Ao escrever este texto, acredito que toda oportunidade seja válida para reformular conceitos, principalmente para aqueles que estão menos conscientes, pois toda leitura é um momento de reflexão no sentido de agregar novas ideias. Assim, da mesma maneira que arrumamos nossos guarda-roupas em casa, podemos reordenar nossos guarda-roupas afetivo e psicoemocional. Você sabe que preço paga ao olhar para o mundo com vitimismo?
A carência afetiva talvez seja o maior mal da humanidade. Ela é o núcleo, a raiz do sofrimento. Por causa da carência, aprendemos a desenvolver estratégias que são verdadeiras armas de sedução. Se, no seu ambiente familiar ou em outros ambientes em que se desenvolveu, você viu que conseguia dominar o outro usando a máscara da vítima, provavelmente você se tornou um especialista nesse papel. Então você se tornou a melhor das vítimas e sabe exatamente como seduzir através do vitimismo. A vítima está sempre sofrendo, dramatizando. Ela faz de tudo para parecer frágil e incapaz porque é dessa forma que ela aprendeu a chamar a atenção.
Como sempre aprendemos a enxergar em nossa educação, na sociedade, que somos vítima do ambiente, das doenças que podemos ter, da medicina que terá ou não solução para nossos problemas, da genética, dos políticos, do trânsito, enfim, das pessoas que encontramos diariamente.
Acreditamos que todos são ruins, maldosos e que nós somos ótimas pessoas.
O importante é sabermos as consequências do vitimismo. Será que você sabe? Tem certeza? E o que seria o contrário desta situação? Será que você teria maturidade para bancar uma situação mais madura emocionalmente? Ficar no papel de vitima é sempre a maior furada.
Veja... Na posição de vítima nunca temos o poder de modificar nada em nossas vidas, nem nossa situação econômica, nem nossos relacionamentos sociais, nem nossas questões afetivas, conjugais, sexuais, nem nossos aspectos profissionais, ou até espirituais.
A vítima tem que se conformar com o que tem, nunca tem voz ativa, é sempre dependente de alguém, sempre culpa as pessoas pela falta de sorte, pela falta de afeto, de carinho, atenção, e até por sua carência, pois a vítima não tem outra forma de enxergar o mundo senão culpando as pessoas pelos seus problemas. Um preço caro é ter que aguentar a vida ao invés de aproveitá-la e participar dela, você se torna vítima do seu proprio vitimismo.
Por um lado é mais fácil ser vítima (para aquelas pessoas que aprenderam a ser dependentes), pois de início parece que seu comodismo vai durar para sempre e que aquilo é um bem, mas, ao decorrer do tempo, a insatisfação, as frustrações e as desilusões acabam mostrando a catástrofe trazida pelas dependências e que a posição de vítima é o pior vilão da sociedade em que vivemos.
Por mais que seja trabalhoso, as pessoas mais maduras conseguem enxergar que têm uma responsabilidade grande por tudo o que vivem em suas vidas. Sabem que se mereceram sucessos e vitórias, elas investiram para isso.
Por outro lado, elas sabem também que foram responsáveis ou co-responsáveis pelas situações desfavoráveis presentes nas suas vidas e que de nada adianta culparem os outros, mas responsabilizarem-se com consciência.
E por mais “trabalho” e contrariedades que elas possam ter, são corajosas para vencerem seus pontos fracos, tais como: seu mimo, seu orgulho, sua impulsividade, sua arrogância para aprender o que a vida quis lhes ensinar ao passar estas intempéries e, em seguida, mudar suas atitudes. As pessoas maduras têm o PODER de mudar seu próprio mundo.
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