RENOVAR É A VONTADE QUE NOS VOLTA
Quando um relacionamento acaba mesmo que não se queira, aos trancos e barrancos, você tem que aceitar. De repente, a notícia que você jamais pensava em dar, virou sua manchete diária. É difícil dar uma informação como essa, quando se é um dos personagens principais. Você fica se perguntando, se questionando, usando todos os porquês existentes, mas não consegue respostas imediatas, sempre pairam as dúvidas.
Quando acontece alguma coisa em nossa vida que não queríamos que acontecesse de jeito nenhum, pensamos como seria bom que tudo fosse ficção e que, a qualquer momento, ouvisse aquele famoso “corta!!!”, usado para interromper uma cena.
Acontece que a vida real é diferente. Quando uma pessoa se dá conta que se expôs baseada em ‘nadas`. Esquece que na vida real não há cortes. O máximo que se pode conseguir é refazer a cena ou mudar o tom da notícia. O problema é que nem sempre dá certo. Erra-se o tempo, o texto e se é um péssimo diretor – ou melhor, nem se consegue ser diretor. Principalmente quando no elenco tem alguém de máscara e a pessoa não consegue, talvez por falta de traquejo, fazer com que aquela máscara caia a tempo.
No começo, se vive àquele falso roteiro que traz falsa felicidade. Mas depois se torna claro que essa felicidade não é mais possível. O tal do “Felizes para sempre” não faz mais parte daquela história, porque não era para fazer parte daquela história, da história com aquela pessoa…
Há casos em que o problema é que foi tudo rápido de mais: olhar, diálogo, convivência e paixão acontecem sem que se saiba o que viver primeiro. E vai se levando assim mesmo, sem entender ….A pessoa quando está apaixonada não quer entender; não quer opiniões; não quer saber se vai durar. Só quer que dure.
Ninguém se prepara para queda, e quando cai é ‘difícil` esperar que a dor passe. Mas a verdade é que passa, tudo passa. Demora e deixa a pessoa exausta na sala de espera, mas passa. E aí o resto é com ela. É se esforçar pra viver da dignidade que sobra ao abrir mão da emoção em nome da razão. É renovar, e quando falo em renovar é sobre o nosso próprio amor, sobre a vontade que nos volta de que sim: podemos amar de novo e de novo e de novo.
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