segunda-feira, 8 de maio de 2017

ME LEMBRO DO PASSADO COM GRATIDÃO

ME LEMBRO COM SAUDADE O QUE VIVI, JUNTO DE PESSOAS QUE VALERAM A PENA. PORQUE A GENTE GUARDA O QUE ALIMENTA O CORAÇÃO


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Não existe quem, a certa altura da vida, não comece a nutrir saudosismo em relação à sua época de infância, de adolescência, de juventude, principalmente eu que sou "A" saudosista. O tempo traz muita coisa boa, arruma, ajusta, acerta as contas e vem impregnado de saudades – saudades do que se viveu, do que se fez, dos gostos, de gente. Nossas vidas são especiais e, por isso mesmo, permanecem junto a nós, aqui dentro, sempre e para sempre.
Quantas pessoas fazem parte da nossa vida e vão embora, muitas vezes para nunca mais, e, mesmo assim, tornam-se inesquecíveis? Professores, colegas de escola, de rua, de clube, familiares, vizinhos, enfim, sempre sorriremos ao nos lembrarmos de gente querida que passou por nós e deixou algo de si conosco. Sempre teremos de seguir faltando um pedaço, com lembranças apertadas de quem nos tocou fundo o coração.
Lugares, casa de vó, lares, salas de aula, muitos ambientes preencherão nossas vidas, muitos deles ficando impressos em nossas almas. Quem nunca sentiu um cheiro, como de grama molhada, que evoca as mais tenras lembranças de algum lugar que volta dentro de nós, trazendo nitidamente cada recanto por onde fomos felizes.
E, embora a infância passe rapidamente – enquanto, tolamente, somos crianças ansiando por nos tornarmos adultos   ela nos deixa recordações do tamanho do mundo, como se uma vida toda não fosse suficiente para aquilo tudo. A gente brincava na rua, sem medo, e a gente se virava com muito pouco, pedrinhas, um pedaço de elástico, um pedaço de corda  a gente era feliz por dentro, não importando a riqueza lá de fora.
Na verdade, embora nós sempre achemos que o nosso ontem foi tão bom, que nossas lembranças são mais especiais, cada pessoa levará sempre consigo recordações mágicas, lembrando-se com saudade do que viveu, junto de pessoas que valeram a pena. Porque a gente guarda o que alimenta o coração. Porque a gente leva junto do peito quem compartilhou alegria conosco, mesmo que por pouco tempo. É assim, afinal, que a gente se recarrega diariamente e continua seguindo, na esperança de reviver de algum modo tudo o que deixou o nosso caminho mais iluminado.



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