra palavra define melhor que preguiça. Não é raiva, não é amor. É só um desejo de deixar essa pessoa para depois.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

NÃO PERMITA QUE SUAS RELAÇÕES SEJAM EM VÃO

RELACIONAMENTO É PARA OS MÃO-ABERTA. PARA OS OUVIDO-ABERTO. PARA OS CABEÇA-ABERTA. PARA OS CORAÇÃO-ABERTO



Que todo relacionamento é uma troca todo mundo já sabe. Não vou ficar aqui gastando meu português para falar em clichê. O que me interessa, diante dessa premissa, é o objeto da troca. É o que o outro tem para oferecer. É o escambo que vai muito além das doações imprescindíveis para que qualquer relacionamento prospere. É o teor da permuta. É a parcela mais genuína de si que o outro tem pra trocar. E preciso esclarecer que quando digo isso, definitivamente não me refiro a carinho, fidelidade, lealdade ou respeito, que no meu romântico, poético e utópico entendimento, são itens que não deveriam figurar no rol das qualidades, mas apenas dos simples e básicos pré-requisitos “standard” para qualquer pessoa que pretenda se relacionar. A verdade é que relacionamento é coisa de gente altruísta. Gente egoísta não tem vez. Relacionamento é para os mão-aberta. Para os ouvido-aberto. Para os cabeça-aberta. Para os coração-aberto… E é por isso que eu gosto de gente que tem algo para doar. Gente que ama a própria vida. Gente que tem novidade velha. Gente que tem história boa para contar. Gente que já aprendeu a se doar. E não me venha com mixaria. Não quero meia-boca, meio-corpo, meia-alma. Eu amo a fluidez que naturalmente leva as coisas que não mais nos servem. E é por isso que alguns relacionamentos vão, algumas coisas vão, algumas pessoas vão. O importante, nessa reflexão, é não deixar que as relações sejam em vão. O mais legal de toda relação é conviver com alguém que tenha alguma paixão. Qualquer paixão. Útil ou não. Gente que tem uma paixão sabe que amor exige dedicação. Ponto pra eles, que já aprenderam essa lição. Gente que ama alguma coisa sempre tem algo a ensinar. Pode ser sobre futebol americano, animais silvestres, religiões africanas, polo aquático, literatura russa, cruzeiros transatlânticos, música popular grega, motovelocidade, selos, ou seja lá o que for. O essencial é que a pessoa tenha uma paixão. Tenho pouquíssimas certezas na vida e uma delas é que o ser humano é movido a paixões. Por isso gosto de gente apaixonada. Aprendi que é muito melhor se relacionar com gente que conhece o combustível da própria vida, que não vai sugar só o que é meu. Gente que tem uma herança para deixar e que também tem algo a compartilhar. Gente que amando algo, já entendeu como é amar.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

FUTUROS VIRAM PASSADO SEM SEREM PRESENTES

ISSO É DEMAIS DE CONTEMPLAR!


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Nós operamos dentro de uma realidade complexa. Essa realidade complexa ela é povoada por muitas diferentes coisas, assim. Por exemplo: galáxias – elas estão dentro disso. É como se tivéssemos um cenário, nós somos personagens dentro de um cenário assim. Esse cenário ele está pintado, tem muitos elementos dentro desse cenário. Todos eles atuam sem parar, não é necessário que esse cenário seja verdadeiro – é um cenário, não é uma realidade... é um cenário.
O cenário muda com o tempo. Por exemplo: as teorias da Ciência mudam, o cenário muda. Nós temos experiências emocionais, relacionamentos... o cenário vai mudando, vai ficando com cores mais escuras, mais claras; e dia e noite também mudam os cenários, mas tudo isso atua e influencia a ação da mente.
Entre os elementos que eu acho assim super interessantes é a visão do passado – o passado está estampado no cenário, o futuro está estampado no cenário. Aí nós vemos uns futuros estranhos assim, por exemplo: futuros que viraram passado sem nunca terem sido presente. Ou seja, tinha futuros que não se realizaram; portanto, eles viraram passado. Por exemplo, a gente diz: ‘quando eu tinha tal idade eu imaginava tal coisa.’ Então, aquilo era o futuro que deixou de acontecer, e ele virou passado sem nunca ter virado presente, não é? Aí, nós temos vários desses futuros que estavam estampados.
Uma perspectiva voodoo, cada um desses futuros é uma agulha, cada um desses passados é... uma agulha assim!...  Se nós tivermos aquilo claro na mente, pode ser que a gente venha a se livrar; mas pode ser que a gente tenha incorporado aquilo no nosso funcionamento. Sem que a gente perceba, isso constitui a nossa forma de realidade, constitui a base a partir da qual nós raciocinamos.
Nessa perspectiva todos esses futuros viraram passado sem serem presentes; do mesmo modo, todos os passados eles estão vivos no presente. Uma vez que eles estão existindo no presente de forma dinâmica – sustentados ou não –, eu posso também transformá-los, se eu quiser. Eu posso também apagá-los da paisagem, se eu quiser... tirá-los do cenário, não é? Mas, de modo geral, a gente não olha assim; a gente olha alguma coisa e fica sob efeito daquilo que foi visto. Aquilo que foi visto baliza alguma coisa do que nós podemos ou não podemos fazer. Isso é demais de contemplar!

