POR TRÁS DAS "MÁSCARAS"
Imagine-se morando no paraíso onde você não precisa fazer muito esforço para conseguir o que quer. Nesse lugar, com uma temperatura agradável, você tem acesso à uma boa comida sempre que sentir fome e, ainda, consegue ouvir um som que te acalma ressoando dentro desse paraíso. Ali não é necessário dizer nada e tudo já é entendido. Tudo se encaixa, inclusive o seu próprio corpo.
Mas chega uma hora que é preciso sair, ou melhor dizendo, você é expulso do paraíso e entra em um mundo totalmente estranho. O nome desse paraíso? Útero materno. Muitos psicanalistas concordam que esse é o primeiro trauma vivido pelo ser humano: O trauma do nascimento. Daí você cresce e precisa enfrentar as contingências da existência sem entender muito bem como o mundo gira. Paraíso nunca mais!
Depois, você começa a entender que todos temos diversos papéis sociais a desempenhar e que, em muitos deles, acabamos por mentir ou omitir algumas informações e comportamentos para nossa convivência se tornar suportável. Somos essencialmente carentes e é muito angustiante para a maioria de nós saber que não somos muito especiais. Então aprendemos (e muito bem) a encobrir nossos defeitos e sentimentos, a seduzir as pessoas a gostarem da gente e a mostrar a todo custo que está “tudo bem, obrigado”.
Aprendemos a sustentar as "mascaras". O problema é que mante-las dá um trabalhão, gastamos muita energia psíquica que poderia ser destinada a tantos outras coisas melhores e mais criativas.
O que quero dizer com tudo
O que quero dizer com tudo
é que devemos nos liberar das mascaras, diminuir a importância que damos a ela porque quem gosta mesmo da gente respeita como somos. E, quando estamos errados, dizem a verdade torcendo sempre para sermos a melhor versão de nós mesmos. Não raramente ouvimos dos nossos amigos e familiares “Vamos parar com a enrolação e com as farsas porque eu já te conheço faz tempo. Conta aí logo o que está acontecendo!”. Bons amigos e familiares são os que nos auxiliam a tirarmos nossas máscaras e não os que nos ajudam a colar outras tantas em nosso rosto.
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