A Pergunta é Provocadora: Será Que Queremos Mesmo Ser Felizes?
Falo isso porque na verdade a tal felicidade não nos promete nada de especial. Veja, de forma geral, os ideais filosóficos, morais e estéticos que valorizam o ser humano consideram que a felicidade vem de um hábito mental que acolhe sem distinção a realidade como é, năo luta ou se apega às circunstâncias, nem se debate com a aspiração de perfeição. E pra completar, no final a felicidade não nos garantirá nenhum privilégio, poderes especiais sobre a vida e a morte e nem curvará os demais aos nossos caprichos, ou seja desprendimento total. Quem se habilita? #partiu_estado_degraça Kkkkk
Continuando... ela é leve e pra ter leveza não tem como se apoiar no controle, o contentamento vem por conviver com os demais sem tanta intervenção. Dá pra ser?
Seguimos... A felicidade, portanto não seria compatível com buscar a obediência ou admiração dos outros. Não combinaria com tentar modificar alguém e transformá-lo em quem desejamos, traçando cada passo da sua vida. Não teria relação com fazer prevalecer nossa opinião e convencer as pessoas de que elas estão erradas. E, principalmente, nunca passaria por culpar os outros pelos nossos problemas. E aí, estão dispostos? Kkkkk
E pra finalizar... Ego, poder, controle, vaidade… quase todos os nossos desejos tendem a atender a um desses pontos, quando tudo indica que a felicidade é o contrário disso. Então, nessa visāo, a infelicidade é extremamente sedutora, tāo comumente observável por aí. Com ela passamos um tempăo criando inimigos, lutando contra fantasmas que alimentamos e deixamos a nossa vida cheia de sofrimento e desgostos nesse mundo. Enquanto que optar pela felicidade poderia significar desapegar do passado, se responsabilizar pelo futuro independente de terceiros e aceitar a realidade que não se pode transformar. Talvez implicasse ainda em respeitar totalmente as vontades e personalidade daqueles que amamos. Verdadeiro desafio! Estamos prontos?
Uma coisa é certa, se concluirmos que felicidade é uma decisão, não é uma decisão simples, já que de certa forma exige que a gente se ponha a entender um monte de coisas
E aí? será que queremos mesmo ser felizes?