segunda-feira, 30 de abril de 2018

O "MEIO TERMO"

NADA "MEIO TERMO" SERVE, MUITO MENOS O AMOR


Gente, não dá para viver no "meio termo", nem o amor nem nada “meio termo” serve: gente que vive em cima do muro irrita e amores rasos só servem para gente carente. Amor foi feito para pessoas inteiras e rotina não é desculpa, muito pelo contrário, a rotinadiferente do que muitos pensam, nunca foi um problema para o relacionamento. Aliás, é somente através dela que os laços do amor se criam e se fortalecem. 
Compartilho da mesma ideia de Martha Medeiros ao escrever que as coisas mornas são perda de tempo: “Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. (…) O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.”
Amor não é servido em fatias, em metades. Amor é plenitude. 
A partir do momento em que você começa a não ver o seu relacionamento dessa forma, é hora de repensar se ele já não acabou, há muito tempo, e você nem percebeu. 
Amor morno é a maior crueldade a qual podemos nos submeter. Quando não há mais saudade, quando a presença não é mais motivo para romance, quando as desculpas para não se encontrar são as mais esfarrapadas possíveis, não há porque insistir.
Metades aceitamos de um pedaço de bolo, de uma melancia, de um queijo. Não de um amor. Como dizia Clarice Lispector: “Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre”.
Não dá para aceitar um sentimento raso por comodismo. Se não está disposto a amar com tudo, nem entre em um relacionamento. Amar é coisa de gente forte mesmo!
De gelada deixa a cerveja, de metade deixa a conta do bar e de morno deixa o banho. O restante tem que ser intenso, sim! Cada vez mais.


sexta-feira, 27 de abril de 2018

ESCUDO PROTETOR

O QUE NOS PROTEJE DE QUALQUER MAL SÃO NOSSAS VERDADES E NOSSAS CONVICÇÕES



Ninguém gosta de ser desprezado ou de ter algum desafeto, tampouco nos faz bem possuir inimizades. No entanto, enquanto vivermos, colecionaremos vários encontros dos quais sairemos decepcionados, por conta de sermos incompreendidos ou mal interpretados. Esse será sempre o preço a ser pago por sermos verdadeiros e convictos de nossas opiniões.
Haverá, diariamente, quem discordará de nossas ideias, quem esperará de nós algo a mais do que poderemos oferecer, quem nos amará sem retorno. E, caso permaneçamos firmes no propósito de vivermos nossas verdades, estaremos sujeitos à incompreensão e à maldade alheias. Porque aqueles que não suportam ser contrariados se irritarão com a segurança de nossos passos, a qual lhes refletirá a fraqueza de suas convicções.
É preciso que estejamos conscientes de que não poderemos ser amigos de todo mundo ou queridos por todos, pois cada pessoa carrega as próprias verdades, as quais podem chocar diretamente com o que pensamos, com nosso estilo de vida. Não poderemos, jamais, desistir do que nos move os sonhos, para que o outro fique feliz e goste de nós, visto que, então, na verdade nem será nosso eu o foco dos sentimentos alheios. Máscaras têm curta duração.
É fato que todo relacionamento necessita de concessões e de reavaliação de postura e de ideias, de ambos os lados, para que aos poucos a harmonia se ajuste aos caminhos daqueles que resolveram caminhar juntos. Porém, quando há pendência desigual sobrecarregando uma das partes, quando somente um lado abre exceções e se doa, não se estabelece a cumplicidade e tudo desaba, mais cedo ou mais tarde.
Não podemos abrir mão daquilo em que acreditamos apenas para mantermos junto de nós um parceiro ou um amigo. O que sustenta a admiração e o amor é exatamente a troca, a reciprocidade, a entrega que vai e volta; caso contrário, iremos nos esvaziando de atrativos e nos distanciando de nós mesmos, bem como de qualquer pessoa. Ninguém há de achar interessante manter um relacionamento com quem não possui opinião própria, com quem respira tão somente os ares que mendiga dos outros, com quem tenta agradar o tempo todo.
Uma coisa é certa: sermos verdadeiros sempre é a melhor maneira de caminhar, pois somente assim estaremos aptos a abraçar os encontros mágicos que a vida nos reserva. Porque, então, nossas verdades irão se lançar ao encontro de gente verdadeira, de gente que tornará nossa jornada mais digna e especial, com admiração recíproca e sincera.


quinta-feira, 26 de abril de 2018

O MUNDO PRECISA QUE VOCÊ SEJA SÃO

CONVENHA QUE VOCÊ SEJA LEGAL DE CUCA



Ninguém é perfeito, mas podemos e devemos ser sempre pais generosos conosco… 
Será que você tem sido bondoso consigo mesmo? Sabe, eu tenho reparado no mundo que me circunda, o quanto algumas pessoas peferem muitas vezes, fazerem-se de vítimas, ou agem como coitadas, culpando o mundo por seus insucessos.
Uma pessoa dotada de discernimento, saberá agir de maneira mais prudente e, como consequência, de maneira mais acertada.
Algumas pessoas realmente precisam de um chacoalhar bem dado, para que de alguma forma, despertem de seus amargos pesadelos. Ninguém pede para receber tais avisos, mas acreditem, eles chegam, e, geralmente, ao contrário do que se pensa, é para seu próprio bem.
Sei bem que ninguém quer ser acordado com um belo balde de água fria, mas ficar banhando-se em águas quentinhas, recheadas de mentiras, não servirá para que você possa dar uma reviravolta em sua vida, que encontra-se estacionária e que mostra-se, por via dos fatos, um tanto quanto ilusória.
É preciso que acordemos de nossos sonhos utópicos, é preciso que olhemos para bem dentro de nós e que decidamos poder fazer algo pela situação evidenciada.
Existem pessoas, em contrapartida, que são excelentes tutores para suas almas, que sabem tratar-se bem, que não se sufocam com suas autocríticas. O mundo está cheio de pessoas assim.
Então, peço encarecidamente, por mim e pelo coletivo, que você se ame, que você se respeite, para que, como consequência, possa respeitar as pessoas à sua volta.
É preciso que, com muito cuidado, você possa vasculhar suas gavetas e jogue tudo que esteja estagnado, que não preste, e que não se aproveite mais, fora.
Sacuda essa gaveta, revolucione-se. O mundo precisa de você são, de você saudavel. Penso que, se lhe fizeram mal na infância, experimente rever, ponderar e não continuar fazendo com você o que um dia, fizeram-te.
Aja com prudência, com inteligência, o mundo gira sistematicamente de forma linear, e ele não esperará por sua boa vontade de fazer diferente, provavelmente passará por você semelhante a um trator em movimento.
Convém que você faça alguma coisa por si, convém que você seja legal de cuca, convém que você seja uma pessoa amistosa, generosa, e pronta para encarar os desafios que cheguem, sem ofertar avisos prévios.
Somos o que sentimos. As verdades que propagamos, retornarão de alguma forma a nós próprios, um dia.
Saiba que o mundo será generoso com você quando você decidir colocar-se no colo e fornecer a si próprio, as necessidades básicas tão necessárias para a sua sobrevivência…