sábado, 26 de novembro de 2016

O BLOG ESTÁ SOPRANDO SUA 2ª VELINHA

POST ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO DO BLOG   



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Esse meu cantinho, é apenas um hobby, não me considero "blogueira". 
Comecei exatamente há 2 anos atrás, 26 de novembro de 2014, com o intuito de compartilhar um mosaico de ideias. Espero de coração que minhas postagens sirvam de inspiração ou toque de alguma forma sua percepção ou sua vida, nem que seja por apenas breves segundos ou minutos. Já sinto que pude colaborar.
Foram 475 textos publicados. Mesmo sem realizar nenhum trabalho de divulgação, recebi visualizações além do Brasil, também, dos Estados Unidos, Rússia, China, França, Portugal, Canadá, Índia, Ucrânia, Reino Unido, Japão.  para o 1° lugar, o post mais diretamente acessado desses 475 publicados, continua sendo  "DOENÇAS SÃO PALAVRAS NÃO DITAS” – Jacques Lacan.
Agradeço de coração aos que pararam um minuto do seu tempo para ler os textos que postei.
Gostaria de agradecer a cada um pessoalmente! 



sexta-feira, 25 de novembro de 2016

REFLEXÃO PARA O AGORA

O AGORA É O TEMPO QUE NÓS TEMOS



Se na hora da morte surgir o pensamento "Porque eu vivi tão SÉRIO (contraído, rígido, teimoso, autocentrado, fixado, pousado, ajustado, ocupado, atarefado)?, que pelo menos nessse momento ninguém te leve a sério. Que se divirta, relaxe, sorria e olhe bem ao redor.
Que pelo menos não morramos tendo um insight sério sobre o que fizemos ou não fizemos.

ESCOLHA QUEM VOCÊ QUER SER

VOCÊ NASCEU PRA SER VOCÊ

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Como tudo na natureza, somos programados para crescer e nos tornar nós mesmos, mas a grande diferença entre o homem e o resto da natureza é que nós podemos dizer não. Oh! Uma semente de laranjeira vai virar uma laranjeira e dela vão nascer laranjinhas bebês. Do ovo vai nascer o pintinho que vai virar uma galinha que vai botar outro ovo de onde vai nascer outro pintinho. A água que evapora vai virar nuvem e vai se precipitar e virar chuva numa bela tarde do nosso outono. Mas você... Você nasceu para crescer e se tornar você, com tudo o que isso representa. Nasceu para ser o seu melhor, para ser o que mais quer ser dentro do seu coração. Para contribuir com os seus talentos, dons e habilidades recriando uma sociedade e um mundo melhor. Você pode dizer não. A semente não pode decidir que não quer virar árvore. A laranjeira nunca conseguirá dar manga. O pinto não consegue fingir que é um javali. A água que evapora nunca vira lava de vulcão, mas chuva. Sempre chuva. No entanto, por algum motivo, a você foi dado o poder de escolher acreditar em qualquer coisa que quiser. Com isso, você consegue criar significado para as histórias da sua infância, escolhe a interpretação que dá para cada coisa que ouviu dos outros escolhe acreditar nas crenças que quiser. Você pode ter medo de ser você. Pode achar que já está velho demais para isso e que, se for você, ninguém vai gostar. Pode adiar e dizer que ano que vem vai ser você. Ou na segunda-feira. Pode achar que não tem tempo nem dinheiro para isso, que não pode ser você por causa dos seus pais ou dos seus filhos. Pode escolher acreditar que é impossível ser você! E nessa, que é – até onde sabemos, pelo menos – a sua única vida, pode ser que você nunca deixe de ser semente, não quebre a casca do seu ovo ou evapore e precipite. Pode ser que nunca venha a ser você! E, quando se der conta, vai perceber que passou o tempo todo tentando preencher o vazio de não ser você com dinheiro, poder, carros novos, relacionamentos, filhos... Com que pensamentos, decisões e atitudes você tem dito não ao seu propósito de vida? Independentemente de quais sejam, você pode a qualquer momento usar seu poder e escolher novos pensamentos e tomar novas decisões que vão levá-lo a ser quem você nasceu para ser. Podemos escolher acreditar em qualquer coisa. Então por que não acreditar em nós mesmos e ser quem verdadeiramente somos?
Talvez seja complicado mudar radicalmente, ou talvez esse seja só mais um pensamento em que você está escolhendo acreditar. 
Mas, com certeza, você pode dar hoje um primeiro passo, ainda que pequeno. Qual vai ser ele?


