terça-feira, 20 de outubro de 2015

UNIVERSO DIGITAL

SEU PERFIL, UM CPF DIGITAL



Tenho sérios problemas com o Facebook.
A plataforma foi pensada e otimizada ao máximo por algumas das mentes mais brilhantes de nosso tempo.
Não sei, mas tenho a impressão que o face parece contribuir para nos infantilizar, não sei se vocês têm essa mesma impressão.
Lá é como se fôssemos candidato, jurado e produtor num desses reality shows em busca de talentos. Você se promove e julga sem dó – em público ou bem escondidinho. Em tempos de tédio, parece ser o entretenimento permanente é como chupeta lambuzada de nutella – a droga da felicidade.
Sim, queria pensar que "a plataforma é neutra, o que importa é o uso que as pessoas fazem dela". Mas não, nada é neutro por completo. 
A plataforma não é má. Abre zilhões de possibilidade fantásticas. Porém, a maneira como a conduzimos pode nos trancafiar em uma prisão bastante confortável, que, compartilhada por tantos outros, sequer se assemelha a uma. 
A ferramenta não é nem tão importante se comparada ao fim dado pelas pessoas que a usam. Esse poder de conexão que o Face nos dá atualmente pode ser tanto uma dádiva, quanto um inferno. As pessoas tão ficando tão doida com esse negócio que se saem de casa, percebem que esqueceram seus telefones, se bobear, são capazes de atravessar a cidade outra vez para buscá-los. Buscar um pedaço de plástico com um computador dentro! Pensa! 
Não acho ruim essa revolução que a tecnologia causa no comportamento das pessoas mas seria melhor que fosse uma revolução na qual as pessoas adorem tecnologia, mas a usem mais como uma caixa de ferramentas e menos como um mestre. Seria bom fazer com que os avanços tecnológicos fossem a nossa caixa de ferramentas. Se nós temos uma caixa de ferramentas em casa, nós não acordamos e vamos correndo serrar alguma coisa, vamos? Mas tem gente que já acorda checando suas notificações, por exemplo. 
O Facebook conecta mundos impossíveis. Isso transforma realidades. E por isso não deixo de aplaudir. Acima de tudo está o poder da conexão humana.
Ainda bem!


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