quarta-feira, 28 de agosto de 2024

PELO DIA DO PSICOLOGO #28deagosto🔱

 

O ESPORTE TAMBÉM É TERAPIA?

Muita gente gosta de dizer que a corrida ou o esporte que praticam é sua terapia, mas sabemos que o esporte não é um substituto da terapia, o exercício físico por si só não dá conta de um transtorno mental adquirido.

Em outras palavras, é fato que qualquer atividade que a gente escolha têm o potencial de contribuir positivamente para o nosso bem estar de uma forma geral e por isso dizemos que é terapêutico, mas não tem o mesmo efeito psicoterapêutico das sessões de psicologia ou psicanálise propriamente ditas. O exercício pode melhorar sintomas, mas não aborda a causa raiz dos problemas mais profundamente, como é o caso de uma terapia psicológica. Esporte e terapia serem coisas diferentes, mas vale um paralelo com a vida.

Não se trata da gente ser perfeito em cada tentativa, sempre alcançar as metas, na verdade a meta fundamental e mais difícil é a de se comprometer em ser consistente. Os esportes que praticamos nunca inicia e nem termina, é uma constante.Tudo que está envolvido nesses momentos é parte de uma rotina diária que adotamos, convencidos que é o melhor a se fazer. Nesse caminho vamos estar com pessoas com as mesmas dificuldades que nós, ou seja, não estamos sós nesta luta kkkkk e também encontraremos tantas pessoas que nos inspiram e vamos inspirar tantas outras….

Portanto, o esporte pode năo se enquadrar propriamente como uma terapia mas é uma PROPOSTA TERAPÊUTICA NA SAÚDE MENTAL de qualquer um! Assim como numa psicoterapia é um momento só seu de investimento em você! Vamos?! 🎯👊🏽

domingo, 25 de agosto de 2024

Superaçāo não! SuperAçăo!

#Paralimpíadas2024_play▶️

Se você achou que já havia visto um show de SuperAção e determinação durante a realização dos Jogos Olímpicos no mês passado então prepare-se, as Paralimpíadas vem aí!
Trata-se de uma competição entre pessoas extremamente talentosas e competentes no esporte, mas não é apenas uma demonstração de habilidades esportivas extraordinárias é também um lembrete poderosissimo do que podemos alcançar quando focamos em nossa capacidade e não em nossas deficiências sejam elas de que ordem for!
No caso das Paralimpíadas, a deficiência está lá, faz parte do contexto, não dá pra deixá-la invisível, mas o que se revela é a performance, um espetáculo, săo atletas de alto rendimento e como qualquer atleta olímpico passam anos se preparando com uma rotina dura, complexa e disciplinada.
Há quem veja os jogos não exatamente como um evento esportivo de alto rendimento, mas como um evento de superação da deficiência.
Creio que os atletas paralímpicos gostam de ser vistos principalmente como atletas que são, não como exemplos maravilhosos de pessoas com deficiência que superaram, através do esporte, as limitações impostas por seus corpos. Aliás, que limitação? 
Me responde, no momento da competição o que significa para estes atletas estar em uma cadeira de rodas, usar uma prótese, não poder enxergar ou segurar alguma coisa? Resposta: Nada! 
Eles estão lá para competir e provam que sim, eles podem, e como podem!
Por trás daquela medalha existe uma trajetória comum a qualquer atleta olímpico. A medalha não é a superação de uma deficiência. Cada um ali já superou a sua deficiência faz tempo! Na competição a superação é dentro do esporte, da modalidade.
Enfim, no quesito competidor não há diferença entre um esportista paralímpico e um sem deficiência, tanto um quanto o outro se sente completo e com infinitas possibilidades à sua frente, Inspirando milhões ao redor do mundo com conquistas que refletem o seu potencial enquanto pessoa. Excelência! 
Que venha os jogos! 🇧🇷


quinta-feira, 22 de agosto de 2024

POR VIDAS DESPATOLOGIZADAS

 Estamos transformando dilemas cotidianos em problemas mentais?


Mundo estranho esse de hoje. Foi-se o tempo que água com açúcar acalmava os nervos, ou tomávamos um chá de erva-cidreira ou camomila para dormir mais relaxado. Alguém logo aparece com um lexotan, um comprimido de melatonina ou de dormonid.