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

SER TEMPO

TODOS OS MOMENTOS ESTÃO SENDO-TEMPO


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Nossa vida parece estar sempre para chegar ou já ter passado.
Nossa relação com o tempo é de desconexão. Alternamos entre correr atrás do tempo (estresse, ansiedade, correria, distração, "quase lá") e esperar o tempo chegar (tédio, torpor, embotamento, depressão, "quando tal coisa acontecer, aí sim...").
O tempo das coisas, os ciclos da natureza, os ritmos das pessoas parecem diferentes do nosso ritmo. Não nos sentimos no tempo certo. É como assistir a um filme com o áudio fora de sincronia. Ou, numa metáfora espacial, estarmos sentados meio tortos em uma cadeira: não é gostoso.
Nós nunca vamos relaxar de verdade dentro de uma sensação de ter um minuto, uma hora, uma tarde, um dia, uma semana, um mês, um ano, uma década, uma vida. Pense: se tirarmos férias de um mês, teremos um mês de tempo, ou seja, vamos relaxar só um pouco, restritos ao relaxamento de um mês. É igual tentar boiar no mar logo depois de ver uma onda bem grande despontando no horizonte. Você deita com prazo de validade. Mesmo enquanto dura, há um pano de fundo de inquietação. Estamos mais deitados sobre nossa própria tensão do que no oceano.
Quando nossa mente começa a não se restringir a alguma duração de tempo, pode surgir aquela famosa sensação de ter passado uma hora em um minuto ou um minuto em uma hora. E então, mesmo se temos apenas 9 minutos de conversa com alguém, nossa mente repousa com todo o tempo do mundo. Diz-se que o único tempo infinito se encontra além da sensação de temporalidade, além do tempo — senão é sempre algum lugar no tempo, antes ou depois de algo, limitado, mesmo que estejamos falando da maior sub-divisão de tempo na escala de tempo.
Nesse sentido, os vários tempos são inseparáveis das realidades onde aparecem. É ok esperar uma hora entre chegar no aeroporto e embarcar, mas uma hora é demais para esperar o feirante arranjar o seu troco. Dez minutos são uma eternidade quando estamos com dor, mas passam rápido quando estamos com prazer, e assim por diante. É por isso que o tempo é relativo e sua percepção depende da mente, inseparável de toda a nossa experiência de realidade. A sensação de urgência, a sensação de ter passado muito ou pouco tempo, a sensação de estarmos no começo ou no fim de algum ciclo, a própria sensação de existirem momentos diferentes ou de estarmos em um mesmo momento... Tudo inseparável da mente.



terça-feira, 22 de novembro de 2016

ORGANIZE SUAS EXPECTATIVAS

DEVEMOS EQUILIBRAR AS EXPECTATIVAS POSITIVAS E NEGATIVAS A RESPEITO DA VIDA




Há um  lado bom de ser só um pouquinho pessimista, mas só um pouquinho, ajuda a evitar decepções desnecessárias. 
Expectativas estão presentes em quase todas as formas de relações, sendo um dos principais motivos para nossas chateações. Esperamos algo de prestadores de serviço, dos produtos que compramos e das pessoas que nos relacionamos. Esperamos algo do nosso chefe - nem que seja reconhecimento pelo esforço -, dos nossos amigos e até da comida que comemos.
Quando o fantasiado não bate com a realidade, o que sobra é sofrimento.
Infelizmente, somos ruins em controlar as fatores externos. Adoramos sentir que tudo está sob controle, mas a quantidade de variáveis torna as situações incontroláveis.  
Quando essas coisas nos chateiam, não foram elas ativamente que fizeram isso. Foi nossa expectativa em cima delas que fez.
Não temos como interferir diretamente nos eventos externos, por isso é ruim depositar tanta esperança neles. O que podemos, no entanto, é alinhar a forma como enxergamos as possibilidades.
Os filósofos nos dão uma boa dica de como lidar com as expectativas da vida. A forma mais simples de definir a ideia dessa linha filosófica  é basicamente a de ser indiferente ao destino.
Sabemos que coisas ruins acontecem o tempo todo, por isso não deveríamos nos surpreender quando nos deparamos com elas. O reconhecimento de que o pior cenário também é possível nos ajuda a não ser pego de surpresa.
Quando chove e nossos planos são estragados, mesmo que fiquemos tristes, não é o fim do mundo. Sabemos que não é possível decidir como a natureza vai se comportar. Por que então achamos que todo resto das coisas será diferente? Então por que, quando somos traídos por alguém, por mais chato que seja, nossa reação é diferente? Desde que relações humanas existem, traições acontecem. Não deveria ser surpresa que um amigo vá nos sacanear, que um namorado pode acabar ficando com outra garota ou que aquele sócio vai te passar a perna.
Para quem não está acostumado, tal dose de pessimismo pode soar prejudicial, como se nos impedisse de viver a possibilidade positiva das coisas. Mas vamos voltar ao exemplo da chuva: Não deixamos de fazer planos, organizar festas e feriados na praia porque existe a chance de chover. A única coisa que muda nisso tudo é como vamos reagir caso aconteça. 
Parafraseando Lívio (56 AC - 17 DC):  homens sentem o bem menos intensamente que o mal. É normal que a esperança e a ilusão do positivo sirvam como alimento das possibilidades, mas uma dose de realismo na hora de fazer planos evita bastante dor futura.
Como toda forma de filosofia aplicada a vida real, é necessário observar até onde suas aplicações são válida. A ideia não é abandonar todo otimismo e felicidade da vida, apenas respirar fundo e considerar sempre a parte ruim.
Entender que somos humanos e que alimentar expectativas ilusórias é algo que fazemos automaticamente nos deixa mais consciente de nós mesmos. Ao aceitar esta condição como verdadeira, podemos inclusive alinhar expectativas que outras pessoas possuem da gente, evitando que sofram sem necessidade.
Não é que todo nosso sofrimento venha das ideias que criamos em nossa mente, mas muitos deles certamente vem. Ou como diria Seneca: “Sofremos mais frequentemente na imaginação do que na realidade.”


