Não é o meu caso nem de um lado nem de outro do latifúndio, mas eu diria que a confusão entre noras e sogras é um clássico dos conflitos familiares.
É possível entender que o confronto é certo quando o marido é passivo e se esquiva das situações de conflito, a esposa gosta de ser a mandona ou a mãe do marido parece ter inveja do lugar ocupado pela nora, quer controlar e competir com a mulher do filho.
O conflito parece simples, é que a nora é vista pela sogra como a substituta ilegítima do seu reinado de mãe soberana de um filho obediente e dependente emocional. Ele que nunca quer assumir conflitos com sua querida mamãe fica passivo e tentando colocar panos quentes nos desentendimentos velados ou explícitos da mãe e da esposa.
Na hora do racha sai de fininho e diz que não pode tomar partido: “é minha mãe, poxa!”.
O resultado é trágico, pois em cada oportunidade surge aquela briga nas entrelinhas pela atenção do homem da vida das duas.
A sogra tem um agravante, na maior parte das vezes quer fazer as vezes de companheira emocional do filho e tirar a nora da trilha. Ela no papel de mãe deveria estar ciente de que a nova família do filho se sobrepõe à família de origem. Mesmo sendo a mãe não deveria interferir ou palpitar nas escolhas do filho, mas de modo geral faz o oposto, critica, aponta, acusa e faz intrigas. Se a nora reage parece sempre a louca, enquanto a pobre sogra permanece chorosa pela agressividade “gratuita” feita pela nora.
É de chorar ver duas mulheres, que se supõe adultas, entrando em brigas absolutamente dispensáveis. Se questionada a sogra dirá que está defendendo os direitos do filho (ainda que não tenha sido chamada para advogar) e sempre terá uma dose grande de desconfiança: “essa garota não cuida tão bem dele quanto eu, é meio relapsa e as vezes soa interesseira, sei que ela tem ciúme de mim.”
Nessa hora a sogra esquece que quem convive, ama e tals com o filho é a nora e não ela.
Por isso soa tão estranho esse tipo de disputa, parece até que rivalizam o parceiro amoroso, como acontece nos triângulos amorosos :-\ Pensa! É igualzinho :-| A nora até tem razão de reivindicar seu parceiro, mas a sogra não!
O que parece ser a causa e perpetuação dessa briga que se arrasta por anos a fio é que normalmente a sogra tem um casamento falido ou inexistente e que costuma legitimar sua solidão em busca da companhia do filho querido.
Nesses casos percebo que na maioria das vezes a nora, até, evita de incentivar esse conflito por ter medo de precipitar uma guerra familiar que pode acabar fazendo com que o marido recue diante de sua mãe, por quem ela sente que é afetivamente dominado.
Meu objetivo aqui não é formular nenhum guia prático do tipo "Como sair dessas enrascada" mas de jogar uma luz em cima do quadro lastimável desse tipo de conflito. Seja lá qual for a situação de conflito a que eu esteja exposta, gosto sempre de pensar qual a parte que me cabe naquele latifúndio.
Uma coisa é certa bom senso é tudo, e bom senso é bom senso, venha de que fonte vier.
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