quinta-feira, 27 de julho de 2017

CADA DIA A MAIS É UM A MENOS

DA VIDA NÃO SE LEVA NADA


Imagem relacionada
...Eis o grande circo

O que estão fazendo? O que estão pensando? Todos nós vamos morrer, que circo! Só isso deveria tornar a vida mais fácil, mas não faz. Somos aterrorizados e esmagados pelas trivialidades, somos devorados por nada. 
A humanidade avança, mas as indagações permanecem – as dúvidas quanto ao amor, as dores da solidão, a banalização dos sentimentos, a supremacia da aparência, a perda de tempo com as trivialidades. O problema dessa agonia generalizada é nosso. Não podemos morrer assim!
Falo isso porque que sei que a vida não é de se brincar, já já estaremos todos mortos, e se parássemos para pensar nisso, quem sabe podíamos amenizar um pouco dessa agonia toda? Todo momento de nosso dia é uma escolha, e escolher é perder sempre. Mas cabe a nós decidirmos o que vale a pena perder, já que não temos todo o tempo do mundo. Já que nem ao menos sabemos quanto tempo nos resta!
Se cada escolha significa uma renúncia, não está em tempo de pensarmos melhor sobre nossas perdas? Em pensar menos no volume, na quantidade, e mais na qualidade daquilo que estamos escolhendo? 
Não estou dizendo que devemos deixar de fazer qualquer outras coisas, como for do desejo de cada um. Não devemos ser sérios sempre, nem filosóficos sempre, nem ser altruísta sempre – mas como todos nós já sabemos a vida nos dá dois caminhos de aprendizagem: o da dor e o do amor. E enquanto eu puder escolher, fico com o segundo, sem dúvida, o caminho do amor é sempre a melhor opção. E já que não temos escolha sobre a morte, que ao menos a gente possa escolher as possibilidades que deixam a vida mais leve. 
Afinal a vida tem que seguir, o tempo tem que passar, as coisas têm que acabar, as pessoas têm que partir, assim como nós também um dia partiremos, deixando para trás tudo o que tanto prezávamos. Tudo passa, tudo começa e termina, menos o amor - o amor eterniza tudo o que em nós for humano, for verdadeiro, que pode ser invisível aos olhos, porém essencial àquilo que constitui o ritmo da vida. Afinal, daqui a gente não leva nada, mas deixa muita coisa, quando morrer quero os sorrisos que eu deixei.


Nenhum comentário:

Postar um comentário