quinta-feira, 1 de junho de 2017

LEMBRE DOS FILMES DE EXORCISMO

LEMBRE QUE É IMPORTANTE CONHECER O NOME DO MAL QUE ESTÁ "ATUANDO" SOBRE VOCÊ PRA PODER EXORCIZÁ-LO. NÃO FINJA QUE ELE NÃO ESTÁ LÁ!


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Às vezes nos queixamos das dificuldades do mundo e das pessoas que sabem o que devem fazer mas não fazem. Podemos olhar para nós mesmos e sentir que não fizemos grandes mudanças e que não sabemos fazer. Por que isso acontece? Acontece porque, quando somos crianças, ganhamos uma pistola congelante. Nossos pais dão a pistola no momento em que eles mesmos nos congelam. A medida que vamos crescendo, também aplicamos a pistola sobre eles. E depois vamos conviver uns com os outros com a nossa pistola a tiracolo. Congelados e congelantes, seguimos todos procurando calor no mundo. Algo que realmente nos aqueça.
Isso é uma ação contínua, seguindo assim, se estiver consciente, você vai perceber que, se nada for feito, essa continuidade continuará atuando não só em você como também nas pessoas que você ama, nas pessoas que você amou e em todos os seres. O mundo congelado e congelante em que nos encontramos vai continuar se você não fizer nada a respeito. Mas será que conseguimos entender bem os efeitos dele? Será que percebemos que essa “história construída” exerce um poder tão forte de hipnose que nós mergulhamos completamente dentro dela? E como serão as coisas daqui a 5, 10, 20 anos, se eu sigo repetindo assim?
O sofrimento é, antes de mais nada, uma questão de perspectiva. Dependendo das nossas marcas, vamos sofrer, por exemplo, diante da morte. Principalmente se achei que sou um personagem separado de todos os outros seres. Principalmente se sou um ser congelado e congelante procurando a felicidade (calor) fora. Vou andar muito atrás desse calor. Vou andar uma vida toda. Vou indo “comendo piche” disfarçado de biscoito, com mais ou menos recheio dependendo da fase que estou na vida. Toda a felicidade que vem é retirada na sequência. Nunca é dado algo em definitivo, por mais que nos esforcemos. Nunca conseguimos estar felizes com o mundo externo, por mais que tentemos. Vou permanecer prendendo minha família nas mesmas ideias que me prenderam. O sofrimento existe e ele tem causas. Com isso, deveríamos entender que devemos dar um próximo passo: o fim do sofrimento é possível, posso transformar as causas do sofrimento, posso mudar a minha perspectiva em relação a vida, mas não sabemos nem nos descongelar nem descongelar os outros. As vezes, só sabemos congelar mais. Então vamos olhando isso, a nós e as pessoas que amamos dentro das consequências das repetições. O mundo rodando e a gente só repetindo. 
As emoções são como “reinos” onde nossos personagens estancam e formam “casa”, criando um universo particular. Vamos olhar para isso. Talvez, após olhar bem, a gente queira aprender a rodar junto com o mundo e a esquentar o corpo nós mesmos. 
Antes de mais nada, precisamos admitir toda a raiva e todo o apego, precisamos entender que é isso que temos e é isso que vamos observar. Não fuja do mal que te aflige, conheça o mal que te aflige. Lembre dos filmes de exorcismo, lembre que é importante conhecer o nome do mal que está “atuando” sobre você pra poder exorcizá-lo. Não finja que ele não está lá. É uma falta de amor, é uma frieza ou um sentimento de cansaço. Percebeu? Fique tranquilo. Ao se aceitar tal como é, tudo já começa a florescer...
Vou contar duas histórias possíveis, essa é triste... era uma vez uma pessoa que acreditou no nome que os seus pais lhe deram. Por onde ele ia, ele levava o seu nome. Às vezes, as pessoas precisavam de um pedaço de terra, mas ele só tinha o seu nome. Às vezes, as pessoas precisavam de um pouco de calor, mas ele só tinha o seu nome. Ele se queixava que as coisas ao seu redor aconteciam muito rápido e de que ninguém nunca queria estar com ele. A vida não é justa, pensava com frequência. E morreu assim.
Agora não vou contar uma história triste... era uma vez uma pessoa que se entendia como um personagem e não renunciou a história de pai, mãe e mundo. Agradeceu a história, encheu o corpo de amor e fez do seu veneno o remédio. Mergulhou completamente na compreensão da liberdade (espaço) e assim soube ser o que precisava ser, a cada momento. As vezes, expandiu amor e compreensão onde as pessoas estavam esquecidas. As vezes, ele lembrou as pessoas de que elas eram a sua própria chama. As vezes, relaxou as pessoas que estavam em agonia. 
Essa é a história da vida que não segue o personagem (“nome”), que não segue as aparências, nem os mundos emocionais.
Pra finalizar vou dizer a vocês que não precisamos ser o personagem o tempo todo. A vida é muito mais bonita que isso. Você pode ver o quão difícil é mudar, o quão difícil é largar o personagem totalmente se construindo cada vez mais com o olhar congelante. Parece que só tem frio e deserto às vezes por onde eles andam, não é? Pois é. No entanto, se você lembrar que não somos nenhum dos personagens, que somos livres, você vai querer libertar as pessoas que ama e, depois de um tempo, todos os seres. Você vai entender que a situação delas realmente não é fácil mas, por isso mesmo, você pode se dedicar a fazer algo de diferente. 
Que esse texto ajude a acender em nós a capacidade de auto-orientação, de percepção das aparências que construímos (e fomos construídos) e de despertar um coração autêntico e amoroso, interessado em tudo o que vive.
Gere o seu coração desperto e traga todos para dentro dele. Independente deles virem ou não.


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