VOCÊ É UM ADULTO OU UMA CRIANÇA?
CRIANÇAS querem as coisas do jeito dele, já os ADULTOS fazem as coisas que devem ser feitas;
Você já viu um marmanjo ficar irritado com alguma coisa? Sim?
A chance dele ser uma criança é altíssima. As pessoas irritadas são as mais infantis que se possa imaginar. Fantasiam um mundo confortável e cheio de encanto onde o bandido morre no final. Mas quando se deparam com uma realidade dura e que contraria seus desejos ele senta (se mostra apático), grita (ou desconta na mãe) e chora (começa a reclamar e resmungar). Quer a comida daquele jeito, assim ou assado.. é cheio de condições.
Um adulto não perde seu tempo com autopiedade, ele simplesmente faz o que deve ser feito. Nem tudo sai ao seu gosto, a louça não fica limpa se ele não limpar e o dinheiro não chega na conta se não trabalhar. O homem sabe que nem tudo é do jeito que ele idealiza. Portanto, mesmo as tarefas chatas são feitas.
CRIANÇAS não sabem se comunicar com as pessoas, já os ADULTOS sabem o que querem e negociam as condições.
Acostumados com a mãe que simplesmente adivinha quando a fralda está suja, as crianças pensam que todos são assim.
Ele acha que pelo simples fato de ter pensado ou desejado algo a outra pessoa tem a obrigação de adivinhar e fazer. Mas se alguém consegue esse prodígio não é o suficiente, pois não foi exatamente do jeito que o bebê queria (nem ele sabe direito).
Os adultos conseguem perguntar a si mesmos o que querem da vida.
E como consequência aprendem a pedir educadamente, desprendidos do resultado, afinal ninguém é seu escravo. Em último caso sabem negociar condições para que todos saiam ganhando.
CRIANÇAS têm medo mas não agem, já os ADULTOS têm medo e mesmo assim agem.
A fantasia de catástrofe é o medo preferido das crianças. Ele realmente acreditou na mãe e acha que tudo vai dar errado sem as condições ideais. Não faz nada se não tiver plena segurança. Vive numa zona de conforto e nunca arrisca sua imagem de criança esperta.
Os adultos sabem que podem falhar, fracassar e perder, temem por isso, no entanto, agem. Como fazem parte do jogo da vida estão dispostos a arriscar mesmo que nem tudo saia como planejaram. Eles usam a criatividade e inventam um plano B.
CRIANÇAS reagem às situações, já os ADULTOS pensam, ponderam e agem (e até se previnem).
“Por que você fez isso?”, pergunte a uma criança.
Resposta: “ele que começou!” (apontando para outra criança).
Essa cena clássica representa a maneira típica das crianças, eles reagem. Nenhum argumento lógico que você exigir dele será suficiente, pois ele não consegue assumir sua responsabilidade na história.
Os adultos ponderam suas ações porque sabem que o mundo não vai acabar hoje. Sabem que reações impulsivas podem ter consequências trágicas. Pensam antes de agir e se previnem para que nada chegue ao limite.
CRIANÇAS acham que vai dar tudo certo, já os ADULTOS sabem que existem limites e consequências.
É próprio da criança não ter capacidade mental para perceber que se pular de um lugar muito alto pode se machucar feio. Alguns adultos ainda não conseguem perceber isso. Eles têm aquela fantasia de que basta um forte desejo e tudo vai sair como querem. Vivem “no mundo da lua”.
Adultos sabem que algumas palavras e atitudes têm consequências sérias para suas vidas e dos demais.
Sabem que tem limites, não se subestimam ou superestimam. Assumem o seu próprio tamanho sem autopiedade ou arrogância.
CRIANÇAS são irresponsáveis, já os ADULTOS assumem compromisso.
As crianças falam que vão e não vão. Chegam atrasado, perdem as coisas, se confundem e criam bagunça. Pensam que pra tudo se dá um jeito (fantasia da mamãe onipresente).
Para quem já sabe ver hora no relógio e tem agenda não tem muita justificativa para certas desculpas furadas.
Adultos não tem medo de perder a liberdade por causa da disciplina. Compromissos não o assustam: casar, comprar uma casa, estabelecer vínculos não são problemas, pois sabe se movimentar em qualquer cenário.
CRIANÇAS zombam da vida e dos outros, já os ADULTOS saem da zona de conforto e aceitam desafios.
Os meninos querem impressionar os pais e superar as meninas. Adoram chegar primeiro, passar na frente e tirar vantagem. Pensam que o mundo é um parque de diversões.
Adultos saem da zona de conforto, encaram impasses, aceitam desafios e se superam. Equilibram seriedade e leveza.
Isso tem uma explicação simples: olham a vida como ela é e tem jogo de cintura para não levar tudo rigidamente à sério.
CRIANÇAS querem ser espertas, mas são apáticas, já os ADULTOS são firmes e posicionados.
Já viu aquele adolescente que parece super disposto a tudo, mas quando você o pressiona ele não sabe nem apertar um parafuso? Se perguntar para ele o que está sentindo ele responde “um troço aqui”(apontando para o peito).
Conhecem muito pouco de si mesmos.
De cada 10 palavras dita, 9 se referem a EU. Crianças são mimadinhas, manhosas. Querem tudo do jeito deles, manipulam, constrangem, chantageiam e conseguem as coisas do jeito deles. São passivos, pois querem que os outros os sirvam. Pensam que o mundo é feito de mordomos e serviçais. Acham que todos são figurantes no seu filme psicológico.
Um adulto procura aquilo que beneficia o maior numero de pessoas. Já percebeu que não vive num mundo isolado e que precisa dos outros, mas sabe que os outros precisam dele também. Sabe o que deseja e luta por aquilo que é bom para ele, mas não apaga as pessoas ao seu redor.
CRIANÇAS ainda não sabem o que querem da vida, já os ADULTOS tem uma visão clara da vida (mesmo que isso mude depois).
Desorientação é marca fundamental de uma criança. Ele tem muito tempo pela frente para decidir. Portanto, pode esperar para decidir o que vai comer, vestir, estudar, trabalhar e com quem se relacionar.
Em sua fantasia a ‘eternidade’ está a seu dispor. Por isso não decide nada, mas também não avança em nada.
Um adulto sabe para onde está seguindo e suas ações tem um objetivo específico. Isso não quer dizer que ele seja inflexível e teimoso (isso é coisa de menino), mas está aberto ao aprendizado da vida. Está sempre reciclando e ampliando seus horizontes, cada nova perspectiva o alavanca para seguir adiante.
Imagino que você deve estar se perguntando se é uma criança ou um adulto. Pergunte às pessoas a seu redor que lhe conhecem e ficará surpreso com as respostas. Duvida?