A QUESTÃO NÃO ESTÁ NO RETORNO ESTÁ NO PLANTIO
Em muitos casos a Lei do Retorno está direcionada a coisas boas, ou seja, faça o bem para que ele retorne a você. Nesse caso, o bem que é feito não é um bem de verdade, é só uma artimanha egoísta para que volte a mim aquilo que fiz e volte com juros.
Em outros casos, tem a ver com coisas ruins. Se você fizer o mal, ele retornará de algum modo para você. Nesse caso, deixo de fazer o mal por medo que ele me atinja depois e não porque não quero que ele atinja alguém. Nos dois casos é uma ação egoísta que está em curso.
Esta visão é infantil, é o modelo Papai Noel implantada pela religião gerando nas pessoas o medo das suas atitudes e fomentando um comportamento obediente e a prática da caridade, uma especie de barganha entre Deus e a humanidade.
O problema é que o buraco é mais embaixo, queria acrescentar que a questão não está no retorno, está no plantio.
Quando plantamos algo, isso tem repercussão, esse algo nasce, cresce e produz seus frutos. Esses frutos vão nos alimentar e gerar outras sementes do mesmo tipo que, plantadas, vão produzir e, assim não tem fim o bem ou o mal que se planta. Não é que retorne, é que temos que lidar com os frutos do que plantamos.
O Evangelho nos fala do perdão, da misericórdia, da compaixão. Esse é sim o melhor remédio, a vingança, seja lá da maneira como vai ser operada, plantada no ressentimento, vai gerar o mal e ele plantado crescerá e produzirá seus frutos maléficos. Simples assim!
Jesus Cristo nos apresentou o Deus interno, presente em cada um de nós, que nos liberta do sofrimento a qualquer tempo. Não há retorno do mal feito! São os sentimentos de culpa que geram retorno. Dessa forma a vingança produz um mal que não tem fim, o perdão encerra o mal e produz um bem que não tem fim.
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