quarta-feira, 25 de abril de 2018

A FORÇA DAS PALAVRAS

É PRECISO FALAR


A palavra cria. A palavra enaltece. A palavra fere. A palavra fortalece. A palavra destrói. A palavra ensina. A palavra constrói. A palavra encoraja. A palavra ilumina. A palavra transforma. A palavra cura.
Tem uma poesia da filósofa e psicanalista Viviane Mosé que diz: "Procuro uma palavra que me salve(...) Toda palavra deve ser anunciada e ouvida(...) Toda palavra é bem dita e bem vinda." 
Sobre a palavra não importa se ela é falada, escrita, ou se a palavra é por sinais. A palavra pode nos salvar, pode ser transformadora, pode ser o início de grandes ações. Parece que o ditado popular carrega uma certa razão, ou seja, as palavras tem poder.
Então é preciso falar. Falar de si, falar dos medos, falar das alegrias, falar das angústias, falar dos tropeços, falar das conquistas, falar a sós consigo mesmo, falar com o outro, falar dos sonhos, falar dos sentimentos.  Calar no momento de falar sufoca, asfixia, mata. Não falar quando é necessário colocar para fora o incômodo faz crescer o grito mudo que adoece, pois as palavras não ditas - e que precisavam ser ditas - irão para algum lugar, naturalmente. E o lugar mais adequado é fora, para que não faça nenhum estrago dentro de nós. Há um frase que popularizou-se, dizendo mais ou menos que não adianta falar a quem não tem ouvidos para escutar. Pode ser que não haja mesmo tantos ouvidos para escutar com a devida atenção as palavras que queremos falar, mas ainda assim, não falar somente porque o outro não tem condições para escutar - sejam por quais motivos forem - ainda é um mal para quem não se dispõe a falar, pois ainda que o outro mal escute, o ato de falar serve também como desabafo. E deixe o outro. Se ele não tem ou não teve condições para escutar, o problema é dele. É preciso falar.
Falar é libertador. Falar pode transformar quem fala - e pode, mas esse nem é o objetivo, transformar quem ouve. 
Falar nos cura. Nos cura da angústia de um silêncio que violenta, nos cura do outro que nos oprime, nos cura da vida, nos cura de nós mesmos, pois ao falar podemos mudar, podemos pedir ajuda se for o caso, podemos deixar de adoecer pelos silêncios que ninguém sabe onde vão parar. Falar anuncia o que desejamos e queremos e é um dos passos para mudarmos o que desejarmos mudar, se esse for o caso. Falar é vital. 


terça-feira, 24 de abril de 2018

ESCREVER É...

ESCREVER É UMA DAS POUCAS FORMAS DE CLAREAR NOSSOS PRÓPRIOS CONFLITOS





Escrever é uma tentativa de comunicar, criar vínculos, relacionar desconhecimentos e, num âmbito maior, desmanchar nossos medos. Nossos medos, representação maior do desconhecido, é o grande motivo da gente escrever. Somos segredos para nós mesmos, enquanto indivíduos e enquanto população, somos agentes de causas inexplicáveis no mundo - suicídios, genocídios, guerras, violência gratuita, tristeza, paixões, etc. -, como se formados por bosques obscuros que não sabemos de onde vêm ou para onde vão, e esse auto desconhecimento é o motivo pelo qual muitos psiquiátras recomendam a escrita de diários para o tratamento de alguns transtornos, já que a escrita só acontece por meio de alguma organização de pensamentos e dessa forma ilumina, ainda que sutilmente, essa escuridão que somos. Escrever é vincular-se ao próprio inferno, o próprio desconhecido, e como conseqüência clarear os próprios conflitos.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

COMO DÓI O TARDE DEMAIS...

O TEMPO É IMPLACÁVEL... NÃO ESPERA, NÃO PEDE LICENÇA E NEM NOS FAZ FAVOR 



Dizem por aí, aos quatro ventos, que o tempo é o senhor da razão, que ele põe as coisas em seus lugares e mostra as verdades, mas isso não significa, de modo algum, que devemos nos comportar como meros espectadores de nossas próprias vidas. Somos os protagonistas de nossa história, ou seja, o tempo nos mostrará não o que ele fez e sim o que nós mesmos fizemos de nossas vidas.
Precisaremos nos afastar de certos conflitos e situações problemáticas para podermos recobrar nossos sentidos e buscar soluções em vez de fugir ao que nos incomoda, sem tentar intervir no que pode e deve ser mudado. Temos que enfrentar as situações que nos afligem como sujeitos ativos, analisando nossas responsabilidades, assumindo nossa parte e mudando para melhor o que em nós for negativo.
Temos uma enorme influência na vida de quem nos rodeia, pois não vivemos isolados do todo. O que fazemos reflete em tudo e em todos que se encontram à nossa volta. Postarmo-nos como público passivo, como se estivéssemos em frente ao que não tem a ver conosco, ao que não recebe nossa interferência, é cômodo, porém estéril, vazio de sentido. Dessa forma apenas limitamos e neutralizamos o melhor que temos dentro de nós e que merece ser compartilhado.
Em diversas situações, teremos que tomar uma atitude imediata, de forma segura e nem sempre simpática, para que não percamos pessoas, para que não sejamos injustiçados, para que não nos desrespeitem, para que não abusem de nossa solicitude, para que sobrevivamos, enfim. Mesmo que doa, é assim que evitamos arrependimentos futuros e lamentações sobre o que poderíamos ter dito, ter feito, ter vivido.
Saber que o tempo contribuirá à verdade e à justiça é preciso, mas tendo a certeza de que fizemos a nossa parte em contribuição ao que virá. Porque ficar assistindo à passagem do tempo, aguardando providências sobrenaturais, sem agirmos, fará com que o que nos aguarda esteja impregnado pelas nossas omissões e covardias. E assistir ao tempo perdido traz muita tristeza, muitos arrependimentos, além da impotência frente ao que já é tarde demais. Como dói o tarde demais...


quarta-feira, 18 de abril de 2018

SEJA COERENTE COM SEUS SENTIMENTOS

O SEU SENTIMENTO SE EXPRESSA COM OU SEM CONSENTIMENTO


Sim, se a gente sente, a gente expressa. Ouvi esta frase numa entrevista na TV. Foi uma professora de teatro que disse. Concordo. Nós temos energia e mesmo quando simulamos carinho, boa vontade, educação, mas não sentimos de fato nenhum tipo de afeto e consideração pelo outro, expressamos a nossa antipatia e frieza mesmo usando palavras polidas.
Quem ama e quem detesta, não consegue ocultar por mais que tente, por mais que se esforce. Alguns fingem melhor. Outros nem tanto. Muitos são demasiadamente transparentes e o que a boca diz é completamente desmentido pelos olhos.
Da mesma forma que é complicado dissimular um interesse ou simpatia por quem não nos diz nada, é muito duro disfarçar o carinho que temos por quem muitas vezes não merece. Quando alguém é realmente indiferente a nós, a frieza flui de forma orgânica, natural. Quando alguém finge nos desprezar, até mesmo os gestos de desatenção são cheios de intencionalidade, são cheios de uma profunda expressão.
Por tal razão, creio eu, nos sentimos tão atraidos ou tão indiferentes perto de determinadas pessoas. Não é preciso ser ofendido ou mal tratado de forma objetiva para nos sentirmos fora de lugar, sentir que falta afinidade.
Por tal razão, algumas pessoas sabem do amor do outro mesmo antes de ouvir uma declaração explícita. Por tal razão, ficamos mais felizes perto de algumas pessoas do que de outras. Por tal razão, sentimos que podemos confiar ou não. Obviamente, às vezes, a intuição falha e a gente se desaponta. Mas, normalmente, se formos bem atentos e sensíveis, conseguimos captar muitas coisas. Mas para captar , além de atenção e sensibilidade, precisamos também querer captar ...mas este tema fica para outro post.
Enfim, quem sente, expressa: de um modo geral, na vida. Quem sente, deixa escapar de alguma forma o que passa em seu coração, mesmo que não deseje se revelar. Pessoas muito transparentes acabam fazendo inimizades porque não conseguem disfarçar o que pensam e o que sentem e nem todo mundo tá preparado pra se relacionar dessa maneira.
Sabe porquê? O mundo está demasiadamente atrelado às aparências e à futilidade nas posses e nos interesses que balizam as relações entre as pessoas, ou seja, o diferencial humano, que nos resguardará do esvaziamento de nossa essência, sempre será a verdade que carregamos, a transparência de nossas ações. Jamais perderemos sendo verdadeiros, pois é isso que vai nos mostrar quem é quem.


terça-feira, 17 de abril de 2018

QUE NÃO ME FALTE A CORAGEM DO ENCONTRO COM MINHAS PALAVRAS

NÃO... SIM... VOLTA... FICA... POR FAVOR... DESCULPE... SINTO MUITO... NÃO DISSE? E AGORA COMO VOCÊ FICA?



Ela saiu de casa brigada com o irmão...ele não deu atenção a ligação da mãe já idosa...  Essas situações podem  parecer apenas “fictícias”, mas acontecem, diariamente; enquanto estamos aqui, eu e vocês, muitos seres estão vivendo cenas como essas e/ou outras tantas muito parecidas, quiçá, mais intensas do que essas poucas aqui relatadas. O curioso destas situações é que um dos sujeitos sempre fica à “deriva”, como que “perdido” diante da reação do outro; “eu só queria dizer uma coisinha...” O trágico destas situações é que em alguns casos, essa “coisinha” nunca mais será dita... Por que?
A mãe idosa, estava “instintivamente” ligando para se “despedir”...  o irmão com quem ela havia brigado, ela nunca mais veria, pois, sofreu um acidente a caminho do trabalho...
Que tipo de sensação nos invade quando pensamos que isso poderia ocorrer conosco? Seria isto apenas uma historinha triste, um belo prefácio para livro, um script para um longa dramático?
Quantos amores desperdiçados...quantos laços perdidos...quantas amizades desfeitas...quantas vidas marcadas... Como fico com tantas, ou mesmo poucas, mas necessárias “coisas” que deveria ter dito e simplesmente não disse? E a desculpa que eu “precisava” ter pedido, não por causa do outro, mas “por mim”, para minha “libertação”, e que agora não mais poderei?
consomem,  angustiam...
Elas serão transformadas em “raiva”, em “amargura”, em “rancor”, e com elas terão que conviver, sei lá por quanto tempo. E o que é ainda pior, tudo que não foi dito, tudo que não foi “esclarecido”, um dia volta, um dia “retorna”, por mais que eu queria “esconder” e fingir sua “inexistência”; todas aquelas palavras “engolidas” sem digerir, “um dia voltam”...
Que não me falte a coragem do encontro com minhas palavras, e que elas jamais me engasguem, no momento de “libertá-las”, por mais dolorosas que possam parecer; pois, prefiro a dor momentânea da "soltura", ao sofrimento de um eterno e escravo silêncio mórbido...


