A VIDA É O PRÓPRIO ENSAIO
A minha proposta é que vocês tomem o leme e sejam protagonistas da própria história, agarrando a possibilidade ousada de fazer uma escolha, permanecer conduzido ou alterar o rumo das coisas.
Navegar a partir da auto exame é uma habilidade dificil, deveremos ser autodidátas no combate a indolência que nos persegue no primeiro despertar do relógio pela manhã.
Conduzir a si mesmo sem alguém lhe comadar é uma liberdade da mente, isto é interpretar às paixões, observar e compreender para ser o mestre dos desejos e não escravo deles.
O auto exame é como se fosse uma auto escola, na medida em que nos ensina a conduzir, a nos conduzir, a andar sobre os nossos pés, mesmo que doa, a gastar a sola dos nossos sapatos e não apenas assistir à vida em uma televisão que sequer é nossa. Não é à toa que a plateia conta com o chamado “animador”, que sinaliza quando devemos aplaudir, rir ou permanecer sentados, quietos. O/a protagonista é aquele/aquela que não obedece o “animador”, ri, chora, senta ou levanta quando bem entender e incomoda, às vezes. É claro que tudo isso dentro de um respeito mínimo pelas regras sociais. Mas não é disso que estamos falando. Estamos falando de um “sentar e levantar quando bem entender” subjetivo, íntimo. E sentar e levantar quando bem se entende dá trabalho. Porque é difícil viver com intensidade em sintonia com a própria verdade.
A maioria das pessoas só quer a mansidão, molhar os pés na superfície. É de se esperar, mas ainda acho mais difícil do que viver em sintonia com a própria verdade, tem muita fala pra decorar, os textos são enormes e a gente nunca consegue burlar um ensaio. A vida é o próprio ensaio.
Começa-se uma auto análise pelos mais diversos motivos. Para se descobrir, para nascer… talvez pela primeira vez. Para dar voz ao inconsciente: este que não conhecemos, este que é “estranho, porém familiar”, escreveu Freud. Este que nos assusta, assombra. Mas, o que assombra mesmo é deixá-lo nas sombras, à mercê de qualquer embarcação, com qualquer comandante ou animador de plateia. Certa vez li uma poesia sobre a escolha da análise, aqui vai uma parte dela: “Eu decidi velejar, não é tão fácil, mas esse barco quem toca sou eu. quase sempre estou só, mas nesse barco quem manda sou eu.” No fim, estaremos gratos – próximos do que chamam de “felizes”, talvez – por poder assinar a própria biografia. Assinatura esta que se faz fazendo, gerundiando, com a tinta da caneta de próprio punho, que se transforma em dificuldade, que se transforma em questão, que se transforma em “isto é meu”. Que se transforma. Sempre. Sigamos, em busca do/da nossa protagonista perdida nos bastidores.
A maioria das pessoas só quer a mansidão, molhar os pés na superfície. É de se esperar, mas ainda acho mais difícil do que viver em sintonia com a própria verdade, tem muita fala pra decorar, os textos são enormes e a gente nunca consegue burlar um ensaio. A vida é o próprio ensaio.
Começa-se uma auto análise pelos mais diversos motivos. Para se descobrir, para nascer… talvez pela primeira vez. Para dar voz ao inconsciente: este que não conhecemos, este que é “estranho, porém familiar”, escreveu Freud. Este que nos assusta, assombra. Mas, o que assombra mesmo é deixá-lo nas sombras, à mercê de qualquer embarcação, com qualquer comandante ou animador de plateia. Certa vez li uma poesia sobre a escolha da análise, aqui vai uma parte dela: “Eu decidi velejar, não é tão fácil, mas esse barco quem toca sou eu. quase sempre estou só, mas nesse barco quem manda sou eu.” No fim, estaremos gratos – próximos do que chamam de “felizes”, talvez – por poder assinar a própria biografia. Assinatura esta que se faz fazendo, gerundiando, com a tinta da caneta de próprio punho, que se transforma em dificuldade, que se transforma em questão, que se transforma em “isto é meu”. Que se transforma. Sempre. Sigamos, em busca do/da nossa protagonista perdida nos bastidores.
Você pode dar a vida um enriquecimento de significados que te permita escolher, mesmo que atravessada pelo desejo inconsciente, que nos ronda e nos surpreende. Para que esse viver seja marcado, de alguma forma. Para que não seja em vão esse instante que é a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário