A MÁGICA DO FEITICEIRO
Essa semana, nas revistas dedicadas ao mundo das celebridades e sub celebridades (pessoas que não são celebridades, mas acham que são) um assunto que bombou foi a entrevista da tal Andressa Urach com seu drama do hidrogel, mas o que rendeu ibope nessa história foi quando a moça disse que fez macumba para ficar famosa. “Fiz muita macumba, macumba pra ficar famosa, fiz macumba pra arrumar marido, fiz macumba pra ficar rica, fiz macumba pra todo tipo de coisa”. E ela disse que vinha conseguindo muita coisa e tudo o que mais quis que era estar na TV, um dos seus maiores sonhos.
Muitas pessoas duvidam do poder do feiticeiro, mas eu já concluiu que as práticas mágicas realizadas pelo feiticeiro tem lá sua eficácia. Só tem uma condição, a eficácia da magia implica na crença da magia, como acontece na hipnose. Para que a mágica aconteça é necessário que: Em primeiro lugar, deve-se levar em conta a crença do feiticeiro na sua própria magia; em segundo lugar, a crença do enfeitiçado na magia do feiticeiro; em terceiro, a crença coletiva na magia do feiticeiro. Pronto, fechou!
É a chamada eficácia simbólica de Strauss, esse antropólogo dizia que o homem que se acha enfeitiçado, passa a desenvolver um estado que justifica o poder do feitiço sobre ele. Por exemplo, se o feiticeiro diz que você vai morrer e você ficar com medo, o medo vai gerar uma atividade intensa do sistema nervoso, que poderia ser positiva, se o enfeitiçado não acreditasse cegamente na sua desventura. Porém, se ele se considerar um moribundo, não reage e a atividade do sistema nervoso se desorganiza, podendo ocorrer uma diminuição do volume sanguíneo e conseqüente queda de pressão e gerar danos irreparáveis para os órgãos da circulação. E por acontecer quase sempre, a rejeição de alimentos e bebidas, por pessoas tomadas pelo desespero e medo, o estado, nesse caso, fisiológico tende a se agravar e levar à morte. A grosso modo é dessa forma que a eficácia da magia perpassa pela crença na mesma.
Pensando assim, será que esse mesmo sentimento, ou seja, a crença que produz a eficácia da magia, não perpassa o desenvolvimento do processo médico ou de qualquer outro que muitas vezes leva a cura ou induz a materialização do desejo tanto para o bem quanto para o mal?
Acho que seria bom a gente providenciar as nossas próprias palavras mágicas!
ROSANE
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