SEUS INIMIGOS SÃO COMO VOCÊ

PELO QUE ESTAMOS BATALHANDO?

Viver hoje em dia. Parece uma batalha infindável e cansativa, não? E por quê?

Se você não é “competitivo”, filho. Seus próprios colegas disseram que você não é tudo isso! Você não tem “instinto de matador”. Seu cérebro, corpo, rosto, carreira, vida… não está no topo da lista.

Passamos muito tempo competindo uns com os outros. A competição é o grande projeto da modernidade racionalizada, talvez nós tenhamos começado a acreditar que a competição em si é o prêmio, que quanto mais combativos formos, em qualquer aspecto da vida, melhor estamos.

Somos guerreiros, lutando o tempo todo. Vivendo vidas de zumbi, jogando pedra uns nos outros, repetidamente, automaticamente, permanentemente, sem reflexão. 

Toda vida é uma batalha. Da menor criatura até a mais poderosa. A questão é: Pelo que exatamente batalhamos?

Passar o dia inteiro contente apedrejando os outros não é viver uma vida digna. Se todos se apedrejarem ente si , o que acontece?

Ficaremos soterrados, sufocamos na mediocridade, no tédio, na banalidade, na crueldade... na falta de sentido. Não usufruímos a melhor vida que se pode viver porque simplesmente estamos perdendo toda vez que agimos assim.
Vivemos como aqueles cachorros que correm atrás de qualquer moto sem saber por quê. Ganhar o que? De quem? Pra que? Acredito que essa vontade de estar certo tenha raízes, principalmente, em nossa frustração em tentar ser alguém que não queremos ser... Alguém que os outros esperam que sejamos.

Devemos fazer exatamente o oposto do que nos foi ensinado a fazer... apreciar ... competir por... colocar esforço em... aprender... dominar. Desdém não é determinação. Desprezo não é confiança. Escárnio não é aceitação. Menosprezo não é nobreza.

Abandonamos a nós mesmos quando jogamos pedra nos outros. É quando conseguimos cultivar nosso melhor que nos sentimos vivendo de fato. 

Seus adversários, seus inimigos. Seus oponentes. Seus antagonistas. Eles não são essas coisas, de fato. São apenas como você. Alguém a quem foi incorretamente ensinado que odiar é amar, e que amar é odiar. E é por isso que você se ocupa tanto de competir... agarrar... brigar. Cada vez mais forte, mais rápido, mais sujo, mais grosseiro. Sem nunca reconhecer.

As grandes batalhas travadas pela humanidade vêm de um território sobre o qual a guerra (feita no corpo a corpo, com armas ou palavras) não venceu. As grandes batalhas da humanidade foram vencidas pela nossa capacidade de parar, pensar, refletir, aprender, e amar de fato.