NA PRISÃO DA INFELICIDADE VOCÊ SAI QUANDO QUISER
Sinto muito, mas esqueçam quando o assunto é tentar oferecer a determinadas pessoas caminhos, alternativas ou soluções. Mesmo reclamando da situação em que se encontram, elas simplesmente irão desprezar seu auxílio. Pessoas assim, já fizeram a sua escolha. Optaram pela infelicidade. Sabem por quê? Por que ser feliz exige atitude de coragem e ser infeliz é uma atitude covarde. Na realidade, para ser infeliz, não é preciso nada. Qualquer um pode ser covarde. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é que precisa coragem – é um risco tremendo. O que é coragem? É a habilidade de confrontar o medo, a dor, o perigo, a incerteza ou a intimidação. O que é ser covarde? É ter medo. É falta de ação. Essa dificuldade de ação é por excesso de orgulho ou por pouquíssimo orgulho. Uma pessoa decidida pela infelicidade o fez por covardia.
Não temos o costume de pensar assim. Nós pensamos: ” O que é preciso para ser feliz? Todo mundo quer ser feliz.” Isso está absolutamente errado. É muito raro uma pessoa estar pronta para ser feliz – as pessoas investem tanto na infelicidade! Elas adoram ser infelizes.
Continuamos a perder muitas coisas na vida só por causa da falta de coragem. Na verdade, nenhum esforço é necessário para conquistar – só é preciso coragem – e as coisas começarão a vir até você, em vez de você ir atrás delas. Pelo menos no mundo interior é assim.
Há muitas coisas para se entender – sem entendê-las é muito difícil se livrar da mania de ser infeliz. A primeira coisa é: ninguém está prendendo você; é você que decidiu ficar na prisão da infelicidade. Ninguém prende ninguém. O homem que está pronto para sair dela, pode sair quando quiser. Ninguém mais é responsável. Se uma pessoa é infeliz, é ela mesma a responsável. Mas a pessoa infeliz nunca aceita a responsabilidade – é por isso que continua infeliz. Ela diz: “Estão me fazendo infeliz”.
Se outra pessoa está fazendo com que você seja infeliz, naturalmente não há nada que você possa fazer. Se você mesmo está causando a sua infelicidade, alguma coisa pode ser feita… alguma coisa pode ser feita imediatamente. Então ser ou não ser infeliz está nas suas mãos. Todavia as pessoas ficam jogando nos outros a responsabilidade – às vezes na mulher, às vezes no marido, às vezes na família, no condicionamento, na infância, na mãe, no pai… outras vezes na sociedade, na história, no destino, em Deus – mas não param de jogar nos outros. Os nomes são diferentes, mas o truque é sempre o mesmo.
Ninguém, nenhuma outra força, está fazendo nada a você. É você e só você. Isso resume o que é o seu fazer, significa que você fez e pode desfazer. E não é preciso esperar, postergar. Não é preciso tempo – você pode simplesmente pular fora disso.
Mas nós nos habituamos. Se pararmos de ser infelizes, nos sentiremos muito sozinhos, perderemos nossa maior companhia. A infelicidade virou nossa sombra – nos segue por toda a parte. Quando não há ninguém por perto, pelo menos a infelicidade está ali presente – você se casa com ela. E trata-se de um casamento muito, muito longo; você está casado com a sua infelicidade sabe-se lá há quanto tempo.
Agora chegou a hora de se divorciar dela. Isto é o que eu chamo de "a grande coragem" – divorciar-se da infelicidade, perder o hábito mais antigo da mente humana, a companhia mais fiel.
O que quero discutir aqui, e volto a insistir, é que a pessoa infeliz nunca irá aceitar que ela está onde ela se colocou. Como já disse, ela permanecerá acusando Deus e o mundo, tudo o que forneça uma boa desculpa a ela, impedindo-a assim de trocar a covardia pela coragem. Uma pessoa torna-se realmente um ser humano completo, quando aceita a responsabilidade total – é responsável pelo quer que seja. Essa é a primeira forma de coragem, a maior delas. É muito difícil aceitá-la porque a mente vai continuar dizendo: "Se você é responsável, porque criou isso?". E para evitar isso, dizemos que os outros são responsáveis: "O que eu posso fazer? Não tem jeito... sou uma vítima! Sou jogado daqui para ali por forças maiores que eu e não posso fazer nada. O que ganho com a minha infelicidade? A companhia de um sentimento que conheço. Portanto não é ameaçador. O que ganho com a felicidade? Novas companhias e aventuras e, sobretudo a maior virtude. A virtude da coragem. Perder o habito antigo da infelicidade é soltar gerações, é gritar CHEGA. É aceitar o medo da mudança. Afinal, a coragem exige enfrentamento do medo e o medo pertencia às outras gerações e não mais a mim. Soltar a mania de ser infeliz e lutar para permanecer com a mania de ser feliz é de fato uma luta justa. Não haverá feridos, o que haverá são perdas de hábitos da mente muito antigos que já estão saturados, mas infelizmente muito atuais. CHEGA DE SER FELIZ POR SER INFELIZ. DECIDA SER FELIZ DE VERDADE!!! Assim o universo agradece e conspira a seu favor !
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