CONSTELAÇÃO FAMILIAR

A ORDEM DE NASCIMENTO ALTERA O PRODUTO?

É cada vez menos comum uma família numerosa com muitos filhos. Hoje temos um ou dois filhos no máximo numa família. Estava lembrando como era comum, quando as famílias tinham mais filhos, a associação da personalidade de acordo com a ordem de nascimento, como se essa ordem causasse um impacto emocional considerável na personalidade dos filhos. Os irmãos mais velho, do meio e caçula tinham características consideradas próprias pela posição que ocupavam na constelação familiar, ou seja, a ordem do nascimento definindo certas habilidades e fragilidades de cada pessoa.

Sabemos que não dá pra generalizar como alguém será ou não, a depender da sua posição na família, mas a título de curiosidade vou falar isso aqui.

Pense e veja se há cabimento, se há alguma familiaridade, na sua vivência, essa história de que a ordem de nascimento causa um impacto emocional considerável na personalidade entre irmãos. 

A ideia é a seguinte, o Irmão mais velho, o primeiro filho da ninhada, é aquele que desbravou todos os caminhos. Foi envolvido por todo o tipo de cuidado especial daquele que se dedica a um filho sendo pai/mãe de primeira viagem.

Esse dá cabeçadas, sofre um bocado e passa todos os perrengues. É nele que a mãe se apoia para sentir que realmente virou mãe. Ela não sabia diferenciar se o choro era de dor de barriga, fome, sono ou mal estar por isso tentava todos os métodos. Então isso causaria um impacto perpétuo na vida da criança. Quando vê o irmão nascer ele precisa administrar o sentimento de amor pela criança adorável e o ódio por não ser o alvo de amor exclusivo que tinha.

Notem que o conflito desse filho já é ceder espaço pessoal em favor de alguém. Quando o irmão cresce ele se sente meio que no direito de mandar no “pirralho”. Esse senso de proteção é mais forte nesse filho que adota os irmãos mais novos como filhos.

É o primeiro a chegar tarde em casa, beber até cair, namorar (em tese). É ele que vai enfrentar todas as restrições dos pais e se submeter ou criar rebeliões.

Costuma se tornar um adulto excessivamente responsável e as vezes chato. 

Já o Irmão do meio costuma não saber que vai ser do meio até nascer o caçula. Portanto, ele era o caçula e tinha os benefícios desse. No entanto ele já surge num contexto de pais amaciados pela experiência e menos aflitos. Isso pode ser sentido como um descaso ou algo de importância menor.

Seu maior drama é quando nasce o caçula, pois ele tem que lidar com o fato de que não é o mais velho que tem vantagens de ser mais experiente e nem a paparicação do mais novo.

Ele ali no meio, se sente sempre dividido as vezes tentando agir de modo mais “adulto” alternando com criancices.

Para sair dessa situação ele pode tentar fazer algo muito diferente para conquistar a atenção dos pais e de todo mundo. É capaz que sempre se sinta injustiçado ou deixado de lado, por conta disso.

Por fim o Caçula, é o último da ninhada. O pequeno imperador que rouba o trono de todos os outros.  Os pais acabam concedendo a ele todos os privilégios, afinal ele é o último bebê da família e acaba sendo tratado assim. Se for temporão então, vira filho de todo mundo.  

Os pais não admitem, mas sabem que ele costuma ser o xodó da casa que traz a alegria que o mais velho não dá mais e que o filho do meio não consegue (por estar sempre na sua).

Quando adulto acaba sendo mais dominador, por causa dos tantos mimos.

E o Filho único?  Alguns se perguntam se o filho único é um amaldiçoado e mimado para sempre.

Dizem que o filho único tem as características do filho mais velho e do caçula, afinal ele é o eterno bebê que é contraditoriamente cobrado para ser maduro. 

Mais ou menos assim é a distribuição de rótulos entre os filhos das famílias. Hoje, eu acho que isso ficou um pouco pra trás, já não escuto mais, tanto, as pessoas ficarem atribuindo às crianças características por conta de ser mais velho, do  meio, caçula ou filho único. 

Apesar de, pessoalmente, notar algumas "coincidências" nas características, como já disse não dá pra generalizar, então é preferível não ficar por aí fazendo distribuição gratuita de rótulos! Pois que o rótulo sempre corre o risco de ser muito injusto. 

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Falando em constelação familiar, dia 5 de novembro (sábado) meu netinho RICARDO completou 1 aninho e não poderia passar em branco, não poderia passar sem compartilhar aqui no blog a passagem dessa data especial e com isso aproveitar para dizer que não há felicidade maior nesse mundo que ver os seus filhos crescerem, formarem outras famílias e ter a oportunidade de viver o bastante para conhecer o seus netos.

Por tudo isso é  grande a minha fortuna... é imensa e inesgotável.