O EU É UMA ROUPA QUE USAMOS
Sei como é, parece que nós passamos anos e anos no piloto automático, seguindo tendências, fazendo o que é necessário, correto, deixando o que te faria feliz de lado para buscar algo que não é um sonho seu, mas foi imposto a você...
Não me parece justo você viver anos e anos e não ter nenhum legado para deixar...
Não me parece justo você viver anos e anos e não ter nenhum legado para deixar...
Nossa vida é feita do "Eu" pessoa e do "Eu" formado pelo conhecimento, o segundo moldado após muitos anos de simbologia externa - sociedade, família, amigos, influências de modo geral. O nosso "Eu" cru, é alguém que não somos, pois fomos condicionados a esquecê-lo. Queremos ser nós mesmos, mas existem regras, existe vergonha, existe inveja e emoções feitas por aquele "Eu" formado pelo conhecimento. Que é o que nos deixa aprisionados a uma vida sem vida. Na bíblia há muito sobre ressureição, ressureição é deixar de ser o "Eu" formado pelo conhecimento, para liberar o "Eu" essêncial, a pessoa que você realmente é. E é uma caminhada muito difícil. Mas o primeiro passo é descobrir que você não é quem pensa ser, que você é condicionado pelo ambiente e que seu tempo é limitado. Algo que muitos de nós já conseguimos. Um bom livro sobre isso é o Quinto Compromisso.
Pra sair desse nó intelectual, só em primeira pessoa.
Pra sair desse nó intelectual, só em primeira pessoa.
Em termos de prática a elucubração pouco ajuda. Refletir não está intrinsecamente ligado a praticar. Podemos refletir, refletir e refletir mais e nunca conseguir botar em prática o que sabemos querer.
Não pense no alvo, não pense em acertá-lo e nem mesmo pense no arco. Simplesmente faça, sem a intenção de fazer.
A maioria das pessoas acharia isso um absurdo mas aos poucos vamos compreendendo que pra chegar a um certo equilíbrio eficiente de agir no mundo, precisamos realizar algo que possamos chamar de nosso.
E para realizar esse algo precisamos desta roupa que é o ‘Eu’, assim como precisamos de um veículo para nos deslocarmos. Essa roupa é feita de muitos pedaços, entre eles este cérebro que pensa. É preciso um nome para que possamos ser chamados e identificados. O problema é olhar para a roupa e pensar que nós somos a roupa. Não, não somos. O "Eu" é apenas a roupa que vestimos para agir no mundo. Podemos dizer que sofremos porque temos apego. Somos apegados a amores, a roupas, a carros e quando não temos isso tudo, sofremos. Temos mil apegos. Diz-se que toda a riqueza do mundo é insuficiente para a ambição de um só homem. Por isso o homem pode procurar a felicidade em um apartamento de seis milhões de reais e fazer qualquer coisa para isso. O mundo ao seu lado pode desabar, mas ele pensa que a felicidade está ali e que qualquer manobra é legitima para acumular riqueza. Por isso se enreda em sofrimento.
E para realizar esse algo precisamos desta roupa que é o ‘Eu’, assim como precisamos de um veículo para nos deslocarmos. Essa roupa é feita de muitos pedaços, entre eles este cérebro que pensa. É preciso um nome para que possamos ser chamados e identificados. O problema é olhar para a roupa e pensar que nós somos a roupa. Não, não somos. O "Eu" é apenas a roupa que vestimos para agir no mundo. Podemos dizer que sofremos porque temos apego. Somos apegados a amores, a roupas, a carros e quando não temos isso tudo, sofremos. Temos mil apegos. Diz-se que toda a riqueza do mundo é insuficiente para a ambição de um só homem. Por isso o homem pode procurar a felicidade em um apartamento de seis milhões de reais e fazer qualquer coisa para isso. O mundo ao seu lado pode desabar, mas ele pensa que a felicidade está ali e que qualquer manobra é legitima para acumular riqueza. Por isso se enreda em sofrimento.
Mas qual o alicerce do apego? Quem é aquele que tem apego? O “Eu”. Quem é aquele que deseja? O “Eu”. Quem quer possuir pessoas, coisas e riquezas? O “Eu”. Quando não houver mais “Eu”, não haverá mais apego. Podemos até pensar que sofremos por sermos apegados, mas nos livramos dos apegos? Como se livrar dos apegos? Os raciocínios que nos fazem afirmar que tudo vai embora, a ideia de que não podemos nos agarrar a nada nem colocar nossa felicidade nas coisas, pode ser útil para amenizar a dor e nos ajudar a ser mais desapegados e felizes.
O "Eu" é uma ferramenta para transitar no mundo, útil como uma roupa, mas não somos nós mesmos. Esse é o segredo fundamental.
O "Eu", porém, é apenas mais uma compreensão equivocada. De modo geral, fabricamos a noção de um "Eu" que parece ser uma entidade sólida. Somos condicionados a considerar essa noção como algo concreto e real, fazemos o mesmo com os sentimentos, percepções e ações. Eu tenho sentimentos; eu sou minhas percepções…
Quando começamos a perceber os danos que as emoções podem causar, a nossa consciência se amplia.
A consciência não nos impede de viver; ela torna o viver mais pleno. Se você estiver saboreando uma xícara de chá com a compreensão do lado doce e do lado amargo das coisas temporárias, vai de fato apreciar o seu chá.
A consciência não nos impede de viver; ela torna o viver mais pleno. Se você estiver saboreando uma xícara de chá com a compreensão do lado doce e do lado amargo das coisas temporárias, vai de fato apreciar o seu chá.
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