... > QUESTIONANDO > RECRIANDO > EVOLUINDO
Quem nunca se reinventa, provavelmente, morrerá afogado por uma onda de mesmice, terminará a vida com cara enfiada em uma pegajosa poça de tédio ou, na melhor das hipóteses, viverá como um robô de aptidões limitadas desde o momento da concepção. Quem não se reinventa – por medo do inevitável erro ou por achar que é mais seguro permanecer em uma zona de conforto – certamente, nega a chance de usar uma das habilidades mais admiráveis que o ser humano possui: a capacidade de evolução constante.
Claro que se reinventar, muitas vezes, pode trazer consequências inesperadas e fazer com que você volte dez passos no jogo da vida. Infelizmente, nem tudo é previsível e, por melhores que sejam as suas intenções e por mais certas que as chances de êxito possam parecer, sempre há um risco de alguma coisa sair do trilho e de você acabar saindo da rota planejada, mas isso é situação incluída no processo. Porém, para escapar da perigosa zona de comodismo, é preciso aceitar esses riscos do novo. Quem não se move – nem um milímetro – por medo de errar, obviamente, também não fará novos acertos.
O medo, na dose certa, nos protege da demasiada coragem e nos faz avaliar melhor os riscos contidos no passo que estamos prestes a dar. Entretanto, o medo em excesso, indubitavelmente, congelará você e fará com que os seus dias, todos eles, pareçam um déjà vu morno, bege e sem gosto.
Mas como se reinventar? Como se desprender de um cenário que parece ser completamente seguro e, encontrar forças para pisar em um território, até então, desconhecido? Como renascer das cinzas com as quais já estamos mais do que acostumados e, no meio daquilo que você pensa desde que se conhece por gente, encontrar o fôlego necessário para ideias inovadoras? Como? Se eu soubesse a resposta exata, sem dúvida, estaria mais rico do que a pessoa que inventou o Viagra. Porém, tenho um bom palpite para aquele que já está disposto a se reinventar e a evoluir, mas que não sabe por onde começar: aprenda a se desconstruir, ou seja, tenha coragem para se dinamitar se preciso for. Pois só assim – amassando todas as folhas que considerava imutáveis no livro da sua vida – conseguirá criar novas e melhores versões de você.
Deixe para morte o papel de colocar um ponto final em sua evolução. Até lá, só saiba que você nada sabe e que o pouco que acha saber, talvez, seja apenas o primeiro degrau ou contraponto para uma sabedoria maior.
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