A gente não tem como deixar a mente pra trás. A pessoa pode tirar férias do trabalho, pode pedir divórcio da esposa, vender o carro, pode tirar férias e ir para a Nova Zelândia... A mente vai junto.
A pessoa vai dormir à noite, a pessoa se chapa de remédios, a pessoa dorme e durante o sonho a mente vai acompanhá-la. É como se tivesse incessantemente presente uma dimensão interna que a gente conhece muito pouco.
Então proponho que vocês tenham abertura para mergulhar e aos poucos se aprofundar: como são esses lugares internos? Como eles operam e acabam por delimitar e alterar a maneira como olhamos os lugares aparentemente externos?
Não é teórica a urgência de nos apropriarmos, de ganharmos autonomia, de nos familiarizarmos com nosso mundo interno, de cultivarmos, de treinarmos, de reconhecermos, por trás de toda a agitação aparente, uma mente mais estável e menos reativa, com uma visão mais ampla a serviço da vida. Não é nada teórica essa urgência.
Na prática se deixamos o barco correr, quando nos damos conta, nossa mente virou apenas um lugar para rodar YouTube, Facebook, ciúme, inveja e competição, ansiedade, orgulho, medo, carência, aparências do que nos faria felizes, devaneios, indiferença, raiva, visões estreitas que compramos sem querer, crenças, hábitos, empolgações, pensamentos e opiniões incessantes sobre tudo...
Quando nos damos conta, cada aflição já comprou 1% das ações, nós perdemos, fomos despejados, desapropriados de nossa própria mente.
Há sempre problemas para enfrentar, mas faz diferença se nossa mente está calma. Na superfície podemos ficar chateado, mas faz diferença se somos capazes de manter a calma nas profundezas de nossa mente.
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