Atualmente, temos tomado medicamentos que não precisamos para tratar doenças que não temos, é a patogizaçăo do comportamento humano medicalizando a vida. Profissionais de saúde, com uso de medicamentos, transformam situações normais da existência humana em objetos de abordagem.

Assim, toma-se Viagra para melhorar a potencia em indivíduos não impotentes, anabolizantes em busca do corpo imaginário, vitaminas sem exames, psicotrópicos para lidar com os problemas habituais da vida e isto sem contar os antidepressivos para supostamente ajudar a lidar com luto, como se isso fosse possível. Se você chorar na frente de um médico,  muito provavelmente vai sair da consulta com uma destas receitas.

Ainda tem os medicamentos para reduzir o apetite (ditos para emagrecer), insônia e "anti-idade" estão entre os mais prescritos também.

Assim, a medicina atual parece se propor a resolver todos os conflitos naturais da existência humana, tirando o sentir de cena. Isto porque, em nome da qualidade de vida, o conhecimento médico promete ser o elixir para sua recusa da dor de existir, seja ela qual for! 

A preocupação se justifica porque situações como a tristeza, sobrepeso, insônia e até a dificuldade de aprendizado passaram a ser avaliados sob a métrica da subjetividade e são facilmente transformadas em doenças sendo rapidamente medicadas, inclusive ignorando-se os eventuais efeitos colaterais pesados destes medicamentos.

Pois é! Se você tem um prego no sapato e anestesia o pé como solução, o resultado vai ser um ferimento cada vez maior no seu pé. A dor é um sinal de alarme que deve levar a uma ação. No caso do prego, a ação é tirar o sapato e arrancar o prego. Do mesmo modo, se temos uma tristeza que não sabemos de onde vem, uma ansiedade da qual desconhecemos o motivo, elas estão querendo nos dizer que alguma coisa vai mal em nossa vida e pedem uma ação de mudança. Mas a pessoa se anestesia. Para isso dispõe uma vasta gama de “anestésicos” nas prateleiras da farmácia mais próxima. E tome Rivotril, e tome Somalium, e tome Prozac. Mas a dor da alma será apenas anestesiada. E o estrago continua! 

Obvio que existem casos de depressão, pânico, insônia, impotência e TDAH que precisam e merecem tratamento medicamentoso. O comentário aqui é em relação ao uso indiscriminado e em larga escala que se tem feito de remédios. 

Em outras palavras, sabemos que os medicamentos são necessários e muito úteis nas patologias físicas e nos transtornos mentais incapacitantes e diagnosticados medicamente, mas eles não vão te ajudar a resolver os seus problemas do dia a dia, vai é te enfraquecer diante deles, não servem para isso!


POR VIDAS DESPATOLOGIZADAS

Estamos transformando dilemas cotidianos em problemas mentais?


Mundo estranho esse de hoje. Foi-se o tempo que água com açúcar acalmava os nervos, ou tomávamos um chá de erva-cidreira ou camomila para dormir mais relaxado. Alguém logo aparece com um lexotan, um comprimido de melatonina ou de dormonid.

Atualmente, temos tomado medicamentos que não precisamos para tratar doenças que não temos, é a patogizaçăo do comportamento humano medicalizando a vida. Profissionais de saúde, com uso de medicamentos, transformam situações normais da existência humana em objetos de abordagem.

Assim, toma-se Viagra para melhorar a potencia em indivíduos não impotentes, anabolizantes em busca do corpo imaginário, vitaminas sem exames, psicotrópicos para lidar com os problemas habituais da vida e isto sem contar os antidepressivos para supostamente ajudar a lidar com luto, como se isso fosse possível. Se você chorar na frente de um médico,  muito provavelmente vai sair da consulta com uma destas receitas.

Ainda tem os medicamentos para reduzir o apetite (ditos para emagrecer), insônia e "anti-idade" estão entre os mais prescritos também.

Assim, a medicina atual parece se propor a resolver todos os conflitos naturais da existência humana, tirando o sentir de cena. Isto porque, em nome da qualidade de vida, o conhecimento médico promete ser o elixir para sua recusa da dor de existir, seja ela qual for! 

A preocupação se justifica porque situações como a tristeza, sobrepeso, insônia e até a dificuldade de aprendizado passaram a ser avaliados sob a métrica da subjetividade e são facilmente transformadas em doenças sendo rapidamente medicadas, inclusive ignorando-se os eventuais efeitos colaterais pesados destes medicamentos.

