NADA "MEIO TERMO" SERVE, MUITO MENOS O AMOR
Gente, não dá para viver no "meio termo", nem o amor nem nada “meio termo” serve: gente que vive em cima do muro irrita e amores rasos só servem para gente carente. Amor foi feito para pessoas inteiras e rotina não é desculpa, muito pelo contrário, a rotina, diferente do que muitos pensam, nunca foi um problema para o relacionamento. Aliás, é somente através dela que os laços do amor se criam e se fortalecem.
Compartilho da mesma ideia de Martha Medeiros ao escrever que as coisas mornas são perda de tempo: “Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. (…) O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.”
Amor não é servido em fatias, em metades. Amor é plenitude.
A partir do momento em que você começa a não ver o seu relacionamento dessa forma, é hora de repensar se ele já não acabou, há muito tempo, e você nem percebeu.
Amor morno é a maior crueldade a qual podemos nos submeter. Quando não há mais saudade, quando a presença não é mais motivo para romance, quando as desculpas para não se encontrar são as mais esfarrapadas possíveis, não há porque insistir.
Metades aceitamos de um pedaço de bolo, de uma melancia, de um queijo. Não de um amor. Como dizia Clarice Lispector: “Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre”.
Não dá para aceitar um sentimento raso por comodismo. Se não está disposto a amar com tudo, nem entre em um relacionamento. Amar é coisa de gente forte mesmo!
De gelada deixa a cerveja, de metade deixa a conta do bar e de morno deixa o banho. O restante tem que ser intenso, sim! Cada vez mais.