segunda-feira, 16 de abril de 2018

VIVER É SABER O QUE FAZER DOS ERROS

APRENDA COM OS ERROS, A DERROTA, OS DERROTADOS PORQUE ELES É QUE TE FARÃO ACERTAR


Eis uma verdade para você, caro leitor: Você vai morrer. Vai perder algo ou alguém que ama. Vai falhar. Vai cair. Talvez você supere. Talvez enlouqueça. Talvez seja tudo em vão. Alguém precisa te lembrar das possibilidades negativas.
Geralmente as pessoas dão conselhos baseados na superação. Desejam o bem ao próximo superficialmente com frases como "vocês são vencedores, vão conseguir". Repetem mantras da positividade, mas poucos realmente se importam com os problemas alheios e em ajudar a solucioná-los.
Adoram ver aquelas histórias lindas e emociantes de superação de alguém que tinha tudo para falhar e conseguiu realizar seus objetivos. Realmente é motivador saber que alguém conseguiu almejar o que desejava, não obstante e quando o caminho é inverso? E quando a pessoa falha? Quem se importa com quem perde? É só tentar de novo ou é melhor desistir? Não há lugar para perdedores. Como motivar? O que dizer?
Estamos em uma sociedade onde vencer é fundamental, quem vence é quem inspira, é quem dita as regras. São exemplos que temos a seguir de ser e fazer o melhor. Mas não aprendemos a perder, a cair, a sermos rejeitados e não realizar nossos sonhos. Não aprendemos a encarar os dias ruins. Não nos dizem que iremos morrer e que tudo pode dar errado. E se der? Como estaremos preparados? Por que as histórias de quem fracassou não são interessantes para aprender como as de quem conseguiu?
Pensar no pior também pode te fazer melhor, entender que a vida não é só feita de bons momentos e de diversão. É necessário se adaptar, planejar, ousar e reconhecer que não se pode ter tudo nem todos.
Desde pequenos devemos aprender que vamos perder na vida. Perderemos nosso tempo fazendo o que não queremos, com pessoas que não merecem, e o pior, perderemos as pessoas que amamos. Perderemos amigos, parceiros(as) e parentes. Vamos cair e nem todos vão se levantar. Tem gente que chega até o fundo do poço e nunca sai de lá. Ao longo da vida vamos falhar, cometer muitos erros tentando nos encontrar e encontrar alguém que possa nos ajudar em nossa jornada tentando achar um espaço na sociedade para se inserir porque o medo de falhar e estar só é grande e consome. Partilhamos vitórias mas escondemos derrotas. Temos vergonha de admitir que não fomos capazes. É somente quando falhamos que percebemos nossa pequenez no mundo. É através da percepção da nossa fragilidade que podemos nos conhecer de verdade. A vida é uma sucessão de fatos e ciclos. É experiêcia, tentativa e erro. O sucesso nada mais é que a insistência após vários fracassos. 
O quanto de dor podemos suportar até que a cicatriz de um grande corte profundo de perda e de vergonha se cure? Não há resposta, não há conselho de autoajuda como em muitos livros que lucram com soluções programadas para pessoas que precisam de alguma resposta que as satisfaça para essa pergunta. Nao teremos todas as respostas. Apenas vivendo podemos saber, a experiência e conhecimento de cada um é o que determina como vencer e como encarar a perda. Não há fórmulas porque cada história de vida é única.
Sempre que não conseguir, lembre-se, eu vou repetir pra ninguém esquecer: Você vai morrer. Vai perder algo ou alguém que ama. Vai falhar. Vai cair. Talvez você supere. Talvez enloqueça. Talvez seja tudo em vão. Alguém precisa te lembrar das possibilidades negativas. 
Viver é saber o que fazer dos erros, é aprender todos os dias algo. Não há erros sem acertos, valorize os erros, valorize a derrota, os derrotados, aprenda com eles, por que são eles que te farão acertar.


sexta-feira, 13 de abril de 2018

PARA CADA ESCOLHA EXISTE UMA NÃO ESCOLHA

O ÔNUS DA ESCOLHA


Quantas vezes você já se viu em uma encruzilhada obrigado a optar por um único trajeto, cujo destino final deveria ser positivo, sem nem ao menos ter uma ideia se aquela opção estava realmente correta? E quantas vezes lhe ocorreu de repente: "e se eu tivesse feito outras escolhas? onde eu estaria?" Escolhas. Como são difíceis. Como influenciam em nossas vidas.
Escolher é um processo injusto para quem escolhe. A começar que a maioria delas são baseadas em emoções e no "calor do momento". Outras vezes, nem tanto. Elas são reflexos do conformismo, do "ah, não tem outro jeito mesmo" e do "adianta fazer diferente?". Dessa forma, você recebe o ônus da escolha que se estivesse pensado racionalmente não teria feito. E o pior: dificilmente consegue raciocinar uma forma de corrigir, pois você não lembra mais como aquilo começou. É um efeito dominó. Uma escolha sobrepõe a outra e o único atropelado no final é você.
Se arrependeu do que escolheu? O jeito é tentar sair do labirinto. Mas, o processo de escolha não permite voltar no tempo e muito menos possuir novamente as mesmas opções. Escolher é seguir em frente sempre. E nem adianta tentar voltar, tentar viver as mesmas situações para corrigi-las, pois o tempo, as pessoas e as oportunidades estão em eterno processo de mutação. Quem lembra do filme "Efeito Borboleta"? Nele o personagem descobre que possui a capacidade de viajar no tempo para habitar sua antiga personalidade e mudar seus comportamentos passados​​. No entanto, cada vez que ele alterava uma situação, alterava o próprio futuro e o de todos que o cercavam.
É como disse alguém por aí: "Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim.” O processo de escolher acaba tendo uma relação profunda com o oculto. Muitas vezes fala-se em destino para atribuir consequências das escolhas realizadas. De um lado o time do "estava escrito" defende que não interessa o caminho escolhido, você vai sempre chegar onde estava pré-determinado. Você pode até lutar contra, mas vai acontecer porque tem que acontecer. Do outro lado estão os céticos que acreditam que você está colhendo aquilo que plantou. O problema é que às vezes você planta rosas e colhe violetas... Recomeçar, nesse caso, parece ridículo. Você vai trilhar novamente o mesmo caminho para obter um resultado que já foi provado que não deu certo. É como "dar murro em ponta de faca". Mas, já refletimos sobre isso, recomeçar é seguir em frente. Ou seja, é continuar escolhendo. Escolhemos o tempo todo. É impossível saber ao certo qual foi a escolha que alterou o resultado perseguido, pois obviamente quando você dá um passo para frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás.
Mas, o que temos de ter sempre em mente é que as consequências das escolhas individuais afetam o coletivo. Tomás de Aquino e Sartre - um teólogo cristão versus um filósofo ateu - afirmam que a escolha de cada indivíduo repercute na sociedade, tornando o homem responsável por suas ações. De acordo com eles as escolhas dependem do conhecimento adquirido pelo homem, assim como manifestam suas características no momento que agem na sociedade.
Escolher é uma ação individual, porém, universal do ser humano. Todos nós elegemos uma forma de agir em relação às circunstâncias da vida e, em qualquer tempo histórico, os homens escolhem entre as possibilidades que se lhes apresentam. Se, por um lado, nem sempre esta ação é racionalizada e ponderada, por outro, nela estão presentes, mesmo que de modo imperceptível à primeira vista, os atributos intelectuais de cada um. Por mais que uma escolha possa ser realizada de modo intempestivo, não nos livramos de nossa bagagem de conhecimentos para, então, escolher. Entende-se, dessa maneira, que se os homens podem eleger uma forma de agir, responsabilizam-se – ou deveriam responsabilizar-se – pelas consequências quaiquer de suas escolhas.
Por isso escolher é um processo de constante dúvida. O fantasma do "E se eu tivesse feito" te persegue a todo momento. Pois para cada escolha, existe uma não-escolha. E para cada consequência de escolha, existe uma esperança positiva com relação a não-escolha. Escolher na maioria das vezes é um processo polarizado. Você escolhe, por exemplo, sofrer ou ser feliz. Escolhe ficar ou partir. Até quando você fica "em cima do muro" você escolheu deixar-se levar, omitir-se. Viver pressupõe escolher da hora do nascimento até a hora da morte. Nesse hiato você pode escolher absolutamente tudo: da roupa que vai usar, a profissão que vai desempenhar, até com quem vai ficar, ou não, para o resto da vida.



