terça-feira, 27 de novembro de 2018

TUDO MUDA O TEMPO TODO

NADA DURA PARA SEMPRE: NEM AS DORES NEM AS ALEGRIAS




Nada é permanente. Tudo muda o tempo todo. Pessoas chegam e vão. Sentimentos se formam e se perdem. Corações se partem e se reconstituem. Risadas dominam e se dissipam. Lágrimas caem e secam. Tudo é temporário, tudo é inconstante. No fim do dia, a vida é uma eterna estação de despedidas.
Estação essa que é cheia de idas e vindas. Algumas idas gostaríamos de abortar, outras de antecipar. Vivemos uma narrativa que precisa continuar, mesmo que muitas vezes não saibamos muito bem aonde vai dá.
Saber que nada na vida é permanente é complexo. Nos momentos difíceis nossos amigos dizem: “É só uma fase, vai passar.” Nos momentos bons só conseguimos fixar um único pensamento: “Queria que isso durasse para sempre.” O quão incoerente são essas reflexões? Só queremos eternizar a felicidade? E o que fazemos com a dor?
A vida não permite. (In)felizmente, nada dura para sempre: nem as dores, nem as alegrias. Sempre precisaremos lidar com a angústia de dizer adeus a algo bom e com o alívio da despedida daquilo que só causa dor. É um duelo constante. Queremos agarrar a eternidade de tudo o que faz bem, mas não queremos lidar para sempre com o que causa sofrimento.
E justamente por isso que a vida ser uma eterna estação de despedidas é tão bom. O fato de sabermos que tudo é temporário é uma dádiva. E não me leve a mal. Isso não quer dizer que amores para a vida toda não existem, por exemplo. Significa apenas que, em algum momento, seja por fatores da vida cotidiana ou por uma força maior, como a morte, isso será interrompido. O bom da vida ser uma estação de despedidas é que sabemos que situações de dor são passageiras e as alegrias sempre darão espaço para outras alegrias.
A princípio pode parecer melancólico definir a vida como uma estação de despedidas, mas pare e reflita mais um pouco e você se dará conta de como temos sorte por nada na vida ser eterno e estarmos o tempo todo exercitando nossa capacidade de reescrevermos nossas histórias e experienciarmos novas vivências.



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