Pois é! Se você tem um prego no sapato e anestesia o pé como solução, o resultado vai ser um ferimento cada vez maior no seu pé. A dor é um sinal de alarme que deve levar a uma ação. No caso do prego, a ação é tirar o sapato e arrancar o prego. Do mesmo modo, se temos uma tristeza que não sabemos de onde vem, uma ansiedade da qual desconhecemos o motivo, elas estão querendo nos dizer que alguma coisa vai mal em nossa vida e pedem uma ação de mudança. Mas a pessoa se anestesia. Para isso dispõe uma vasta gama de “anestésicos” nas prateleiras da farmácia mais próxima. E tome Rivotril, e tome Somalium, e tome Prozac. Mas a dor da alma será apenas anestesiada. E o estrago continua! 

Obvio que existem casos de depressão, pânico, insônia, impotência e TDAH que precisam e merecem tratamento medicamentoso. O comentário aqui é em relação ao uso indiscriminado e em larga escala que se tem feito de remédios. 

Em outras palavras, sabemos que os medicamentos são necessários e muito úteis nas patologias físicas e nos transtornos mentais incapacitantes e diagnosticados medicamente, mas eles não vão te ajudar a resolver os seus problemas do dia a dia, vai é te enfraquecer diante deles, não servem para isso!



sexta-feira, 16 de agosto de 2024

VOCÊ OBSERVA SEUS PENSAMENTOS?

PENSAMENTOS SĂO APENAS PENSAMENTOS...
Você acha que é a voz por trás de seus pensamentos?
Estamos condicionados a acreditar que sim, somos a voz por trás de nossos pensamentos né?
À primeira vista, isso parece fazer sentido, afinal existe algo mais pessoal do que nossos pensamentos? É óbvio que eles ocorrem apenas em nossas mentes, e somos os únicos que os experimentará. Então, o que poderia nos representar mais do que o diálogo interno que aparentemente narra e interpreta cada momento de nossa experiência de vida?
Para responder a essa pergunta, devemos primeiro perguntar: de onde vêm os pensamentos
Existem duas perspectivas principais sobre a origem dos pensamentos: a teoria do pensamento autocriado e a teoria do pensamento criado pela mente. A maioria de nós pode entender que o pensamento é autocriado, que somos a voz por trás de nossos pensamentos... pensamentos ocorrem em minha mente, portanto, eu os criei e eles são extensões de minha identidade. Mas se fosse assim teriamos de assumir a responsabilidade por pensamentos que não somos nós que estamos criando na verdade. Porque não estamos criando?
Porque não podemos escolher os pensamentos antes de pensar, o que exigiria que pensássemos antes de pensá-los kkkkkkk
Logo podemos cocluir que sim os pensamentos são “criados pela mente” - em vez de ser o criador dos seus pensamentos, você é uma testemunha deles conforme eles văo ocorrendo, são subprodutos do cérebro, não do eu. Assim como a principal função do sistema respiratório é ajudar você a respirar, a principal função da mente é produzir pensamento. A mente desenvolve pensamentos como o campo cultiva grama, são como um rio que corre sem controle.
Os pensamentos são apenas o que a mente faz, não são pessoais, são apenas eventos mentais não necessariamente verdades absolutas, não temos que acreditar em tudo que nossos pensamentos estão dizendo. Apesar dessa ideia ser muito clara na minha cabeça, pode ficar confuso aqui o que eu quero dizer.
Observar os pensamentos é como assistir a um filme ou assistir nuvens passarem pelo céu — elas estão lá, mas não precisam definir nosso dia. A gente pode observar sem se envolver emocionalmente, ficando neutro, só de fora olhando. Muito dos nossos julgamentos errados e comportamentos injustificáveis vem de aceitar e reproduzir tudo o que chega.
Veja, observar os pensamentos não é sobre eliminá-los ou ignora-los, mas sobre ter um relacionamento mais saudável com eles, criando uma certa distância. Isso nos poupa decisões ruins, comportamentos egoístas e posições pessoais equivocadas.
Nessa perspectiva do observador, vamos combinar que você não é aquele que fala seus pensamentos, você é aquele que os ouve e discerne sobre.
E pra finalizar vem a pergunta que nao quer calar: se você não é a fonte de seus pensamentos, se existe pra muito além deles, o que é você? Seria essa consciência que observa o pensamento? Isso é assunto pra davanear na filosofia mais de metro 🤔😂