quinta-feira, 12 de abril de 2018

APRENDER A APRENDER SOBRE O OUTRO É TAREFA DIFÍCIL

OS OPOSTOS SE DISTRAEM, OS DISPOSTOS SE ATRAEM


Aprender a aprender sobre o outro é tarefa das mais necessárias e difíceis. Quando aprendemos a aprender com e sobre as pessoas nos posicionamos no mundo da melhor maneira: relacionalmente falando. 
Digo que é difícil porque o outro é ‘outro’, não pensa e não age como nós e apesar de ser algo tão óbvio, é complicado entender e absorver esta diferença. O outro carrega pesos, medos e principalmente vivências que são independentes da nossa vivência com ele, assim como nós carregamos as mesmas coisas, mas diferentes.
Somos únicos em nossos aceites e recusas, em nossa criação e crenças, necessidades, urgências e esperas. Os sentimentos não são iguais nas relações. Nunca serão! Alguns são tempestade à noite, outros são chuva de verão. Alguns são inteiros, outros são metades e há aqueles que são 80% – tentando ser 100%. Os pesos são diferentes, as balanças têm calibres diversos e precisam ser aferidas constantemente. Fica difícil aceitar o outro quando somos contrariados em nossos quereres, em nossas certezas, em nossa pressa ou calma de viver. Quem é ‘pressa’, quer pontuar e definir. Quem é ‘calma’, não se importa em esperar. Eu já aprendi a ser "pressa" e "calma", mas ainda mais "pressa" que "calma".
Não, qualquer relação entre pessoas definitivamente não é fácil, mas a questão é que as pessoas estão desistindo umas das outras com muita rapidez. As pessoas falam muito do amor, mas falam da boca pra fora. É preciso entender que o amor, o da boca pra dentro, se edifica nas dificuldades, na persistência de amar – mesmo ‘quê’. Esse amor  se senta na sala (nem sempre em silêncio) e espera o outro se entender com seus conflitos internos, medos, ausências alimentadas durante toda uma vida e tantas outras coisinhas miúdas e gigantescas que nos fazem ser humano. Também conversa, explica, fica disponível  – é um amor fortalecido como rocha – que o outro vai encontrar em nós. Um amor incontestável mas que  já apanhou e bateu.
Amar não é fácil,  nem sempre é doce, nem sempre é sorriso! Nunca será! Nunca! Mas quando conhecemos o melhor e o pior lado de uma pessoa, os seus encantos e desencantos, certezas e incertezas, presenças e ausências e ainda assim permanecemos unidos – não tenhamos dúvidas que o melhor foi encontrado, uma relação de amor autêntica. Não o perfeito, não o isento de indisposições, mas talvez o único que sempre estará, aquele feito sob medida para suportar o nosso lado certo e também o nosso avesso.
O desafio é reconhecer o amor. A dificuldade está em olhar para dentro e realmente se dispor a ouvir, calar, conversar e permanecer. Só não se engane: Lute pelo amor que vale a luta, se esforce em reconhecê-lo. Não corra o risco de passar seus dias regando flores de plástico. “Os opostos se distraem, os dispostos se atraem!”


quarta-feira, 11 de abril de 2018

VOCÊ SABE QUE PREÇO PAGA AO OLHAR O MUNDO COM VITIMISMO?

