Aproveitando o do Dia de finados, escrevo puxando as orelhas (não os pés) daqueles que morrem em vida: os que apenas atravessam os dias respirando.
Morrer em vida é morrer lentamente e morre assim quem fica alimentando fantasias perdidas do passado, planejando vinganças, queixando da má sorte... muita gente morre assim é a morte mais traiçoeira.
A morte daqueles que amamos é trágica, mas nossa própria morte, não. Ela é uma contingência de nossa existência.
Já que não podemos evitar um final, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações dos mortos vivos, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.
E já que estamos falando em morte também queria aproveitar pra dizer que esse não é um assunto que devemos evitar, falar ajuda a saber lidar. Sabemos que vamos inevitavelmente vê-la acontecer, é um processo natural ao qual todos estarão sujeitos em algum momento da vida. Quando bate na nossa porta, em termos práticos, no outro dia você acorda e tem que começar tudo de novo e os sentimentos e pensamentos que se instalam em nós nesse momento tem uma função: nos levar a assimilar o fim da vida, nossa única certeza. Uns vão primeiro outros vão depois! Todo começo tem um fim!
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