quinta-feira, 13 de julho de 2017

ESPELHO ESPELHO MEU...

EXISTE PESSOA MAIS GRATA QUE EU?


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As estações mudam. Às vezes é inverno, às vezes é verão. Se você permanecer sempre no mesmo clima, você se sentirá estagnado. Você precisa aprender a gostar daquilo que está acontecendo. Chamo a isso de maturidade. Você precisa gostar daquilo que já está presente. A imaturidade é ficar vivendo nos "poderias" e nos "deverias" e nunca vivendo naquilo que "é" - aquilo que "é" é o caso, e o "deveria" é apenas um sonho.
Tudo o que for o caso, é bom. Ame isso, goste disso e relaxe nisso. Quando algumas vezes vier a intensidade, ame-a. Quando ela for embora, despeça-se dela. As coisas mudam... A vida é um fluxo. Nada permanece o mesmo; às vezes há grandes espaços e às vezes não há para onde se mover. Mas as duas coisas são boas, ambas são dádivas da existência. 
Por isso sou grato a tudo, reconhecido por tudo o que acontece. Desfruto o que for. É isso que está acontecendo agora. Amanhã poderá mudar, então desfruto aquilo. Depois de amanhã algo mais poderá acontecer. Desfruto. Não comparo o passado com as fúteis fantasias futuras. Vivo o momento. Às vezes é quente, às vezes é muito frio, mas ambos são necessários; de outro modo, a vida desapareceria. Ela existe nas polaridades.
Então sou a favor da vida. Vida é sinônimo de Deus. Você pode esquecer a palavra "Deus" — a vida é Deus. Vivo com reverência, com grande respeito e gratidão. Não conquistei esta vida: ela é um mero presente do além, é graça divina. 
Aproveito o máximo que posso, mastigo e digiro tudo muito bem. E desfruto a vida de todas as maneiras possíveis — vivo o bom e o ruim, o doce e o amargo, o escuro e o claro, o inverno e o verão. Não tenho medo da experiência: quanto mais experiência tenho, mais integrada fico. Quando encontro um amigo, encontro de fato. Sabe-se lá... Talvez nunca mais volte a encontrá-lo. Então posso me arrepender. E, assim, esse passado insatisfeito ficar me assombrando, cobrando aquilo que queria ter dito e não disse, que queria ter feito e não fiz. 
A morte não me assusta mais, nem me impressiona. O medo da morte não é o medo da morte, é o medo de não se sentir realizado, é você morrer e descobrir que não experimentou nada, absolutamente nada, ao longo da vida — nenhuma maturidade, nenhum crescimento. É olhar pra trás um dia e constatar que você chegou de mãos vazias e está partindo de mãos vazias. Desse medo não morro!
Por tanta benção, sinto-me grata e de tão grata chego a pensar se existe alguém mais grata que eu .

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