NA POSIÇÃO DE VITIMA NUNCA PODEREMOS MUDAR NADA EM NOSSA VIDA



Ao escrever este texto, acredito que toda oportunidade seja válida para reformular conceitos, principalmente para aqueles que estão menos conscientes, pois toda leitura é um momento de reflexão no sentido de agregar novas ideias. Assim, da mesma maneira que arrumamos nossos guarda-roupas em casa, podemos reordenar nossos guarda-roupas afetivo e psicoemocional. Você sabe que preço paga ao olhar para o mundo com vitimismo?
A carência afetiva talvez seja o maior mal da humanidade. Ela é o núcleo, a raiz do sofrimento. Por causa da carência, aprendemos a desenvolver estratégias que são verdadeiras armas de sedução. Se, no seu ambiente familiar ou em outros ambientes em que se desenvolveu, você viu que conseguia dominar o outro usando a máscara da vítima, provavelmente você se tornou um especialista nesse papel. Então você se tornou a melhor das vítimas e sabe exatamente como seduzir através do vitimismo. A vítima está sempre sofrendo, dramatizando. Ela faz de tudo para parecer frágil e incapaz porque é dessa forma que ela aprendeu a chamar a atenção.
Como sempre aprendemos a enxergar em nossa educação, na sociedade, que somos vítima do ambiente, das doenças que podemos ter, da medicina que terá ou não solução para nossos problemas, da genética, dos políticos, do trânsito, enfim, das pessoas que encontramos diariamente.
Acreditamos que todos são ruins, maldosos e que nós somos ótimas pessoas. 
O importante é sabermos as consequências do vitimismo. Será que você sabe? Tem certeza? E o que seria o contrário desta situação? Será que você teria maturidade para bancar uma situação mais madura emocionalmente? Ficar no papel de vitima é sempre a maior furada.
Veja... Na posição de vítima nunca temos o poder de modificar nada em nossas vidas, nem nossa situação econômica, nem nossos relacionamentos sociais, nem nossas questões afetivas, conjugais, sexuais, nem nossos aspectos profissionais, ou até espirituais.
A vítima tem que se conformar com o que tem, nunca tem voz ativa, é sempre dependente de alguém, sempre culpa as pessoas pela falta de sorte, pela falta de afeto, de carinho, atenção, e até por sua carência, pois a vítima não tem outra forma de enxergar o mundo senão culpando as pessoas pelos seus problemas. Um preço caro é ter que aguentar a vida ao invés de aproveitá-la e participar dela, você se torna vítima do seu proprio vitimismo.
Por um lado é mais fácil ser vítima (para aquelas pessoas que aprenderam a ser dependentes), pois de início parece que seu comodismo vai durar para sempre e que aquilo é um bem, mas, ao decorrer do tempo, a insatisfação, as frustrações e as desilusões acabam mostrando a catástrofe trazida pelas dependências e que a posição de vítima é o pior vilão da sociedade em que vivemos.
Por mais que seja trabalhoso, as pessoas mais maduras conseguem enxergar que têm uma responsabilidade grande por tudo o que vivem em suas vidas. Sabem que se mereceram sucessos e vitórias, elas investiram para isso.
Por outro lado, elas sabem também que foram responsáveis ou co-responsáveis pelas situações desfavoráveis presentes nas suas vidas e que de nada adianta culparem os outros, mas responsabilizarem-se com consciência.
E por mais “trabalho” e contrariedades que elas possam ter, são corajosas para vencerem seus pontos fracos, tais como: seu mimo, seu orgulho, sua impulsividade, sua arrogância para aprender o que a vida quis lhes ensinar ao passar estas intempéries e, em seguida, mudar suas atitudes. As pessoas maduras têm o PODER de mudar seu próprio mundo. 


terça-feira, 10 de abril de 2018

VIVER SE TRATA DE UM IMENSO CONTAR ESTORIAS

DE ESTÓRIAS SOMOS FEITOS, COM VÍRGULAS E DEMAIS PONTUAÇÕES NECESSÁRIAS 


Contar a própria história é trabalho dos mais importantes que podemos fazer por nós mesmos. Conta-se a própria história porque de estórias somos feitos, com vírgulas e demais pontuações necessárias ao ofício de saber quem se é. Não serei ingênua em dizer que a história acaba aí (quando já se sabe quem se é), mas é quando o mais importante tem início: poder viver sendo quem se é. 
Por isso, trago um olhar um pouco menos terrível e amendrontador dessa experiencia. Um olhar para que possamos encarar, com uma pitada de ânimo e bom humor, o espelho, para que a gente aprenda a amar a própria história, exatamente como ela é. Porque, de qualquer modo, já não pode ser modificada, mas, sem dúvida pode ser re-contada, quantas vezes for necessário.
Viver não pode ser fardo, não sempre; por isso é urgente que deixemos de contar histórias pela metade e/ou repetidas, assinar livros que não possuem uma protagonista com o nosso nome e carregar bagagens que não nos cabem. O próprio peso é o único que podemos suportar.
Na viagem da vida, sempre apreciamos mais quando levamos apenas uma mochila nas costas: o caminhar se faz fluido, os olhos ficam livres para contemplar e as mãos soltas podem, enfim, segurar outras mãos. E tanto mais.




segunda-feira, 9 de abril de 2018

LULA LÁ ... LÁ NA PRISÃO!

VIVA O BRASIL! UM SALVE PARA A JUSTIÇA BRASILEIRA


Dia histórico para o Brasil, um sábado, dia 7 de abril de 2018. Finalmente foi preso o ex-presidente Lula, chefe das maiores organizações criminosas com dinheiro público. Não tenho dúvida que isso deixa todos nós com a sensação de justiça, que ela chegue a todos, que não se pode cometer crimes em qualquer escala de poder. Mas também nos deixa envergonhados perante o mundo ver um ex-presidente preso, mas a justiça está sendo feita e é assim que nós temos que construir o Brasil, com esse exemplo, mostrando que quem comete corrupção tem a sua punição. Por isso não podemos deixar de considerar que foi um dia histórico marcando esse momento.
Até onde eu sei a decisão do juiz Sérgio Moro segue a lei. Nós estamos no chamado Estado Democrático de Direito e o ex-presidente Lula teve direito a sua defesa, usou todos os recursos estabelecidos no Código Penal e foi condenado. Por isso,  ele acabou tendo que se render a determinação do juiz Sérgio Moro e ponto.
Essa decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) era esperada por todo o Brasil. Tomou uma decisão que achou correta, por meio da lei e à luz da Constituição. Lula agora é assunto do passado, é assunto da justiça. Não mais assunto da política e tampouco do governo. Agora o que nos resta é trabalhar para que o Brasil vença as dificuldades. Todos queremos um Brasil sério, transparente, com leis que atendam as necessidades da população, com um governo que seja eficiente e esteja próximo das pessoas, é utópico mas a esperança nunca morre.
Repito, é fato que lastimamos ver um ex-presidente da República ser conduzido à prisão, mas comemoramos com louvor esse avanço. A impunidade perdeu, o Estado de Direito prevaleceu. As leis estão governando os homens nesse momento, pelo menos nesse caso, e quero crer que estamos caminhando para a inauguração de uma nova justiça no Brasil. Para quem sabe um dia ser uma grande nação.
A prisão de Lula traz esperança aos brasileiros, traz a esperança de que o país tá mudando e vive um novo momento. Dentro desse esquema quem desacreditar estará fora da política e preso respondendo pelos seus crimes. A prisão de Lula mostra que não será mais aceito quem usa o cargo público para corromper e ser corrompido. É uma quebra de paradigma, pois ninguém imaginava que um dia um ex-presidente corrupto iria para a cadeia. Os “intocáveis” vieram para a ala dos comuns e receberão o tratamento devido da justiça, e isso levanta a autoestima do brasileiro reacendendo a esperança de um país mais justo.
Enfim, a prisão do Lula mostra que, hoje, a justiça no Brasil é para todos. A impunidade no país está caindo fortemente. É um novo momento, ético e moral que o país vive. Viva o Brasil!




