QUAL A QUALIDADE DAS EMOÇÕES QUE VOCÊ ALIMENTA DIARIAMENTE ?
Como você funciona diante do estresse diário ou quando uma situação requer uma demanda emocional mais intensa? Como você lida com sentimentos como a tristeza e a raiva? Você se livra com facilidade ou tem a tendência de guardar sentimentos ruins.
O ser humano é um todo integrado, não existindo na prática separação entre mente e corpo. Sendo assim, processos físicos não estão dissociados de processos mentais. Partindo deste pressuposto, todos nós somatizamos em maior ou menor grau, dependendo do evento estressante, bem como de nossos recursos físicos e emocionais.
Seguindo esta linha de raciocínio, de que o ser humano é sistêmico, apresentando, portanto, abordagem multifatorial na determinação de seus comportamentos, bem como no desenvolvimento de qualquer transtorno. Em outras palavras, o homem é biopsicossocial e espiritual. Qualquer teoria ou conceito que não vá de encontro com esta multideterminação do homem é reducionista e não procura compreende-lo em sua complexidade e singularidade.
Sendo assim, a qualidade de nossos pensamentos e sentimentos irão repercutir na qualidade de nossas emoções, e como o homem não é dissociado, o físico pode adoecer por conta de emoções mal elaboradas.
A grande maioria das “perturbações psicossomáticas” que desenvolvemos estão associadas a sentimentos negativos como ressentimento, raiva, ódio, inveja, tristeza, mágoa, culpa, frustração, medo e falta de perdão. O perfil psicológico de pessoas com somatizações intensas são as angustiadas, rancorosas, reprimidas, tensas, ansiosas, inflexíveis e controladoras.
Sendo assim, emoções negativas devem ser trabalhadas, devem ser verbalizadas, já que é ponto importante no processo de cura, já que estas emoções negativas nos envenenam lentamente, minando o Sistema Imunológico e fragilizando nosso organismo. O resultado disto: abrimos frestas para o desenvolvimento de algumas doenças, tais como ulcera gástrica, dores músculo-esqueléticas (por ex. Fibromialgia), doenças cardíacas, respiratórias, auto-imunes e até mesmo o câncer. Deste modo vale a pena refletir sobre a qualidade das emoções que estamos alimentando diariamente pois estas tem o poder de curar e gerar doenças.
A questão do perdão deve ser aprofundada, pois a não-liberação deste é terrível, não se tratando somente de religiosidade ou mesmo de espiritualidade. Vários estudos científicos já comprovaram o quanto o ódio, a tristeza e a falta de perdão assolam nosso físico e a nossa existência. Como relatei em um outro artigo, perdoar não é somente um ato de benevolência para com o outro, mas sobretudo de inteligencia para conosco. Este raciocínio advém do fato de que é contraproducente continuarmos reverberando este mesmo mal, ou seja, não devemos ruminar nossa desventura, pois muitas vezes aquele que causou um dano, sequer está lembrando do fato. Em outras palavras, os únicos prejudicados somos nós mesmos, entre aspas, pois a Lei Divina, que é perfeita darà a cada um de acordo com as suas obras. Portanto, o melhor a fazer é trabalhar cada aspecto negativo dos “bombardeios da vida” a que estamos sujeitos e sendo assim, desenvolver estratégias existenciais para fechar feridas emocionais quando isto for preciso.O mal pode prevalecer por alguns instantes, mas nunca vence! Faça a sua parte, faça o bem e deixe o resto por conta da vida.
Resumindo, o que eu quero dizer é que o trabalho constante das emoções tóxicas tem o poder de curar nossa vida, pois tiramos um peso das costas. O melhor a fazer por nossa saúde é esquecer aquela raiva, trabalhar aquela tristeza, ressignificar algum acontecimento que nos foi direcionado consciente ou inconscientemente, posicionando-nos como agentes ativos do processo. Esta atitude de não-vitimização nos traz outra perspectiva diante do nosso sentimento de impotência, das nossas carências, frustrações e crises existenciais. Sendo assim, trabalhemos cada mágoa, ressentimento e descompensações, libertando-nos das amarras que impedem uma vida de qualidade.