ELES ESTÃO POR TODA PARTE
Zumbis existenciais são pessoas que estão na piscina de bolinha, sabe? Estão bem no raso. Estão brincando ali. Elas não estão vivas de fato. Já morreram existencialmente, espiritualmente, emocionalmente, morreram na família, só falta morrer fisicamente. Vocês poderão encontra-las fisicamente ótimas, lotando as academias, os bares ou lotando as salas de reunião.
São pessoas que não estão presentes na vida delas. Elas só vão se dar conta disso quando cair a ficha que a vida acaba. As pessoas pensam assim ‘não, não vamos falar da morte’. As pessoas não falam da morte e eu falo que a gente no Brasil tem uma cultura muito infantil.
Quando você coloca uma criança para brincar e alguém fala: ‘vamos brincar de esconde-esconde?’. Ela fecha os olhos. É como se eu não te vejo, você não me vê. E é como as pessoas se comportam com a morte. Ninguém fala disso. Ninguém olha pra isso.
Então a gente finge que ela não existe e a morte não olha pra gente. Só que não. Quando você se percebe mortal, percebe que sua vida pode estar se aproximando do fim, aí você se dá conta da importância de viver de maneira presente. De estar inteiro nas suas relações. De estar inteiro no seu trabalho. De estar inteiro numa relação afetiva. Na relação com seus filhos.
Essas pessoas que se ausentam destas relações, se ausentam dessas perspectivas, eu chamo de Zumbis existenciais.
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