A "DROGA" SOMOS NÓS MESMOS, PELO MENOS NAQUILO QUE CHAMAMOS DE "VÍCIO"
Há registros históricos de consumo de álcool em todas as civilizações do mundo. O ópio, já era conhecido e utilizado pelos sumérios, povo considerado o mais antigo da humanidade.
Ambas as substâncias causam dependência química e já foram, cada uma a seu tempo, fortemente combatidas (vide as guerras do ópio e as diversas leis secas, a dos EUA como mais conhecida). Hoje, o álcool tem uma das indústrias mais poderosas de todos os tempos, seus produtos fazem parte da cultura mundial (a cachaça brasileira, o uísque escocês, a tequila mexicana) e suas marcas são exibidas no cinema e como patrocinadora dos principais eventos esportivos em todo o globo. O ópio deu origem a heroína, uma das drogas mais letais e - mesmo assim - consumidas no mundo.
Estava lendo um dia desses que inicialmente, a heroína era uma droga legal, vendida em farmácias e usada como analgésico. O cigarro, foi distribuído gratuitamente na primeira guerra mundial para se popularizar. Hoje tem sua circulação minada de tempos em tempos.
Vivemos e não aprendemos. As drogas andam lado a lado com a sociedade. Elas vão e vem, legalizam-se e criminalizam-se. O lança-perfume, a folha da coca e a cocaína, a ayahuasca (Santo Daime). Se você quer viver em um mundo livre de drogas, meu amigo, melhor achar água logo em Marte.
A ideia desse artigo é fazer refletir sobre impacto que as drogas geram em nossa sociedade - desde o nóia que bate carteira pra fumar até os atos de violência extrema encomendados por mega traficantes.
O mundo não vai se libertar das drogas! Sabemos, mas esse argumento não nos diz nada. Sempre usam os mesmos argumentos "sempre houve drogas", "as cadeias estão cheias", "liberar vai tirar o poder dos traficantes", etc. Pox@, então vamos soltar os ladrões porque sempre teve roubo, vamos soltar os assassinos porque as cadeias estão lotadas de assassinos e prender não está diminuindo esses crimes. Vamos liberar o roubo porque isso vai diminuir o poder dos grupos armados e qualquer cidadão vai poder roubar tranquilo. Aí eu fico pensando na minha mediocridade: qual interesse nobre em liberar a maconha senão interesses mesquinhos e egoístas de um grupo. Na verdade, o que os usuários querem é a liberdade de fumar quando convém, sem se sentirem moralmente e socialmente excluídos.
No entanto, meus amigos leitores poderão dizer que cada um faça da sua vida o que quiser desde que não prejudique os outros. Esse é outro argumento chavão do tipo dane-se. Mas como não me sentir prejudicada? Como poderei reivindicar por uma sociedade sã, uma nação sã, se está ok as pessoas estarem sob o efeito de algo que não é a consciência deles próprios? Ou então, se ficar legitimamente declarado que é natural estar sob este efeito? Sabemos que não é! Não é natural, não é normal, não é saudável, não é nada de bom!
Penso que liberar é como facilitar e induzir (pois a liberdade indica uma imagem positiva, pelo menos, não errada, a ponto de ser proibida) um agente alucinógeno isolador em tempos que precisamos de sobriedade, clareza, objetividade e senso de grupo e solidariedade, é bastante nocivo.
Então por que será que uma turma de alguns acham que o cultivo e uso liberados e deliberados da Cannabis é positivo? Usa quem quer e ninguém tem nada a ver com isso?!
Pode significar a liberdade de ser de quem usa. Mas delimita a liberdade de quem não usa. A grande maioria não usa, por incrível que pareça.
E como sabemos a regra básica de educação e gentileza dita: sua liberdade termina quando começa a do outro.
Conforme o tempo passa cada vez mais percebo que a "droga" somos nós mesmos. Pelo menos em parte de nós, naquilo que profundamente chamamos de "vício".
Um futuro sem drogas? Duvido.
Um futuro menos violento? Por que não?
Um passo à frente e não pra traz ajudaria a humanidade a pelo menos não sucumbir em meio ao caos total. É como bem dizia o cantor Lulu Santos em um dos seus rits...
"Assim caminha a humanidade com passo de formiga e sem vontade!"
"Assim caminha a humanidade com passo de formiga e sem vontade!"
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