quarta-feira, 19 de agosto de 2015

GERAÇÕES DAS LETRAS # GERAÇÕES X,Y E Z

O MUNDO MUDA 


As gerações estão sendo denominadas por letras mas, afinal o que quer dizer isso de geração x, y e z? 
Pra quem não sabe, geração x é formada por pessoas nascidas de 1970 a 1980. Gostam de trabalhar em equipe, não acreditam em hierarquia e não vêem mistério no computador pois, participaram do surgimento dele. Já a geração y são nascidos de 1980 a 1990 são jovens, espertos e ousados, querem trabalhar, mas não querem que o trabalho seja sua vida. Antenados na expansão tecnológica, buscam qualidade de vida e conforto financeiro. E por fim a geração z tem com característica a constante troca que se faz entre os canais de interatividade, zapeando de um a outro, da internet ao telefone, ao video game, a internet novamente. Para eles o mundo é totalmente tecnológico e virtual pois, nasceram em meio a esse mundo.
De cara disparava meu discurso simplista de que esses jovens de agora (principalmente essas duas últimas gerações) são apenas um bando de preguiçosos sustentados pela família. Irritada pensava ser essa geração a mais bunda-mole do universo se comparando com a minha e as de meu pai e meu avô.
Mas pensando bem, com certeza, são tão bunda-moles quanto a humanidade tem sido neste mundinho feito de caô, fúria e boas intenções não realizadas, mas ficava apenas no discurso do tipo "Ai, como a tal chamada geração Y é fútil, não realiza, não tem responsabilidade, não sabe fazer nada" só vai deixar a gente parado no mesmo lugar. Vamos repensar antes de generalizar.
Se pararmos para analisar vamos constatar que as gerações mais velhas sempre vão achar os mais novos "frouxos", sempre vão falar que "no meu tempo que era difícil" (puxem pela memória e vão lembrar que ouviram isso também de seus pais e avós), sempre vão achar os filhos mais "leite com pera" que os pais. Há teorias sociológicas dizendo que é a geração mais incrível, e outras afirmando que é a mais medíocre. Então, é melhor a gente não generalizar, já que existe uma máxima de que as generalizações tendem a ser burras.
Sinceramente, não acredito que eles são superdotados, ultra especiais e nem que vão mudar o mundo como já ouvi por aí. Na verdade penso que todas gerações transformam o mundo para o mal e para o bem. Mas esses jovens tatuados de barba e franja, pircing e alargador etc são apenas viciados em selfies que não sabem fazer miojo?
Bom, eles podem terem seu estilo e serem vaidosos, sim, mas eles também têm suas causas e suas lutas. Quer achemos legítimas ou não.
São a geração que mais lutou pelos direitos LGBT, lutou contra o assédio, defende a igualdade, assistiu a criação de cotas no Brasil .
Tem muita gente que discursa que os Y são um bando de alienados querendo viajar o mundo com o dinheiro da mãe. Mas, pro bem e pro mal, foi essa geração que elegeu esse governo de esquerda do Brasil.
Foi ela, também, que adotou a causa ambiental como sua. Que exigiu transporte público de qualidade, passe livre para os estudantes e deu o sangue em prol das bicicletas nos grande centros urbanos. E viu ciclofaixas, ciclovias e metrôs sendo inaugurados em várias cidades grandes, mesmo que em uma velocidade muito mais lenta do que gostaria. 
Eles organizaram alguns protestos democráticos, que mesmo que não tenha dado em nada não podemos ignorar. 
Por fim, é uma geração que se revolta contra o ritmo industrial da vida e que tem buscado novas formas de trabalhar. Se as gerações anteriores criticavam tanto o capitalismo, por que chamam de preguiça o fato desta geração querer trabalhar menos e querer aproveitar mais a vida? De não querer ter um local fixo de trabalho? De comemorar o home office e o "nomadismo digital"? E se prestarmos atenção, os nômades digitais, aliás, que vemos por aí não são sustentados pelos pais, pelo contrário, estam trabalhando de verdade, só não têm realmente um emprego fixo.
Claro que sempre se generaliza quando se fala de gerações. Nem todo mundo que viveu nos anos 70 estava protestando contra ditadura ou cantando os hinos tropicalistas. Aliás, a minoria estava, já que a ditadura durou 21 anos e boa parte da população a apoiava. Hoje também temos direita e esquerda, conservadores e progressistas, pobres e ricos, artistas e caretas, estilosos e raladores, babacas e pessoas legais.
Enfim, tem se tornado cada vez mais difícil congregar um grupo de pessoas sob o rótulo de faixa etária e classificá-los como "geração". Não só pelas infinitas heterogeneidades existentes nesses mesmos grupos, mas pelas próprias modificações estruturais da sociedade, que não mais separam atividades ou pensamentos como exclusivos à determinada idade.
É natural que as pessoas acompanhem (e devem acompanhar!) as modificações que ocorrem na sociedade, se adaptem e se adequem às novas tecnologias, às barreiras sociais que são quebradas e se abram à diversidade que tá aí.
Que continuemos a busca pela adequação aos novos tempos e que deixemos de lado esse saudosismo retrógrado que em nada acrescenta para o desenvolvimento de uma sociedade sadia.
Generalizações são burras sim e o próprio conceito de geração é uma generalização. Mas vamos apontar os erros pra melhorar, e não vamos dar uma de velhinhos saudosistas que não querem aceitar que o mundo muda.
E eu espero que ele mude para melhor!


Esse vídeo ajuda a ilustrar o texto!



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