LEIAM, E RELEIAM, E RESPIREM, E ABSORVAM, E PRATIQUEM
Penso que a tal "inteligência emocional" é uma das conquistas mais importantes na vida de uma pessoa, tanto em um relacionamento como profissionalmente. O ser humano é um grande e complexo sistema. No fundo de todas as nossas atitudes algo está sempre acontecendo dentro de nós, mexendo e vivendo conosco o tempo todo, existindo em nosso interior.
Não há sequer uma ação que executamos que não venha seguida de uma sensação, que não esteja atrelada à um sentimento.
Uma conversa está sujeita à todo tipo de emoção: alegria se dividem a mesma opinião, pesar se compartilham a mesma dor, raiva e ódio se suas convicções são muito opostas.
É o nosso organismo respondendo à toda e qualquer ação e pensamento que desenvolvemos.
Apesar de fazerem parte do mesmo sistema, há diferenças entre sentimento e emoção.
O sentimento é uma opção pessoal no que diz respeito à maneira como encaramos determinadas situações. É o estado psicológico que é escolhido para viver. Por exemplo: você pode ficar desapontado com alguém, mas continuar amando essa pessoa porque você escolheu ter o sentimento do amor em relação à ela.
A emoção é a resposta imediata à uma situação. Ela é a reação do organismo aos estímulos externos, impulsiva, instintiva.
E há momentos em que esse instinto é particularmente importante para a sua própria preservação. Nessas horas, a emoção sobrepõe a razão e resolve questões que levariam mais tempo se passassem pelo racional.
No entanto, se as emoções tomassem à frente de todas as decisões, é muito provável que se perdesse a orientação, já que elas duram instantes. Com isso, os sentimentos aparecem para ajudar na função de manter as sensações vivas sem maiores danos.
Sabemos que a nossa sociedade foi construída privilegiando a mente racional sobre a mente emocional. Vista como desestruturante e cega, acabou relegada à segundo plano.
O que não nos demos conta é que abandoná-la foi o que nos deixou sem chão. Formamos pessoas racionais e cultas, mas frágeis emocionalmente. E sem o equilíbrio dessas duas mentes fica difícil levar uma vida plena.
Antes de qualquer coisa precisamos entender que deve haver um equilíbrio entre a mente racional e emocional. Ter essa tal “inteligência” não significa que não iremos sofrer, mas sim que sabemos dos riscos que corremos.
Para tanto, é bom que sejamos mais fortes, mais corajosos, mais espertos e principalmente mais observadores.
Entendo que a segurança é o melhor caminho para acertar na vida. E é isso que procuramos, acertar na vida, não é? Tudo bem, queremos nos realizar em um trabalho, num relacionamento, casar, encontrar um “amor” e viver tudo isso intensamente, mas para que? Para ficar na paz com a vida que escolhemos viver.
A vida consiste em saber o que fazer e principalmente quando fazer.
Não precisamos entender as emoções dos outros, se aceitarmos as deles e entendermos as nossas, já basta. Precisamos aprender a lidar com os nossos sentimentos, a traçar um caminho e chegar lá. Pessoas inteligentes não mudam suas perspectivas por algo, se adequam. E essa é a maior arma de uma pessoa inteligente, saber se adequar em qualquer ambiente.
Sabe o que aprendemos com tudo isso? A tomar certas decisões sem medo, a descobrir até aonde vão os nossos limites, a nos expressar melhor, a ter menos vergonha de coisas bobas, a ter certeza de quem nos merece, e por fim que não dependemos de ninguém para ficar bem.
Falando em “dependência”, bem que todos nós poderíamos tirar essa palavra do nosso dicionário.
Então talvez isso tudo junto seja um pouco daquela segurança de que falei…
Creio que o que nos falta é saber dosar razão e emoção. Até porque a diferença entre o remédio e o veneno é a dose.
“A inteligência emocional consiste em pensar duas vezes antes de falar uma.”
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