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A BASE NUNCA MUDOU

VIEMOS DA MESMA COISA, SOMOS A MESMA COISA E VOLTAREMOS PARA A MESMA COISA


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Fetos e cadáveres: todos nós nascemos iguais e morremos iguais. Por que durante a vida seria diferente?
Em vez de pensar que você possui características, atributos ou essências, note que esses padrões manifestados são impessoais e que podem ser abandonados a qualquer momento. Dentro de uma pessoa "ciumenta", não há nenhuma placa de ferro com a marca "ciúme". O que chamamos de ciúme ou raiva ou orgulho é apenas uma posição da mente e do corpo. Tanto é que duas pessoas ciumentas, por mais diferentes que sejam, acabam agindo de modo similar quando são movidas por essa estrutura.
Todas as emoções negativas e todas as qualidades positivas (como generosidade e tranquilidade, por exemplo) são processos impessoais. E nós somos o espaço na qual eles podem surgir, somos a liberdade de transitar entre infinitos modos de ação. 
Mas o que eu quero dizer com "impessoal", como assim?
Veja, é como se a raiva ou a generosidade fossem inteligências, têm uma cara própria, são processos, estruturas, lógicas, dinâmicas impessoais – elas não pertencem a uma ou outra pessoa.
Pense como se fossem máscaras. Se a pessoa A sente raiva, ela fica muito parecida com a pessoa B, quando sente raiva. Se a pessoa C é generosa, ela age de modo parecido com a pessoa D, quando também é generosa.
É como se cada qualidade ou emoção fosse uma posição da mente. Não é algo meu ou seu, é algo onde podemos cair, de onde podemos agir. Podemos agir de modo amplo, a partir do céu, ou podemos agir a partir do cantinho de nosso quarto fechado.
A liberdade é justamente possível porque nós vamos de uma posição a outra, somos plásticos, flexíveis.
Se a raiva fosse algo pessoal, ou seja, se uma pessoa fosse, de fato, raivosa, se tivesse alguma emoção ou qualidade em sua essência, a liberdade seria impossível pois ela teria de mudar algo imutável, Por isso chamei de impessoal as emoções, que tomamos como pessoal.
Relacionar-se de modo impessoal não resulta em uma postura fria, mas na exploração do verdadeiro contato, ativando a liberdade do outro em vez de reagir aos padrões que ele manifesta.
Na nossa confusão, o caos é incessante, assim como nosso impulso de resolver e acertar as coisas. Na verdade, é essa incapacidade de parar no meio da merda que perpetua os problemas.
O momento de paz, ordem e harmonia que tanto esperamos nunca chegará. Antes é o começo das férias, mas aí descobrimos que as férias acabam e que surgem novas período de trabalho, ou seja, veio as férias, cujo alívio não durou muito. Agora esperamos por alguma forma de harmonia final e, enquanto isso, vivemos nos finais de semana e tentamos controlar as situações para que se adequem às nossas preferências mais íntimas.
Se tentar se afastar dos problemas, sua vida se tornará um inferno. O melhor que podemos fazer é desistir de controlar os fenômenos e lidar diretamente com as experiências todas, do jeito que surgem.