sexta-feira, 6 de abril de 2018

A CAÓTICA DANÇA DO DESTINO

A CONSCIÊNCIA E A ACEITAÇÃO NOS LIBERTA


Fala-se muito de sucesso, prosperidade, conseguir o que se quer, vencer desafios, dobrar o destino por meio de uma inesgotável força de vontade associada a talentos, habilidades e estratégias aprendidas no decorrer da vida.
Porém, nada ou quase nada se fala sobre a liberdade que conquistamos quando perdemos um sonho, quando lutamos bravamente e mesmo assim não conseguimos. A perda rouba um pouco da nossa prepotência, nos humaniza, nos faz perceber que perder é ingrediente essencial da vida sim e que isso não é o fim do mundo.
Quando perdemos, precisamos recorrer a um plano B. Precisamos nos reinventar, sobreviver. Quando perdemos um grande sonho, perdemos muito do nosso medo da vida. Paramos de encarar a vida como uma gincana maluca em que precisamos acumular pontos. Viver é uma experiência misteriosa e aprendemos a aceitar o que nunca poderemos ver ou conhecer a duras penas. 
A consciência e a aceitação de que não teremos tudo o que queremos por mais que queiramos e lutemos nos liberta da necessidade de capturarmos certezas. Nos centramos em regras e fórmulas fechadas quando prosperamos. Nos agarramos a verdades absolutas como se elas fossem um receituário para a felicidade, um caminho garantido para conseguir o que se quer. Já busquei muito por este receituário sem jamais encontrá-lo. Mergulhei em minha própria impotência diante da vida e foi a partir deste momento que comecei timidamente a encontrar a minha força.
Não sou próspera nem bem sucedida no sentido usado pela nossa sociedade. E provavelmente nunca terei o que mais quero porque o que a gente mais quer é uma ilusão. Quantas vezes não realizamos um sonho quando ele perde o brilho para nós? 
Mas não sou uma covarde porque flerto com minha própria finitude. Sim, a perda de um grande sonho nos liberta da obrigação de sermos felizes. Nos faz entender que nem tudo depende de nós. Que nem sempre podemos tudo mesmo lutando muito para isso. A busca incessante e desesperada da felicidade é o melhor atalho para a infelicidade. Às vezes é preciso deixar-se abraçar pela dúvida e ser conduzida por ela na caótica dança do destino.


quinta-feira, 5 de abril de 2018

PARAÍSO. SOBRE A TERRA

O PARAÍSO É AQUI. ELE NÃO ESTÁ EM OUTRO LUGAR



O homem precisa de ser mais consciente, mais alerta.
Tá tudo aí, nada a ser acrescentado, tá tudo pronto para que você desfrute do paraíso aqui e agora, mas as pessoas estão constantemente adiando para amanhã, ou depois – só se for depois da morte.
A hora certa não chega nunca. Isto é real para milhões de pessoas em todo o mundo. Estão sempre esperando pela melhor hora, pelo melhor momento, pela conjunção astral favorável, em toda sorte de maneiras que lhes digam o que fazer.
Mas o amanhã não chega nunca – jamais chegou. É apenas uma estratégia burra, é apenas um adiamento. Amigos o que chega, chega sempre agora, sempre hoje.
A educação deveria ensinar as pessoas a viverem aqui e agora, a criarem um paraíso sobre a terra. Deveria nos ensinar não a esperar pela morte para pôr fim à nossa miséria, mas que a morte pudesse nos encontrar felizes, amando, nos divertindo.
É uma experiência estranha: se o homem pode viver sua vida como se estivesse num paraíso, a morte não pode lhe tirar nada.
Eu creio que o paraíso é aqui. Ele não está em outro lugar. Para ser feliz, alguma preparação é necessária; apenas um pouco de vigilância, um pouco de compreensão.


quarta-feira, 4 de abril de 2018

AS DORES DA ALMA LESIONADA

AS DORES DA ALMA NÃO APARECEM NO JORNAL, TEM QUE SER COMPREENDIDA



A dor é algo que acontece condicionada com o que se sente e em muitos casos, com o que se vê e se adquire. A dor é um sofrimento que brota da alma e contagia todo o corpo, formado uma crosta interna que se converte numa dor insuportável. A dor, fonte de angustias e de sofrimento, torna-se indispensável ao amadurecimento e o crescimento espiritual, estando na origem da nossa evolução. Mas apesar de todo o sofrimento inerente à condição humana, a vida vale a pena ser vivida.

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"Havia nesse olhar um tanto mais de tristeza que de ironia; era na verdade, um olhar profundo e desesperadamente triste, com o qual traduzia um desespero calado, de certo modo irremediável e definitivo, que já se transformara em hábito e forma" (Herman Hesse)
As dores de alma lesionada imprimem uma dura sentença que perdura pelos anos. Qual a causa? a origem para todos estes males que fecundaram, que brotam no interior do ser e que se espalham por todo o corpo, todas as células e órgãos, e que acabam por enfraquecer o organismo e abater o semblante?... Uma mágoa? um amor mal resolvido? um emprego que se perdeu sem qualquer explicação? um casamento que acabou mal? uma amizade que se transforma em traição?
Independentemente do motivo, há sempre uma consequência inevitável, a marca profunda, a cicatriz deixada. As dores da alma não aparecem no jornal; para ser compreendida, tem que ser sentida.
O fenómeno da dor pode ser entendido,  o homem tem duas hipótese quando confrontado com a avalanche impiedosa de dores, mágoas- seguir o caminho da dor, da lamentação e cavando um buraco cada vez maior e afundar-se ou extrair da mais profunda dor a maior das lições e aprendizagens, amadurecendo, fortalecendo o espírito, o carácter, mergulhar em si mesmo e encontrar a chave capaz de transformar o sofrimento em crescimento.
A vida vale a pena ser vivida apesar de todas suas dificuldades, tristezas e momentos de dor e angústia. O mais importante que existe sobre a face da terra é a pessoa humana. E surpreender o homem no ato de viver é uma das coisas mais fantásticas que existe. (Érico Veríssimo)


