quarta-feira, 3 de agosto de 2016

EU-CONTRA-ELES

PARTIDA DE PERDE-PERDE

Um dia brigamos com o marido por causa da louça suja na pia; no outro, o filho bate a porta, chateado porque não conseguiu permissão para sair. As vozes se exaltam, as opiniões se polarizam. Tudo se torna um eu-contra-eles, uma partida de perde-perde, em que falhamos em conciliar posições, necessidades, ideias. Quando nos deparamos com essas situações, reagimos como fomos ensinados. Se um motorista nos fecha na rua, brigamos. Se o filho desobedece, gritamos. Se o tio ou colega de trabalho  discorda de nossa opinião xingamos de tudo que é nome. E assim seguimos, firmemente atados às nossas convicções, em um diálogo de surdos. Mas o que aconteceria se, em vez de reagir como normalmente fazemos, pudéssemos fazer diferente? Se, em vez de raiva, gritos, ironias, pudéssemos exercitar a escuta, tentar entender de verdade o ponto de vista do outro? Será que não conseguiríamos resultados melhores?
Talvez esteja pensando que isso é uma coisa hippie, em que as pessoas se vestem de branco, dão as mãos e pedem por paz, e nada muda, de fato. Talvez ache que é sinônimo de passividade. Mas as formas tradicionais de resposta que temos não são suficientes para dar conta dos conflitos que vivemos. É hora, talvez, de se comunicar com mais respeito, de contribuir para que em nossas relações as coisas possam ser um pouco diferentes. Então, tente colocar suas emoções e necessidades na mesa e concilie. Quando colocamos nossos sentimentos na mesa, nos abrimos para o outro, deixamos que ele enxergue nossa vulnerabilidade. E isso pode ajudar muito a chegar num denominador comum, apesar das diferenças.


Nenhum comentário:

Postar um comentário