terça-feira, 3 de abril de 2018

O CAOS É ÚTIL

É NA ESCURIDÃO DO CAOS QUE SE BUSCA A LUZ



Sim, o caos nos ajuda a descobrir que somos capazes, que pensamos e refletimos sobre o que fizemos, fazemos e vamos fazer.
O caos é útil, pois nos provoca, nos faz sair da mesmice, da acomodação, mexe com o nosso inconsciente, com o nosso eu mais profundo.
Decerto, ele traz dores e sofrimentos, mas traz aprendizado imensuráveis. 
O caos nos faz mergulhar, mesmo que com lágrimas infinitas, em mundos jamais explorados por nós mesmos. É ele que nos questiona, nos puxa, nos faz pensar e sair do nosso mundinho!
O caos nos desperta, nos chacoalha, nos movimenta e nos faz entrar em estradas nunca antes percorridas. Ao contrário do que dizem, ele é benéfico, apesar de toda bagunça que ele faz.
Viver no caos é enlouquecedor, queremos fugir dele e é exatamente por isso que ele é bom, que ele é a junção de inúmeras coisas, de sentimentos, das incertezas que nos provocam, fazendo-nos tomar decisões e decidir sobre coisas que nunca pensaríamos que teríamos que fazer!
A vida nos cobra aprendizados! Constantemente fazemos provas, somos testados e quando não passamos em determinada prova, repetimos até que tenhamos aprendido.
Não é fácil sentir o caos, ele é escuro, mas nos dá clareza de tudo o que podemos e devemos fazer, com suas infinitudes e desvios!
Portanto, não ignore o caos, viva-o, sinta-o, converse com ele, mergulhe em sua escuridão e busque suas nuances porque ele nos ajuda a encontrar a luz, a saída para os nossos problemas, abriremos novas portas e veremos o quanto ele foi útil para a nossa vida!


segunda-feira, 2 de abril de 2018

A MEGA ARRUMAÇÃO

PARA O QUARTO E PARA A ALMA



Se arrumar o quarto já dá preguiça, imagina colocar em ordem as coisas da alma, do coração e da mente?
A mega-arrumação em nosso quarto, que, depois de horas debruçada sobre as mil coisas que a gente só descobre que tem quando olhamos pra elas, costuma nos deixar exausta. Mas serve para fazer a seguinte reflexão: se a limpeza no quarto já nos deixa em frangalhos, imagina, então, por as coisas em ordem na alma, coração e mente?
Você percebe que precisa arrumar tudo quando as coisas no seu quarto começam a sair do lugar. Não é nada de um dia para outro. Um papel jogado aqui, uma saia dependurada ali… E quando você percebe, as coisas já não estão como queria. Assim é com o nosso interior. Vamos deixando as coisas acontecerem, sem darmos contas delas. E quando paramos para refletir, nos assustamos no quanto deixamos de ser donos da nossa vida e passamos a ser meros espectadores.
Neste momento, temos a mesma reação – para o quarto e para a alma. Sabemos que precisamos dar um jeito, mas vamos deixando pra depois, porque “ah, esta semana estou super apertada” e porque “nossa, não estou tendo tempo nem de pensar”. Mas podemos perder duas horas tranquilamente só rolando o mouse ou deslizando o dedo pela Facebook. Afinal, o esforço mental chega a níveis baixíssimos nesses momentos.
Até tentamos dar uma ajeitadinha – no quarto e na alma. É só acomodar todas as bagunças no guarda-roupa, ajuntar todos os papéis no gaveteiro, empurrar todas as roupas para atrás da porta (de forma que ninguém veja, é claro), e limpar o quarto. “Pronto! Parecem novos”, dizemos para nós mesmos ao tentarmos esquecer aquele problema ou passar por cima daquela situação mal resolvida. E, sem muito esforço, mascaramos tudo muito bem. 
Mas como diria aquele velho dito popular, a máscara um dia cai – tanto do quarto quanto da alma. Simplesmente, não dá mais pra viver nessa situação incômoda de fingimentos para nós mesmos. 
Se conhecer parece algo tão simples mas a questão é bem complexa e na hora do vamos ver muita gente foge, não aguenta, é que ter coragem de olhar para o quarto e para dentro de si mesmo exige muito! Abrir todas as gavetas do armário, tirar tudo lá de dentro e separar o que o velho do novo, o útil do inútil, o que serve apenas para guardar lembranças ruins ou recordações saudáveis sobre determinada época não é algo de boas de fazer, assim como não é ao aprofundar em questões conflituosas fortemente enraizadas e cercadas de medos.
Ainda mais que, por bem e por mal, não estejamos sozinhos. Sempre haverá alguém para dizer “não jogue isso fora” ou “você está com umas ideias diferentes, hein?!”. São mil vozes falando e, nessa confusão, você não consegue ouvir nenhuma, muito menos a sua, que, depois de tanta gente falando alto, é sufocada e fica escondida lá no fundo do armário ou da alma.
Mas ela está lá. Saber chegar até ela exige sabedoria, exaustão e sacrifício. Mas encontrá-la, ouvi-la e trazê-la à tona vale mais do que ouro em pó. Conhecer-se, saber o que se quer verdadeiramente e buscar o que se deseja, de forma consciente, faz com que sejamos verbo da nossa própria vida, e, assim, construamos a nossa história cientes de que estamos sendo o protagonista, e não o figurante. Afinal, depois que o nosso quarto está arrumado, sabemos exatamente onde tudo está guardado, e a sensação de dever cumprido é uma das melhores possíveis.
E a manutenção, no quarto e na alma, nunca pode faltar.